sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

As Linhagens Illuminati - A Dinastia Merovíngia - Parte 2

Sub capitulo do capitulo 9 "A Usurpação pelos Carolíngios": "Rigorosamente falando, Dagobert não foi o último governante da dinastia merovíngia. Na realidade, os monarcas merovíngios retiveram pelo menos a condição nominal por mais três quartos de século. Mas estes últimos merovíngios mereceram o nome de rois fainéants. Muitos deles eram muito jovens. Como conseqüência, eram freqüentemente fracos, peões nas mãos dos mayors do palácio, incapazes de afirmar sua autoridade ou de tomar decisões próprias. Eram realmente um pouco mais que vítimas, e vários foram sacrificados.Além disso, os últimos merovíngios foram de ramos paralelos, não descendentes diretos de Mérovée e de Clóvis. A linha principal da descendência merovíngia foi deposta com Dagobert II. Para todos os efeitos e propósitos, portanto, o assassinato de Dagobert pode ser considerado o marco do final da dinastia merovíngia. A morte de Childeric III, em 754, foi uma mera formalidade no que diz respeito ao poder dinástico. Como governantes dos francos, a linhagem merovíngia tinha sido efetivamente extinta muito tempo antes. Quando o poder escapou das mãos dos merovíngios, passou para asmãos dos mayors do palácio, um processo que já havia começadoantes do reinado de Dagobert. Foi um mayor do palácio, Pepin, o Gordo, que planejou a morte de Dagobert. Pepin foi seguido de seu filho, o famoso Charles Martel. Aos olhos da posteridade, Charles Martel é uma das figuras mais heróicas da história da França. Existe certamente algum fundamento nisso. Sob Charles, a invasão moura da França foi abalada na Batalha de Poitiers, em 732. E Charles, em virtude de sua vitória, foi, de algum modo, tanto "defensor da fé" quanto "salvador da cristandade". Curiosamente, Charles Martel, embora tenha tido muita força, nunca subiu ao trono, que certamente estava ao seu alcance. Na realidade, ele parece ter considerado o trono com um certo temor supersticioso - e, muito possivelmente, como uma prerrogativa especificamente merovíngia. Os sucessores de Charles, que subiram ao trono, tiveram o cuidado de estabelecer sua legitimidade casando-se com princesas merovíngias ( Mesmo nessa situação se nota aqui a importância que essa linhagem tinha aos olhos de outras linhagens nobres, duvido muito que pela mentalidade desses nobres que tenha algo haver com algum tipo de remorso eles buscarem se casar com mulheres dessa linhagem que era vista como uma dinastia sagrada  ). Charles Martel morreu em 741. Dez anos depois, seu filho, Pepin III, mayor do palácio do rei Childeric III, engajou o apoio da Igreja para reclamar formalmente o trono. Os embaixadores de Pepin perguntaram ao papa: "Quem deveria ser rei? O homem que atualmente detém o poder, ou aquele que, embora chamado de rei, não tem nenhum poder?" O papa pronunciou-se em favor de Pepin. Com apostólica autoridade, ordenou que Pepin fosse coroado rei dos francos, numa traição ao pacto ratificado por Clóvis dois séculos e meio antes . Legitimado por Roma, Pepin depôs Childeric III, confinou o rei em um monastério e, para humilhá-lo, destituiu-o de seus "poderes mágicos'" privando-o de seu cabelo sagrado. Childeric morreu quatro anos depois, e a ocupação do trono por Pepin não foi disputada. Um ano antes, surgiu um documento crucial, que iria alterar o curso da história ocidental: a Doação de Constantino. Hoje não se duvida que ele foi forjado, fabricado - e de maneira não muito inteligente - no interior da chancelaria papal. Naquela época, contudo, foi considerado genuíno, obtendo enorme influência. A Doação de Constantino data da suposta conversão de Constantino ao cristianismo, em 312 d.C. Segundo o documento, Constantino doava oficialmente ao bispo