sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

As Linhagens Illuminati - A Dinastia Merovíngia - Parte 3

Nessa parte vou citar a parte do Livro "O Santo Graal e a Linhagem Sagrada" que fala da Heresia Cátara, esse assunto é significativo e relacionado a Dinastia Merovingia porque existia tradições que retratavam eles como detentores do cálice sagrado das lendas ( as lendas de uma linhagem sanguinea sagrada ao qual os Merovingios como eu falei antes costumavam ser associados por meio de membros de sua linhagem, apesar de posteriormente elas serem cristianizadas, as evidências apontam para uma origem puramente pagã das lendas com indicios de associação a escola de mistérios ( Depois vou tentar abordar um pouco da parte do livro que fala disso também ), sem qualquer conexão com o Cristianismo, essas lendas na sua forma cristianizada começam a ganhar força posteriormente sendo associadas aos Templários na epoca que eles se separam aparentemente do Priorado e aos Cátaros, ao que tudo indica isso é ligado ao fato dos Merovingios carregarem sangue de descendentes da tribo de Judá além de um tipo de linhagem profana estranha misturada a essa como a lenda de sua origem atesta , as lendas em si me nesse caso me parecem que podem muito bem ser formas sutis e discretas de se transmitir conhecimento ocultista proibido as grandes massas a respeito desses assuntos, sendo somente entendido o verdadeiro sentido dessas lendas por altos iniciados em circulos ocultistas, ou é apenas a maneira pela qual pessoas ligadas a essas ordens poderiam se expressar a respeito do assunto, proibidas por juramentos de sangue a falar abertamente sobre o conhecimento esotérico que adquiriram em alguma ordem especifica ( Templários por exemplo eram envolvidos com ocultismo, falarei mais deles depois ). Como foi mencionado antes, documentos do antigo Priorado de Sião apontam para uma continuação da Dinastia Merovíngia na França aonde descendentes de um sobrevivente da queda da Dinastia ganham titulos de nobreza justamente na região de Languedoc aonde a heresia Cátara viria a florescer séculos depois ( Além de outras regiões, mais eu mencionei especificamente Languedoc por ter sido lá que o movimento Cátaro floresceu ), na verdade até mesmo na Dinastia Carolingia a linhagem Merovingia continua, pois os Carolingios apesar de terem herdado o poder que os Merovingios tinham na Europa, por alguma razão misteriosa buscam se casar com mulheres dessa dinastia, talvez por causa de eles serem retratados como uma dinastia com um tipo de linhagem sanguinea com poderes mágicos, na verdade como foi citado anteriormente havia um envolvimento dos primeiros Merovingios público com práticas ocultistas ( o que parece uma definição que seria dada no meio ocultista para alguma das 13 principais Linhagens Illuminati ) ). Trechos do Capitulo 2 do Livro "Os Cátaros e grande heresia": "Começamos nossa investigação num ponto que já nos era razoavelmente familiar: a heresia cátara, ou albigense, e a Cruzada provocada por ela no século XIII. Já sabíamos que os cátaros figuravam de alguma maneira no mistério que circundava Saunière e Rennes-Ie-Château. Hereges medievais haviam sido numerosos na cidade e seus arredores, e sofreram brutalmente durante a Cruzada Albigense. De fato, toda a história da região é imersa em sangue cátaro, e os resíduos desse sangue persistem, com muita amargura, até os dias de hoje. Muitos camponeses atuais da região, sem os inquisidores para irromper sobre eles, proclamam abertamente sua simpatia pelos cátaros. Existiram até mesmo uma igreja cátara e um papa cátaro que, até sua morte, em 1978, viveu na cidade de Arques. Nós sabíamos que Saunière havia mergulhado na história e folclore de
sua terra natal. Assim, ele não poderia ter evitado contato como pensamento e as tradições cátaros. Não poderia desconhecer que Rennes-Ie-Château tinha sido uma cidade importante nos séculos XII e XIII, algo assim como um baluarte cátaro.
Saunière deve ter-se familiarizado com as inúmeras lendas ligadas aos cátaros. Deve ter ouvido os rumores que ligavam essas
lendas ao fabuloso objeto, o cálice sagrado. E se Richard Wagner, em busca de alguma coisa relacionada com o cálice, realmente visitou Rennes-Ie Château, Saunière não pode ter ignorado o fato. Além disso, em 1890, um homem chamado Jules Doinel tornou-se bibliotecário em Carcassonne e fundou uma igreja neocátara. O
próprio Doinel escreveu muito sobre o pensamento cátaro e, por volta de 1896, se tornara um membro eminente de uma
organização cultural local, a Sociedade de Artes e Ciências de Carcassonne, da qual foi eleito secretário em 1898. Esta sociedade incluía vários conhecidos de Saunière, entre eles seu melhor amigo, o abade Henri Boudet. Assim, é muito provável que Doinel e Saunière tenham se conhecido. Outra razão existe, e mais provocante, para relacionar os cátaros com
o mistério de Rennes-Ie-Château. Em um dos pergaminhos encontrados por Saunière, o texto é respingado com uma porção de
letras pequenas - exatamente oito -, deliberadamente diferentes de todas as outras. Três dessas letras estão no topo e cinco no pé da página. Lidas em seqüência, formam duas palavras - REX MUNDI -, um termo indiscutivelmente cátaro, logo reconhecível como tal por qualquer pessoa familiarizada com o pensamento dessa seita. Parecia razoável, portanto, iniciar nossa investigação pelos cátaros. Assim, começamos a estudar em detalhes suas crenças e tradições, sua história e seu meio. Nossa pesquisa abriu novas dimensões do mistério e gerou perguntas assustadoras." Sub capitulo "A Cruzada Albigense": "Em 1209, um exército de cerca de 30 mil homens, incluindo cavaleiros e infantes, desceu do norte da Europa para o Languedoc, as
montanhas a nordeste dos Pirineus, onde fica hoje o sul da França. Na guerra que se seguiu, todo o território foi pilhado, as colheitas destruídas, as cidades e vilarejos arrasados. A população tomou a espada. Este extermínio ocorreu numa extensão tão vasta que pode bem ter constituído o primeiro caso de genocídio na história da Europa moderna. Só na cidade de Beziers, por exemplo, pelo menos 15 milhomens, mulheres e crianças foram mortos, muitos no próprio santuário da igreja. Quando um oficial perguntou ao representante do papa como ele conseguiria distinguir hereges e crentes verdadeiros, a resposta foi: "Mate-os todos. Deus reconhecerá os seus." Esta citação, amplamente narrada, pode ser apócrifa. Mesmo assim, caracteriza o fanatismo, o zelo e o prazer sanguinário com que as atrocidades foram perpetradas. O próprio representante papal, ao escrever a Inocêncio III em Roma, anunciou orgulhosamente que "nem idade, nem sexo, nem posição foram poupados".
