domingo, 18 de janeiro de 2015

As Linhagens Illuminati - A Dinastia Merovíngia - Parte 5

Continuação do capitulo 3 ""O Santo Graal e a Linhagem Sagrada", "Os Monges Combatentes": No século XVIII, várias fraternidades secretas e semi-secretas admiravam os templários como precursores e iniciados místicos. Muitos maçons da época consideraram os templários seus próprios antecessores. Certos rituais, ou normas, proclamavam uma linha de
descendência direta da ordem, bem como a custódia autorizada de seus segredos. Algumas dessas proclamações são patentemente absurdas. Outras - que repousam, por exemplo, na possível sobrevivência da ordem na Escócia - podem muito bem ter um fundo de validade, ainda que seus adornos sejam espúrios. Em 1789, as lendas formadas ao redor dos templários tinham adquirido proporções míticas, e sua realidade histórica foi obscurecida por uma aura de ofuscação e romance. Eles eram tidos como adeptos do oculto, alquimistas iluminados, magos e sábios, mestres construtores e grandes iniciados - verdadeiros super-homens imbuídos de um incrível e misterioso arsenal de poder e conhecimento. Eram tidos também como heróis e mártires, anunciadores do espírito anticlerical da época; e muitos maçons, ao
conspirarem contra Luís XVI, sentiam se ajudando a implementar a praga lançada por Jacques de Molay sobre a linhagem francesa. Dizse que, quando a cabeça do rei caiu sob a guilhotina, um homem desconhecido subiu ao cadafalso. Ele teria mergulhado sua mão no sangue do monarca, respingado sobre a multidão ao redor e gritado: "Jacques de Molay, estais vingado.” A aura ao redor dos templários não diminuiu após a Revolução. Pelo menos três organizações contemporâneas se denominaram templários, afirmando possuir uma genealogia desde 1314 e mapas cuja autenticidade nunca foi estabelecida. Certas lojas maçônicas adotaram o grau templário, bem como rituais e denominações supostamente originários da ordem original. No final do século XIX, uma sinistra Ordem dos Novos Templários se estabeleceu na Alemanha e na Áustria, empregando a suástica como um de seus emblemas. Figuras como H. O. Blavatsky , fundadora da teosofia ( Luciferiana confessa ligada a ramos femininos da Maçonaria ), e Rudolf Steiner, fundador da antroposofia, falavam de uma "tradição de sabedoria" esotérica que retrocedia através dos rosacruzes até os cátaros e os templários - que seriam repositórios de segredos ainda mais antigos. Nos Estados Unidos, adolescentes são admitidos na Sociedade Molay, sem que eles, ou seus mentores, tenham grandes noções sobre a origem do nome. Na Inglaterra, assim como em outros lugares no Ocidente, Rotary Clubes recônditos se dignificam com o nome templário e incluem figuras públicas eminentes. Lá no reino celeste que sonhou conquistar com sua espada, Hugues de Payen deve agora olhar com certa perplexidade para os cavaleiros de hoje - calvos, barrigudos, de óculos - que ele engendrou. Deve também estar impressionado com a durabilidade e a vitalidade do seu legado. Na França, tal legado é particularmente poderoso. Os templários são uma verdadeira indústria. As livrarias de Paris estão cheias de histórias e narrativas sobre a ordem, algumas válidas, outras mergulhando entusiasticamente na fantasia. Durante o último quarto de século, aproximadamente, várias afirmações extravagantes têm sido feitas em nome dos templários, algumas das quais podem ter fundamento. Certos escritores atribuem a eles a construção, pelo menos em grande parte, das catedrais góticas - ou um ímpeto de algum tipo que explodiu em energia e gênio arquitetural. Outros argumentam que a ordem já estabelecia contatos comerciais com as Américas em 1269, e que muito de sua riqueza derivou de prata mexicana importada. Outros, ainda, dizem que os templários eram possuidores de algum tipo de segredo a respeito das origens do cristianismo, que eram gnósticos, que eram heréticos, que eram afeitos ao islamismo, que buscavam uma unidade criativa de sangues, raças e religiões, uma política sistemática de fusão entre os pensamentos islâmico, cristão e judaico ( Ecumenismo ? Interessante que o Islã por exemplo diminue a figura do Messias, lhe tratando somente como um simples profeta humano como os outros que vieram antes dele, o que do ponto de vista cristão seria um ensinamento herético, no entanto eles buscavam fusão com pensamentos Islâmicos ). E perdura, sempre, a noção - que Wolfram manteve, quase oito séculos atrás de que os templários eram guardiães do cálice sagrado, o que quer que fosse este cálice. As