quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

As Linhagens Illuminati - A Dinastia Merovíngia - Parte 15



Sub Capítulo "A História de Wolfram Von Eschenbach": "O mais famoso e mais significativo dos romances sobre o cálice é
Parzival, composto entre 1195 e 1216. Seu autor foi Wolfram Von Eschenbach, um cavaleiro originário da Bavária. No início, pensamos que isso poderia distanciá-lo do assunto, tornando sua narrativa menos confiável que as outras. Mas logo concluímos que, se alguém podia falar com autoridade sobre o cálice, seria Wolfram. ( Hitler que esteve envolvido em ordens ocultistas particulamente era fascinado com o romance do Santo Graal desse autor, o compositor alemão Richard Wagner também, chegou a criar uma opera baseada nesse romance e nutria grande interesse em temas esotéricos também ) No início de Parzival, Wolfram afirma que a versão de Chrétien sobre a história do cálice é errônea, enquanto a sua é precisa, pois baseada
em informação privilegiada. Explica depois que obteve esta informação de um certo Kiot de Provence, que por sua vez a recebera de um certo Flegetanis. Vale a pena citar as afirmações de Wolfram:

Todos que me perguntaram antes sobre o cálice e que me julgaram mal por não responder estavam errados. Kiot pediu-me para não
revelar isto, pois Aventura ordenou-lhe não pensar nisso até que ela, Aventura, o convidasse a dizer, e então se deveria falar, certamente. Kiot, o conhecido mestre, encontrado em Toledo, uma vez liberado, começou a escrever, de forma pagã, a primeira fonte de sua aventura. Ele primeiro teve que aprender o abc, mas sem a arte da magia negra
(...). ( Deve ser referência ao caminho da mão direita da bruxaria, tem ocultistas tolos o suficiente que acham que o caminho deles de alguma forma é benigno e diferente do caminho da mão esquerda, e chamam o tipo de magia que usam de magia branca ) Flegetanis, um pagão, havia conseguido um grande renome graças aos seus conhecimentos. Este pensador da natureza descendia de
Salomão ( Do rei Salomão talvez ? Lembrando que esse Rei teve 750 mulheres e 250 concubinas ) e nascera de uma família que havia sido durante muito tempo israelita, até que o batismo se tornou seu escudo contra o fogo
do inferno ( Isso aqui parece ser menção a conversão forçada de Judeus ao catolicismo, o que ocorreu na inquisição ). Ele escreveu a aventura do cálice. Pelo lado de seu pai, Flegetanis era um pagão, que adorava um cordeiro ( Isso dá a entender que era um ocultista idolatra ) (...). O pagão Flegetanis podia contar-nos como todas as estrelas se
punham e apareciam de novo (...). Os assuntos e o destino do homem são ligados ao ciclo das estrelas. Flegetanis, o pagão, viu com seus próprios olhos, nas constelações, coisas que ele por timidez não contava - mistérios ocultos. Disse que havia algo chamado cálice, cujo nome ele havia lido claramente nas constelações. Um grupo de anjos ( Caidos, mais ele como John Dee poderia ser inclinado a crer que eram espiritos oriundos de Deus ) havia deixado esse cálice na Terra. Desde então, homens batizados têm tido a tarefa de guardá-lo, e com tal casta disciplina que aqueles chamados ao serviço do cálice são
sempre homens da nobreza. Assim escreveu Flegetanis sobre essas coisas. Kiot, o sábio mestre, dedicou-se a estudar esta fábula em livros em latim, para ver onde teria havido um povo dedicado à pureza e ao merecimento de cuidar do cálice. Ele leu as crônicas das terras, na Inglaterra e em outros lugares, na França e na Irlanda, e em Anjou ele encontrou a fábula. Lá ele leu a verdadeira história de Mazadan, e o registro exato de toda sua família lá estava escrito. ( Anjou nos remete a Rene de Anjou, importante figura da Dinastia Merovíngia, citado anteriormente nessas matérias sobre a Dinastia )

É importante observar pelo menos quatro itens, entre os que pedem comentário nesta passagem. Um deles é que a história do cálice envolve aparentemente a família de alguém chamado Mazadan. Outro é que a casa de Anjou é de algum modo de grande importância. Um terceiro é que a versão original da história parece ter sido filtrada da Espanha muçulmana para a Europa ocidental através dos Pirineus - uma afirmação perfeitamente plausível, dada a posição de que gozava
Toledo como centro de estudos esotéricos, tanto judaicos quanto muçulmanos. Mas o elemento mais surpreendente na passagem é
que a história do cálice, na forma como Wolfram explica sua derivação, seria em última instância de origem judaica. Se o cálice é um mistério tão puramente cristão, por que deveria seu segredo ser transmitido por iniciados judeus? Por que deveriam escritores judeus ter tido acesso a material especificamente cristão, desconhecido pela
própria cristandade? ( Não seria material nesse caso associado a religião Judaica, mais sim de uma ramificação da Cabala ( mistiscismo judaico ) associada ao ocultismo ) Os intelectuais têm gasto tempo e energia discutindo se Kiot e
Flegetanis são reais ou fictícios. Na realidade, a identidade de Kiot, como descobrimos em nosso estudo sobre os templários, pode ser solidamente estabelecida. Kiot de Provence foi, quase certamente, Guiot de Provins, um trovador, monge e porta-voz dos templários que de fato viveu em Provence e escreveu canções de amor, ataques à Igreja, canções de adoração ao Templo e versos satíricos. Sabe-se que Guiot visitou Mayence, na Alemanha, em 1184, durante o festival de cavalaria de Pentecostes, no qual o imperador do Sacro Império Romano, Frederick Barbarossa, conferiria a condição de cavaleiro a seus filhos. Como sempre, a cerimônia era assistida por poetas e trovadores de toda a cristandade. Sendo cavaleiro do Sacro Império
Romano, Wolfram certamente esteve presente, sendo razoável supor que se encontrou com Guiot. Homens letrados não eram muito
comuns na época. Eles inevitavelmente formavam um grupo, buscavam-se uns aos outros, se conheciam; e Guiot pode ter
encontrado em Wolfram um espírito gêmeo, a quem ele talvez tenha confiado alguma informação, ainda que numa forma simbólica. E se Guiot permite aceitar Kiot como genuíno, é pelo menos plausível assumir que Flegetanis também o era. Se não, Wolfram e/ou Guiot tiveram um motivo especial para criá-lo. E se diz que, ao dar-lhe um cenário e uma genealogia, eles o fizeram.
Além da história do cálice, Wolfram pode ter obtido de Guiot um intenso interesse nos templários. Sabe-se, em todo caso, que Wolfram possuía tal interesse. Assim como Guiot, ele mesmo fez uma peregrinação à Terra Santa, onde observou os templários em ação. E em Parzival enfatiza que os guardiães do cálice e a família do cálice são templários. Isto pode ser devido, é claro, à vaga cronologia e ao anacronismo cavaleiresco da licença poética, tal como podem ser discernidos em alguns dos romances sobre o cálice. Mas Wolfram é muito mais cuidadoso com tais coisas do que outros escritores da época. Além disso, existem alusões patentes ao Templo em Perlesvaus. Seriam tanto Wolfram quanto o autor de Perlesvaus culpados de algum flagrante anacronismo? Possivelmente. Mas também é possível que alguma coisa mais esteja envolvida nessas ostensivas conexões entre os templários e o cálice. Pois, se os templários eram de fato guardiães do cálice, existe um corolário flagrante: o cálice existiu não somente na época de Arthur, mas também durante as Cruzadas, quando os romances sobre ele foram
compostos. Ao introduzir os templários, tanto Wolfram quanto o autor de Perlesvaus podem estar sugerindo que o cálice era não só uma coisa do passado, como também algo que, para eles, possuía relevância contemporânea.
Assim, de alguma maneira obscura, o pano de fundo do poema de Wolfram é tão importante quanto o texto. Assim como a identidade de Kiot e de Flegetanis, o papel dos templários parece crucial; e estes fatores podem muito bem representar a chave do mistério que  circunda o cálice. Infelizmente, o texto de Parzival ajuda muito pouco
na solução destas questões e coloca muitas outras. ( Os templários como já foi demonstrado em partes anteriores foram fundados sob grande influência do Priorado e da Dinastia Merovíngia, que é ao que tudo indica essa linhagem associada a esses romances do Cálice Sagrado ) Em primeiro lugar, Wolfram não só confirma que sua versão da
história do cálice é a verdadeira - é uma espécie de "documento de iniciação" - como também reafirma que a narrativa de Chrétien é uma fábula fantástica. Em outras palavras, Wolfram afirma inequivocamente que existem mais coisas sobre o mistério do cálice do que podem nossos olhos conceber. E ele torna claro, com inúmeras referências ao longo de seu poema, que o cálice não é meramente um objeto de mistificação e fantasia gratuitas, mas um meio de ocultar algo de imensa importância. Insinua repetidamente que o leitor deve ler nas entrelinhas, gotejando pistas sugestivas aqui e ali. Ao mesmo tempo, reitera constantemente a necessidade do segredo, "pois nenhum homem pode jamais ganhar o cálice a menos
que seja conhecido no céu e que seja chamado pelo nome até o cálice". E "o cálice é desconhecido, exceto por aqueles que foram chamados pelo nome (...) à companhia do cálice". ( Isso é uma alegoria referente a uma iniciação ocultista, aonde só alto iniciados recebem essa luz baseada em conhecimento esotérico, a representação associada ao céu é para dar um ar de sagrado para esse conhecimento esotérico que tem uma origem muito menos nobre do que autores ocultistas promovem, pode ir além e se dizer que é profana e abominavel, até pelos rituais feitos para se obter isso segundo ex satanistas, os templários por exemplo foram acusados de praticar relação homossexual com contexto ritualistico ( O que ao meu ver, até considerando acusações que foram encontradas evidências deve ser uma acusação legitima, mesmo que o motivo da acusação tenha sido derivado de um rei que tinha medo de perder seu reino para eles devido a dividas ), e isso era praticado também na antiga religião de mistérios em templos de adoração pagã de antigas nações ) Wolfram é preciso e ao mesmo tempo evasivo ao identificar o cálice.
Quando este aparece pela primeira vez, durante a estada de Parsifal
no castelo do rei pescador, não há uma indicação real de sua
natureza. Contudo, ele pareceria ter algo em comum com a vaga
descrição de Chrétien:

