segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

As Linhagens Illuminati - A Dinastia Merovíngia - Parte 7



Parte 2 do Livro "O Santo Graal e a Linhagem Sagrada", Capitulo 5 "A Ordem atrás da Cena" "Já suspeitávamos da existência de um grupo de pessoas, ou até mesmo de uma ordem coerente, por trás dos templários. Logo, a hipótese de que o Templo fora criado pelo Monastério do Sinai parecia mais plausível que as outras hipóteses contidas nos Documentos do Monastério. Começamos nosso exame a partir daí. O Monastério do Sinai já havia sido mencionado, de forma breve e enigmática, em um trabalho de Gérard De Sède, datado de 1962. Mas a primeira referência detalhada que encontramos foi numa única página nos Dossiers secrets. No topo dessa página há uma citação de René Grousset, uma das mais importantes autoridades do século XX
sobre as Cruzadas, cuja monumental opus sobre o assunto, publicada durante os anos 30, é considerada um trabalho seminal por
historiadores modernos, como Sir Steven Runciman. A citação se refere a Baudouin I, irmão mais jovem de Godfroi de Bouillon, duque de Lorraine e conquistador da Terra Santa. Com a morte de Godfroi, Baudouin aceitou a coroa a ele oferecida, tornando-se o primeiro rei oficial de Jerusalém. Segundo René Grousset, existiu, através de Baudouin I, uma "tradição real". E como ela era "fundada sobre a rocha do Sinai", esta tradição era "igual" às dinastias reinantes na Europa - a dinastia francesa dos Capetos, a dinastia anglo-normanda da Inglaterra (Plantagenet), as dinastias Hohenstauffen e Habsburgo
que governaram a Alemanha e o Sacro Império Romano, mais antigo. Mas Baudouin e seus descendentes foram reis eleitos, e não reis por direito de sangue. Por que, então, falaria Grousset de uma "tradiçãoreal" que "existia através" dele? O próprio Grousset não explica. Tampouco explica por que esta tradição, por ser "fundada sobre a rocha do Sinai", seria "igual" às mais importantes da Europa. A citação de Grosset nos Dossiers secrets é seguida de uma alusão ao misterioso Monastério do Sinai  ou Ordem do Sinai, como era aparentemente chamada na época. Segundo o texto, tal ordem foi fundada por Godfroi de Bouillon ( Merovíngio como mencionei antes ) em 1090, nove anos antes da conquista de Jerusalém - embora existam outros Documentos do
Monastério que apontem o ano de 1099 como o da fundação. Segundo o texto, Baudouin, o irmão mais jovem de Godfroi, "devia seu
trono" à ordem. E, ainda segundo o texto, o assento oficial, ou"quartel-general", da ordem era uma abadia específica, a abadia de Notre Dame do Monte Sinai, em Jerusalém. Ou talvez na fronteira de Jerusalém, no monte Sinai, a famosa "alta montanha ao sul da cidade". Ao consultar todos os trabalhos exemplares do século XX sobre as Cruzadas, não encontramos menção a nenhuma Ordem do Sinai. Assim, procuramos estabelecer se tal ordem realmente existiu e se teve o poder de conferir tronos. Fomos obrigados a vasculhar pilhas e pilhas de documentos e mapas antigos. Não procuramos apenas referências explícitas à ordem, mas também qualquer traço de sua possível influência e atividades. Buscamos confirmar se havia ou não uma abadia chamada Notre Dame do Monte Sinai. Ao sul de Jerusalém desponta a alta montanha do Sinai. Em 1099, quando Jerusalém caiu sob os cruzados de Godfroi de Bouillon, erguiam-se ali as ruínas de uma antiga basílica bizantina, datada supostamente do século IV e chamada "a mãe de todas as Igrejas", um título dos mais sugestivos. Segundo numerosos mapas ainda existentes, além de crônicas e narrativas, uma abadia foi construídano local dessas ruínas, por ordem expressa de Godfroi de Bouillon. Deve ter sido um edifício imponente, que abrigou uma comunidade reservada. Segundo um cronista que escreveu em 1172, ela era muito
fortificada, com suas próprias muralhas, torres e parapeitos, formando uma estrutura chamada Abadia de Notre Dame do Monte Sinai. Obviamente, alguém tinha de ocupar essas propriedades. Teriam sido ocupadas por uma ordem autônoma, que tinha o nome do próprio local? Seriam os ocupantes da abadia membros da Ordem do Sinai? Isto parecia plausível. Os cavaleiros e monges que ocuparam a Igreja do Santo Sepulcro, também instalada por Godfroi, eram formados em uma ordem oficialmente constituída, a Ordem do Santo Sepulcro. O mesmo princípio poderia aplicar-se aos ocupantes da Abadia do Monte Sinai, e isto parece ter de fato ocorrido. Segundo especialistas do século XIX, a abadia "era habitada por um ramo dos augustinianos, encarregados de servir aos santuários sob a direção de um abade. A comunidade assumia o duplo nome de Santa Maria do Monte Sinai e
do Santo Espírito." Outro historiador, que escreveu em 1698, foi ainda mais explícito: "Em Jerusalém, durante as Cruzadas, houve cavaleiros ligados à Abadia de Notre Dame do Sinai que levavam o nome de Cavaleiros da Ordem de Notre Dame do Sinai."
Se isto não fosse confirmação suficiente, nós descobrimos também documentos da época - documentos originais - que portavam o selo e a assinatura de um ou outro monge de Notre Dame do Sinai. Um mapa, por exemplo, é assinado pelo monge Amaldus e data de 19 de julho de 1116. Em outro mapa, datado de 2 de maio de 1125, o nome de Amaldus aparece ao lado do de Hugues de Payen, primeiro grão mestre do Templo. Até aí os documentos se revelaram válidos. Podíamos perceber que uma Ordem do Sinai existiu na virada do século XII. Contudo, a data de formação da ordem permanece em aberto. As informações não têm consistência suficiente para que se determine quem nasceu primeiro, se a ordem ou as propriedades em que ela se instalou. Os cistercienses, por exemplo, tomaram seu nome de um local específico, Cîteaux. Por outro lado, franciscanos e beneditinos - para citar somente dois exemplos - tomaram seu nome de pessoas. O máximo que podíamos afirmar era que uma abadia existiu por volta de 1100 e abrigou uma ordem de mesmo nome, a qual pode ter sido fundada antes. Os Documentos do Monastério implicam isso, e algumas evidências sugerem, embora de forma vaga e indireta, que a ordem existiu antes da abadia. Sabe-se que em 1070 - ou seja, 29 anos antes da Primeira Cruzada - monges vindos da Calábria, no sul da Itália, chegaram às vizinhanças da floresta de Ardenas, parte dos domínios de Godfroi de Bouillon. Segundo Gérard De Sède, este grupo foi liderado por um homem chamado Ursus - um nome que os Documentos do Monastério associam consistentemente à linhagem merovíngia. ( Do qual já abordamos a respeito em uma parte anterior ) Ao chegar em Ardenas, os monges calabreses obtiveram o patrocínio de Mathilde de Toscane, duquesa de Lorraine, tia de Godfroi de Bouillon e, na realidade, sua madrasta ( Da mesma dinastia dele também ). Os monges receberam de Mathilde um pedaço de terra em Orval, próximo de Stenay, onde Dagobert II tinha sido assassinado quinhentos anos antes. Uma abadia foi construída para abrigá-los lá, mas eles não permaneceram muito tempo em Orval. Por volta de 1108, desapareceram misteriosamente, sem deixar registro sobre o destino que tomaram. A tradição diz que eles retornaram à Calábria. Orval,por volta de 1131, tornara-se um dos feudos de São Bernardo. As Linhagens Illuminati - A Dinastia Merovíngia - Parte 4 Antes de sua partida de Orval, todavia, os monges calabreses podem ter deixado uma marca indelével na história ocidental. Segundo Gérard De Sède, pelo menos, estava entre eles um homem depois conhecido como Pedro, o Eremita. Isto era muito importante, pois Pedro, o Eremita, é freqüentemente tido como o tutor pessoal de Godfroi de Bouillon. Esta não era a única razão de sua fama. Em 1095, juntamente com o papa Urbano lI, Pedro tornou-se conhecido