afirmações são freqüentemente ridículas. Ao mesmo tempo, é inegável que existem mistérios e segredos associados aos templários. É evidente que alguns desses segredos pertenciam ao que agora é chamado esoterismo. O que nos intrigava não eram as afirmações extravagantes nem os resíduos esotéricos. Ficamos fascinados, ao contrário, por alguma coisa mais mundana, mais prosaica: a confusão de contradições, improbabilidades, inconsistências e as aparentes cortinas de fumaça existentes na história aceita por todos. Os templários podem bem ter tido segredos esotéricos. Mas algo sobre eles estava sendo ocultado também, algo enraizado nas correntes religiosas e políticas da época. Foi em torno disso que desenvolvemos a maior parte da nossa investigação. Começamos pelo fim da história, ou seja, a queda da ordem e as acusações levantadas contra ela. Muitos livros foram escritos, com explorações e avaliações da possível veracidade dessas acusações; a partir das evidências, nós, como a maioria dos pesquisadores, concluímos que havia nelas alguma base. Por exemplo, inúmeros cavaleiros, quando submetidos ao interrogatório da Inquisição, referiram-se a algo chamado Baphomet. Muitos, e em muitos lugares
diferentes, para que Baphomet possa ter sido invenção de um só indivíduo ou de uma única preceptoria. Ao mesmo tempo, não há nenhuma indicação de quem ou o que Baphomet possa ter sido, o que ele representava, por que ele deveria ter qualquer significância. Parece que Baphomet era considerado com reverência, talvez idolatria. Em algumas situações seu nome era associado às esculturas demoníacas, como gárgulas, encontradas em várias preceptorias. Em outras ocasiões, Baphomet parecia estar associado com a aparição de uma cabeça barbada. A despeito de afirmações de certos escritores
mais antigos, parece evidente que Baphomet não era a tradução do nome Muhammad. Por outro lado, podia ser a tradução do árabe abufihamet, pronunciado em espanhol mouro como bufihimat. Isto significa "pai da compreensão" ou "pai da sabedoria", e em árabe "pai" também pode significar "fonte". Se esta era mesmo a origem de Baphomet, ele se referiria presumivelmente a algum princípiosobrenatural ou divino. Não se sabe o que poderia diferenciar Baphomet de outros princípios desse tipo. Se Baphomet erasimplesmente Deus, ou Alá, por que os templários se preocupariam em rebatizá-lo? E se Baphomet não era Deus nem Alá, quem ou o que seria ele? De qualquer modo, encontramos evidências indiscutíveis que
sustentam a acusação de cerimônias secretas envolvendo algum tipo de cabeça, um dos temas dominantes nos registros da Inquisição. Contudo, seu significado, como o de Baphomet, permanece obscuro. - Talvez pertença à alquimia. No processo de alquimia havia uma fase chamada caput mortuum ou "cabeça morta", o nigredo, ou "preteamento", que aconteceria antes da precipitação da pedra filosofal. Segundo outras narrativas, todavia, a cabeça era a de
Hugues de Payen, o fundador da ordem e seu primeiro grão-mestre. O fato de o brasão de Hugues consistir de três cabeças negras num campo de ouro é bastante sugestivo. ( Essa pratica nojenta de utilizar cabeças de cadaveres como talismãs misticos para algum propósito especifico é associada anteriormente aos sacerdotes dos povos Celtas, os Druidas ( Os Druidas no caso utilizavam para proteção mágica a cabeça de inimigos geralmente ), que possivelmente descendem de Egipcios que migraram a muito tempo para ilhas Britânicas, trazendo com eles as tradições nojentas da antiga escola de mistérios do Egito ) A cabeça pode muito bem estar relacionada com o famoso sudário de Turim, que parece ter permanecido com os templários entre 1204 e 1307; dobrado, ele poderia parecer com uma cabeça. Realmente,
na preceptoria de Templecombe, em Somerset, Inglaterra, foi encontrada a reprodução de uma cabeça que se assemelha
extraordinariamente àquela do sudário de Turim. Ao mesmo tempo, especulações recentes têm ligado a cabeça, pelo menos
tentativamente, à cabeça cortada de João Batista; e alguns escritores têm sugerido que os templários se tinham "infectado" com a heresia Johannite, que denunciava Jesus como um falso profeta e aclamava João como o verdadeiro Messias. Durante suas atividades no Oriente Próximo, os templários sem dúvida estabeleceram contato com as
seitas Johannite, e a possibilidade de tendências Johannite na ordem não é desprezível. Mas não podemos dizer que estas tendências tenham sido absorvidas pela ordem como um todo, ou que elas tenham sido objeto de uma política oficial.