Ela [a rainha da família do cálice] usava um vestido de seda árabe. Sobre um achmardi verde profundo ela continha a perfeição do paraíso, raiz e tronco. Aquela era uma coisa chamada cálice, que sobrepuja toda perfeição terrestre. Repanse de Schoye era o seu nome, a quem o cálice permitiu ser sua guardiã. Tal era a natureza docálice que ela, que o guardava, tinha que preservar sua pureza e renunciar a toda falsidade. ( A rainha pode muito bem representar alegoricamente Ishtar/Isis lembrando que como citei antes com o exemplo de Pike, essas ordens tem uma noção distorcida de pureza, bem e de luz )

Entre outras coisas, o cálice, neste ponto, parecia ser um tipo de cornucópia mágica ou como da fartura:

Cem valetes ( Valetes são algo como servos da nobreza ) , sob ordem, reverentemente, pegavam pão em guardanapos brancos em frente ao cálice, recuavam em grupo e,  separando-se, passavam o pão por todas as mesas. Era dito, e eu
lhes digo também, mas sob seu juramento, não sob o meu - se eu os decepciono, todos nós somos mentirosos - que o que quer que seja que se procurou, encontrou pronto, em frente ao cálice, alimento quente ou alimento frio, pratos novos e velhos, carne doméstica ou caça. "Não houve jamais algo como isto", dirão muitos. Mas eles estarão errados em seu furioso protesto, pois o cálice era o fruto da bênção, tal abundância da doçura do mundo que seus deleites eram muito parecidos com o que conhecemos por reino do Céu. ( Aqui eu acho que ele representa os segredos esotéricos, exaltados com muita pretensão e soberba no meio ocultista )

Tudo isto é bastante mundano, mesmo simplório. O cálice parecia um assunto inócuo. Mas, mais tarde, quando o tio ermitão de Parsifal fala sobre o cálice, ele se torna decididamente mais poderoso. Após longa explanação, que inclui trechos de pensamentos flagrantemente gnósticos, o ermitão descreve o cálice do seguinte modo:

Eu bem sei que muitos bravos cavaleiros lidam com o cálice em Munsalvaeche. Sempre que cavalgam pelo mundo, como
freqüentemente o fazem, é para procurar aventuras. Eles o fazem por causa do seu destino, esses templários, seja seu prêmio a vitória ou a derrota. Um valente anfitrião ali mora, e eu lhe direi como eles são amparados. Eles vivem de uma pedra da mais pura espécie. Se você não a conhece, ela deverá aqui ser nomeada para você. É chamada lapsi exillis. Pelo poder desta pedra, Fênix queima até cinzas, mas as cinzas lhe devolvem a vida. Então, Fênix ( A fênix na verdade é uma forma grega da ave Bennu da mitologia egipcia, eu creio que a morte e ressureição nesse contexto represente na verdade os feriados pagãos e sua celebração de ciclo de morte e renascimento do Deus do principio masculino ( Nimrode morre, mais antes engravida Ishtar a Deusa, e em determinado ciclo renasce e reencarna como seu filho chamado Tamuz, chega a seu auge do poder e depois morre novamente e assim segue, na Wicca eles são representados como Deus e Deusa e tem vários nomes diferentes em diversas culturas antigas  ) se metamorfoseia e muda sua plumagem, que é depois intensa e luminosa e tão adorável como
antes. Nunca houve um humano tão enfermo que, ao ver um dia essa pedra, não tenha vivido pelo menos mais uma semana.
E em aparência ele não fenecerá. Sua aparência permanecerá a mesma, seja ele homem ou donzela, como no dia em que viu a pedra, a mesma de quando os melhores anos de sua vida começaram, e embora ele veja a pedra por duzentos anos, ele nunca mudará, exceto por seus cabelos que poderão embranquecer. Tal poder dá a pedra a um homem que carne e ossos se tornam jovens de novo. A pedra é também chamada cálice. Então, de acordo com Wolfram, o cálice é uma pedra de algum tipo.
Mas tal definição do cálice é mais provocante do que satisfatória. Intelectuais têm sugerido várias interpretações para a frase "lapsis exillis", todas mais ou menos plausíveis. A expressão pode ser uma corruptela de lapis ex caelis, "pedra dos céus"; pode também ser uma  corruptela de lapsit ex caelis, "ela caiu dos céus", ou de lais elixir, a
fabulosa pedra fIlosofal da alquimia. ( Algum desses nomes considerados por pesquisadores me chamaram muita atenção, acontece que religiões pagãs relacionadas a adoração a pedras negras que cairam do céu não é algo incomum nas religiões pagãs da antiguidade, no próprio culto solar ao imperador romano algo de tal natureza existia, se lembro bem incluia sacrificios humanos,no culto a Deusa Grega da caça Diana era adorada uma pedra negra que veio do céu e eram feitas se lembro bem orgias sexuais nesse culto, com proposito ritualistico ( magia sexual, também pode ser chamada de prostituição cultual ), e no tempo pré islâmico, existia uma pedra no templo da Caaba que é um templo originalmente até onde se sabe feito para adoração de Deuses pagãos arabes ( Não se sabe quem construiu a Caaba realmente, mais os primeiros registros delasão associadas a cultos do antigo pagânismo arabe pré islâmico ) bem parecida com a descrição das pedras desses cultos, apesar de não haver registro histórico pré islâmico na região que ligue a pedra de qualquer forma ou a Caaba mesmo a tradição Judaica antiga que o Islã afirma sustentar ( tradição religiosa de abraão ), Maomé afirmava que a Caaba tinha sido feita com Abraão junto com Ismael, ( não existe nenhuma menção na tradição judaica dessa história, nem nada no meio arqueológico que indicasse a possibilidade disso ser verdade foi achado, e olha que várias histórias e locais citados na biblia já foram comprovados por esse meio por meio de escavações, alguns estão sendo descobertos ainda, como o palácio do rei David que foi achado anos atrás e ainda está sendo explorado devidamente, outra menção é referente a essa pedra negra usada em cultos pagãos, similarmente a outros cultos heréticos, uma vez que o Islã toma a Caaba e torna ela um templo para seu Deus Alá ( Que é o mesmo nome de um Deus Lunar Arabe que é correspondente ao Deus Cananeu Baal, e era o principal Deus desse templo, vale lembrar é claro que a palavra Alá em Arabe significa apesar disso "O Deus" ) a pedra negra supostamente se torna uma pedra branca enviada por Deus dos céus que cai na terra, absorver seus pecados e se torna negra ( Sendo uma substituta para Jesus que é diminuido a um papel de profeta humano no Islã, da mesma forma que ocorre na maçonaria do rito escocês ), uma das tradições dizem que ela caiu de Vênus ( Justo o planeta ao qual Lúcifer e Ishtar são associados ), que é beijada por muçulmanos que visitam a Caaba e foi beijada por Maomé de acordo com Hadiths que são escritos antigos que contam a história da vida desse profeta ( Isso para mim soa como idolatria, essas 3 tradições do pagânismo associadas a pedras que cairam do céu talvez sejam associadas a pedra ben-ben do templo de Rá que era o Deus Sol Egipcio, sacrificios humanos eram feitos nele, e obviamente na visão desses povos esses estranhos meteoritos tem alguma propriedade mágica importante e devem ter origem tenebrosa, e podem ser associados a essa pedra citada nesse poema de Wolfram, talvez a pedra em si represente também alegoricamente Lúcifer que era um querubim ungido que possuia o titulo de estrela da manhã ( o que era uma grande honraria considerando que o mesmo titulo é associado a Jesus quando o dia do julgamento passa e ocorre uma união entre Céu e Terra por meio da Jerusálem Espiritual, a cidade sagrada aonde os homens habitarão com Deus ), que caiu se tornando Satanás ( o opositor de Deus, a palavra satanás significa algo como opositor, inimigo ), o nome Lúcifer originalmente ao que parece foi adotado a ele pela Gnose e além de ser associado ao planeta Vênus que é conhecido também como estrela da manhã ( uma nova versão herética do titulo ao meu ver para imitar o titulo correspondente a Jesus que tem esse titulo porque trará o milênio de paz e justiça, o julgamento e ligação da terra com o céu ), significa portador da luz, só no contexto ocultista luz não significa bem ou graça de Deus, significa simplesmente conhecimento de cunho esotérico, segredos profanos que Lúcifer que foi um querubim ungido que estava na presença de Deus revela ao cair para seus seguidores humanos, buscando ser adorado ainda como Deus como quis antes de cair, o que provoca sua queda ( soberba ), também vem a buscar adoração os anjos caidos que cairam com ele, no livro do apocalipse ele já é citado simplesmente como a velha serpente/satanás, no primeiro livro de Enoque que chegou a fazer parte das primeiras versões da  biblia até o quarto século depois de cristo e até aquele tempo era considerado como uma obra inspirada como os outros livros da biblia, ele é associado a figura da serpente citada em Gênesis, e é dito que o seu nome original como anjo era Gadrel, segundo Blavatisky a fundadora da Teosofia, ( que é uma ordem extremamente importante dentro do plano da nova ordem mundial ) na sua obra "A Doutrina Secreta" Satanás/Lúcifer é o unico Deus desse mundo, descrevendo sua queda como um tipo de martirio em nome da humanidade, Blavatisky também era iniciada na maçonaria, que tem ramificações que aceitam mulheres como membros ) A passagem citada, assim como o poema completo de Wolfram a este respeito, é certamente
carregada de simbolismos da alquimia. Fênix, por exemplo, é a abreviação da alquimia para ressurreição e renascimento - e também, na iconografia medieval, um emblema de Jesus morrendo e ressuscitando. ( Quem teve a ideia de representar e associar a Fênix na epoca Medieval a história de Jesus deve ter sido um ocultista, pois originalmente a lenda dessa Ave descende justamente das antigas escolas de mistérios e somente nesse meio ele seria representado dessa forma blasfema associado a essa figura do pagânismo ) Se a Fênix é, de algum modo, uma representação de Jesus, Wolfram o associa implicitamente a uma pedra. Tal associação não é única. Há  também Pedro (Pierre, ou "pedra" em francês), a "pedra" ou "rocha"
sobre a qual Jesus estabeleceu sua Igreja. ( Na verdade no original grego o nome Pedro significa algo como Pedregulho e não pedra ou rocha, o que Jesus quis dizer é que ele era somente parte da fundação de sua igreja, afinal a pedra angular do templo e a cabeça da igreja não é nenhum homem, é Jesus, Pedro na historia biblica ao que parece não foi nem o lider da igreja primitiva, foi um apóstolo chamado Tiago, ele que dá a palavra final em atos 15 por exemplo em relação a como seria feita a pregação aos não Judeus por meio de Paulo, esse mito que coloca ele como lider, baseado em uma interpretação tendenciosa de uma passagem biblica começou com a ICAR que queria dar algum tipo de suposta legitimidade a sua igreja que seria a suposta continuação dessa igreja primitiva cristã, nada poderia estar mais longe da verdade, o império romano perseguiu por mais de um século Judeus e não Judeus que seguiam a cristo e muito tempo depois da morte de Pedro um imperador que era alto sacerdote da religião pagã solar romana chamado Constantino em uma jogada politica se aproveitando e temendo que o crescimento do cristianismo diminuisse seu poder e que o império ficasse dividido entre pagãos e cristãos, associou o império a religião e ainda associou conceitos e feriados pagãos dentro dos dogmas da nova religião criada por ele que foi uma sintese do cristianismo primitivo como valores e ensinamentos do pagânismo, o que explica porque até hoje muitos dogmas da igreja se contradizem com o que a biblia em si ensina ) No Novo Testamento, Jesus relaciona a si mesmo, explicitamente, com "a pedra-chave negligenciada pelos construtores", a pedra-chave do Templo, a rocha do Sinai. Havia uma tradição real supostamente descendente de Godfroi de Bouillon que, por ter sido "fundada" sobre esta rocha, era
igual às dinastias reinantes da Europa. ( Como citado antes, os Merovíngios tentam com esse engano estabelecer legitimidade ao suposto direito deles de reinar sobre os outros, acho que pegaria mal dizer que eles mereciam isso por descender de uma criatura demoniaca aquatica como é relatado na lenda da dinastia sobre sua origem, então aproveitaram a descendência que tinham de membros da tribo de Judá em si e tentaram criar um mito associado a eles que lhes relacionava a uma descendência de Jesus, apesar que por também carregarem o sangue dessa tribo, eles podem acreditar de alguma forma que isso lhes dá alguma legimitidade para serem o trono de Jerusálem, como foram no passado, o que é uma bobagem, um israelita que estivesse envolvido com ocultismo na epoca do antigo testamento era no minimo expulso do meio do povo ( geralmente morto ) e nem era mais considerado parte do povo de Deus, até um estrangeiro que se circuncidasse e seguisse ao Deus de Israel vivendo no meio do seu povo era considerado mais Judeu do que eles, imagina então poder ser um rei ungido e escolhido por Deus como David foi por exemplo enquanto está envolvido profundamente em práticas abominaveis por Deus, houveram reis em Israel e no posterior reino do norte de Judá que se corromperam ( somente depois de virar reis ), mais geralmente eles sofriam punição e perdiam seu trono ) Na passagem que se segue imediatamente àquela já citada, Wolfram associa o cálice especifIcamente à crucifIcação - e, através do símbolo da pomba, a Madalena: ( É importante reiterar algo aqui, a pomba representa o espirito santo na doutrina messiânica/cristã, só que no pagânismo ela representava Ishtar, da mesma forma por exemplo que no Judaismo antigo o Leão representava a tribo de Judá ( Em alguns casos a tribo de Dã e a de Gade também ), e representou o messias Judeu que veio dessa tribo, e no pagânismo representou alguns deuses pagãos, se não me engano Mitra da cultura persa era representado como Leão, certamente no contexto desse poema de Wolfram que era um ocultista, ocorre novamente aquela associação que eu falei antes do personagem biblico de Madalena com Ishtar/Isis, ocorrendo por esse meio muitas vezes uma idolatria disfarçada dela dessa forma, isso é uma forma sutil e enganosa de se espalhar e popularizar uma doutrina ocultista, criando formas cristianizadas disfarçadas dela )