em toda a cristandade por pregar carismaticamente a necessidade de uma Cruzada, uma guerra que reclamasse o sepulcro de Cristo e resgatasse a Terra Santa das mãos dos infiéis muçulmanos. Hoje, Pedro, o Eremita, é considerado um dos líderes instigadores das Cruzadas. Com base nas pistas contidas nos Documentos do Monastério, começamos a perguntar se, na sombra, poderia ter havido algum tipo de continuidade entre os monges de Orval, Pedro, o Eremita e a Ordem do Sinai. Nesse caso, os monges em Orval não seriam um grupo ao acaso de devotados religiosos itinerantes. Ao contrário, seus movimentos - sua chegada coletiva em Ardenas e seu misterioso desaparecimento en masse - atestam algum tipo de coesão, de organização e talvez uma base permanente em algum lugar. E se Pedro integrava esse grupo de monges, sua pregação por uma Cruzada pode bem ter sido uma política calculada, e não uma manifestação de fanatismo impetuoso. Se ele era o tutor pessoal de Godfroi, além de tudo, ele pode bem ter exercido alguma influência na decisão de seu pupilo de embarcar para a Terra Santa. E quando os monges desapareceram de Orval, eles podem não ter retornado à Calábria, afinal. Podem ter-se estabelecido em Jerusalém, talvez na
Abadia de Notre Dame do Sinai. Esta, naturalmente, era só uma hipótese especulativa, sem confirmação documentada. Contudo, novamente encontramos, logo depois, evidências fragmentadas e circunstanciais que a apoiavam. Sabe-se que, ao partir para a Terra Santa, Godfroi de Bouillon foi acompanhado por uma comitiva de figuras anônimas que agiam como conselheiros e administradores - o equivalente, de fato, a uma comitiva moderna. Mas o exército de Godfroi não foi o único exército cristão a partir para a Palestina. Houve pelo menos três outros, cada um comandado por um ilustre e influente potentado ocidental. Se a Cruzada fosse bem-sucedida, se Jerusalém caísse e se um reino franco fosse estabelecido, qualquer um desses quatro potentados seria elegível ao trono. Mas parece que Godfroi sabia de antemão que ele seria selecionado. Foi o único a renunciar aos seus feudos, vender todos os seus bens e deixar claro que a Terra Santa seria seu domínio pelo resto de sua vida. Em 1099, imediatamente após a captura de Jerusalém, um grupo de figuras anônimas reuniu-se em conclave secreto. A identidade desse grupo tem escapado a todas as investigações históricas embora Guillaume de Tyre, ao escrever 75 anos depois, tenha narrado que o mais importante deles era "um certo bispo da Calábria". Em todo caso, o propósito de tal reunião era claro: eleger um rei para Jerusalém. A despeito de uma demanda persuasiva por parte de Raymond, conde de Toulouse, os misteriosos e obviamente influentes eleitores logo ofereceram o trono a Godfroi de Bouillon. E este, com uma modéstia não característica, declinou, aceitando em vez disso o título de Defensor do Santo Sepulcro. Em outras palavras, ele era um rei em tudo, menos no nome. E quando morreu, em 1100, seu irmão, Baudouin, não hesitou em também aceitar o nome. ( Me parece que sua linhagem teve influência nisso, vale lembrar aqui a importância que linhagens sanguineas tem no meio ocultista, e a linhagem Merovíngia era considerada pela Nobreza Européia uma linhagem sanguinea especial por razões não explicadas tão claramente )  Seria o misterioso conclave que elegeu Godfroi constituído pelos efêmeros monges de Orval - incluindo talvez Pedro, o Eremita, que estava na Terra Santa na época e gozava de considerável autoridade? Poderia esse conclave ter ocupado a Abadia do Monte Sinai? Em resumo, poderiam estes três grupos de indivíduos, ostensivamente distintos uns dos outros - os monges de Orval, o conclave que elegeu Godfroi e os ocupantes de Notre Dame do Sinai -, ser o mesmo e um só grupo? Esta possibilidade não pode ser provada, mas tampouco pode ser descartada. Se for verdadeira, atesta que a Ordem do Sinai
possuía poderes que incluíam o direito de conferir tronos.Sub capitulo "O Mistério Envolvendo a Fundação dos Templários": "O texto nos Dossiers secrets prossegue referindo-se à Ordem do Templo. Os fundadores do Templo são especificamente listados como "Hugues de Payen, Bisol de Saint-Omer e Hugues, conde de Champagne, juntamente com certos membros da Ordem do Sinai,
André de Montbard, Archambaud de Saint-Aignan, Nivard de Montdidier, Gondemar e Rossal". Nós já estávamos familiarizados com Hugues de Payen e André de Montbard, o tio de São Bernardo. Também já conhecíamos Hugues, conde de Champagne, que doou as terras para a abadia de São Bernardo em Clairvaux, tornou-se templário em 1124 (jurando fidelidade a seu próprio vassalo) e recebeu do bispo de Chartres a carta citada no capítulo 3. Embora a conexão do conde de Champagne com os templários seja bem conhecida, nunca o havíamos visto citado como um dos seus fundadores. Nos Dossiers secrets ele o é. E André de Montbard, o tio obscuro de São Bernardo, é listado como pertencente à Ordem do Sinai, ou seja, à outra ordem, que antecede a Ordem do Templo e desempenha um papel importante na criação do Templo. Isto não é tudo. O texto nos Dossiers secrets estabelece que em
março de 1117, Baudouin I, "que devia seu trono a Sinai", foi "obrigado" a negociar a formação da Ordem do Templo, na localidade de Saint-Léonard de Acre. Nossa própria pesquisa revelou que Saint- Léonard de Acre era, na realidade, um dos feudos da Ordem do Sinai. Mas não estávamos certos sobre a razão pela qual Baudouin teria sido "obrigado" a negociar a constituição do Templo. Em francês, o verbo tem certamente uma conotação de pressão ou coerção. E a implicação nos Dossiers secrets era de que essa pressão provinha da Ordem do Sinai, a quem Baudouin "devia seu trono". Se este era o caso, a Ordem do Sinai seria a organização mais influente e poderosa: não só podia conferir tronos mas também, aparentemente, compelir
um rei a atender suas demandas. Se a Ordem do Sinai foi, de fato, responsável pela eleição de Godfroi de Bouillon, então Baudouin, o irmão mais jovem de Godfroi, "deveu o trono" à sua influência. Além do mais, como já havíamos descoberto,
existiam evidências inquestionáveis de que a Ordem do Templo existiu, pelo menos em uma forma embrionária, uns bons quatro anos antes da data geralmente aceita para a sua fundação, 1118. Em 1117 Baudouin era um homem doente, cuja morte estava flagrantemente próxima. Assim, é possível que os templários já fossem ativos bem antes de 1118, embora numa capacidade ex officio - como, digamos, um braço militar e administrativo da Ordem do Sinai - e residissem em sua abadia fortificada. E é possível que o rei Baudouin, em seu leito de morte, tenha sido compelido - pela doença, pela Ordem do Sinai ou
por ambas - a oferecer aos templários uma condição oficial, dandolhes uma constituição e tornando-os públicos.
Ao pesquisar os templários, tínhamos começado a distinguir uma teia de conexões intricadas, evasivas e provocantes, obscuros vestígios talvez de algum objetivo ambíguo. Com base nessas conexões, formulamos uma hipótese. Não podíamos saber se ela era ou não acurada, mas os vestígios de um objetivo tinham se tornado ainda mais claros. Reunimos os fragmentos da seguinte maneira:

1. No final do século XI, um misterioso grupo de monges oriundos da Calábria aparece nas Ardenas, onde eles são acolhidos e
patrocinados pela tia e madrasta de Godfroi de Bouillon, que lhes doa terras em Orval.

2. Um membro desse grupo pode ter sido o tutor de Godfroi e o instigador da Primeira Cruzada.

3. Algum tempo antes de 1108, os monges de Orval partem e desaparecem. Embora não existam registros de seu rumo,
este pode ter sido Jerusalém. Pedro, o Eremita, certamente partiu para Jerusalém. Se era um dos monges em Orval, é provável
que seus confrades tenham se juntado a ele.

4. Em 1099, Jerusalém cai e o trono é oferecido a Godfroi em um conclave anônimo. O líder desse conclave, como os monges de Orval, é de origem calabresa.

5. Por ordem de Godfroi, uma abadia é construída no monte Sinai, passando a abrigar uma ordem de mesmo nome - uma ordem que
pode incluir os indivíduos que lhe ofereceram o trono.

6. Por volta de 1114, os templários já são ativos, talvez como o braço armado da Ordem do Sion. Mas sua constituição só é negociada em 1117, e eles só se tornam de conhecimento público no ano seguinte.

7. Em 1115, São Bernardo - membro da Ordem Cisterciense, então à beira de um colapso econômico - emerge como o eminente porta-voz da cristandade. E os cistercienses, até então arruinados, tornam-se rapidamente uma das mais eminentes, influentes e ricas instituições da Europa.

8. Em 1131, São Bernardo recebe a Abadia de Orval, evacuada alguns anos antes pelos monges da Calábria. Orval torna-se então
uma casa cisterciense.

9. Ao mesmo tempo, algumas figuras obscuras parecem mover-se, surgindo e desaparecendo nos eventos, costurando uma tapeçaria de modo a deixá-la totalmente confusa. O conde de Champagne, por exemplo, doa as terras para a abadia de São Bernardo em Clairvaux, estabelece uma corte em Troyes (onde surge depois o romance do cálice) e, em 1114, considera a possibilidade de juntar-se aos templários, cujo primeiro grão-mestre documentado, Hugues de Payen, é seu vassalo.

10. André de Montbard - tio de São Bernardo e suposto membro da Ordem do Sinai - junta-se a Hugues de Payen na fundação dos
templários. Logo depois, dois irmãos de André juntam-se a São Bernardo em Clairvaux.

11. São Bernardo torna-se um entusiástico relações públicas, expoente dos templários, e contribui para a sua incorporação oficial e a elaboração de suas normas, que são essencialmente aquelas dos cistercienses, ordem do próprio Bernardo.

12. Entre aproximadamente 1115 e 1140, tanto cistercienses quanto templários começam a prosperar, adquirindo vastas somas em
dinheiro e em terras.