Durante os interrogatórios que se seguiram às prisões em 1307, uma cabeça figurou em duas outras conexões. Segundo os registros da lnquisição, um relicário na forma de uma cabeça de mulher foi encontrado entre os bens confiscados na preceptoria de Paris. Presa no topo, continha relíquias peculiares, sendo descrita da seguinte maneira: Uma cabeça grande banhada de prata, muito bonita, e constituindo a imagem de uma mulher. Dentro dela havia dois ossos de cabeça,
embrulhados em linho branco, com outra toalha vermelha ao redor. Um rótulo estava colado, no qual a legenda CAPUT LVIIIm estava escrita. Os ossos eram os de uma mulher pequena. Uma relíquia curiosa, especialmente para uma instituição rigidamente monástica e militar, como a dos templários. Entretanto, confrontado com essa cabeça feminina, um cavaleiro sob interrogatório declarou que ela não tinha relação com a cabeça masculina barbada usada nos rituais da ordem. CAPUT LVIlIm - "Cabeça 58m" - permanece um enigma intrigante. Vale a pena observar que "m" pode bem não ser um "m", mas o símbolo astrológico da Virgem. A cabeça figura em outra história misteriosa, tradicionalmente relacionada com  Uma grande dama de Maraclea era amada por um templário, um senhor de Sidon; mas ela morreu jovem, e na noite de seu enterro esse amante imoral arrastou-se até a tumba, desenterrou seu corpo e o violou. Então uma voz do além conclamou-o a retornar em nove meses, pois encontraria um filho. Ele obedeceu e, na data marcada,abriu de novo a tumba e encontrou uma cabeça nos ossos da perna do esqueleto (crânio e ossos em cruz). A mesma voz lhe disse: "Guarda bem isto, pois é doador de todas as boas coisas”. Então, ele a carregou consigo. Ela tornou-se seu gênio protetor, e ele podia vencer seus inimigos simplesmente mostrando-lhes a cabeça mágica. No devido tempo, ela tornou-se possessão da ordem. Esta narrativa horrível pode ser seguida retroativamente até um certo Walter Map, que escreveu no final do século XII. Nem ele nem outro escritor, que reconta a mesma fábula quase um século depois, especificam que o necrófilo violador era um templário. Entretanto, por volta de 1307, a história tornou-se intimamente associada à ordem. Foi mencionada repetidamente nos registros da lnquisição, e pelo menos dois cavaleiros confessaram, sob interrogatório, sua
familiaridade com ela. Em narrativas subseqüentes, semelhantes à citada acima, o próprio violador se identifica como templário. Ele permanece como tal nas versões preservadas pela maçonaria, que adotou o crânio e os ossos cruzados, e os emprega freqüentemente como emblema em túmulos. ( Isso indica uma possivel ligação entre a Caveira e Ossos com os Templários ? Lembrando que eles já foram denunciados por profanar tumulos, roubando ossos para utilizar em sua sede, isso é feito provavelmente para uso do osso em proposito ritualistico ) Em parte, a fábula pode ser vista quase como uma versão grotesca da lmaculada Conceição. Em parte, ela poderia ser uma narrativa simbólica, enganosa, de algum ritual de iniciação, um ritualenvolvendo morte e ressurreição figurativas. Um cronista menciona o nome da mulher na história - Yse, que parece derivar de Ísis. Certamente, a fábula evoca ecos dos mistérios associados com Ísis,
bem como aqueles de Tammuz, ou Adonis, cuja cabeça foi lançada ao mar, e de Orfeu, cuja cabeça foi lançada no rio da Via Láctea. As propriedades mágicas evocam também a cabeça de Bran, o Ferido, na mitologia celta e no Mabinogion. E o caldeirão místico de Bran tem sido identificado por inúmeros escritores como associado ao cálice sagrado. Qualquer que tenha sido o significado atribuído ao culto da cabeça, a lnquisição certamente acreditou que ele era importante. Em uma
lista de acusações feitas em 12 de agosto de 1308, existem as seguintes:

Informa-se que em cada província eles possuíam ídolos, isto é, cabeças...
Informa-se que eles adoravam esses ídolos...
Informa-se que eles diziam que a cabeça poderia salvá-los...
Informa-se que (ela poderia) fazer fortunas...
Informa-se que ela fazia florescer as árvores...
Informa-se que ela fazia a terra germinar. . .
Informa-se que eles rodeavam ou tocavam cada cabeça dos ídolos mencionados com pequenas cordas, as quais usavam em volta de si próprios, próximo à camisa ou à pele.

A corda mencionada no último item é reminiscente dos cátaros, que supostamente usavam algum tipo de corda sagrada. O mais extraordinário da lista é a capacidade sugerida de gerar riqueza, fazer florescerem as árvores e trazer fertilidade à terra. Estas propriedades coincidem singularmente com aquelas descritas nos romances sobre o cálice sagrado. De todas as acusações levantadas contra os templários, as mais sérias eram as de blasfêmia e heresia: negar, tripudiar e cuspir sobre
a cruz. Não se sabe precisamente o que esse suposto ritual tencionava significar; em outras palavras, não se sabe o que os
templários estavam realmente repudiando. Repudiavam Cristo, ou simplesmente a crucificação? ( Certamente Cristo ao meu ver, até pelo as práticas em que se envolviam pelo o jeito ) O que exatamente adoravam no lugar do que repudiavam? Ninguém respondeu satisfatoriamente a estas perguntas, mas parece que algum tipo de repúdio ocorria, e este era um princípio' da ordem. Por exemplo, um cavaleiro testemunhou que durante sua admissão na ordem lhe disseram: "Você acredita erradamente, porque ele [Cristo] é na verdade um falso profeta. Acredite somente em Deus que está no céu, e não nele." ( Os muçulmanos por exemplo consideram o Cristo biblico como uma invenção da Igreja Católica, considerando uma heresia lhe render a mesma adoração que se dá a Deus, também não acreditam que ele tenha sido crucificado ou redimido os pecados da humanidade, lhe considerando somente um profeta humano e não um profeta de natureza divina ) " Outro templário declarou ter ouvido: "Não acredite que o homem Jesus, crucificado pelos judeus em Ultramar, é Deus e que ele pode salvá-lo”. Um terceiro cavaleiro afirmou, de forma similar, ter sido instruído a não acreditar em Cristo, um falso profeta, mas somente num "Deus
Superior"; então lhe mostraram um crucifixo e disseram: "Não tenha muita fé nisto. É novo demais”. Tais narrativas são freqüentes, além de suficientemente consistentes para dar crédito às acusações. São também relativamente brandas.