Neste exato dia, chega a ele [o cálice] uma mensagem na qual reside seu maior poder. Hoje é sexta-feira santa, e eles esperam lá uma pomba, voando do céu. Ela traz um pequeno biscoito e o deixa sobre a pedra. Então, com seu branco fulgurante, a pomba sobe novamente ao céu. ( Ishtar também era conhecida na antiguidade em outras culturas como Astarte "A Rainha dos Céus", não é coicidência que a virgem maria adorada no meio católico seja chamada pelo mesmo titulo, e seja tratada como uma intermediária entre os homens e Deus, o que contradiz o que a biblia ensina, ao dizer que somente Jesus é um intermediário entre Deus e os homens que pode ligar um ao outro, Maria na biblia é somente uma serva de Deus, uma grande serva dele, porém ela não é nada além disso ) Sempre na sexta-feira santa ela traz à pedra o que eu acabo de lhe dizer, e daquilo a pedra deriva quaisquer boas fragrâncias de bebida e comida na Terra, como à perfeição no paraíso. ( Aqui ela traz uma pedra, provavelmente associada a mesma pedra que caiu do céu de outro poema de Wolfram que tem supostas propriedades mágicas, interessante mencionar novamente a tradição antiga Islâmica que associa a pedra que caiu do céu que está na Caaba como vindo de Vênus, já que Ishtar é associada a esse mesmo planeta na antiga religião de mistérios, isso é um tipo de imitação do conceito cristão de que Deus é nossa rocha, não é a toa que a pedra no Islã vira um tipo de substituto de Jesus, nesse poema a pedra que traz a suposta benção e a salvação vem por meio de Madalena que ao meu ver representa simbolicamente na verdade Ishtar ) Eu quero dizer todas as coisas que a terra pode dar. E além disso a pedra provê tudo que vive sob os céus, seja tudo o que voa, corre ou nada. Assim, à irmandade dos cavaleiros ( elite ocultista, maçons adoram titulos pomposos de cavaleiros de sei lá o que e coisas do tipo por exemplo, e esses ocultistas adoram essas ordens elitistas de cavaleiros, na verdade essa suposta benção se dirige exclusivamente somente a eles, e na verdade é uma armadilha que só causa maldição ) o poder do cálice dá suporte.

Adicionalmente a estes extraordinários atributos, o cálice, no poema de Wolfram, possuiria quase que uma certa percepção. Teria a capacidade de chamar pessoas ao seu serviço, de forma ativa:

Ouça agora como aqueles chamados ao cálice se tornam conhecidos. Sobre a pedra ( Que caiu do céu, de acordo com o que eu li sobre uma tradição islâmica de Vênus, o que pode representar Lúcifer simbolicamente ), ao redor da borda, aparecem letras inscritas, dando o nome e a linhagem de cada um, donzela ou rapaz, que empreenderá esta abençoada jornada ( Linhagem de Lúcifer talvez ? Isso lembra algo como uma imitação do livro da vida, o ex alto satanista de familia illuminati Doc Marquis disse que chegou a assinar seu nome em um livro dos mortos antes de se converter ) . Ninguém precisa apagar a inscrição, pois
uma vez que ele leia o nome, este desaparece diante de seus olhos. Todos os que hoje atingiram a maioridade chegaram lá como crianças. Abençoada é a mãe que gera uma criança destinada a lá prestar serviço. Pobre e rico são regozijados se seu filho é chamado a reunir-se à companhia. Eles são lá levados de muitos lugares. Da pecaminosa vergonha eles são mais protegidos que outros, e recebem boa recompensa no céu. Quando a vida morre para eles aqui, a eles é dada a perfeição lá.
Os guardiães do cálice são templários, mas os seus detentores parecem integrar uma família dotada de numerosos ramos colaterais, alguns dos quais espalhados pelo mundo, freqüentemente desconhecendo a própria identidade. Outros membros da família habitam o castelo do cálice de Munsalvaesche, obviamente associado ao lendário castelo cátaro de Monsalvat, que pelo menos um escritor identificou como sendo Montségur. Em Munsalvaesche vivem várias figuras enigmáticas. Existe o verdadeiro guardião e beneficiário, Repanse de Schoye ("Réponse de Choix", ou "Resposta escolhida"). E existe, é claro, Anfortas, o rei pescador e senhor do castelo do cálice, ferido nos genitais e incapaz de procriar ou, alternativamente, de
morrer. ( Porque justamente isso com o rei pescador que representaria alegoricamente Jesus ? Uma forma disfarçada de tirar sarro ? Apesar que isso pode representar uma maldição associada a essa linhagem da qual o texto mencionara depois, ai seria somente pretensão deles se considerarem descendentes "do rei pescador" ) Assim como no romance sobre o cálice de Chrétien, Anfortas, para Wolfram, é o tio de Parsifal. E quando, no final do poema, a maldição é desfeita e Anfortas pode finalmente morrer, Parsifal se torna o herdeiro do castelo do cálice. O cálice, ou a família do cálice, serve-se de algumas pessoas, que
devem ser iniciadas em algum tipo de mistério. Ao mesmo tempo, envia seus treinados servidores ao mundo exterior com a missão de realizar ações em seu nome - e algumas vezes ocupar um trono. Pois o cálice, aparentemente, possui o poder de criar reis:

Donzelas são nomeadas para cuidar do cálice (...) este era o  mandamento de Deus, e estas donzelas realizavam seu serviço ao pé do cálice. O cálice só seleciona companhia nobre. Cavaleiros, devotos e bons, são escolhidos para guardá-lo. A chegada das altas estrelas traz a este povo grande tristeza, jovens e velhos igualmente. A ira de Deus contra eles tem durado muito tempo. Quando dirão eles sim à felicidade? (...) Eu lhe direi mais uma coisa, em cuja veracidade você pode crer. Uma chance dupla é sempre deles; eles tanto dão quanto recebem beneficio. Ele recebem lá jovens crianças, de nobre linhagem
e belas. E se em algum lugar um território perde seu senhor, se o povo lá reconhece a mão de Deus e busca um novo senhor, ele é presenteado com um da companhia do cálice. Eles devem tratá-lo com cortesia, pois a bênção de Deus o protege.

De acordo com a passagem acima, parece que em algum momento no passado a família do cálice incorreu na ira de Deus. ( Incorrem até hoje, o Deus que protege eles certamente não é o mesmo da biblia ) A alusão a "ira
de Deus contra eles" ecoa muitas afirmações medievais sobre os judeus. Também ecoa o título de um livro misterioso associado com Nicolas Flanel - O Livro Sagrado de Abraão o judeu, príncipe, padre, levita, astrólogo e filósofo daquela tribo de judeus que pela ira de Deus foram dispersos entre os gauleses. ( Várias bobagens mencionadas aqui, como que Abraão seria descendente da tribo de levi que nem existia, pois ela só passa a existir por meio de Levi, filho de Jacó, que era neto dele ? Astrologia e outros tipos de práticas ocultistas eram extritamente proibidas na lei que os hebreus seguiam, como na posterior lei estabelecida por Moisés, não existia titulo de padre e Abraão nunca foi considerado nenhum tipo de principe, e na sua epoca Deus se agradou com Abraão, os Judeus seriam dispersos muitos anos depois de sua morte, fica obvio que os autores do livro não sabem nem o básico de biblia ao citar uma fuleiragem dessas, Nicolas Flamel alias era um ocultista que supostamente havia criado a pedra filosofal, eles adoram inventar essas versões adulteradas de historias biblicas aonde os personagens são envolvidos com ocultismo ) E Flegetanis, que segundo Wolfram escreveu - a narrativa original sobre o cálice, seria
descendente de Salomão. Seria a família do cálice de origem judaica? ( Ao que tudo indica sim, e alias eles descenderem de Salomão poderia explicar em parte a crença pessoal deles de que eles tem algum suposto direito de governar, é bom lembrar aqui que Salomão que foi um dos maiores mulherengos da história, possuia 750 mulheres e 250 concubinas de vários povos e nações, segundo o relato biblico alguma dessas mulheres de outros povos em certo ponto lhe levam a adorar outros Deuses e se tornar infiel a Deus, algo do qual ele se arrepende no fim de sua vida, por meio delas eles certamente deixou milhares de descendentes de diversos povos, claro que para ser rei de Israel você deveria ser escolhido e ungido por Deus entre esses descendentes, não é só nascer filho de um rei de Judá que você já tem esse direito, você tinha que ser escolhido por Deus, sem a benção dele alias um reino não duraria muito ) Qualquer que tenha sido a maldição antes lançada sobre a família do
cálice, ela indubitavelmente veio a gozar, na época de Parsifal, de proteção divina ( Ao meu ver profana ) e de grande parcela de poder. Entretanto, ela se empenha em manter sua identidade rigorosamente em segredo, pelo menos em certos aspectos.