Após Béziers, o exército invasor varreu todo o Languedoc. Caíram Narbonne, Carcassonne e Toulouse. Os vitoriosos deixaram
uma trilha de sangue, morte e carnificina por onde passaram. Essa guerra, que durou cerca de quarenta anos, é hoje
conhecida como Cruzada Albigense: Foi uma Cruzada no sentido exato do termo, enviada pelo próprio papa. Seus participantes usavam uma cruz em suas túnicas, como os cruzados da Palestina. E as recompensas eram as mesmas: absolvição de todos os pecados, remissão de penas, um lugar seguro no céu e, naturalmente, os produtos dos saques. Nessa Cruzada, além disso, não era necessário nem mesmo atravessar o mar e, de acordo com a lei feudal, era-se obrigado a lutar por no máximo quarenta dias. Assumia-se, é claro, que não havia interesse em saquear. Quando a cruzada terminou, o Languedoc havia sofrido uma grande
transformação, mergulhando na barbárie que caracterizava o resto da Europa. Por quê? Para que toda essa destruição, brutalidade e devastação? No início do século XIII, a área hoje conhecida como Languedoc não fazia oficialmente parte da França. Era um principado independente, cuja cultura e instituições políticas possuíam menos afinidades com o
norte do que com os reinos de Léon, Aragon e Castela, na Espanha. O principado era governado por várias famílias nobres, cujos chefes eram os condes de Toulouse e sua poderosa casa de Trencavel.Floresceu nos confins desse principado uma cultura que, na época, era a mais avançada e sofisticada da cristandade, com a possível exceção de Bizâncio.
O Languedoc e Bizâncio possuíam muitas coisas em comum. O ensino, por exemplo, era altamente considerado, o que não acontecia
no norte da Europa. A filosofia e outras atividades intelectuais floresciam, poesia e amor cortês eram aplaudidos; o grego, o árabe e o hebraico eram entusiasticamente estudados; e em Lunel e Narbonne cresciam escolas devotadas à Cabala, antiga tradição esotérica do judaísmo ( Considerando suas crenças muitas vezes associadas a crenças associadas a religiões pagãs do Oriente, provavelmente estudariam uma forma de Misticismo Judaico ligada a ocultismo, o que veio a se proliferar bastante já nesse tempo se não me engano ). Mesmo a nobreza era letrada e literata, numa época em que a maioria dos nobres do norte não sabia sequer assinar o nome. No Languedoc, como em Bizâncio, praticava-se uma tolerância religiosa civilizada, em contraste com o zelo fanático que caracterizava outras partes da Europa. Linhas de pensamento islâmico e judaico, por exemplo, eram importadas da Espanha, através de centros mercantis como Marselha ou através dos Pirineus. Ao mesmo tempo, a Igreja Romana não gozava de alta estima; a notória corrupção dos clérigos romanos no Languedoc afastava a população. Em algumas igrejas, por exemplo, passavam-se trinta anos sem celebrar-se uma missa. Muitos padres, ignorando seus paroquianos, dirigiam negócios ou terras. Um arcebispo de Narbonne nunca visitou sua diocese. Qualquer que tenha sido a corrupção da Igreja, o Languedoc havia atingido um ápice de cultura sem igual na Europa antes doRenascimento. Como em Bizâncio, havia elementos de complacência, de decadência e de fraqueza trágica que tornaram a região despreparada para enfrentar as invasões que sobrevieram depois. A nobreza do norte europeu e a Igreja Romana sabiam dessa vulnerabilidade e estavam ávidos por explorá-la. Por muitos anos eles tinham invejado a riqueza e o luxo do Languedoc. E a Igreja tinha razões para interessar-se. Sua autoridade na região estava enfraquecida. Além disso, no Languedoc, enquanto a cultura florescia, algo mais florescia também: a maior heresia da cristandade medieval. Nas palavras da Igreja, o Languedoc estava "infectado" pela
heresia albigense, "a lepra louca do sul". Embora os adeptos dessa heresia fossem essencialmente pacíficos, eles constituíam uma ameaça grave à autoridade romana, a mais grave que Roma experimentaria até três séculos depois, quando os ensinamentos de
Martinho Lutero iniciaram a Reforma. Por volta de 1200, havia umaperspectiva real de que o catolicismo romano, como forma dominante de cristianismo, fosse substituído, no Languedoc, pela heresia ( Real motivo de preocupação da liderança da ICAR que temia perder poder e Influência para o movimento Religioso Cátaro que crescia rapidamente e que ao que parece teve envolvimento direto de Merovingios por trás dele, que haviam sofrido uma traição da Igreja anteriormente pelo fato da Dinastia Merovíngia estar se tornando muito poderosa e independente da Igreja com quem haviam selado uma parceria anteriormente a esse episódio que culmina com a queda da Dinastia Merovingia dando lugar a Dinastia Carolingia )  . Ela estava se irradiando para outras partes da Europa, especialmente os centros urbanos da Alemanha, Flandres e Champagne, o que era ainda mais ameaçador aos olhos da Igreja. Os hereges eram conhecidos por vários nomes. Em 1165 eles haviam