Se a Inquisição desejasse fabricar evidências, ela poderia ter pensado em algo mais dramático, mais incriminante, mais fulminante. Assim, parece que a atitude dos templários em relação a Jesus realmente ia de encontro à ortodoxia católica, ainda que a natureza exata dessa atitude permaneça desconhecida. Em todo caso, existem evidências de que o ritual atribuído aos templários - pular e cuspir sobre a cruz - estava no ar pelo menos meio século antes de 1307. Seu contexto é confuso, mas é mencionado em conexão com a Sexta Cruzada, que ocorreu em 1249." Sub capitulo "Templários: O Lado Obscuro": "Se o fim dos templários esteve cheio de enigmas desconcertantes, a fundação e a história inicial da ordem nos pareceram ainda mais. Já
estávamos perturbados por inúmeras inconsistências e improbabilidades. Nove cavaleiros, nove pobres cavaleiros, apareceram como do nada e, entre todos os outros cruzados formigando a Terra Santa, tiveram os quartéis do rei abertos a eles! Nove pobres cavaleiros, sem admitir nenhum novo recruta em suas fileiras, pretendiam defender sozinhos os caminhos da Palestina. E
não existem registros de que tenham realmente exercido essaatividade, nem mesmo da parte de Fulk de Chartres, o cronista oficial do rei, que certamente deve tê-los conhecido! Como - perguntamos - poderiam suas atividades, seu movimento, ter escapado à observação de Fulk? Parece incrível, mas o cronista nada diz. Ninguém diz nada, de fato, até que aparece Guillaume de Tyre, um bom meio século depois. O que se pode concluir? Que os cavaleiros não estavam engajados no valioso serviço público a eles atribuído? Em vez disso, estavam, por exemplo, envolvidos em alguma atividade mais clandestina, desconhecida até do cronista oficial? Ou estava o próprio cronista amordaçado? Esta última parece ser a explicação mais provável, pois dois nobres dos mais ilustres juntaram-se a eles, nobres cuja presença não poderia passar desapercebida.De acordo com Guillaume de Tyre, a Ordem do Templo foi estabelecida em 1118, compreendia nove cavaleiros e não admitiunovos recrutas durante nove anos. Entretanto, os registros dizem claramente que o conde de Anjou - pai de Geoffrey Plantagenet - juntou-se à ordem em 1120, apenas dois anos após sua suposta fundação. E em 1124 o conde de Champagne, um dos mais ricos senhores da Europa, fez o mesmo. Se Guillaume de Tyre estava certo, não deveriam ter existido novos membros até 1127; mas por volta de 1126 os templários haviam de fato admitido quatro novos membros. Teria Guillaume se enganado, então, ao dizer que nenhum
membro novo foi admitido por nove anos? Ou ele estaria correto naquela informação, mas errado na data que atribui à fundação da ordem? Se o conde de Anjou se tornou um templário em 1120, e se a ordem não admitiu novos membros por nove anos após sua fundação, esta fundação não dataria de 1118, mas pelo menos de 1111 ou 1112. De fato, existem evidências muito persuasivas a favor desta conclusão. Em 1114, o conde de Champagne estava se preparando para uma jornada à Terra Santa. Pouco antes de sua partida, recebeu uma carta do bispo de Chartres. Em uma parte da carta o bispo escreveu: "Nós ouvimos dizer que (...) antes de partir para Jerusalém você fez um voto para juntar-se à milícia de Cristo, que você deseja unir-se a esse exército evangélico." Milícia de Cristo era o nome pelo qual os templários eram conhecidos, e o nome pelo qual São Bernardo se refere a eles. Dentro do contexto da carta do bispo, a menção não deve, definitivamente, referir-se a nenhuma outra instituição. Ela não pode significar, por exemplo, que o conde de Champagne simplesmente decidiu tornar-se um cruzado, pois o bispo continua a falar de um voto de castidade como conseqüência de sua decisão. Tal voto não seria exigido de um cruzado qualquer. A partir
da carta do bispo, fica claro que os templários já existiam, ou pelo menos tinham sido planejados, em 1114, quatro anos antes da data geralmente aceita; e que, já em 1114, o conde de Champagne tencionava ingressar em suas fileiras, o que finalmente veio a fazer uma década depois. Um historiador que percebeu essa carta tirou a curiosa conclusão de que o bispo não podia ter desejado dizer o que disse. Não poderia ter desejado referir-se aos templários, argumenta o historiador em questão, pois a ordem dos templários só foi fundada quatro anos depois, em 1118. Ou talvez o bispo não soubesse em que ano de Nosso Senhor ele estava ao escrever a carta? O bispo morreu em 1115. Como, em 1114, poderia ele referir-se erroneamente a alguma coisa que ainda não existia? Só há uma resposta possível, e óbvia, a esta pergunta: não é o bispo que está errado, mas Guillaume de Tyre, bem como todos os historiadores subseqüentes, que insistem em considerar Guillaume uma autoridade incontestável. Uma data anterior para a fundação da Ordem do Templo, em si mesma, não é necessariamente suspeita. Mas existem outras