Os homens [da família do cálice], Deus envia secretamente; as donzelas partem abertamente (...). Assim as donzelas são enviadas abertamente, e os homens em segredo, que eles podem ter filhos que irão, por sua vez, entrar um dia para o serviço do cálice, e, servindo, estimular sua companhia. Deus pode ensiná-los como fazê-lo.

As mulheres da família do cálice podem, portanto, revelar sua genealogia e identidade quando se casam com pessoas do mundo
exterior. Os homens, contudo, devem manter esta informação oculta - tanto que, na verdade, eles não podem permitir perguntas sobre suas origens. O ponto, parece, é crucial, pois Wolfram retorna a ele, enfaticamente, no final do poema.

Sobre o cálice encontra-se agora escrito que todo templário a quem amão de Deus ( O Deus deles era Baphomet, já foi mencionada anteriormente as praticas nojentas que eles realizavam ritualmente, algumas na verdade como a adoração a cabeça de mortos segundo os autores foram provadas como veridicas ) apontou como mestre deve proibir que pessoas do
exterior façam perguntas sobre seu nome ou raça, e que ele deve ajudá-las com seus direitos. Se perguntas forem feitas sobre ele, elas não mais devem receber ajuda.

Daí deriva, é claro, o dilema de Lohengrin, o filho de Parsifal que, ao ser inquirido sobre sua origem, deve abandonar sua esposa e filhos e partir para o lugar de onde veio. Mas por que tão sigilosa conduta
seria necessária? Que tipo de coisas a esconder poderiam ditá-la? ( É so observar que fim os templários tiveram por ter segredos mórbidos seus revelados a terceiros, antes mesmo de Felipe colocar um papa marionete no poder no Vaticano para acusar eles, outro papa criticou os templários por prática de necromancia, só não condenaram eles nesse tempo porque não era conveniente , os templários faziam a igreja mais rica, já para Felipe o Belo era conveniente devido a dividas com eles levar eles a cair, e mesmo assim a maioria dos que foram condenados somente residiam na frança, muitos em outras regiões da europa foram absolvidos e na Escócia a ordem nunca chegou a sofrer dissolução, alias pudemos ver em partes anteriores das matérias que os Merovíngios participaram da criação do rito escocês da Maçonaria e que ele chegou a ser considerado uma continuação de certa forma dessa ordem de cavaleiros, alias de acordo com o sumo pontifice da maçonaria desse rito, Albert Pike, a religião da Maçonaria é a adoração a Lúcifer ) Considerando a época em que Wolfram escreveu, se a família do
cálice era de fato de origem judaica, isto poderia constituir uma explicação. E tal explicação ganha alguma credibilidade com a história de Lohengrin. Pois existem muitas variantes dessa história, e Lohengrin não é sempre identificado pelo mesmo nome. Em algumas versões ele é chamado Helios, significando sol. Em outras versões é chamado Elie ou Eli, um nome evidentemente judeu. No romance de Boron e em Perlesvaus, Parsifal é de linhagem judaica - a "linhagem sagrada" de José de Arimatéia. No poema de Wolfram esta posição, no que concerne a Parsifal, parece incidental. Realmente, Parsifal é o sobrinho do rei pescador ferido, sendo portanto relacionado ao sangue da família do cálice. Embora ele não se case com alguém da família do cálice - na realidade, já é casado -, ainda assim herda o castelo do cálice e se torna o seu novo senhor.
Mas para Wolfram a genealogia do protagonista parece menos importante do que os meios pelos quais ele se mostra merecedor
disto. Em suma, ele deve sujeitar-se a certos critérios ditados pelo sangue que carrega nas veias. Esta ênfase parece indicar a importância que Wolfram atribui àquele sangue. Não há dúvida de que Wolfram atribui grande importância a uma
linhagem sanguínea particular. Se existe um único tema dominante permeando não só Parzival, mas também os seus outros trabalhos, ele é a família do cálice, mais que o próprio cálice. A família do cálice parece dominar a mente de Wolfram de um modo quase obsessivo, e ele dedica muito mais atenção a ela do que ao misterioso objeto do qual eles são guardiães. ( Eu diria que a linhagem sanguinea deles em si é o Calice ao menos nesse contexto especifico ) A genealogia da família do cálice pode ser reconstruída a partir deuma leitura atenta de Parzival. O próprio Parsifal é um sobrinho de
Anfortas, o rei pescador ferido e senhor do castelo do cálice. Anfortas, por sua vez, é filho de Frimutel, e Frimutel é filho de Titurel. Nesse ponto a linhagem se torna mais enovelada. Mas retrocede finalmente até um certo Laziliez, que pode ser uma derivação de Lazarus, o irmão de Maria e de Martha no Novo Testamento. E os pais de Laziliez, os progenitores originais da família do cálice, são chamados Mazadan e Terdelaschoye. Este último é obviamente uma versão germânica da expressão francesa terre de la choix, ou terra escolhida. Mazadan é mais obscuro. Ele pode derivar do Ahura Mazda zoroastriano, o principio dualista da luz ( Deus pagão persa com uma representação similar a que Hórus tem por exemplo na mitologia egipcia, seu opositor é Arimã que seria a versão Zoroastra de Set, o principio da escuridão e caos, Pike curiosamente tinha uma crença de que Lúcifer era Deus e Jeová infelizmente ( na opinião dele ) também era Deus, so que um o do bem que ele seguia ( Lúcifer ) e o do mal era Jeová, anteriormente em outra parte sobre a matéria dos merovíngios já citei no entanto como ele tinha uma noção distorcida de bem e mal, como citei também as atrocidades que ele cometeu quando vivo, especialmente contra escravos negros ). Ao mesmo tempo, pode sugerir, ainda que apenas foneticamente, Masada, um bastião importante durante a revolta judia contra a ocupação romana em 68 d.C. Os nomes que Wolfram atribui aos membros da família do cálice são
portanto mais provocantes e sugestivos. Contudo, nada de útil nos dizem, do ponto de vista histórico. Se quiséssemos encontrar um fundador histórico da família do cálice, teríamos que procurar em outra fonte. As pistas eram fracas. Sabíamos, por exemplo, que a família tinha supostamente culminado em Godfroi de Bouillon; mas isto
não lançava muita luz sobre os antecedentes míticos de Godfroi - com exceção, é claro, do fato de que ele (como seus antecedentes reais)mantinha sua identidade escrupulosamente em segredo. Mas segundo
Wolfram, Kiot encontrou uma narrativa da história do cálice nos anais da casa de Anjou, e o próprio Parsifal teria sangue de Angevin.( Dinastia Angevina é uma das que aparece nos documentos achados do Priorado, representadas como descendentes da Dinastia Merovíngia em si ) Isto era extremamente interessante, pois a casa de Anjou era estreitamente associada tanto com os templários quanto com a Terra Santa. Realmente, Fulques, conde de Anjou, tornou-se, por assim dizer, um templário honorário, ou de tempo parcial. Em 1131, ele se casou com a sobrinha de Godfroi de Bouillon, a lendária Melusine ( Da mesma forma que existe uma lenda de que a Dinastia Lusignon de ascendência também merovingia tem sangue misturado a uma criatura mitológica metade mulher metade peixe ou reptil demoniaca com poderes mágicos que se chama Melusina, da mesma forma exista lendas dessa natureza associada a Dinastia Plantageneta derivada desse conde de Anjou que era associado aos templários também, é interessante ver como linhagens associadas aos Merovíngios eram associadas a lendas de natureza tão macabra, alias a lenda da origem da Dinastia Merovíngia em si tem refêrencias a outra criatura demoniaca do mar também ), e
se tornou rei de Jerusalém. Segundo os Documentos do Monastério, os lordes de Anjou - a família Plantagenet - se aliaram assim à linhagem merovíngia ( Interessante que Melusina seria filha justamente de Bouillon nesssa versão da lenda que na epoca já carregava sangue merovíngio e é uma figura proeminente nas lendas associada a linhagem do cáclice sagrado como foi demonstrado anteriormente em outras partes, talvez seja um indicio que reforçe até os relatos do pesquisador do assunto Fritz Springmeier de que dentro dos altos circulos ocultistas os Merovíngios são conhecidos como a Linhagem de Lúcifer ). E o nome de Plantagenet pode ter ecoado Plant-Ard ou Plantard."