sido condenados por um conselho eclesiástico no Languedoc, na cidade de Albi. Por esta razão, ou talvez porque Albi continuasse a ser um de seus centros, eles eram chamados com freqüência de albigenses; em outras ocasiões eram cátaros; na Itália, patarines. Não raro, eram também estigmatizados com nomes de heresias anteriores, como arianos, marcionistas e maniqueístas. Albigense e cátaro eram nomes genéricos. Não se referiam a uma única igreja coerente, como aquela de Roma, com teologia e doutrina fixas, codificadas, definitivas. Os hereges em questão pertenciam a uma multidão de seitas diversas, muitas sob a direção de um líder independente, cujo nome seus seguidores assumiam.Essas seitas se atinham a certos princípios comuns, mas divergiam radicalmente nos detalhes. Muitas de nossas informações provêm de fontes eclesiásticas, tais como documentos da Inquisição. Criar um quadro a partir de tais fontes é como tentar compreender a Resistência Francesa a partir de relatórios da Gestapo. Assim, é virtualmente impossível apresentar um resumo coerente e definitivo do que realmente constituiu o pensamento cátaro. Em geral, os cátaros acreditavam numa doutrina de reencarnação e no reconhecimento de um princípio feminino de religião ( Crenças comuns da Wicca Contemporânea que deriva da religião de mistérios derivada da Babilônia originalmente, da para notar dentro do pensamento Cátaro aqui e em outras menções um tipo de criação de uma forma de cristianismo pagânizado similar ao de muitas ordens gnósticas antigas, de onde derivou diversas ordens ocultistas da atualidade, de certa forma esse movimento estava externalizando de forma sutil crenças das antigas religiões pagãs de mistérios ( Em particular de ramificações dela mais ligadas a religiões pagãs do oriente ( De onde provem as atuais religiões new age que também são ligadas a NOM e a Maçonaria como abordei em matérias anteriores, mostrando até familias Illuminatis envolvidas e por trás de movimentos que deram origens aos grupos New Age contemporâneos, além de escritos das matriarcas desses movimentos falando do Plano da NOM e da sua ligação com uma adoração a Lúcifer e com a Maçonaria, na matéria sobre a familia Rockefeller eu falo bastante disso em certo ponto ) e a crenças do caminho da mão direita da bruxaria ), que ficavam disfarçadas de cristianismo, mesmo sem a doutrina bater de forma alguma com o que as escrituras ensinam ( Não que a ICAR não tivesse vários dogmas que entrassem em contradição as escrituras, pois eles de fato tinham e tem até hoje, só não estou me focando nela porque o assunto da matéria é relacionado aos Cátaros em si  ). De fato, os pregadores e professores das congregações cátaras, conhecidos como parfaits ["perfeitos"], eram de ambos os sexos. Ao mesmo tempo, rejeitavam a Igreja Católica e negavam a validade das hierarquias clericais, ou de intercessores oficiais e ordenados entre Deus e o Homem. No centro desta posição, reside um princípio importante: o repúdio à fé, pelo menos na forma em que a Igreja a prega. No lugar da fé aceita em segunda mão, os cátaros insistiam no conhecimento direto e pessoal, numa experiência religiosa ou mística apreendida em primeira mão. Esta experiência chamava-se gnosis, termo grego para "conhecimento", e os cátaros a privilegiavam sobre todos os credos e dogmas. A ênfase no contato pessoal direto com Deus tornava supérfluos padres, bispos e outras autoridades
eclesiásticas. Os cátaros eram também dualistas. Todo o pensamento cristão podia, certamente, ser visto como dualista, pois insistia no conflito entre dois princípios oponentes: bem e mal, espírito e carne, alto e baixo. Mas os
cátaros levavam a dicotomia muito além do que o catolicismo ortodoxo estava preparado para aceitar. Para os cátaros, homens eram as espadas com que os espíritos lutavam, sem que ninguém visse suasmãos. Toda a Criação estava imersa numa guerra perpétua entre dois princípios irreconciliáveis, luz e escuridão, espírito e matéria, bom e
mau. O catolicismo posicionava um Deus supremo cujo adversário, o demônio, era definitivamente inferior. Os cátaros proclamavam a existência não de um Deus, mas de dois, com posições mais ou menos comparáveis ( Essa crença é compartilhada pela Maçonaria, Albert Pike, um Luciferiano confesso fala no Livro Morais e Dogmas ( que é um manual utilizado por Maçons dos graus mais altos do Rito Escocês para compreenderem melhor as crenças, ideais e objetivos desse Rito ), que Lúcifer é o Deus do Bem e Jeová ( Deus biblico ) é o Deus do mal, invertendo as posições em que ambos são estabelecidos na Biblia, Pike é claro tinha uma noção distorcida de certo e errado, ele dizia que a Maçonaria descendia da religião de mistérios ( Aquela aonde eram realizados sacrificios humanos e rituais de magia sexual para Deuses Pagãos que é abominada por Deus ), e ele em si foi um General do exército confederado do Sul na