circunstâncias - e coincidências singulares - que decididamente o são. Pelo menos três dos nove cavaleiros fundadores, incluindo Hugues de Payen, parecem ter vindo de regiões vizinhas, ter tido laços familiares, terem se conhecido previamente e terem sido vassalos do mesmo senhor. Este senhor era o conde de Champagne, a quem o bispo de Chartres dirigiu sua carta em 1114 e que se tornou templário em 1124, jurando obediência ao seu próprio vassalo! Em 1115, o conde de Champagne doou as terras nas quais São Bernardo, patrono dos templários, construiu a famosa abadia de Clairvaux; e um dos
nove cavaleiros fundadores, André de Montbard, era tio de São Bernardo. A corte do conde de Champagne, uma escola influente de estudos cabalísticos e esotéricos em Troyes, florescia desde 1070. No Conselho de Troyes, em 1128, os templários foram oficialmente incorporados. Troyes permaneceu como o centro estratégico da ordem durante os dois séculos seguintes; e ainda hoje existe um bosque adjacente à cidade chamado Forêt du Temple. Em Troyes, corte do conde de Champagne, surgiu um dos primeiros romances sobre o cálice - possivelmente o primeiro -, escrito por Chrétien de Troyes.No meio desse acúmulo de dados, pudemos começar a enxergar uma tênue rede de conexões, um padrão que parecia mais que mera coincidência. Se tal padrão de fato existisse, certamente apoiarianossa suspeita de que os templários estiveram envolvidos em alguma atividade clandestina. Quanto ao tipo de atividade, entretanto, só podíamos especular. Uma das bases para nossa especulação era o local de domicílio dos cavaleiros: a ala do palácio real, o monte do Templo, tão inexplicavelmente entregue a eles. Em 70 d.C. o Templo foi saqueado por legiões romanas lideradas por Titus. Seu tesouro foi roubado e levado para Roma, depois roubado de novo e levado para os Pirineus. E se, no Templo, houvesse algo mais, algo ainda mais importante que o tesouro pilhado? É possível que os padres do Templo, confrontados com o avanço das falanges de centuriões, tenham deixado para os saqueadores o espólio que estes esperavam encontrar. E se havia alguma coisa mais, ela pode bem ter sido escondida em algum lugar próximo dali. Embaixo do Templo, por exemplo. Entre os Manuscritos do Mar Morto, encontrados em Qumrãn, existe um, conhecido hoje como o Manuscrito de Cobre. Decifrado na Universidade de Manchester em 1955-56, ele faz referências explícitas a grandes quantidades de lingotes, vasos sagrados, materiais e tesouros de espécie não identificada.Menciona 24 coleções diferentes enterradas embaixo do Templo. ( Talvez algum objeto sagrado que podia ser utilizado em um contexto ritualistico no ocultismo em mãos erradas tenha sido escondido, o que levou os Templários a procurarem por ele, ou algum texto com informação valiosa, talvez associada a segredos do misticismo Judaico ( Cabala ), da qual o Conde de Champagne que era o mestre de Hughes de Payen nutria grande interesse, de qualquer forma não dá nem para ter certeza se eles procuraram ou acharam algo lá, apesar que alguma coisa ocorreu para eles do nada terem ganhado tanta autoridade e poder da ICAR, conhecimento ou poder mistico/ocultista adquirido de alguma forma especifica pode muito bem ser a razão por trás disso, uma especulação que se costuma fazer é em cima do grimório chamado Goetia que costuma ser associado ao Rei Salomão ( que por certo periodo adorou de fato deuses pagãos até aparentemente se arrepender no fim de sua vida ) que daria instruções para invocações de principados Infernais, não sei se existe algum fundo de verdade nisso, mais isso poderia explicar o grande poder e autoridade que eles viriam a receber pela ICAR posteriormente, certamente não me parece que isso poderia ser alcançado somente com riquezas materiais escondidas que ainda não haviam sido pilhadas dos escombros do templo, o que seriam trocados comparado a riqueza da Igreja naquele tempo, outra informação que talvez seja mais uma pista sobre o que os templários encontraram na região é a sobre um possivel descendente da dinastia merovingia que tem seu nome ligado a uma das estranhas lendas associadas a figura mitológica de Melusina ( Um tipo de criatura feminina aquatica metade mulher, metade reptil ), esse seria Guy de Lusignan da Dinastia Lusignan que antes dele nascer viria a ter ao menos um membro de sua familia se casando com um membro da dinastia merovíngia, Guy chegou a ser por um periodo de tempo o rei de Israel, e sendo descendente de uma dinastia nobre com sangue misturado aos Merovíngios, ele podia muito bem ter alguma conexão aos templários ou ao Priorado de Sião que se lembro bem era influente na escolha de novos reis em Jerusálem, até para chegar a posição em que ele chegou, na versão da lenda associada a ele, Guy teria se casado com essa Melusina que deu muitos filhos a ele ( na história não existe registro de ele ter deixado descendentes, suas filhas com a princesa Sibilla que é a mulher que se sabe publicamente na