Tais conexões são fragmentadas e tênues. Mas obtivemos pistas adicionais através da localização geográfica do poema de Wolfram, situado em sua maior parte na França. Contrariamente a cronistas posteriores, Wolfram afirma que a corte de Arthur, Camelot, se situava na França, especificamente em Nantes, na região da atual Bretanha francesa. Ali estava a fronteira oeste do antigo domínio merovíngio no ápice de seu poder. Em um manuscrito da versão de Chrétien sobre a história do cálice,
Parsifal declara ter nascido em Scaudone, ou Sinadon, ou algum lugar semelhante que aparece em diversas variantes ortográficas. A região é descrita como montanhosa. Segundo Wolfram, Parsifal vem de Waleis, que a maioria dos estudiosos tomou como sendo Wales (País de Gales). Sinadon, em suas várias grafias, foi considerado como
sendo Snowdon, ou Snowdonia. Neste caso, contudo, surgem alguns problemas intransponíveis. Como observa um comentarista moderno, "os mapas erram", pois personagens se movem constantemente entre Waleis e a corte de Arthur em Nantes, assim como para outras localidades francesas, sem cruzar qualquer água! Em suma, eles se movem em escala transcontinental, e através de regiões cujos habitantes falam francês. Seria a geografia de Wolfram simplesmente confusa? Poderia ser apenas negligência?Ou Waleis não é País de Gales? Dois estudiosos sugeriram que pode ser Valois, a região da França a noroeste de Paris. Mas não existem montanhas em Valois, e o resto da paisagem não condiz com a descrição de Wolfram. Ao mesmo tempo, existe uma outra possibilidade de localização para Waleis - uma localização que é montanhosa, que condiz precisamente com as descrições topográficas de Wolfram e cujos habitantes falam francês. Trata-se de Valais, na Suíça, às margens do lago Léman, a
leste de Genebra. Em suma, parece que a terra natal de Parsifal não é o País de Gales nem Valois, mas Valais. E seu verdadeiro local de nascimento, Sinadon, não seria Snowdon ou Snowdonia, mas Sidonensis, a capital de Valais. E o nome moderno de Sidonensis, capital de Valais, é Sion. Assim, segundo Wolfram, a corte de Arthur fica na Bretanha francesa.
Parsifal teria nascido na Suíça. E a família do cálice? E o castelo do cálice? Wolfram fornece uma resposta em seu mais ambicioso trabalho, deixado incompleto com sua morte, e intitulado Der Junge Titurel. Neste fragmento evocativo, Wolfram se refere à vida de Titurel, pai de Anfortas e construtor original do castelo do cálice. Der JungeTiturel é muito especifico, não somente quanto a detalhes genealógios como também quanto às dimensões, os componentes, os materiais e a configuração do castelo do cálice - sua capela circular, por exemplo, como aquelas dos templários. E o próprio castelo é situado nos
Pirineus. Além de Der Junge Titurel, Wolfram deixou outro trabalho incompleto ao morrer: o poema conhecido como Willehalm, cujo protagonista é Guillem de Gellone, governante merovíngio do principado existente nos Pirineus no século IX. Guillem seria associado à família do cálice. Assim, seria ele o único personagem nos trabalhos de Wolfram cuja
identidade histórica pode ser realmente determinada. Mas a meticulosa precisão de Wolfram é surpreendente, mesmo no
tratamento que dá aos personagens não identificados. Quanto mais se estudam seus trabalhos, mais provável parece que eles se referem aum grupo real de pessoas - não uma família mítica ou fictícia, mas uma que existiu historicamente, e que pode bem ter incluído Guillem de Gellone. Esta conclusão se torna ainda mais plausível quando Wolfram admite estar ocultando algo. Parsival e seus outros trabalhos não são meros romances, mas documentos de iniciação, depositários
de segredos. Sub capítulo "O Cálice e a Cabala": "Como sugere Perlesvaus, o cálice, pelo menos em parte, parece ser
uma experiência de algum tipo. Em sua digressão sobre as propriedades curativas do cálice e seus poderes de assegurar
longevidade, Wolfram parecia estar insinuando algo experimental e também simbólico - um estado de espírito, ou estado de alma. Existem poucas dúvidas de que, em um certo nível, o cálice é uma experiência de iniciação que na terminologia moderna seria descrita como transformação, ou estado alterado da consciência. Alternativamente,
ela pode ser descrita como uma experiência gnóstica, mística, umailuminação ou união com Deus. ( Eu diria que uma iniciação ocultista, pelo meio dela você entraria em contato com hierarquias espirituals demoniacas ficando vulneravel a sua influência, adquirindo poder ocultista e outros tipos de beneficios, também por meio de um pacto que você faz com essas entidade em troca do que elas lhe oferecerem ) experiência gnóstica, mística, uma
iluminação ou união com Deus. É possível colocar o aspecto experimental do cálice em um contexto especifico, o da cabala e do
pensamento cabalístico. Tal pensamento estava na moda quando surgiram os romances sobre o cálice. Havia uma famosa escola de
cabala em Toledo, onde Kiot teria ouvido falar no cálice. Outras escolas existiam no sul da França. E não seria por pura coincidência que Troyes também teria uma escola, datada de 1070 - época de Godfroi de Bouillon - e dirigida por um certo Rashi, talvez o mais famoso cabalista medieval. ( A cabala que seria conhecimento derivado do misticismo judaico posteriormente foi aplicada no ocultismo para diversos tipos de rituais ocultistas, alguns muito poderosos e perigosos )
que Troyes também teria uma escola, datada de 1070 - época de Godfroi de Bouillon - e dirigida por um certo Rashi, talvez o mais famoso cabalista medieval. É certamente impossível fazer justiça, aqui, à cabala ou ao
pensamento cabalístico. Todavia, alguns pontos podem ser mencionados no sentido de estabelecer a conexão entre a cabala e os
romances sobre o cálice. Muito resumidamente, a cabala pode ser descrita como judaísmo esotérico, uma metodologia psicológica de origem unicamente judaica, destinada a induzir uma transformação drástica da consciência. Nesse sentido, ela pode ser vista como um equivalente judeu de metodologias ou disciplinas similares nas tradições hindu, budista e taoísta - algumas formas de ioga, por exemplo, ou de zen. Da mesma forma que seus equivalentes orientais, o treinamento em
cabala envolve uma série de rituais, uma seqüência estrutural de experiências de iniciação que levam o praticante a modificações sempre mais radicais da consciência e da capacidade cognitiva. Embora o significado e a importância de tais modificações sejam sujeitos a interpretação, sua realidade, como fenômeno psicológico, é indiscutível. Entre os estágios de iniciação cabalística, um dos mais importantes é o conhecido como Tiferet. Dizem que na experiência Tiferet a pessoa passa para o além do mundo da forma, ou, em termos contemporâneos, transcende o próprio ego. Simbolicamente falando, isto consiste em uma espécie de morte sacrificial, a morte do ego, do senso de individualidade e do isolamento implícito em tal
individualidade; e, certamente, um renascimento, ou ressurreição, em outra dimensão, de harmonia e unidade totais. Na adaptação cristã da cabala, Tiferet foi associado a Jesus. ( Isso soa como a falsa sensação de extase espiritual de religiões pagãs do oriente aonde a pessoa supostamente se torna um com o todo, nessas religiões deus é visto como uma força e não como um ser com quem podemos ter uma relação pessoal, esses rituais em muitos casos se utilizam de drogas, mantras mágicos e rituais sexuais e nos ramos mais pesados até consumo de cadaveres o que deixa a pessoa suscetivel a influência e até possessão demoniaca, na verdade muitos praticantes de religiões como o Hinduismo acabam parando no hospicio por causa desses rituais perigosos buscando estados alterados de consciência aonde a pessoa fica muito suscetivel a influência dos espiritos malignos que são convocados por meio deles que passam a elas uma sensação de falso apice na vida espiritual, de resto novamente simbolos e figuras cristãos são vistas sendo associadas a conceitos ocultistas para servirem como uma fachada enganosa que dá a entender esses ritos pagãos são ligados ao cristianismo a um novo iniciado ) Para os cabalistas medievais, a iniciação no Tiferet era associada a alguns símbolos específicos, que incluíam um ermitão, ou guia, ou
velho sábio, um rei majestoso, uma criança, um deus sacrificado. Com o tempo, outros símbolos - uma pirâmide truncada, um cubo e a existe um velho ermitão sábio - freqüentemente, o tio de Perceval ou Parsifal - que age como guia espiritual. No poema de Wolfram, o cálice, como pedra, pode corresponder ao cubo. E em Perlesvaus as várias manifestações do cálice correspondem quase precisamente aos símbolos do Tiferet. O próprio Perlesvaus estabelece um laço crucial
entre a experiência Tiferet e o cálice." Sub capítulo "O Jogo de Palavras": "Pudemos identificar assim o aspecto vivencial do cálice e conectá-lo de forma razoavelmente precisa com a cabala. Isto envolveu outro elemento judaico, fato aparentemente paradoxal, tendo em vista o caráter supostamente cristão do cálice ( Eu diria uma fachada cristã ). Além disso, quaisquer que
fossem os aspectos experimentais do cálice, havia outros aspectos de grande importância para nossa história, que não podíamos ignorar.Eram aspectos históricos e genealógicos. Os romances sobre o cálice nos tinham confrontado com um padrão
reiterado de natureza mundana, não mística. Reiteradamente, havia um cavaleiro pueril que, por meio de alguns testes que o revelavam merecedor, era iniciado em algum segredo monumental, guardado com zelo por uma ordem de algum tipo, aparentemente cavaleiresca em sua composição. O segredo era associado de alguma forma a uma família específica. Por meio de casamento com tal família, por meio de sua própria linhagem ou por meio de ambos, o protagonista tornava-se senhor do cálice e de tudo que fosse relacionado com ele. Pelo menos nesse nível parecíamos estar lidando com algo de caráter histórico
concreto. Alguém pode tornar-se senhor de um castelo ou de um grupo de pessoas. Pode tornar-se herdeiro de certos territórios ou até mesmo de um certo legado. Mas ninguém pode tornar-se senhor, ou herdeiro, de uma experiência.