de Roma seus símbolos e sua regalia imperiais, que então se tornaram propriedade da Igreja. A Doação alega ainda que Constantino, pela primeira vez, tinha declarado que o bispo de Roma era o "vigário de Cristo", oferecendo a ele a condição de imperador. Como "vigário de Cristo", o bispo teria, supostamente, devolvido a regalia imperial a Constantino, que a usou subseqüentemente com a sanção e permissão eclesiásticas, mais ou menos como um empréstimo. As implicações desse documento são claras. De acordo com a Doação de Constantino, o bispo de Roma exerceria sobre a cristandade a suprema autoridade secular, além da espiritual. Seria, na verdade, um papa imperador, que disporia como quisesse da coroa imperial, podendo delegar seu poder, no todo ou em parte, a seu bel prazer. Em outras palavras, ele possuía, através de Cristo, o direito indiscutível de criar ou depor reis. Da Doação de Constantino deriva, em última instância, o subseqüente poder do Vaticano em assuntos seculares. Retirando daí sua autoridade, a Igreja lançou sua influência em nome de Pepin III. Elaborou uma cerimônia na qual o sangue de usurpadores, ou de qualquer um, podia ser declarado sagrado. Estacerimônia veio a ser conhecida como coroação e unção, no sentido que estes termos passaram a ser entendidos na Idade Média e na Renascença. Na coroação de Pepin, os bispos foram autorizados pela primeira vez a assistir a cerimônia em pé de igualdade com os nobres seculares. E a coroação em si não mais significava o reconhecimento de um rei, ou um pacto com um rei. Agora, ela consistia em nada menos que a criação de um rei. O ritual de unção também foi transformado. No passado, quando praticado, ele era uma investidura cerimonial, um ato de reconhecimento e ratificação. Agora, contudo, assumia um significado novo. Tomava precedência sobre o sangue, e podia - magicamente, por assim dizer - santificar sangues. A unção tornou-se algo mais que um gesto simbólico. Tornou-se o ato através do qual a graça divina era conferida a um governante. E o papa, ao realizar este ato, tornava se mediador supremo entre Deus e os reis. Através do ritual de unção, a Igreja se reservava o direito de fazer reis. O sangue passava a ser subordinado ao óleo. E todos os monarcas se tornavam subordinados,


e subservientes, ao papa. Em 754, Pepin III recebeu oficialmente a unção em Ponthion, inaugurando assim a dinastia carolíngia. O nome deriva de Charles Martel, embora seja geralmente associado aos governantes carolíngios mais famosos, como Charles, o Grande, Carolus Magnus ou, como ele é mais conhecido, Carlos Magno. Em 800, Carlos Magno foi proclamado imperador do Sacro Império Romano, um título que, em virtude do pacto com Clóvis três séculos antes, deveria ser
reservado exclusivamente à linhagem merovíngia. Roma se tornavaagora o assento de um império que abraçava toda a Europa ocidental, e cujos governantes só governavam com a sanção do papa. Em 496 a Igreja se havia ligado de forma perpétua à linhagem merovíngia. Ao sancionar o assassinato de Dagobert, ao inventar as cerimônias de coroação e unção, ao endossar a pretensão de Pepin ao trono, ela traiu o seu pacto. Ao coroar Carlos Magno, a traição não só foi tornada pública, como passou a ser um fato consumado. Naspalavras de uma autoridade moderna: Assim, nós não podemos saber ao certo se a unção com consagração dos carolíngios tinha a intenção de compensar pela perda de propriedades mágicas do sangue, simbolizadas pelo cabelo longo. Se ela compensava mesmo alguma coisa, era provavelmente a perda de fé ocorrida pela quebra, de forma tão chocante, de um voto de fidelidade. E novamente: "Roma mostrou o caminho ao providenciar, pela unção, um ritual voltado para 'fabricar' reis (...) que de alguma forma limpava a consciência de 'todos os francos'."