guerra civil Americana, que lutava para sustentar a escravidão dos negros na América, além de uma liderança do infame movimento Ku Kus Klan que perseguia e matava negros brutalmente, na verdade muitos pensadores Maçons de alto Grau concordam com suas ideias, um exemplo que foi importante a todos Ritos Maçônicos que fala as mesmas coisas que ele da Maçonaria é Manly P. Hall que é considerado o maior filósofo Contemporâneo da Maçonaria, esse conceito de Pike de 2 Deuses de poder equivalente representando a luz as trevas/o bem e o mal em luta eterna é comum em si nas religiões Pagãs ( Um exemplo é Hórus e Set da mitologia Egipcia ) ). Um deles - "deus um" - era um ser, ou princípio, de puro espírito, limpo das manchas da carne. Era o deus do amor, considerado incompatível com o poder. Ora, a Criação material era uma manifestação de poder. Assim, a Criação material - o mundo - era intrinsecamente mau. Toda matéria era intrinsecamente má . O Universo, em síntese, era a obra de um deus usurpador, o deus do mal - ou, como os cátaros o chamavam, REX MUNDI, "deus do mundo" ( Isso aqui é significativo considerando o que Pike fala do Deus de Israel, afinal quem criou o mundo e o universo segundo a biblia foi ele, afirmando ainda que sua criação em si era boa ). O catolicismo repousava no que podia ser chamado um dualismo ético. O mal, embora saído talvez do demônio, manifesta-se primariamente através do homem e de suas ações. Em contraste, os cátaros viam a realidade totalmente impregnada de uma forma de dualismo cosmológico. Esta era, para eles, uma premissa básica, mas a resposta variava de seita para seita. Segundo alguns cátaros, o propósito da vida do homem na Terra era o de transcender a matéria, renunciar para sempre a qualquer coisa relacionada com o princípio
do poder e, dessa forma, atingir a união com o princípio do amor ( Mais doutrinas New Age ). Segundo outros, o propósito do homem era reclamar e recuperar a matéria, espiritualizá-la, transformá-la. É importante notar a ausência de um dogma, doutrina ou teologia fixos. Como na maioria dos desvios da ortodoxia estabelecida, havia apenas algumas atitudes definidas de forma flexível, e as obrigações morais pertinentes a essas atitudes eram sujeitas à interpretação individual. Aos olhos da Igreja Romana, os cátaros cometiam sérias heresias ao considerar a Criação, em nome da qual Jesus supostamente havia morrido, como intrinsecamente má, e ao considerar que Deus, cuja palavra havia criado o mundo no início, era um usurpador. Sua mais
grave heresia era, contudo, a atitude em relação ao próprio Jesus. Se a matéria era intrinsecamente má, Jesus não poderia ter partilhado dela, encarnado, e ainda ser o filho de Deus. Para alguns cátaros, ele era totalmente incorpóreo, um fantasma, uma entidade de puro espírito que, é claro, não poderia ter sido crucificado ( Os evangelhos apócrifos feitos posteriormente aos primeiros evangelhos originais pelos Gnósticos que não possuem as evidências históricas esmagadoras dos evangelhos que viriam a fazer parte da biblia que lhe tornaram de acordo com os historiadores evidências históricas válidas costumam falar muito disso, é bom lembrar aqui da ligação da Gnose com a Maçonaria, atestada por vários ocultistas famoso, se lembro bem Alice Bailey e Helena Blavatisky que eram luciferianas confessas falam disso, outra fonte que alega que Jesus nunca foi Crucificado é a tradição Islâmica que também diminue sua figura, lhe considerando somente apenas mais um profeta humano ). A maioria dos cátaros, no entanto, parece tê-lo considerado um profeta como outros, um ser mortal que, em nome do princípio do amor, morreu na cruz. ( Essa descrição lembra algo como a de um mestre ascenso )  Em suma, não havia nada de místico, de sobrenatural, de divino, envolvendo a crucificação ( Como falei antes, não havia nada de cristão na Doutrina Cátara ). Muitos pareciam duvidar que ela tivesse mesmo ocorrido.De qualquer modo, todos os cátaros repudiavam veementemente a significância tanto da crucificação quanto da cruz, ou por considerarem essas doutrinas irrelevantes, ou porque Roma as exaltava tão fervorosamente, ou porque as circunstâncias brutais da morte do profeta não merecessem adoração. E a cruz - pelo menos em associação com o calvário e a crucificação - era considerada um emblema de Rex Mundi, senhor do mundo material, a própria antítese do verdadeiro princípio redentor. Jesus, se era mortal, tinha sido um profeta do amor. E AMOR, quando invertido ou pervertido, ou ainda deturpado em poder, tornava-se ROMA, cuja opulência e luxo figuravam para os cátaros como a manifestação palpável, na Terra, da soberania de Rex Mundi ( Vejo aqui uma religião criada e voltada justamente para buscar se sobrepor em termos de influência e poder contra Roma, possivelmente uma iniciativa Merovíngia visando se vingar do Incidente em que eles foram derrubados do poder pela Igreja séculos