Quando submetidos a análise cuidadosa, os romances sobre o cálice se revelavam crucialmente baseados em assuntos de linhagem e rosacruz - foram adicionados. A relação entre estes símbolos e os romances sobre o cálice é clara. Em toda narrativa sobre o cálice existe um velho ermitão sábio - freqüentemente, o tio de Perceval ou Parsifal - que age como guia espiritual. No poema de Wolfram, o cálice, como pedra, pode corresponder ao cubo. E em Perlesvaus as várias manifestações do cálice correspondem quase precisamente aos símbolos do Tiferet. O próprio Perlesvaus estabelece um laço crucial
entre a experiência Tiferet e o cálice" Sub capítulo "Jogo de palavras": "Pudemos identificar assim o aspecto vivencial do cálice e conectá-lo de forma razoavelmente precisa com a cabala. Isto envolveu outro elemento judaico, fato aparentemente paradoxal, tendo em vista o caráter supostamente cristão do cálice. Além disso, quaisquer que fossem os aspectos experimentais do cálice, havia outros aspectos de grande importância para nossa história, que não podíamos ignorar.
Eram aspectos históricos e genealógicos. Os romances sobre o cálice nos tinham confrontado com um padrão
reiterado de natureza mundana, não mística. Reiteradamente, havia um cavaleiro pueril que, por meio de alguns testes que o revelavam merecedor, era iniciado em algum segredo monumental, guardado com zelo por uma ordem de algum tipo, aparentemente cavaleiresca em sua composição. O segredo era associado de alguma forma a uma família específica. Por meio de casamento com tal família, por meio de sua própria linhagem ou por meio de ambos, o protagonista tornava-se
senhor do cálice e de tudo que fosse relacionado com ele. Pelo menos nesse nível parecíamos estar lidando com algo de caráter histórico concreto. Alguém pode tornar-se senhor de um castelo ou de um grupo de pessoas. Pode tornar-se herdeiro de certos territórios ou até mesmo de um certo legado. Mas ninguém pode tornar-se senhor, ou
herdeiro, de uma experiência. Quando submetidos a análise cuidadosa, os romances sobre o cálice
se revelavam crucialmente baseados em assuntos de linhagem e genealogia, herança e hereditariedade. Nós nos perguntamos se isso seria relevante. Enfim, haveria alguma importância no fato de a linhagem em questão imbricar, em certos pontos-chaves, com aquela que aparecia de forma tão saliente em nossa investigação - a casa de
Anjou, por exemplo, Guillem de Gellone e Godfroi de Bouillon? Poderia o mistério ligado a Rennes-Ie-Château e ao Monastério do Sinai estar relacionado de algum modo, ainda obscuro, ao misterioso objeto chamado cálice sagrado? Estaríamos, na realidade, seguindo os passos de Parsifal e conduzindo a nossa própria moderna busca do cálice?
As evidências sugeriam que esta era uma possibilidade real. Uma delas pesou decisivamente em favor de tal conclusão. Em muitos dos mais antigos manuscritos, o cálice é chamado sangraal; e até mesmo na última versão de Malory ele é chamado sangreal. É provável que uma destas formas - sangraal ou sangreal - seja de fato a original. Também é provável que posteriormente esta palavra tenha sido quebrada no lugar errado. Sangraal ou sangreal talvez não devessem
dividir-se em san graal ou san greal - mas em sang raal ou sang real. Ou, para empregar a grafia moderna, "sangue real". Este jogo de palavras pode ser provocante, mas não é, por si só, conclusivo. Tomado em conjunto com a ênfase dada a genealogia e linhagem, contudo, ele não deixa muita margem a dúvida. A este respeito, as associações tradicionais - o copo que colheu o sangue de Jesus, por exemplo - parecem reforçar esta suposição. O cálice
parece relacionado de algum modo a sangue e a linhagem, o que, obviamente, levanta algumas perguntas. Qual sangue? Qual
linhagem?" Trecho do sub capítulo "Os reis perdidos e o Cálice": "Os romances sobre o cálice não foram os únicos poemas do tipo a encontrar uma audiência receptiva no final do século XII e início do
século XIII. Houve muitos outros - Tristan e lsolde, por exemplo, e Eric e Enide - compostos pelo próprio Chrétien ou por contemporâneos e compatriotas de Wolfram, como Hartmann Von Aue e Gottfried Von
Strassburg. Estes romances não mencionam o cálice, mas são claramente situados no mesmo período mÍtico-histórico dos romances sobre o cálice, apoiando-se mais ou menos intensamente em Arthur. Até onde pode ser datado, Arthur parece ter vivido no final do século V e/ou início do século VI, no ápice da ascendência merovíngia na Gália.
Foi, sem dúvida, contemporâneo de Clóvis. Se o termo Ursus era aplicado à linhagem real merovíngia, o nome Arthur, que também significa urso, pode ser uma tentativa de conferir a um chefe britânico uma dignidade comparável.
Para os escritores da época das Cruzadas, a era merovíngia pareceter sido de importância crucial - tanto que ela forneceu o pano de fundo de romances que não tinham nada a ver com Arthur ou o cálice. Um desses romances é o épico nacional da Alemanha, Nibelungenlied ou Canção dos Nibelungen, no qual Wagner se inspirou para escrever
sua monumental seqüência operística O Anel. Este opus musical e o poema do qual foi derivado são geralmente considerados pura
fantasia. Mas os nibelungos foram um povo real, uma tribo germânica que viveu no final da época merovíngia. Além disso, muitos dos nomes em Nibelungenlied - Siegmund, por exemplo, Siegfried, Sieglinde, Brünhilde e Kriemhild - são claramente merovíngios. Muitos episódios no poema ocorrem em paralelo com eventos dos tempos merovíngios e até se referem a eles.
Embora não tenha nada a ver com Arthur ou com o cálice, o Nibelungenlied é mais uma evidência de que a época merovíngia
exerceu influência poderosa sobre a imaginação dos poetas dosséculos XII e XIII - como se eles soubessem de alguma coisa crucial sobre essa época que escritores e historiadores posteriores nãosouberam. Em todo caso, os intelectuais modernos concordam em que os romances sobre o cálice, assim como o Nibelungenlied, se referem à época merovíngia. É claro que, dada a importância de Arthur, esta conclusão pareceria óbvia, pelo menos em parte. Mas ela repousa também em indicações específicas dadas pelos próprios romances sobre o cálice. O Qyeste del saint graal, por exemplo, escrito entre 1215 e 1230, declara explicitamente que os eventos da história do cálice ocorreram precisamente 454 anos após a ressurreição de Jesus. Assumindo que Jesus tenha morrido em 33 d.C., a saga do cálice teria acontecido em 487 d.C. - durante oprimeiro sopro de poder merovíngio, e apenas nove anos após o batismo de Clóvis. Não havia nada de controvertido ou de revolucionário em relacionar os romances sobre o cálice e a era merovíngia. Apesar disto, sentimos que alguma coisa tinha passado despercebida. Essencialmente, tratava-se de uma questão de ênfase - que, por causa de Arthur, foicolocada na Inglaterra. Como resultado desta ênfase claramente britânica, não associamos logo o cálice e a dinastia merovíngia. Mas Wolfram insiste em que a corte de Arthur era em Nantes e que seu poema se passa na França. A mesma afirmação é feita para outros romances sobre o cálice - o Qyeste del saint graal, por exemplo. E existem tradições medievais que confirmam que o cálice não foi
levado para a Inglaterra por José de Arimatéia, mas para a França. Por Madalena. ( tradições medievais e alegóricas de ocultistas creio eu que usam Madalena para representar Isis, provavelmente representa uma migração que tem registro histórico na idade média de membros da tribo de Judá para a frança ( citei isso se lembro bem na Matéria sobre a familia Freeman que é ligado ao Priorado além de outras, nessa situação a tribo dos Francos originalmente germânica se mistura com essa linhagem judaica possivelmente, lembrando que a Dinastia Merovíngia em si é oriunda dessa tribo franca também ) Começamos a imaginar que a predominância da Inglaterra nos relatos de comentaristas dos romances sobre o cálice podia estar mal
colocada. Na realidade, os romances se referiam a eventos ocorridos no continente, mais especificamente na França. E começamos a suspeitar que o próprio cálice, o sangue real, se referia na realidade ao sangue real da dinastia merovíngia, um sangue que era considerado sagrado e possuidor de propriedades mágicas e miraculosas. Talvez os romances sobre o cálice tenham constituído, pelo menos em parte, uma narrativa simbólica e alegórica de eventos da época merovíngia. E talvez já tivéssemos encontrado alguns desses eventos ao longo da nossa investigação. Um casamento em uma família
especial, por exemplo, que, encoberto pelo tempo, engendrou as legendas sobre a dupla paternidade de Mérovée. Ou talvez, na família do cálice, uma representação da perpetuação clandestina da linhagem merovíngia - les rois perdus, ou "reis perdidos" - nas montanhas ecavernas de Razès. Ou talvez o exílio daquela linhagem na Inglaterra durante o século IX e o início do século X. E as alianças dinásticas secretas, mas augustas, pelas quais a vinha merovíngia, assim como
aquela da família do cálice, finalmente frutificou em Godfroi de Bouillon e na casa Lorraine. Talvez o próprio Arthur - o "urso" - tenha sido incidentalmente relacionado com o líder celta ou gaulês-romano. Talvez o Arthur dos romances sobre o cálice seja na realidade "Ursus". Talvez o lendário Arthur das crônicas de Geoffrey de Monmouth tenha sido apropriado pelos escritores do cálice e deliberadamente transformado no veículo de uma tradição bem diferente e secreta. Se este for o caso, se explicaria por que os templários - criados pelo Monastério do Sinai como guardiães da linhagem merovíngia - foram declarados guardiães do cálice e da família do cálice. Se a família do cálice e a linhagem merovíngia são a
mesma coisa, os templários foram realmente guardiães do cálice, mais ou menos na época em que os romances sobre o cálice foram escritos. Assim, sua presença nos romances sobre o cálice não seria  anacrônica. A hipótese era intrigante, mas levantava uma pergunta crucial. Os romances podem ter se passado no tempo dos merovíngios, mas eles