epoca que ele teve ficaram doentes e morreram sem deixar filhos, isso no entanto não significa que ele necessariamente não tenha tido nenhum em segredo, e apesar de ser uma lenda ( que é um meio pelo qual ocultistas as vezes transmitem informações ) é interessante de qualquer forma ver o nome desse nobre associado a uma criatura demoniaca aquatica da mesma forma que a Dinastia merovíngia e mesmo o criador da Dinastia Lusignan também tem ( Raymond de Lusignan, que segundo uma lenda, teria se casado também com uma Melusina ) ), curiosamente alguns estudiosos creem que a expressão Santo Graal deriva dos termos Sang Real, que é uma referência a um tipo de linhagem sanguinea diferenciada ( No caso dessas lendas terem um pingo de verdade, uma linhagem humana que carregaria o sangue de criaturas demoniacas )  Em meados do século XII, um certo Johann Von Würzburg, peregrinou à Terra Santa, escreveu sobre uma visita aos chamados Estábulos de Salomão, situados exatamente sob o Templo e ainda visíveis. Eles eram grande o bastante, contou Johann, para comportar duzentos cavalos; e era ali que os templários guardavam suas montarias. Segundo pelo menos um outro historiador, os templários já usavam esses estábulos em 1124, quando eram supostamente apenas nove. Pareceu-nos, então, que a incipiente ordem, logo após sua concepção, iniciou escavações sob o Templo. Tais escavações podem bem implicar que os cavaleiros estavam procurando ativamente alguma coisa. Isto pode até mesmo implicarque eles foram deliberadamente enviados à Terra Santa, com o objetivo expresso de encontrar alguma coisa. Se esta suposição é válida, ela explicaria uma série de anomalias, como sua instalação no
palácio real e o silêncio do cronista. Se eles foram enviados à Palestina, quem os enviou? Em 1104 o conde de Champagne reuniu-se em um conclave com nobres de alta linhagem, pelo menos um dos quais estava recém retornado de Jerusalém. Entre os presentes, havia representantes de algumas famílias - Brienne, Joinville e Chaumont ( Pelo menos os Chaumonts eu lembro de terem posteriormente se ligado por meio de casamento a dinastia Merovíngia, as outras familias eu não lembro se possuem alguma ligação com essa dinastia ) - que, descobrimos mais tarde, entrariam significativamente em nossa história. Tambémestava presente o soberano André de Montbard, um dos co-fundadores do Templo e tio de São Bernardo. Logo após o conclave, o conde de Champagne partiu para a Terra Santa e permaneceu lá quatro anos, retornando em 1118. Em 1114, fez uma segunda jornada à Palestina, tencionando unir-se à milícia de Cristo. Depois mudou de idéia, retornando à Europa um ano maistarde. Ao retornar, ele imediatamente doou um pedaço de terra à Ordem Cisterciense, cujo eminente porta-voz era São Bernardo. Nesse pedaço de terra São Bernardo construiu a abadia de Clairvaux, onde estabeleceu sua própria residência e consolidou a Ordem Cisterciense. Antes de 1112 os cistercienses estavam perigosamente próximos da bancarrota, mas tiveram uma espetacular mudança de sorte sob a direção de São Bernardo. Meia dúzia de abadias foram construídas nos dois anos seguintes. Por volta de 1153, existiam mais de trezentas, das quais São Bernardo em pessoa fundou. Este crescimento extraordinário coincide com o da Ordem do Templo, que nos mesmos anos estava se expandindo da mesma maneira. E, como já dissemos, um dos co-fundadores da Ordem do Templo foi o tio de São Bernardo, André de Montbard. Vale a pena revisar essa complicada seqüência de eventos. Em 1104,o conde de Champagne partiu para a Terra Santa após ter-se encontrado com certos nobres, um dos quais mantinha relações com André de Montbard. Em 1112, o sobrinho de André de Montbard, São Bernardo, juntou-se à Ordem Cisterciense. Em 1114, o Conde de Champagne partiu numa segunda jornada à Terra Santa, com a intenção de juntar-se à Ordem do Templo - que foi co-fundada por seu próprio vassalo e por André de Montbard, e que, como atesta a carta do bispo de Chartres, já existia ou estava em processo de ser estabelecida. Em 1115, o conde de Champagne retornou à Europa, tendo permanecido menos de um ano, e doou terras para a abadia deClairvaux, cujo abade era o sobrinho de André de Montbard. Nos anos que se seguiram tanto os cistercienses quanto os templários - a Ordem de São Bernardo e a de André de Montbard - gozaram de um crescimento fenomenal, tornando-se imensamente ricas. Na medida em que ponderávamos esta seqüência de eventos, ficávamos cada vez mais convencidos de que havia um padrão indicando e governando tão intricada rede. Ele não parecia ocasionalou incidental. Pelo contrário, havia indicações de que estávamos lidando com os vestígios de algum desígnio complexo e ambicioso, cujos detalhes haviam sido perdidos para a história. Para reconstruir esses detalhes, desenvolvemos uma hipótese experimental, um cenário, por assim dizer, que poderia acomodar os fatos conhecidos. Supusemos que alguma