atrás ). Como conseqüência, eles não só recusavam a adoração da cruz como também negavam os sacramentos, inclusive o batismo e a comunhão. A despeito dessas posições teológicas sutis, complexas, abstratas e, para uma mentalidade moderna, irrelevantes, a maioria dos cátaros não era fanática. Atualmente, é moda no meio intelectual consideraros cátaros uma congregação de sábios, místicos iluminados ou iniciados em conhecimentos misteriosos, e detentores de segredos cósmicos ( Isso lembra um pouco a definição de um iniciado de uma ordem ocultista ). Na realidade, a maioria deles era composta de homens e mulheres mais ou menos comuns, que encontraram em seu credo um refúgio contra a severidade do catolicismo ortodoxo e um repouso para os dízimos, penas, obséquias, exigências e outras imposições sem fim da Igreja Romana. Por mais intricada que fosse sua teologia, os cátaros, na prática, eram um povo eminentemente realista. Por exemplo, condenavam a procriação - uma vez que a propagação da carne não estava a serviço do princípio do amor, mas de Rex Mundi - mas não eram ingênuos a ponto de advogar a abolição da sexualidade. Havia, é verdade, um sacramento cátaro, ou algo equivalente, chamado Consolamentum, que compelia à castidade. Com exceção dos parfaits, contudo, que eram normalmente homens e mulheres sem família, o Consolamentum não era administrado até que se estivesse à beira da
morte, e não é muito difícil ser casto quando se está morrendo. A congregação, de modo geral, tolerava a sexualidade, se não a sancionava explicitamente. Como se pode condenar a procriação enquanto se desculpa a sexualidade? Algumas evidências sugerem que os cátaros utilizavam controle de natalidade e aborto. Nós conhecemos a posição atual de Roma sobre estes assuntos. Não é difícil imaginar com que energia e zelo vingativo esta posição se manifestava na Idade Média.Em geral, os cátaros pareciam levar uma vida de extrema devoção e simplicidade. Como deploravam igrejas, usualmente conduziam seus rituais e serviços ao ar livre ou em algum edifício disponível - um celeiro, uma casa, o salão municipal. Também praticavam o que hoje chamamos meditação. Eram estritamente vegetarianos, embora se
permitissem comer peixe. Quando viajavam pelo interior, os parfaits iam sempre aos pares, o que dava crédito aos rumores de sodomia lançados pelos seus inimigos. ( O que não é uma prática incomum dos altos iniciados no ocultismo, ligada a antiga prostituição cultual babilônica, os parfaits que exerciam uma função de sacerdotes e guias espirituais diferente da maioria esmagadora dos fiéis Cátaros poderiam muito bem ser ligados a alguma ordem dessa natureza )". Sub capitulo "O Cerco de Montsegur": "Este foi, então, o credo que se espalhou no Languedoc e províncias
adjacentes numa escala que ameaçou deslocar o catolicismo. Por inúmeras e compreensíveis razões, muitos nobres achavam o credo atraente. Alguns incentivavam a tolerância geral, outros eram mesmo anticlericais. Alguns estavam desiludidos com a corrupção da Igreja, outros haviam perdido a paciência com o sistema do dízimo, atravésdo qual os proventos de suas terras desapareciam nos cofres de Roma. Muitos nobres então, em idade avançada, se tornavam parfaits.
Estima-se que 30% de todos os parfaits vinham da nobreza do Languedoc. ( Vale lembrar aqui que ao menos boa parte da Nobreza de Languedoc a essa altura já descenderia provavelmente da antiga Dinastia Merovíngia ) Em 1145, meio século antes da Cruzada Albigense, São Bernardo em pessoa viajou ao Languedoc para pregar contra os hereges. Ao chegar, ficou mais horrorizado com a corrupção de sua própria Igreja. No que concerne aos hereges, Bernardo ficou bem impressionado:
"Nenhum sermão é mais cristão que o deles", declarou, "e sua moralé pura." ( Esse homem no entanto era ligado a Ordem dos Templários que como mencionei antes carregavam em si crenças ocultistas em seu seio, falaremos mais dele depois )
Por volta de 1200, desnecessário dizer, o temor de Roma havia crescido. Ela conhecia a inveja com que os barões do norte da Europa olhavam para as ricas terras e cidades do sul. Esta inveja seria aproveitada, e os senhores nortistas constituiriam as tropas de choque da Igreja. Só era preciso alguma provocação, alguma desculpa, para acender a opinião popular. Tal desculpa não demorou a surgir. Em 14 de janeiro de 1208, um dos embaixadores do papa no Languedoc, Pierre de Castelnau, foi assassinado. O crime parece ter sido cometido por rebeldes anticlericais sem nenhuma filiação cátara ( Talvez um trabalho interno da ICAR ? ). Mesmo assim, de posse do pretexto de que necessitava, Roma não hesitou em culpar os cátaros. O papa Inocêncio III ordenou imediatamente uma Cruzada. Perseguições a hereges houve de modo intermitente durante todo o século anterior, mas agora a Igreja mobilizava suas forças em grande escala. A heresia deveria ser extirpada de uma vez por todas.