Nem todas as consciências, entretanto. Os próprios usurpadores parecem ter sentido, se não culpa, pelo menos uma necessidade aguda de estabelecer sua legitimidade. Para tal, Pepin III, imediatamente após sua unção, casou-se pomposamente com uma princesa merovíngia. E Carlos Magno fez o mesmo. Carlos Magno, além disso, parece ter sido dolorosamente consciente da traição envolvida em sua coroação. Segundo narrativas contemporâneas, a cerimônia foi cuidadosamente teatral, planejada pelo papa pelas costas do monarca franco. Carlos Magno parece ter ficado surpreso e, ao mesmo tempo, profundamente embaraçado. Uma coroa foi fabricada clandestinamente. Carlos Magno foi convidado a Roma e então persuadido a assistir a uma missa especial. Quando ele tomou seu lugar na igreja, o papa, sem prevenilo, colocou uma coroa em sua cabeça, enquanto as pessoas o aclamavam como "Carlos, Augustus, coroado por Deus, o grande imperador dos romanos, amante da paz". Nas palavras de um cronista da época, Carlos Magno "tornou claro que ele não teria entrado na catedral naquele dia, embora aquele fosse o maior dos festivais da Igreja, se tivesse sabido antes o que o papa estava planejando fazer". Qualquer que tenha sido a responsabilidade do papa no assunto, o pacto com Clóvis e com a linhagem merovíngia foi vergonhosamente traído. E todas as investigações indicam que essa traição, embora ocorrida há mais de 1.100 anos, continua a exasperar o Monastério do Sinai. Mathieu Paoli, o pesquisador independente citado no capítulo anterior, chegou à seguinte conclusão: Para eles [o Monastério do Sinai] ( Outro nome para o Priorado de Sião ), a única nobreza autêntica é a de origem visigótica-merovíngia. Os carolíngios, e então todos os outros, são usurpadores. De fato, eles não eram mais que funcionários do rei, encarregados de administrar terras. Depois de transmitir hereditariamente seu direito de governar essas terras, pura e simplesmente tomaram o poder para si mesmos. Ao consagrar Carlos Magno no ano 800, a Igreja perjurou, pois no batismo de Clóvis havia realizado uma aliança com os merovíngios, que haviam feito da França a filha mais velha da Igreja". Sub capitulo do capitulo 9 "A exclusão de Dagobert II da História": "Com a morte de Dagobert II em 679, a dinastia merovíngia efetivamente terminou. Com a morte de Childeric III em 755, os merovíngios aparentemente desapareceram por completo da história. Segundo os Documentos do Monastério, contudo, a linhagem merovíngia sobreviveu, tendo sido perpetuada até hoje a partir do infante Sigisbert I, filho de Dagobert com sua segunda esposa, Giselle de Razès. Não existem dúvidas de que Sigisbert existiu e que era herdeiro de Dagobert. Segundo todas as fontes exteriores aos Documentos do Monastério, entretanto, não se sabe o que aconteceu com ele. Certos cronistas têm aceito tacitamente que ele foi assassinado juntamente com seu pai e os outros membros da família real. Uma narrativa muito duvidosa assegura que ele morreu em uma caçada, por acidente, um ano ou dois após a morte do pai. Se isto for verdade, Sigisbert deve ter sido um caçador bastante precoce, pois ele não tinha mais do que três anos na época.Não existe nenhum registro da morte de Sigisbert. Tampouco existe qualquer registro - à parte as evidências dos Documentos do
Monastério - de sua sobrevivência. Todo o assunto parece ter sido perdido nas névoas do tempo, e ninguém parece interessar-se muito por isso - exceto, é claro, o Monastério do Sinai, que parece possuir informações não disponíveis em outras fontes, ou deliberadamente suprimidas, ou consideradas desimportantes demais para merecer investigação. Não é de se surpreender que nenhuma narrativa do destino de Sigisbert tenha sido filtrada até chegar a nós. Nenhuma narrativa sobre o próprio Dagobert esteve acessível ao público até o século XVII. Em algum momento, durante a Idade Média, foi feita uma
tentativa sistemática de apagar Dagobert da história, de negar que ele um dia tenha existido. Hoje Dagobert II pode ser encontrado em qualquer enciclopédia. Mas não há nenhum reconhecimento de sua existência até 1646. Qualquer lista ou genealogia de governantes franceses compilada antes desse ano simplesmente o omite, saltando, a despeito da flagrante inconsistência, de Dagobert I para Dagobert III, um dos últimos monarcas merovíngios, que morreu em 715. Só em