coisa fora descoberta na Terra Santa, acidentalmente ou não; algo muito importante, que despertou ointeresse de alguns nobres mais influentes da Europa. Mais tarde, supusemos que essa descoberta envolvia, direta ou indiretamente, uma grande riqueza material - bem como, talvez, alguma coisa mais, alguma coisa que precisava ser mantida secreta, que só poderia ser divulgada entre um reduzido número de senhores de alta linhagem. Finalmente, supusemos que essa descoberta foi relatada e discutida no conclave de 1104. Imediatamente após, o conde de Champagne partiu em direção à Terra Santa, para verificar pessoalmente, talvez, o que havia ouvido, ou para implementar alguma linha de ação - a fundação, por exemplo, do que se tornou depois a Ordem do Templo. Em 1114, se não antes, os templários estavam estabelecidos, com o conde de Champagne desempenhando um papel crucial, talvez agindo como guia espiritual e patrocinador. Por volta de 1115, já havia dinheiro circulando de novo na Europa e nos cofres dos cistercienses, os quais, sob a liderança de São Bernardo e a partir de sua nova posição de força, ratificavam e concediam credibilidade à incipiente Ordem do Templo. Com São Bernardo, os cistercienses obtiveram ascendência espiritual sobre a Europa. Com Hugues de Payen e André de Montbard, os templários obtiveram ascendência militar e administrativa sobre a Terra Santa, e tal ascendência se espalhou rapidamente pela Europa. Por trás do crescimento de ambas as ordens fulgurava a presença detio e sobrinho, bem como a riqueza, a influência e o patronato do conde de Champagne. Estes três indivíduos constituem um elo vital. São como marcadores rompendo a superfície da história, indicando as tênues configurações de algum desígnio elaborado e oculto. Se tal desígnio realmente existiu, ele não pode ser atribuído apenas a estes três homens. Pelo contrário, deve ter envolvido muita cooperação de outras pessoas e uma grande e meticulosa organização. Organização talvez fosse a palavra-chave, pois nossa hipótese, para validar-se, pressupunha um nível de organização comparável ao de uma ordem: uma terceira ordem, secreta, por trás das conhecidas e documentadas ordens Cisterciense e do Templo. Fundamentos para a existência de tal terceira ordem não demorariam a chegar. Enquanto isso, nos dedicamos à hipotética descoberta na Terra Santa, a base especulativa sobre a qual estabelecemos nosso cenário. O que poderia ter sido encontrado lá? O que estaria na posse dos templários,de São Bernardo e do conde de Champagne? Até o final de
sua história, os templários esconderam o local e a natureza de seu segredo. Nem mesmo documentos sobreviveram. Se o tesouro em questão fosse simplesmente financeiro - lingotes, por exemplo - não teria havido necessidade de destruir ou ocultar todos os registros, normas e arquivos. A conclusão é que os templários mantinham sob custódia alguma coisa tão preciosa que nem mesmo a tortura retiraria de seus lábios uma referência a ela. Riqueza, simplesmente, não inspiraria tão absoluta e unânime ocultação. Qualquer que tenha sido sua natureza, ela tinha algo a ver com outros assuntos, tais como a atitude da ordem em relação a Jesus. Em 13 de outubro de 1307, os templários em toda a França foram capturados pelos senescais de Filipe, o Belo. É uma afirmação que não encerra toda a verdade. Os templários de pelo menos uma preceptoria - a preceptoria de Bézu, adjacente a Rennes-le-Château - deslizaram através da rede armada pelo rei. Como e por que escaparam? Para responder a esta pergunta, fomos compelidos a investigar as atividades da ordem nas vizinhanças de Bézu. Essas atividades revelaram-se bastante extensas. Realmente, houve meia dúzia de preceptorias e outras propriedades na área, que cobria cerca
de 30km. Em 1153, um nobre da região - simpatizante dos cátaros tornou-se o quarto grão-mestre da Ordem do Templo. Seu nome era Bertrand de Blanchefort ( Blanchefort é uma familia Merovíngia ) , e seu lar ancestral se situava num pico de montanha a
poucos quilômetros de Bézu e de Rennes-le-Château . Bertrand de Blanchefort, que presidiu a ordem de 1153 até 1170, foi
provavelmente o mais importante de todos os grão-mestres templários. Antes de seu comando, a hierarquia e a estrutura
administrativa da ordem eram nebulosas. Foi Bertrand quem transformou a organização dos templários na instituição hierárquica