Um exército enorme foi reunido sob o comando do abade de Citeaux. As operações militares foram confiadas a Simon de Montfort, pai do homem que mais tarde desempenharia um papel crucial na história da Inglaterra. Sob a liderança de Simon, os cruzados do papa partiram com o objetivo de reduzir a ruínas a mais alta cultura européia da Idade Média. Nessa santa tarefa, foram ajudados por um novo e útil aliado, o fanático espanhol Dominic Guzman. Impelido por um ódio raivoso contra a heresia, Guzman criou em 1216 a ordem monástica depois chamada dominicana. E em 1233 os dominicanos produziram uma instituição ainda mais infame: a Santa Inquisição. Os cátaros não seriam suas únicas vítimas. Antes da Cruzada Albigense, muitos nobres do Languedoc - especialmente as influentes casas de TrencaveI e Toulouse - haviam sido extremamente amigáveis com a grande população judia local. Essa proteção e apoio seriam agoracompulsoriamente retirados. Simon de Montfort foi morto em 1218, sitiando Toulouse, mas a depredação do Languedoc continuou, com breves tréguas, por mais um quarto de século. Por volta de 1243, contudo, toda
resistência organizada, se é que houve alguma, havia cessado. Todas as cidades e bastiões cátaros tinham caído sob as invasões nortistas, com exceção de alguns pontos fortes, remotos e isolados. Entre eles, o mais importante foi Montségur, suspenso como um arco celestial sobre os vales circundantes. Montségur foi sitiada durante dez meses, suportando assaltos
repetidos e mantendo uma resistência tenaz. Em março de 1244, a fortaleza finalmente capitulou. O catharism cessou de existir, pelo menos ostensivamente, no sul da França. Mas idéias nunca são eliminadas definitivamente. Por exemplo, Emmanuel Le Roy Ladurie narra em Montaillou, com base em documentos da época, as atividades dos cátaros sobreviventes quase um século depois da queda de Montségur. Pequenos grupos de hereges continuaram a sobreviver nas montanhas, vivendo em cavernas, aferrando-se ao seu credo e continuando uma guerrilha amarga contra os perseguidores. É de conhecimento geral que a fé cátara persistiu em muitos lugares do Languedoc, inclusive nos arredores de Rennes-Ie-Château. E muitos escritores têm buscado raízes de heresias européias posteriores até encontrar ramos do pensamento cátaro - por exemplo, entre os valdenses, os hussitas, os adamitas ou irmãos do livre espírito, os anabatistas e os estranhos camitas, muitos dos quais encontraram
refúgio em Londres no início do século XVIII." Trecho Sub capitulo "O Tesouro Cátaro": "O misticismo criado em torno dos cátaros cresceu durante a Cruzada Albigense e persiste até hoje. Isso se deve, em parte, ao clima de romance que circunda qualquer causa trágica e perdida - aquela do príncipe Bonnie Charlie, por exemplo - com um lustro mágico, uma
nostalgia fantástica, uma aura de lenda. Embora as lendas tenham sido exageradas e romanceadas, descobrimos que alguns enigmas associados com os cátaros eram reais. Um deles residia em sua origem, questão que nos parecia acadêmica, mas que mais tarde se revelaria importante. A maioria dos historiadores recentes tem argumentado que os cátaros eram uma derivação dos bogomil, uma seita ativa na Bulgária , durante os séculos X e XI, cujos missionários teriam migrado para o oeste. Sem dúvida, os hereges do Languedoc incluíam vários bogomil. E, realmente, um pregador bogomil foi proeminente nas questões políticas e religiosas da época. Entretanto, nossa pesquisa revelou evidências substanciais de que os cátaros representaram o florescimento de alguma coisa já secularmente enraizada em solo francês. Eles parecem haver surgido, quase
diretamente, de heresias instaladas na França desde o advento da era cristã. Existem outros mistérios ainda mais intrigantes associados aos cátaros. Jean de Joinville, por exemplo, ao escrever sobre sua amizade com Luís IX durante o século XIII, diz: "O rei [Luís IX] contoume uma vez que vários homens albigenses haviam pedido ao conde de Montfort para ir e olhar o corpo de Nosso Senhor, que se havia tornado carne e sangue nas mãos de seu sacerdote." De acordo com este relato, Montfort foi tomado de surpresa por esse convite e declarou, ofendido, que sua comitiva poderia ir, se quisesse, mas que ele se manteria fiel à doutrina da Santa Igreja. Não há maior elaboração ou explicação desse incidente, comentado en passant por Joinville. O que podemos concluir desse convite enigmático? O que estavam os cátaros fazendo? Que tipo de ritual estaria envolvido? Se
não era uma missa, que os cátaros repudiavam, o que poderia ser "o corpo de Nosso Senhor (...) tornado carne e sangue"? Certamente tratava-se de uma declaração literal demais, portanto perturbadora. Outro mistério envolve o legendário tesouro cátaro. Sabe-se que os cátaros eram extremamente ricos. Seu credo os proibia de portar armas. Embora muitos ignorassem tal proibição, o fato é que mercenários eram empregados em grande quantidade, a um custo considerável. As fontes da riqueza cátara - a fidelidade de poderosos proprietários de terras, por exemplo - eram óbvias e explicáveis. Todavia, durante a Cruzada Albigense surgiram rumores a respeito de um fantástico tesouro místico, muito mais importante que riqueza
material. Presume-se que esse tesouro, qualquer que tenha sido, era guardado em Montségur. Quando a fortaleza caiu, nada foi
encontrado. Entretanto, ocorreram incidentes extremamente singulares, relacionados com o cerco e a capitulação de Montségur. Durante o cerco, os atacantes, em número superior a 10 mil, tentaram circundar a montanha e impedir toda saída ou entrada, esperando assim matar os sitiados de fome. Contudo, apesar de sua força numérica, eles não possuíam homens em quantidade suficiente para tornar o bloqueio completamente seguro. Além disso, muitas tropas eram locais e simpatizantes dos cátaros, e inúmeras outras eram simplesmente não confiáveis. Em conseqüência, não era difícil passar desapercebido através das linhas dos atacantes. Havia muitos vazios, através dos quais homens saíam e entravam, e suprimentos atingiam seu destino na fortaleza. Os cátaros aproveitaram esses vazios. Em janeiro, quase três meses antes da queda da fortaleza, dois parfaits escaparam. Segundo relatos confiáveis, eles carregaram consigo a riqueza material dos cátaros muito ouro, prata e moedas, que levaram a uma caverna fortificada nas montanhas e de lá a um castelo aliado. Depois o tesouro desapareceu e nunca mais se ouviu falar nele. Em 1º. de março, Montségur finalmente capitulou. Seus defensores eram então menos de quatrocentos - 150 a 180 parfaits, o restante cavaleiros, valetes e suas famílias. Os termos de rendição propostos eram surpreendentemente tolerantes. Os combatentes receberiam perdão total de todos os crimes precedentes. Receberiam permissão para partir com suas armas, bagagem e alguns presentes, inclusive dinheiro que porventura tivessem recebido de seus empregadores.