1655 Dagobert foi reintegrado em listas aceitas de reis franceses. Considerando esse processo de esquecimento proposital, a escassez de informação sobre Sigisbert não deveria constituir nenhuma surpresa. Qualquer informação existente deveria ter sido deliberadamente suprimida. Por que Dagobert II deveria ser suprimido da história? O que estaria
sendo ocultado? Por que se deveria negar até mesmo a existência de um homem? Uma possibilidade seria, é claro, a de negar assim a existência de seus herdeiros. Se Dagobert nunca existiu, Sigisbert tampouco poderia ter existido. Mas por que deveria ser tão importante, muito mais tarde, no século XVII, negar que Sigisbert um dia existira? A menos que ele tivesse realmente sobrevivido e que seus descendentes fossem considerados uma ameaça. Tínhamos a impressão de estar lidando com algum tipo de pacto de encobrimento. É evidente que interesses velados seriam prejudicados, caso a sobrevivência de Sigisbert fosse tornada pública. No século IX e talvez já no tempo das Cruzadas, esses interesses pareciam ser a Igreja Romana e a linhagem real francesa. Mas por que o assunto continuaria a ter importância na época de Luís XIV? Nessa época, este deveria ser um ponto meramente acadêmico, pois três dinastias francesas tinham ido e vindo, e o protestantismo tinha quebrado a hegemonia romana. A menos que houvesse algo de muito especial no sangue merovíngio. Não, é claro, propriedades mágicas, mas algo
mais - algo que mantivesse sua potência explosiva mesmo depois do fim das superstições sobre o sangue mágico".
Sub capitulo do capitulo 9 "O Príncipe Guillem de Gellone, Conde de Razés": Segundo os Documentos do Monastério, Sigisbert IV, com a morte de seu pai, foi salvo por sua irmã e levado para o sul, para o domínio de sua mãe, a princesa visigoda Giselle de Razès. Ele teria chegado ao Languedoc em 681, adotando algum tempo depois, ou herdando, os títulos de seu tio, duque de Razès e conde de Rhédae. Teria também adotado o sobrenome, ou apelido, de "Plant-Ard" (depois Plantard), a
partir do nome réjeton ardent ["botão de flor ardente"] da vinha merovíngia. Sob este nome, e sob os títulos de seu tio, ele teria perpetuado a linhagem. E por volta de 886, um ramo daquela linhagem teria culminado em um certo Bernardo Plantavelu -
aparentemente derivado de Plant-Ard ou Plantard -, cujo filho tornouse duque de Aquitânia.Até onde pudemos averiguar, nenhum historiador independente abordou essa hipótese. O assunto foi simplesmente ignorado. Mas as evidências circunstanciais argumentam de forma persuasiva que Sigisbert realmente sobreviveu para perpetuar sua linhagem. A
assídua erradicação de Dagobert da história empresta crédito a esta conclusão. Com sua existência negada, qualquer linhagem
descendente dele seria invalidada. Isto constitui motivo para uma ação que seria de outro modo inexplicável. Entre outros fragmentos de evidência há um título, datado de 718, que pertence à fundação de um monastério - a poucos quilômetros de Rennes-le-Château - assinado por "Sigisbert, conde de Rhédae e sua esposa, Magdala". Além deste documento, nada se ouviu de Rhédae ou Razès por mais um século.Quando um deles reaparece, entretanto, o faz dentro de um contexto
muito interessante. Por volta de 742, havia um Estado independente e totalmente autônomo no sul da França - um principado segundo algumas narrativas, um reino bem desenvolvido segundo outras. A documentação é incompleta e a história é vaga - a maioria dos historiadores, na realidade, não sabe de sua existência - mas não restam dúvidas sobre sua realidade. Ele foi oficialmente reconhecido por Carlos Magno e por seus sucessores, assim como pelo califa de Bagdá e o mundo islâmico. A contragosto, foi reconhecido pela Igreja, algumas de suas terras tendo sido confiscadas. E sobreviveu até o fim
do século IX. Em alguma época entre 759 e 768, o governante desse Estado que incluía Razès e Rennes-le-Château - foi oficialmente declarado rei. Apesar da desaprovação da Igreja, ele foi reconhecido como tal pelos carolíngios, a quem se declarou vassalo. Nas narrativas existentes, ele figura mais freqüentemente sob o nome de Theodoric, ou Thierry.