Novamente, não podíamos deixar de nos indagar se esta multiplicidade de intricadas conexões era realmente uma coincidência. Estaríamos olhando para várias pessoas essencialmente não relacionadas, eventos e fenômenos que simplesmente aconteceram e,
em diferentes momentos, se imbricaram e se cruzaram? Ou haveria alguma coisa que não era acaso ou coincidência? Estaríamos lidando com algum plano concebido e planejado por alguma agência humana? E poderia esta agência ser a Ordem do Sinai?
Poderia a Ordem do Sinai estar por trás de São Bernardo e dos templários? E poderiam ambas as ordens estar agindo de acordo com alguma política cuidadosamente elaborada?"Sub capitulo "Luís VII e o Monastério do Sinai": "Os Documentos do Monastério não dão nenhuma pista sobre as atividades da Ordem do Sinai entre 1118 - a fundação pública dos templários - e 1152. Durante todo esse tempo, parece que a Ordem do Sinai permaneceu na Terra Santa, na abadia próxima a Jerusalém. Diz-se que Luís VII, da França, ao retornar da Segunda Cruzada, trouxe consigo 95 membros da ordem. Nenhuma indicação há sobre como eles poderiam servir ao rei, nem de por que ele deveria oferecer-lhes sua generosidade. No entanto, isso se tornaria claro caso a ordem realmente representasse o poder por trás do Templo. Luís VII tinha muitas dívidas com o Templo, tanto em dinheiro quanto
em apoio militar. De qualquer modo, a Ordem do Sinai, criada meio século antes por Godfroi de Bouillon, em 1152 estabeleceu - ou restabeleceu - bases na França. Segundo o texto, 62 membros da ordem se instalaram no grande Monastério de Saint-Samsom, em Orléans, doado pelo rei Luís. E 26 outros - dois grupos de treze - teriam entrado para o monastério menor do Monte Sinai, situado em Saint-Jean le Blanc, nas redondezas de Orléans. Ao tentar confirmar estas declarações, nos vimos subitamente em
terreno firme. As autorizações de Luís VII para a instalação da Ordem do Sinai em Orléans ainda existem. Cópias têm sido reproduzidas em várias fontes, e os originais podem ser vistos nos arquivos municipais de Orléans. Nos mesmos arquivos se encontra a encíclica do papa Alexandre III, datada de 1178, que confirma oficialmente as possessões da Ordem do Sinai, as quais atestam a riqueza, o poder e a influência da ordem. Incluem casas e grandes extensões de terras na Picardia, na França (incluindo Saint-Samson, em Orléans), na Lombardia, na Sicília, na Espanha e na Calábria, bem como, é claro,
vários locais na Terra Santa, incluindo Saint-Jean de Acre. Na realidade, até a Segunda Guerra Mundial, havia mais de vinte
concessões nos arquivos de Orléans, citando especificamente a Ordem do Sinai. Todas, com exceção de três, desapareceram durante o bombardeio da cidade em 1940." Sub capitulo "A Corte de Olmo em Gisors": "Se os Documentos do Monastério forem confiáveis, 1188 foi um ano crucial tanto para Sinai quanto para os templários. Um ano antes, em 1187, Jerusalém foi perdida para os sarracenos, principalmente por causa da impetuosidade e inaptidão de Gérard de Ridefort, grão mestre do Templo. O texto nos Dossiers secrets é consideravelmente mais severo. Não fala em impetuosidade ou inaptidão, mas em "traição", uma palavra realmente dura. Mas não explica em queconsistiu esta traição. Como resultado dela, os iniciados do Sinai
teriam retornado en masse para a França, presumivelmente, para Orléans. Isso é bastante plausível. Quando Jerusalém caiu sob
domínio sarraceno, a abadia no Monte Sinai deve ter caído também. Seria de se esperar que os ocupantes da abadia, desprovidos de sua base na Terra Santa, procurassem refúgio na França, onde uma nova base já existia. Os eventos de 1187 - a "traição" de Gérard de Ridefort e a perda de Jerusalém - parecem ter precipitado um rompimento entre a Ordem do Sinai e a Ordem do Templo. Não se sabe precisamente por que isto ocorreu, mas, segundo os Dossiers secrets, o ano seguinte testemunhou uma virada decisiva nos assuntos de ambas as ordens. Uma separação formal teria ocorrido entre as duas instituições em 1188. A Ordem do Sinai, que havia criado os templários, agora lavava as mãos em relação aos seus celebrados protégés. O "pai" deserdava
oficialmente o "filho". Esta ruptura teria sido celebrada por um ritual ou uma cerimônia, realizada em Gisors e citada nos Dossiers secrets e em outros Documentos do Monastério como "o corte do olmo". As narrativas são confusas e obscuras, mas a história e a tradição confirmam que alguma coisa estranha ocorreu em Gisors em 1188, envolvendo realmente o corte de um olmo. Nas terras adjacentes à fortaleza havia um bosque chamado Campo Sagrado. Segundo cronistas medievais, o local era considerado sagrado desde os tempos pré-cristãos, tendo abrigado numerosas reuniões entre os reis da França e da Inglaterra durante o século XII. Um velho olmo se erguia no centro do Campo Sagrado. E em 1188, durante uma reunião entre Henrique II, da Inglaterra, e Filipe II, da França, o olmo tornou-se a causa de uma disputa séria e sangrenta, motivada por razões desconhecidas. Segundo uma narrativa, o olmo fornecia a única sombra no Campo Sagrado. Teria mais de oitocentos anos e seria tão grande que nove homens, dando-se as mãos, quase não podiam abraçar o seu tronco. Henrique II e sua comitiva supostamente se abrigaram à sombra dessa árvore, deixando o monarca francês, que chegou mais tarde, à mercê do sol fustigante. No terceiro dia de negociações, o ânimo dos franceses tinha se tornado ríspido por causa do calor. Cavaleiros armados trocaram insultos, e uma flecha partiu das fileiras dos mercenários gauleses de Henrique, provocando um ataque terrível por parte dos franceses, muito mais numerosos. Aqueles buscaram refúgio dentro das muralhas de Gisors, enquanto os franceses cortavam a árvore por pura frustração. Arrebatado, encolerizado, Filipe II voltou então a Paris, declarando que não havia partido para Gisors a
fim de desempenhar o papel de cortador de madeira. A história é de uma simplicidade e um charme medievais
característicos. Contenta-se com uma narrativa superficial, mas ao mesmo tempo insinua algo muito importante nas entrelinhas, com explicações e motivações deixadas inexploradas. Isto por si só pareceria absurdo - tão absurdo e possivelmente apócrifo como, digamos, as lendas associadas à fundação da Ordem da Liga. Entretanto, a história é confirmada, ainda que sem os detalhes específicos, em outras narrativas. Segundo um outro cronista, Filipe parece ter avisado a Henrique que