Aos parfaits também foi concedida uma generosidade inesperada: seriam liberados e submetidos a penas leves, com a condição de
abjurar suas crenças heréticas. Os defensores solicitaram uma trégua de duas semanas, com
cessação completa das hostilidades, a fim de considerar os termos propostos. Numa demonstração de generosidade não característica, os atacantes concordaram. Em compensação, os defensores voluntariamente ofereceram reféns, estabelecendo-se que eles seriam executados se alguém tentasse escapar da fortaleza. Seriam os parfaits tão comprometidos com suas crenças a ponto de escolher voluntariamente o martírio em lugar da conversão? Ou haveria algo que eles não podiam - ou não se atreviam - confessar à Inquisição? Qualquer que seja a resposta, nenhum dos parfaits, até onde se sabe, aceitou os termos dos atacantes. Todos escolheram o martírio. Além disso, pelo menos vinte dos outros ocupantes da fortaleza, seis mulheres e cerca de quinze combatentes voluntariamente receberam o Consolamentum e tornaram-se parfaits, aceitando assim a morte certa.
A trégua expirou em 15 de março. Na madrugada do dia seguinte, mais de duzentos parfaits foram rudemente arrastados montanha
abaixo. Nenhum deles cometeu perjúrio. Como não houvesse tempo para que se levantassem estacas individuais, eles foram trancados em uma grande cerca no pé da montanha e queimados em massa. Os remanescentes da milícia, confinados no castelo, eram forçados a assistir, sendo prevenidos de que se algum deles procurasse escapar seria morto, assim como os reféns. Apesar do risco, contudo, a milícia concordou em esconder quatro parfaits. E na noite de 16 de março esses quatro homens,acompanhados de um guia, procederam à ousada fuga - de novo com o conhecimento e a cumplicidade da milícia. Desceram a escarpada face oeste da montanha, baixados em cordas de uma centena de metros cada uma. Que estariam esses
homens fazendo? Qual seria o propósito de sua perigosa escapada, que implicava tamanho risco tanto para a milícia quanto para os reféns? No dia seguinte eles poderiam ter saído da fortaleza, livres para recomeçar suas vidas. Por alguma razão desconhecida, no entanto, embarcaram em uma perigosa fuga noturna que poderia facilmente tê-los levado à morte.
Segundo a tradição, esses quatro homens carregavam consigo o legendário tesouro cátaro. Mas um tesouro já havia sido
contrabandeado de Montségur três meses antes. E, de qualquer forma, quanto tesouro - ouro, prata ou moeda - poderiam três ou quatro homens carregar nas costas, pendurados em cordas, montanha abaixo? Se os quatro fugitivos estavam realmente
carregando alguma coisa, seria algo diferente de riqueza material. ( Creio eu que fosse conhecimento ou artefatos ocultistas, parte dele ao menos possivelmente associado a Linhagem Merovíngia ( Talvez algo que incriminasse a Dinastia de alguma forma, falando de sua verdadeira origem que me parece pela lenda da Dinastia ter alguma ligação com os Nefilins biblicos do qual eu falei antes ), em ordens ocultistas esse tipo de conhecimento é mais valorizado do que riquezas materiais e pode ser decisivo em lutas de poder nesse meio ) Que poderiam estar carregando? Acessórios da crença cátara, talvez,
livros, manuscritos, ensinamentos secretos, relíquias, objetos religiosos de alguma espécie; talvez algo que, por uma ou outra razão, não podia cair em mãos hostis. Isto poderia explicar uma fuga que implicasse tal risco para todos. Se alguma coisa tão preciosa tivesse que ser mantida fora do alcance de mãos hostis, por que não havia sido contrabandeada três meses antes, junto com o tesouro material? Por que foi retida na fortaleza até o último e perigoso momento?