E a maioria dos intelectuais modernos o considera como um descendente merovíngio. Não existem evidências definitivas da
origem de tal descendência, que pode muito bem ter derivado de Sigisbert. Em todo caso, não restam dúvidas de que por volta de 790, o filho de Theodoric, Guillem de Gellone, portava o título de conde de Razès - título que Sigisbert teria possuído e passado a seus descendentes. Guillem de Gellone foi um dos mais famosos homens de seu tempo, tanto que sua realidade histórica - como a de Carlos Magno e de Godfroi de Bouillon - tem sido obscurecida pela lenda. Antes da época
das Cruzadas, pelo menos seis poemas épicos foram compostos sobre ele, chansons de gest, similares à famosa Chanson de Roland. Na Divina comédia, Dante concedeu-lhe um lugar singularmente importante. Mas mesmo antes de Dante, Guillem já fora objeto de atenção literária. No início do século XIII ele figurou como protagonista de Willehalm, um romance épico não terminado, composto por Wolfram Von Eschenbach, cujo trabalho mais famoso, Parzival, é talvez o mais importante de todos os romances sobre os mistérios do cálice sagrado. Pareceu-nos de algum modo curioso, no início, queWolfram - cujos outros trabalhos lidam com o cálice, "a família do cálice" e a linhagem da "família do cálice" - devesse subitamente
dedicar-se a um tema tão diferente quanto Guillem de Gellone. Por outro lado, Wolfram afirmou em outro poema que o "castelo do cálice", morada da "família do cálice", estava nos Pirineus. No início do século IX, ali se situava o domínio de Gellone.Guillem manteve uma relação estreita com Carlos Magno. Sua irmã, de fato, casou-se com um dos filhos deste, estabelecendo assim um laço dinástico com o sangue imperial. E o próprio Guillem era um dos mais importantes comandantes de Carlos Magno nas incessantes guerras contra os mouros. Em 803, logo depois da coroação de Carlos Magno como chefe do Sacro Império Romano, Guillem tomou Barcelona, dobrando seu próprio território e estendendo sua influência para além dos Pirineus. Carlos Magno ficou tão grato por seus serviços que seu principado foi confirmado pelo imperador como uma instituição permanente. O documento ratificando a concessão foi perdido ou destruído, mas existem testemunhos abundantes de sua
existência. Autoridades independentes e inexpugnáveis têm providenciado genealogias detalhadas da linhagem de Guillem de Gellone, sua família e descendentes. Contudo, estas fontes não fornecem uma indicação dos antecedentes de Guillem, exceto por seu pai, Theodoric. Em suma, as verdadeiras origens da família são cobertas de mistério. E os intelectuais e historiadores contemporâneos ficam geralmente intrigados com o enigmático aparecimento, como se por geração espontânea, de tão influente casa real. Mas uma coisa é certa. Por volta de 886, a linhagem de Guillem de Gellone culminou em um certo Bernardo Plantavelu, que estabeleceu o ducado de Aquitânia. Em outras palavras, a linhagem de Guillem culminou precisamente no
mesmo indivíduo que, pelos Documentos do Monastério, descende de Sigisbert IV.Fomos tentados, é claro, a saltar sobre conclusões e usar as genealogias dos Documentos do Monastério para ligar o vazio deixado pela história oficial. Fomos tentados a assumir que os desconhecidos ascendentes de Guillem de Gellone eram Dagobert II, Sigisbert IV e a