ligam o cálice, de forma bastante explícita, às origens da cristandade, a Jesus, a José de Arimatéia, a Madalena. Alguns vão além. ( Eu diria que ligam diretamente a tribo de Judá da qual a dinastia merovíngia passou a descender por meio de casamento de descendentes seus da antigo tribo germânica dos Francos, as praticas religiosas deles desde o principio da Dinastia merovíngia como foi mostrado em partes anteriores das matérias sobre a Dinastia, eram sabidamente ocultistas, posteriormente começou a pegar mal se envolver nesse meio, especialmente com o acordo formal feito com a ICAR e eles passaram a praticar a religião de mistérios em segredo, desenvolvendo nos seus escritos alegorias que disfarçavam a verdadeira natureza de suas crenças e práticas religiosas )  No poema de Robert de Boron, Galahad seria o filho de José de Arimatéia, embora a identidade da mãe do cavaleiro seja obscura. E no Quest del saint graal, Galahad é chamado herdeiro da casa de Davi, sendo identificado como o próprio Jesus. Realmente, o nome Galahad, segundo os intelectuais modernos, deriva do nome Gilead, que foi considerado uma designação mística para Jesus." ( Nunca soube disso, talvez no meio esotérico lhe chamem assim também , só sei de regiões com esse nome e de  personagens biblicos de relevância pequena nas escrituras que se chamam assim )  Agora que mostrei a ligação ocultista com os romances do Cálice e o que ao meu ver o que eles realmente representam baseado no que li nesse livro e em outras fontes externas a ele, acho que restou do que vale a pena desse livro somente um resumo sobre a história dos supostos grão mestres do Priorado de Sião o que farei na próxima parte das matérias que estou fazendo sobre a Dinastia Merovíngia.


Essa imagem é de um quadro da idade média chamado "O Segredo de Melusina", que é uma criatura mitológica metade mulher metade serpente ou peixe que tem poderes mágicos ( eu diria que seria uma criatura demoniaca ), como eu falei na matéria, existe lendas sobre membros da dinastia Merovíngia terem se casado, tendo filhos com ela ( Especificamente um membro da dinastia angevina, e mais 2 membros da dinastia Lusignon, talvez exista lendas até sobre mais membros dessa dinastia ligadas a essa figura macabra ), o que me parece ser uma alegoria misteriosa que revela a verdadeira origem dessa Dinastia, e o porque que sua linhagem sanguinea é tão importante no meio ocultista, o que não tem nada haver com Jesus Cristo, muito pelo o contrário, até pelos supostos relatos do qual o autor F. Springmeier falou que ouviu de dentro do circulo do alto satanismo, sem falar no sabido envolvimento dos membros dessa dinastia com praticas derivadas do ocultismo.

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