soberbamente eficiente, bem organizada e disciplinada que ela veio a ser. Foi Bertrand quem lançou os templários na alta diplomacia e na política internacional. Foi Bertrand quem criou para eles uma esfera maior de interesses na Europa, e particularmente na França. E, segundo evidências que sobreviveram, o mentor de Bertrand - alguns historiadores o colocam mesmo como o grão-mestre imediatamente precedente - foi André de Montbard. Poucos anos após a incorporação dos templários, Bertrand não só integrou suas fileiras, como também conferiu a eles terras nas proximidades de Rennes-Ie-Château e de Bézu. E, em 1156, tendo Bertrand como grão-mestre, a ordem importou para a área, segundo dizem, um contingente de mineiros de língua alemã. Estes trabalhadores teriam sido submetidos a uma disciplina rígida, virtualmente militar. Eram proibidos de confraternizar com a população local e mantidos estritamente segregados da comunidade dos arredores. Até mesmo um corpo judicial especial, La judicature des Allemands, foi criado para lidar com aspectos legais e técnicos referentes a eles. Sua pretensa tarefa era trabalhar nas minas de ouro e nas encostas da montanha em Blanchefort - minas de ouro que haviam sido totalmente exauridas pelos romanos quase mil anos antes. Durante o século XVII, engenheiros foram comissionados para
investigar as perspectivas mineralógicas da área e fornecer relatórios detalhados. No transcorrer de seu relatório, um deles, César d'Arcons, discutiu as ruínas que havia encontrado, restos da atividade dos trabalhadores alemães. Baseado em sua pesquisa, declarou que os trabalhadores alemães não parecem ter sido engajados em trabalhosde mineração. Em que estariam engajados, então? César d'Arcon não estava seguro; talvez fundição de alguma coisa, construção de algo em metal, talvez escavação de algum tipo de cripta subterrânea, criando uma espécie de depósito. Qualquer que seja a resposta a este enigma, os templários estavam presentes nas vizinhanças de Rennes-le-Château desde pelo menos a metade do século XII. Por volta de 1285 houve umapreceptoria principal a poucos quilômetros de Bézu, em Campagnesur - Aude. Mas, no final do século XIII, Pierre de Voisins, senhor de Bézu e de Rennes-le Château, convidou para a área um destacamento especial de templários da província de Roussillon. Este destacamento se estabeleceu na cúpula da montanha de Bézu, erigindo um posto de vigia e uma capela. Supostamente, os templários de Roussillon tinham sido convidados a Bézu para cuidar da segurança da região e proteger a rota de peregrinação que atravessava o vale e ia até Santiago de Compostela, na Espanha. Éduvidoso que essa patrulha extra tivesse sido necessária. Em primeiro lugar, eles não podem ter sido numerosos - não o suficiente para representar uma diferença significativa. Em segundo lugar, já havia templários na região. Finalmente, Pierre de Voisin tinha suas próprias tropas que, junto com os templários que já estavam lá, poderia garantir a segurança das redondezas. Por que, então, os templários de Roussillon foram a Bézu? Segundo a tradição local, foram para espionar. E para explorar, ou enterrar, ou guardar um
tesouro de algum tipo. Qualquer que tenha sido sua misteriosa missão, eles obviamente gozavam de imunidade especial. De todos os templários da França, foram os que permaneceram sem ser molestados pelos senescais de Filipe, o Belo, em 13 de outubro de 1307. Naquele dia fatídico, o comandante do contingente de templários em Bézu era o senhor de Goth. E o arcebispo de Bordeaux - peão vacilante do rei Filipe, antes de tomar o nome de papa Clemente V - era Bertrand de Goth. Além do mais, a mãe do novo pontífice era Ida de Blanchefort, da mesma família de Bertrand de Blanchefort. O papa saberia, então, de algum segredo confiado à custódia de sua família, um segredo que permaneceu na família Blanchefort até o século XVIII, quando o
abade Antoine Bigou, pároco de Rennes-Ie-Château e confessor de Marie de Blanchefort, compôs os pergaminhos encontrados por Saunière? Se este era o caso, o papa pode bem ter estendido algum tipo de imunidade ao seu parente que comandava os templários em Bézu. A história dos templários nas proximidades de Rennes-Ie-Château era tão carregada de enigmas intrigantes como a história da ordem em geral. Realmente, havia uma série de fatores - o papel de Bertrand de Blanchefort, por exemplo - que pareciam constituir um elo entre os enigmas gerais e os mais localizados. Ao mesmo tempo, nos confrontávamos com um amontoado desencorajante de coincidências, numerosas demais para serem ocasionais. Estaríamos nós lidando, de fato, com um padrão calculado? Se sim, a pergunta óbvia era quem o elaborou, pois padrões de tal complexidade não se formam sozinhos. Todas as evidências de que podíamos dispor apontavam para um planejamento meticuloso e uma organização cuidadosa. Tanto que suspeitávamos cada vez mais quedeveria haver um grupo específico de indivíduos, talvez dentro de uma ordem de algum tipo, trabalhando assiduamente por trás da cena. Não tivemos que procurar a confirmação da existência de tal ordem. A confirmação se nos impôs."


Desenho do antigo grão mestre dos Cavaleiros Templários, Bertrand de Blanchefort, descendente da dinastia Merovíngia e possivelmente o grão mestre mais importante da história da ordem dos Cavaleiros Templários, como o Priorado, os Cavaleiros Templários sofriam grande influência de descendentes dessa dinastia de reis.




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