linhagem principal da deposta dinastia merovíngia, a linhagem citada nos Documentos do Monastério sob o nome Plant-Ard ou Plantard. Infelizmente, não podíamos fazer isto. Dado o estado confuso dos registros existentes, não podíamos estabelecer uma conexão precisa e definitiva entre a linha Plantard e a linha de Guillem de Gellone. Ambas podem até mesmo ser a mesma e única. Por outro lado, podem ter-se cruzado através de casamentos em algum ponto. O que permanecia correto era que ambas as linhas, por volta de 886, tinham culminado em Bernardo Plantavelu e os duques de Aquitânia. Embora nem sempre tenham combinado quanto a datas e tradução de nomes, as genealogias relacionadas com Guillem de Gellone são, de
alguma forma, uma confirmação independente das genealogias dos Documentos do Monastério. Na ausência de qualquer evidência
contraditória, podíamos aceitar provisoriamente que a linhagem merovíngia havia continuado, mais ou menos como sustentavam os
Documentos do Monastério. Para efeito do prosseguimento da pesquisa, podíamos aceitar que Sigisbert realmente sobrevivera ao
assassinato do pai, adotara o nome de família de Plantard e, como conde de Razès, perpetuara a linhagem". Sub capitulo do capitulo 9 "Príncipe Ursus": "Por volta de 886, o "botão de flor ardente da vinha merovíngia" havia florido em uma grande e complicada árvore genealógica, da qual Bernardo Plantavelu e os duques de Aquitânia constituíam um ramo. Outros ramos havia. Os Documentos do Monastério declaram que o neto de Sigisbert IV, Sigisbert VI, era conhecido como "príncipe Ursus". Entre 877 e 879, esse príncipe teria sido proclamado oficialmente "rei Ursus". Ajudado por dois nobres - Bernardo
d'Auvergne e o marquês de Gothie - ele teria organizado uma insurreição contra Luís II da França, numa tentativa de recuperar sua herança de direito. Historiadores independentes confirmam que tal insurreição realmente ocorreu entre 977 e 979. Os mesmos historiadores se referem . a Bernardo d' Auvergne e ao marquês de Gothie. O líder, ou instigador, da insurreição não é nomeado especificamente como Sigisbert VI. Mas existem referências a um indivíduo conhecido como "príncipe Ursus", que teria estado envolvido em uma cerimônia curiosa e elaborada em Nîmes. Quinhentos eclesiásticos teriam então cantado o Te Deum. Segundo todas as narrativas dessa cerimônia, ela teria sido uma coroação. Ela pode muito bem ter sido a coroação a que se
referem os Documentos do Monastério - a proclamação de um "príncipe Ursus" como rei. Uma vez mais, os Documentos do Monastério recebiam apoio independente. Uma vez mais, pareciam conter informação não disponível em outro lugar - informação que suplementava e às vezes até mesmo ajudava a explicar lacunas na história geralmente aceita. Neste caso, eles nos tinham dito, aparentemente, que o vago "príncipe Ursus" era na realidade o descendente direto, através de Sigisbert IV,
de Dagobert II, o rei assassinado. E a insurreição, da qual os historiadores na verdade não retiravam nenhum sentido, podia agora ser vista como uma tentativa perfeitamente compreensível da dinastia merovíngia de recuperar sua herança, conferida por Roma através do pacto com Clóvis, traído depois. Segundo os Documentos do Monastério e também fontes independentes, a insurreição fracassou com a derrota do "príncipe Ursus" e de seus aliados, em uma batalha que ocorreu próximo a Poitiers, em 881. Com esta derrocada, a família Plantard teria perdido suas possessões no sul da França, embora tenha se agarrado à