iria cortar a árvore. E a resposta de Henrique teria consistido em reforçar o tronco do olmo com bandas de ferro. No dia seguinte os franceses se armaram e formaram uma falange de cinco esquadrões, cada um comandado por um notável do reino, acompanhado de soldados com catapultas e carpinteiros equipados de machados e martelos. Um combate teria ocorrido, do qual Ricardo Coração de Leão, o filho mais velho e herdeiro de Henrique, teria participado, na tentativa de proteger a árvore. Muito sangue teria sido derramado. No fim do dia, os franceses predominaram e a árvore foi cortada.
Esta segunda narrativa implica algo mais do que uma mera escaramuça ou briguinha. Implica uma batalha, envolvendo números
substanciais de combatentes e, possivelmente, baixas substanciais. Entretanto, nenhuma biografia de Ricardo comenta o assunto, e muito menos o explora. Novamente, contudo, os Documentos do Monastério foram confirmados tanto pela história registrada quanto pela tradição, pelo menos no que concerne a ter existido uma curiosa disputa em Gisors em 1188, envolvendo o corte de um olmo. Nenhuma confirmação externa existe de que isso tenha tido relação com os templários ou a
Ordem do Sinai. Por outro lado, as narrativas existentes sobre o assunto são muito vagas, incompreensíveis, contraditórias, para serem aceitas como definitivas. É muito provável que os templários tenham estado presentes no incidente. Ricardo I era freqüentemente acompanhado por cavaleiros da ordem e, além disso, Gisors, trinta anos antes, havia sido confiada ao Templo.
Dadas as evidências existentes, é possível - e provável - que o corte do olmo tenha envolvido algo mais, mantido à margem das narrativas para a posteridade. Dada a estranheza dessas narrativas, não seria surpresa que o evento envolvesse algo mais - algo que tenha passado desapercebido, ou que a história nunca tenha tornado público. Algo tratado pelas narrativas de forma alegórica, confidenciando e simultaneamente ocultando um assunto de muito maior importância." Sub capitulo "Ormus": "Os Documentos do Monastério afirmam que os templários se tornaram autônomos a partir de 1188. Livraram-se então da autoridade da
Ordem do Sinai, deixando de atuar como seu braço militar e administrativo. A partir de então, tornaram-se livres para perseguir seus próprios objetivos, seguir seu próprio curso durante o restante do século e desaparecer sombramente em 1307. Enquanto isso, a Ordem do Sinai teria sofrido uma grande reestruturação administrativa. Até 1188 a Ordem do Sinai e a Ordem do Templo teriam compartilhado os mesmos grão-mestres. Hugues de Payen e Bernardo de Blanchefort ( Merovíngio, se lembro bem os descendentes de Payen se casariam com Merovíngios também ), por exemplo, teriam presidido ambas as instituições simultaneamente. Após o corte do olmo, em 1188, a Ordem do Sinai passaria a selecionar o seu próprio grão-mestre, o
qual não teria conexão com o Templo. Este primeiro grão-mestre, segundo os Documentos do Monastério, foi Jean de Gisors ( Merovíngio ). Em 1188, a Ordem do Sinai teria também modificado o seu nome, adotando um que supostamente permaneceu até hoje, Monastério do Sinai. E, como uma espécie de subtítulo, teria adotado o curioso nome de Ormus. Este subtítulo teria sido usado até 1306, um ano antes da prisão dos templários. O símbolo para Ormus era M, e envolvia uma espécie de anagrama que combina várias palavras-chaves e símbolos. Ours, em francês, significa urso; em latim, Ursus, um eco, como se tornou depois evidente, de Dagobert II e da dinastia merovíngia. Orme e olmo em francês. Or, é claro, é ouro. E o M que forma o quadro em volta das outras letras não é somente um M, mas também o sinal astrológico para Virgo, significando, na linguagem iconográfica medieval, Notre Dame. Nossas pesquisas revelaram não haver referências a uma ordem ou instituição medieval com o nome Ormus. Não podíamos encontrar nenhum embasamento no texto dos Dossiers secrets, nem mesmo qualquer evidência em favor de sua existência. Por outro lado, Ormus aparece em dois outros contextos, radicalmente diferentes. Ele figura no pensamento zoroastriano e nos textos agnósticos, onde é identificado com o princípio da luz. E surge novamente nas genealogias reclamadas pela maçonaria do final do século XVIII. Segundo os ensinamentos maçons, Ormus foi o nome de um sábio e
místico egípcio, um iniciado gnóstico de Alexandria. Viveu, supostamente, nos primeiros anos da era cristã. Em 46 d.C., ele e
seus seguidores teriam se convertido a uma forma de cristianismo por um dos discípulos de Jesus - na maioria das narrativas, São Marcos. A partir de sua conversão, uma nova seita, ou ordem, teria se formado, reunindo as doutrinas do cristianismo e os ensinamentos de outras escolas misteriosas mais anciãs. Até onde pudemos averiguar, esta história - certamente plausível - não podia ser confirmada. Alexandria abrigava um turbilhão de atividades místicas, era um caldeirão no qual as doutrinas judaica, mitraica, zoroastriana, pitagoriana, hermética e neoplatônica se difundiam e se combinavam com inúmeras outras. Abundavam professores de toda espécie concebível, e não seria surpreendente se um deles adotasse um nome
que implicasse o princípio da luz. ( Ao que parece, isso é a descrição de uma escola gnóstica que perverteu o evangelho e criou uma forma pagã de cristianismo associada a ensinos das escolas de mistérios, tentaram associar o personagem biblico Marcos e outros personagens a heresia para tentar dar algum crédito a ela, não é surpresa a história a respeito dessa seita vir da maçonaria já que esses movimentos Gnósticos são um tipo de antecessor dela no que concerne organizações esotéricas que preservaram a religião de mistérios derivada da Babilônia ) De acordo com a tradição maçônica, em 46 d.C. Ormus teria conferido um símbolo específico de identificação à sua recém-constituída Ordem de Iniciados - uma cruz vermelha ou rosa. Depois, esta cruz encontraria eco no brasão dos templários, mas a ênfase no texto dos Dossiers secrets e em outros Documentos do Monastério é inequívoca. Eles localizam em Ormus as origens da chamada Rosacruz, ou dos rosacruzes. E em 1188 o Monastério do Sinai teria adotado um segundo subtítulo, em adição a Ormus: Ordem da Rosacruz Veritas. ( A Ordem Rosa Cruz é uma ordem ocultista famosa que revive doutrinas e ensinamentos da Escola de Mistérios do Egito, o que é algo muito importante para a Maçonaria também, interessante notar uma possivel ligação aqui do Priorado e da Dinastia Merovíngia com essa famosa ordem ocultista que possui até um grau chamado de grau Illuminati, dessa ordem sairam figuras famosas no meio como John Dee e Francis Bacon ) Parecíamos, neste ponto, estar em território muito questionável. O texto dos Documentos do Monastério começaram a parecer muito suspeitos. Estávamos familiarizados com os rosacruzes modernos da Califórnia e de outras organizações contemporâneas, que se atribuem uma genealogia que retrocede às brumas da Antiguidade e que inclui