A data precisa da trégua nos permitiu deduzir uma resposta possível a estas perguntas. Ela foi pedida pelos defensores da fortaleza, que ofereceram reféns a fim de obtê-la. Por alguma razão, os defensores parecem ter considerado isso necessário - ainda que, dessa forma, só conseguissem retardar o inevitável desenlace por duas semanas. Concluímos que tal demora talvez fosse necessária para ganhar tempo. Não um tempo qualquer, mas aquele tempo específico. Ele coincidiu com o equinócio - e o equinócio pode bem ter significado uma condição ritual para os cátaros ( Para a bruxaria e a antiga religião de mistérios os equinócios são significativos e existem feriados pagãos associados a eles aonde eram realizados rituais com sacrificios humanos e orgias sexuais ). Também coincidiu com a Páscoa. Sabe-se que um certo festival acontecia em 14 de março, véspera da
expiração do prazo. Existe pouca dúvida de que a trégua foi solicitada de modo a que o festival pudesse acontecer, e de que este não poderia ser realizado em uma data escolhida ao acaso. Qualquer que tenha sido o festival ( Creio que um ritual de mágia ), ele certamente causou forte impressão nos mercenários contratados; alguns deles se converteram à crença
cátara, desafiando assim a morte inevitável. Poderia este fato conter a chave, pelo menos parcial, para se descobrir o que era a coisa contrabandeada de Montségur duas noites mais tarde? Essa coisa teria sido necessária para o festival do dia 14? Seria ela instrumental na persuasão de pelo menos vinte dos defensores, os quais se tornaram parfaits no último momento? Poderia ter assegurado a cumplicidade subseqüente da milícia, mesmo com risco de vidas? Se a resposta a todas estas questões é sim, isto explicaria por que ela foi removida no dia 16 e não antes - em janeiro, por exemplo, quando o
tesouro monetário foi transportado para lugar seguro." Sub capitulo "O Mistério dos Cátaros": "Na medida em que ponderávamos sobre estas conclusões, lembrávamo-nos constantemente das lendas que ligavam os cátaros ao cálice sagrado. Não estávamos preparados para encará-las como algo mais do que mitos. Na verdade, não estávamos preparados nem mesmo para afirmar que o cálice houvesse existido. Ainda que o fizéssemos, não podíamos imaginar que um copo ou cálice, houvesse
ele contido ou não o sangue de Jesus, fosse tão precioso para os cátaros, para quem Jesus, afinal, era incidental ( Exceto se a lenda apesar da aparência a primeira vista não tivesse nada haver com Jesus em si, apesar de ter relação com a Tribo de Judá em si, e com a descendência dos Merovingios de membros dessa tribo Judaica ). Entretanto, as lendas
continuaram a nos assombrar e confundir. Por mais evasiva que fosse, alguma ligação parecia existir entre os
cátaros e o culto ao cálice, na forma como ele evoluiu durante os séculos XII e XIII. Vários escritores têm argumentado que os romances sobre o cálice - os de Chrétien de Troyes e de Wolfram Von Eschenbach, por exemplo - constituem uma interpolação do pensamento cátaro, disfarçado em simbolismos que foram elaborados no próprio coração da cristandade ortodoxa. Pode haver algum exagero nesta asserção, mas há também alguma verdade. Durante a Cruzada Albigense, os eclesiásticos investiram contra os romances sobre o cálice, declarando-os perniciosos, até heréticos. E em alguns desses romances existem passagens isoladas que, além de altamente não ortodoxas, são sem dúvida dualistas - ou seja, cátaras. Ainda mais, Wolfram Von Eschenbach declara em um de seus romances que o castelo do cálice se situava nos Pirineus, uma afirmação que Richard Wagner pode ter tomado literalmente. Segundo Wolfram, o nome do castelo era Munsalvaesche - aparentemente, uma versão alemã de Montsalvat, termo cátaro. E em um dos poemas de Wolfram, o senhor do castelo do cálice se chamava Perilla. Ora, o lorde de Montségur era Raimon de Pereille, e seu nome aparece em documentos da época como Perilla, em latim. ( Isso pode ser um indicativo de uma descendência merovíngia desse Lorde de uma região de Languedoc que devia ser uma figura importante dessa Dinastia na epoca )
Se tais coincidências persistiam em nos assombrar, elas devem também ter assombrado Saunière, que estava, afinal, mergulhado nas lendas e no folclore da região. Como qualquer outro nativo dali, Saunière devia perceber constantemente a proximidade de
Montségur, cujo destino trágico ainda dominava a consciência local. Para ele, a própria proximidade da fortaleza pode ter tido algumas implicações de ordem prática. Alguma coisa havia sido contrabandeada de Montségur logo após
o término da trégua. Segundo a tradição, os quatro homens que escaparam da cidadela sitiada carregavam consigo o tesouro cátaro. Mas o tesouro monetário havia sido carregado três meses antes. Poderia o tesouro cátaro, e o tesouro que Saunière descobriu, consistir fundamentalmente de um segredo? Poderia esse segredo estar relacionado, de alguma maneira inimaginável, a algo que ficou conhecido como o cálice sagrado? Para nós, parecia inconcebível que os romances sobre o cálice pudessem ser tomados literalmente. Se alguma coisa foi contrabandeada de Montségur, ela foi levada a algum lugar. Segundo a tradição, foi levada para as cavernas fortificadas de Ornolac, em Ariège, onde um bando de cátaros foi exterminado logo em seguida. Mas nada além de esqueletos foi encontrado em Ornolac. Por outro lado, Rennes-Ie-Château fica somente a meio dia, a cavalo, de Montségur. O que quer que seja que tenha sido contrabandeado de Montségur pode bem ter sido levado a Rennes-Ie-Château ou, mais provavelmente, a algumas cavernas que esburacam as montanhas ao redor. Se a descoberta de Saunière fosse o segredo de Montségur, muita coisa seria explicada. No caso dos cátaros, assim como no de Saunière, a palavra tesouro parece esconder algum tipo de conhecimento ou informação".


Imagem de genealogias merovíngias do livro o Santo Graal e a Linhagem Sagrada, no livro pode ser vista com mais qualidade e em tamanho maior.

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