condição puramente titular de duque de Rhédae e conde de Razès. O "príncipe Ursus" teria morrido na Bretanha, enquanto sua linhagem se teria unido por casamento à casa ducal bretã. No final do século IX,então, o sangue merovíngio fluía nos ducados da Bretanha e da Aquitânia. Nos anos que se seguiram, a família - inclusive Alain, depois duque da Bretanha - teria procurado refúgio na Inglaterra, estabelecendo um ramo inglês chamado Planta. Novamente, autoridades independentes confirmam que Alain, sua família e comitiva escaparam dos vikings e foram para a Inglaterra. De acordo com os Documentos do Monastério, um dos ramos ingleses da família, listado como Bera VI, tinha o codinome de "o Arquiteto". Ele e seus descendentes, tendo encontrado abrigo na Inglaterra sob o rei Athelstan, teriam praticado "a arte da construção" - uma referência que parece enigmática. É interessante que fontes maçônicas situem no tempo do reinado de Athelstan a origem da maçonaria na Inglaterra. Nesse momento nós nos perguntamos: seria a linhagem merovíngia, além de pretendente ao trono francês, ligada de algum
modo a algo no centro da maçonaria?" ( Essa informação é significativa considerando o envolvimento público dos primeiros merovingios com ocultismo como citado antes, sem falar na grande importância que eles exerceram nas ordens do Priorado de Sião, dos Templários e se não me engano na Heresia Cátara também, falaremos com mais detalhes disso posteriormente ) Sub capitulo do capitulo 9 "A familia do Calice": "A Idade Média é abundante de uma mitologia tão rica e ressonante
quanto aquelas da Grécia e da Roma antigas. Embora ferozmente exagerada na forma, parte dessa mitologia está ligada a personagens históricos reais - Arthur, Roland, Carlos Magno e Rodrigo Díaz de Vivar, popularmente conhecido como EI Cid. Outros mitos - como os relacionados com o cálice, por exemplo - parecem, à primeira vista, repousar sobre uma fundação mais tênue. Lohengrin, o Cavaleiro Cisne, está entre os mitos medievais mais populares e evocativos. Por um lado, ele é muito ligado aos fabulosos romances sobre o cálice; por outro, cita personagens históricos
específicos. Em seu amálgama de fato e fantasia, ele pode bem ser único. E através de trabalhos como a ópera de Wagner, continua a ter apelo ainda hoje. De acordo com narrativas medievais, Lohengrin - às vezes chamado Helias, o que implica associações solares - era um herdeiro da evasiva e misteriosa "família do cálice". No poema de Wolfram Von
Eschenbach, ele é na realidade o filho de Parsifal, o supremo Cavaleiro do Cálice. Um dia, no templo sagrado ou castelo do cálice, em Munsalvaesche, Lohengrin teria ouvido tocar o sino da capela sem a intervenção de mãos humanas, um sinal de que sua ajuda era necessária em alguma parte do mundo - previsivelmente - para uma dama em apuros, a duquesa de Brabant, segundo algumas narrativas, ou a duquesa de Bouillon, segundo outras. A dama necessitava urgentemente de um campeão, e Lohengrin foi prontamente lhe prestar socorro em barco levado por cisnes heráldicos. Em um único combate ele derrotou o perseguidor da duquesa e, então, casou-se com ela. Em suas núpcias, contudo, ele lhe deu um aviso severo. Sua esposa jamais deveria perguntar-lhe sobre suas origens ou seus ancestrais, seu passado ou o lugar de onde viera. Por alguns anos a