a maioria dos grandes homens do mundo. Uma Ordem da Rosacruz em 1188 pareceria igualmente espúria. Frances Yates demonstrou convincentemente que não existem evidências conhecidas de qualquer rosacruz (pelo menos com este nome) antes do início do século XVII - ou, talvez, dos últimos anos do século XVI. O mito existente ao redor da legendária ordem data de
aproximadamente 1605, tendo ganho ímpeto pela primeira vez uma década depois, com a publicação de três ensaios. Estes ensaios, que apareceram em 1614, 1615 e 1616, respectivamente, proclamavam a existência de uma irmandade, ou confraria de iniciados místicos, fundada por Christian Rosenkreuz, que teria nascido em 1378 e morrido, aos 106 anos, em 1484. Christian Rosenkreuz e sua confraria secreta são hoje considerados fictícios, uma farsa organizada com algum propósito até agora não explicado satisfatoriamente, embora tenha repercutido politicamente na época. Além do mais, o autor de um dos três ensaios, o famoso Casamento químico de Christian Rosenkreuz, que apareceu em 1616, é hoje conhecido. Ele foi Johann Valentin Andrea, um escritor e teólogo alemão que vivia em Würtemberg, o qual confessou haver composto o ensaio como uma brincadeira, ou talvez uma comédia no sentido que Dante e Balzac dariam à palavra. Existem razões para acreditar que Andrea, ou um de
seus associados, compôs também os outros ensaios rosacruzes; e é até esta fonte que o pensamento rosacruz, na forma como evoluiu e como o conhecemos hoje, pode ser traçado. Contudo, se os Documentos do Monastério fossem confirmados,
teríamos que reconsiderar e pensar em termos de alguma coisa diferente de farsa do século XVII. Teríamos que admitir a existência de uma ordem ou sociedade secreta, uma irmandade ou confraria genuinamente clandestina. Ela poderia não ser totalmente, ou primeiramente, mística. Poderia ser amplamente política. Mas teria existido uns bons 425 anos antes de tornar-se pública e uns bons dois séculos antes de seu legendário fundador ter supostamente vivido. Novamente, não encontramos evidências. substanciais. A rosa tem sido, certamente, um símbolo místico desde tempos imemoriais, tendo
gozado de popularidade durante a Idade Média - no conhecido Romance da Rosa, de Jean de Meung, por exemplo, e no Paraíso, de
Dante. E a cruz vermelha era também um motivo simbólico tradicional. Não era somente o brasão dos templários. Tornou-se depois a Cruz de São Jorge e, como tal, foi adotada pela Ordem da Jarreteira ( Uma das ordens ocultistas mais poderosas da atualidade, que possui participação massiva de membros da Dinastia Windsor, pelo o que li anteriormente sobre ela, seus membros costumam fazer parte do comitê dos 300 dos Illuminati que tomam muitas decisões a respeito dos rumos do plano dessa oligarquia ), criada cerca de trinta anos depois da queda do Templo. Rosas e cruzes vermelhas abundam como motivos simbólicos, mas não existem evidências de uma instituição ou uma ordem, muito menos uma sociedade secreta. Por outro lado, Frances Yates afirma que havia sociedades secretas funcionando muito antes dos rosacruzes do século XVII, e que essas
sociedades eram, na realidade, rosacruzes em orientação política e filosófica, se não em nome. Em conversa com uma de nossas pesquisadoras, ela descreveu Leonardo ( Da Vinci, que de acordo com os documentos do Priorado de Sião foi um grão mestre dessa ordem ) como um rosacruz, usando o  termo como uma metáfora para definir seus valores e atitudes. Isso não era tudo. Em 1629, quando o interesse pelos rosacruzesestava em seu ápice, um homem chamado Robert Denyau, padre de Gisors, compôs uma história exaustiva sobre o lugar e a família Gisors. Em seu manuscrito, Denyau afirma explicitamente que a Rosacruz foi fundada por Jean de Gisors ( Merovíngio ) em 1188. Em outras palavras, existe uma confirmação verbal, no século XVII, das
afirmações contidas nos Documentos do Monastério. Ora, o manuscrito de Denyau foi composto quatro séculos e meio após o
acontecimento que descreve. Mas constitui um importante fragmento de evidência. O fato de ele surgir em Gisors o torna ainda mais importante. Ficamos com uma possibilidade, mas não uma confirmação. Todavia, os Documentos do Monastério tinham se mostrado, até ali, surpreendentemente acurados em todos os aspectos, de modo que não podíamos desprezá-los sem mais nem menos. Não estávamos dispostos a aceitá-los cegamente, com fé inabalável, mas nos sentimos obrigados a reservar para eles um julgamento." Sub capitulo "O Monastério em Orleans": "Além dessas afirmações mais grandiosas, os Documentos do Monastério ofereciam informações de outra espécie, minúcias aparentemente tão triviais e sem conseqüência que sua significância
nos havia escapado. Ao mesmo tempo, a própria insignificância dessas informações depunha em favor de sua veracidade, pois não
haveria razão para inventar ou manipular detalhes tão ínfimos, cuja autenticidade, em muitos casos, podia aliás ser confirmada. Por exemplo, Girard, abade do monastério menor em Orléans entre 1239 e 1244, teria cedido um pedaço de terra em Acre aos Cavaleiros Teutônicos. O motivo da menção a esse fato permanece obscuro, mas pode ser estabelecido. O documento real existe, datado de 1239, com a assinatura de Girard. Informações similares são fornecidas sobre um abade chamado
Adam, de um monastério menor em Orléans, em 1281. Segundo os Documentos do Monastério, naquele ano, Adam cedeu um pedaço
de terra próximo a Orval aos monges que ocupavam a abadia ali localizada - cistercienses, que se haviam mudado para lá um século e meio antes, sob a égide de São Bernardo. Não pudemos encontrar uma evidência escrita dessa transação, mas ela parece plausível, pois existem documentos atestando inúmeras outras transações de mesma natureza. Mais interessante, de fato, é a recorrência de Orval, que figurara antes em nossa investigação. Além disso, o pedaço de terra em questão parecia especial, pois os Documentos do Monastério nos dizem que Adam incorreu no ódio da irmandade do Sinai por causa da
sua doação - tanto que ele teria sido compelido a renunciar à sua posição. O ato de abdicação, segundo os Dossiers secrets, foi formalmente testemunhado por Thomas de Sainville, grão-mestre da Ordem de Santo Lázaro. Imediatamente depois, Adam teria ido a Acre, de onde partiu quando a cidade caiu sob os sarracenos. Teria morrido na Sicília em 1291. Novamente, não pudemos encontrar o documento de abdicação. Mas Thomas de Sainville foi grão-mestre da Ordem de Santo Lázaro em 1281, cujo quartel-general estava próximo a Orléans, onde a abdicação de Adam teria tido lugar. E não há dúvida de que Adam foi
para Acre. Duas proclamações e duas cartas foram assinadas por ele lá, a primeira datada de agosto de 1281, a segunda de março de 1289." Sub capitulo "Os Templários e a Cabeça": "Segundo os Documentos do Monastério, o monastério de Sion não
era, estritamente falando, uma perpetuação ou uma continuação da Ordem do Templo: pelo contrário, o texto enfatiza que a separação das duas ordens data do corte do olmo em 1188. Mas, aparentemente, algum tipo de relação continuou a existir: "Em 1307, Guillaume de Gisors recebeu a cabeça dourada, Caput LVIII M da Ordem do Templo." Nossa investigação sobre os templários já nos tinha colocado a par dessa misteriosa cabeça. Ligá-la a Sion, contudo, e à importante família Gisors ( Uma familia com ligação sanguinea com a Dinastia Merovíngia ), novamente nos chocou, parecendo duvidoso, como se os Documentos do Monastério estivessem forçando conexões evocativas e poderosas. Precisamente sobre isso, no entanto, encontramos algumas de nossas mais sólidas e intrigantes confirmações. Segundo os registros oficiais da Inquisição: O guardião e administrador dos bens do Templo em Paris, após as prisões, foi um homem do rei, chamado Guillaume Pidoye. Ele declarou aos inquisidores em 11 de maio de 1308 que, na época das prisões dos templários, ele, juntamente com seu colega Guillaume de Gisors e um certo Rayner Bourdon, recebeu ordem de apresentar à Inquisição todas as figuras de metal ou madeira que tinham encontrado. Entre os bens do Templo encontraram uma grande cabeça revestida de prata (...) a imagem de uma mulher, que Guillaume, em 11 de maio, apresentou à Inquisição. A cabeça continha uma etiqueta, "CAPUT LVIIIm".Por um lado, a cabeça continuava a nos confundir. Por outro, era igualmente intrigante o contexto no qual aparecia Guillaume de Gisors, citado nominalmente como sendo um colega de Guillaume Pidoye, um dos homens do rei Filipe. Em outras palavras, ele, como Filipe, seria hostil aos templários e teria participado do ataque a estes. Segundo os Documentos do Monastério, contudo, Guillaume era grão mestre do Monastério de Sion na época. Isto significa que Sinai teria endossado a ação de Filipe contra o Templo, talvez até colaborado com ela? Alguns Documentos do Monastério insinuam que sim, que Sinai, de algum modo não especificado, autorizou e presidiu a
dissolução de seus protegidos desobedientes. Por outro lado, os Documentos do Monastério também implicam Sion numa espécie de
protecionismo paternal em relação a pelo menos alguns templários, durante os últimos dias da ordem. Se isso é verdade, Guillaume de Gisors pode ter sido um agente duplo. Pode ter sido responsável pelo furo nos planos de Filipe, o intermediário através do qual os templários receberam um aviso prévio das maquinações do rei contra eles. Se, após a separação formal em 1188, Sion de fato continuou a exercer algum controle clandestino sobre os assuntos do Templo, Guillaume de Gisors pode ter sido parcialmente responsável pela cuidadosa destruição dos documentos da ordem - e o inexplicado desaparecimento de seu tesouro." ( Sem falar que em matérias anteriores sob a dinastia Merovíngia existe a menção sobre um grupo de templários franceses que não foram presos e condenados recebendo proteção de alguma forma, isso mostra de alguma forma alguma ligação do Priorado com parte dos membros da Ordem dos Templários que originalmente eram o braço militar dessa ordem, com o fim dos templários eles possivelmente devem ter sido recrutados para o Priorado, ou passariam em trabalhar em outras ordens ligadas a eles ). Sub capitulo "Os grão mestres do Templo": "Adicionalmente às informações fragmentadas, discutidas acima, o
texto dos Dossiers secrets inclui três listas de nomes. A primeira delas, bastante objetiva, é a menos interessante e a menos suscetível de controvérsia ou dúvida, pois é uma mera lista de abades que presidiram as terras do Sion na Palestina entre 1152 e 1281. Nossa pesquisa confirmou a veracidade da lista, que aparece em outras fontes acessíveis e confiáveis. As listas destas diferentes fontes concordam com aquela dos Dossiers secrets, com exceção de dois nomes, que não aparecem nas fontes. Neste caso, então, os Documentos do Monastério não somente concordam com uma história verificável, mas são mais completos; pois preenchem certas lacunas. A segunda lista nos Dossiers secrets cita os grão-mestres dos templários entre 1118 e 1190; em outras palavras, desde a fundação pública do Templo até sua separação de Sion e o corte do olmo em Gisors. A primeira vista, esta lista não continha nada de extraordinário ou incomum. Mas, quando a comparamos com outras - citadas por conhecidos historiadores dos templários, por exemplo - algumas discrepâncias óbvias emergiram rapidamente. De acordo com praticamente todas as listas conhecidas, houve dez grão-mestres entre 1118 e 1190. Segundo os Dossiers secrets, houve apenas oito. Segundo a maioria das outras listas, André de Montbard - tio de São Bernardo - não foi somente um co-fundador da ordem, mas
também seu grão-mestre entre 1153 e 1156. Segundo os Dossiers secrets, André nunca foi grão-mestre, mas funcionou como eminência parda durante toda a sua carreira. Segundo a maioria das listas, Bertrand de Blanchefort aparece como o sexto grão-mestre do Templo, assumindo após André de Montbard, em 1156. Segundo os Dossiers secrets, Bertrand não é o sexto, mas o quarto em sucessão, tornando-se grão-mestre em 1153. Existem outras discrepâncias e contradições. Nós não sabíamos o que fazer com elas ou quão seriamente considerá-Ias. Deveríamos considerar errada a lista dos Dossiers secrets por não concordar com aquelas compiladas por historiadores respeitados? ( Blanchefort é uma familia Merovíngia ) Deve-se enfatizar que não existe uma lista oficial ou definitiva dos grão-mestres do Templo. Nada desse tipo foi guardado para a
posteridade. Os registros do Templo foram destruídos ou desapareceram, e a mais antiga compilação conhecida dos grão
mestres data de 1342, trinta anos após a supressão da ordem e 225 anos após sua fundação. Como conseqüência, os historiadores que compilaram listas se basearam em cronistas de sua época - alguém que escreveu em 1170, por exemplo, e que faz uma breve alusão a um ou outro indivíduo como mestre ou grão-mestre do Templo. E evidências adicionais podem ser obtidas pelo exame de documentos do período, nos quais um ou outro templário adicionava um ou outro título à sua assinatura. Logo, a considerável incerteza e confusão encontradas na seqüência e nas datas dos grão-mestres não é inesperada. Tampouco é surpreendente que a seqüência e a datação variem, às vezes dramaticamente, de escritor para escritor, de narrativa para narrativa. Apesar disso, existem detalhes cruciais - como os que resumimos - nos quais os Documentos do Monastério se desviam significativamente de todas as outras fontes. Nós não podíamos ignorar esses desvios. Tínhamos que determinar, tanto quanto possível, se a lista nos Dossiers secrets era baseada em negligência, em ignorância ou em ambas; ou, ao contrário, se essa era a lista
definitiva, baseada em informação interna, inacessível aos historiadores. Se Sinai criou os templários, e se Sinai (ou, pelo menos, seus registros) sobreviveu até o presente, é de se esperar que seus documentos contenham detalhes privados e inacessíveis. A maior parte das discrepâncias entre a lista nos Dossiers secrets e aquelas de outras fontes pode ser facilmente explicada. Não vale a pena explorar aqui cada discrepância e tecer considerações sobre elas. Mas um exemplo serviria para ilustrar como e por que elas poderiam ter ocorrido. Além do grão-mestre, o Templo possuía uma infinidade de mestres locais - um mestre para a Inglaterra, um para a Normandia, um para a Aquitânia, e assim por diante, para todos os
territórios contidos em seus domínios. Havia também um mestre europeu e, parece, um mestre marítimo. Em documentos e
concessões, esses mestres locais ou regionais assinavam invariavelmente como Magister Templi ["Mestre do Templo"]. Na
maioria das ocasiões, o grão-mestre - por modéstia, descuido, indiferença ou pura despreocupação também assinava como Magister Templi. Em outras palavras, André de Montbard, mestre regional de Jerusalém, teria, numa concessão, designação após seu nome igual do grão-mestre, Bertrand de Blanchefort. .Portanto, não é difícil ver como um historiador, trabalhando com um ou dois documentos e não cruzando suas referências, poderia estabelecer erroneamente o status de André na ordem. Em virtude
deste tipo de erro, muitas listas de grão-mestres do Templo incluem um homem chamado Everard des Barres. Mas o grão-mestre, pela própria constituição do Templo, tinha que ser eleito por um comitê geral, localizado em Jerusalém, e tinha que residir lá. Nossa pesquisa revelou que Everard des Barres foi um mestre regional, eleito e residente na França, que só pisou na Terra Santa muito tempo depois. Assim, ele podia ser riscado da lista de grão-mestres - como o fora nos Dossiers secrets. Especificamente em pontos como este, os Documentos do Monastério mostravam acuidade e precisão meticulosas, o que pressupunha que não podiam ter sido elaborados posteriormente. Nós passamos mais de um ano considerando e comparando várias
listas de grão-mestres do Templo. Consultamos todos os autores que escreveram sobre a ordem em inglês, francês e alemão, e
verificamos suas fontes. Examinamos as crônicas da época - como a de Guillaume de Tyre - e outras narrativas contemporâneas. Consultamos todos os documentos que pudemos encontrar e obtivemos informações abrangentes em todos os que eram considerados completos. Comparamos signatários e títulos em numerosas proclamações, editais, contratos e outros documentos do Templo. Como resultado desta pesquisa exaustiva, tornou-se claro que a lista dos Dossiers secrets era a mais acurada de todas, não somente quanto à identidade dos grão-mestres, mas também quanto às datas de seus respectivos mandatos. Se existe uma lista definitiva dos grão-mestres do Templo, ela está nos Dossiers secrets. A veracidade desta lista é importante por si mesma. Além disso, suas implicações são muito maiores. Tal lista poderia talvez ter sido compilada por um pesquisador extremamente cuidadoso, mas nesse caso a tarefa teria sido monumental. Parece mais provável que uma
lista de tal precisão tenha sido elaborada a partir de informações de dentro, privilegiadas, inacessíveis a historiadores.
Fossem nossas conclusões corretas ou não, nos confrontamos com um fato indiscutível: alguém tinha tido acesso, de algum modo, a uma lista mais acurada que qualquer outra. E uma vez que tal lista - a despeito de suas divergências com outras, mais aceitas - provou tão freqüentemente estar correta, ela emprestou considerável credibilidade aos Documentos do Monastério como um todo. Se os Dossiers secrets se revelaram confiáveis quanto a este aspecto crítico, não havia muito sentido em duvidar de outros. . Tal confiança veio em tempo e foi necessária. Sem ela, teríamos descartado a terceira lista dos Dossiers secrets: a dos grão-mestres do Monastério do Sinai. Pois esta lista, mesmo após uma rápida olhada, parecia absurda.


Simbolo da ocultista Ordem Rosa Cruz que ao que tudo indica é intimamente ligada ao Priorado de Sião e a Dinastia Merovíngia.


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