dama obedeceu às ordens do marido. Todavia, levada finalmente à fatal curiosidade por insinuações indecentes de rivais, ela pretendeu fazer a pergunta proibida. Isto feito, Lohengrin foi compelido a partir, desaparecendo em seu barco conduzido por cisnes, em direção ao pôr-do-sol. Atrás dele, deixou com sua esposa um filho de linhagem incerta. Segundo várias narrativas, essa criança foi o pai ou o avô de Godfroi de Bouillon. É difícil, para uma mentalidade moderna, aceitar a estatura de Godfroi na consciência popular, não somente em sua própria época, mas até mesmo no século XVII. Hoje, quando se pensa nas Cruzadas, pensa se em Ricardo Coração de Leão, no rei João, talvez em Luís IX (São Luís) ou em Frederick Barbarossa. Mas, até bem recentemente, nenhum deles gozava do prestígio e glória de Godfroi. Líder da Primeira Cruzada, ele foi o herói popular supremo, o herói por excelência. Inaugurou as Cruzadas. Capturou Jerusalém dos sarracenos. Salvou o sepulcro de Cristo das mãos infiéis. Reconciliou, na imaginação do povo, os ideais do cavaleirismo e a piedade cristã fervorosa. Não é de se surpreender, assim, que Godfroi tenha se tornado objeto de um culto que persistiu muito tempo depois de sua
morte. Dada essa exaltada condição, é compreensível que Godfroi tenha recebido o crédito de todos os tipos de genealogias ilustres e míticas. É até compreensível que Wolfram Von Eschenbach e outros romanciers medievais tenham ligado este personagem ao cálice, descrevendo-o como descendente direto da misteriosa "família do cálice". Tais genealogias fabulosas se tornam ainda mais compreensíveis pelo fato de a linhagem de Godfroi ser obscura. A história de suas origens permanece incomodamente incerta. Os Documentos do Monastério nos forneceram a mais plausível e talvez, realmente, a primeira plausível - genealogia de Godfroi de Bouillon que já veio à luz. Até onde pôde ser averiguada - e a maior parte dela pôde -, ela se mostrou precisa. Não encontramos nenhuma evidência para contradizê-la, mas muitas para apoiá-la; e elapreenchia de forma convincente várias lacunas históricas. De acordo com a genealogia que consta nos Documentos doMonastério, Godfroi de Bouillon era um descendente direto da família Plantard, pois sua bisavó desposara Hugues de Plantard em 1009. Em
outras palavras, Godfroi era de sangue merovíngio, descendente direto de Dagobert II, Sigisbert IV e a linha de rois perdus ["reis perdidos"]. O sangue merovíngio parece ter fluído durante quatro séculos através de tortuosas e numerosas árvores genealógicas. Finalmente, por um processo análogo ao de enxertar vinhas em vinicultura, ele iria frutificar em Godfroi de Bouillon, duque de Lorraine. Ai, na casa Lorraine, estabeleceu um novo patrimônio. Esta revelação lança nova luz sobre as Cruzadas. Podíamos agora visualizá-las a partir de uma nova perspectiva e discernir nelas alguma coisa além de um gesto simbólico de reclamar o sepulcro de Cristo aos sarracenos. Aos seus próprios olhos, e aos olhos dos seus aliados, Godfroi seria mais que o duque de Lorraine. De direito, ele seria um rei, um pretendente legítimo da dinastia deposta com Dagobert II em 679. Mas, se Godfroi era um rei de direito, era também um rei sem reino. E a dinastia dos Capeto na França, apoiada pela Igreja Romana, estava então muito bem protegida para ser destronada. O que se pode fazer quando se é rei sem reino? Talvez encontrar um reino. Ou criar um. O reino mais precioso no mundo inteiro era a Palestina, a Terra Santa, o solo pisado pelo próprio Jesus. Não seria o governante de tal reino comparável a qualquer outro na Europa? Ao governar o mais sagrado dos locais da Terra, não poderia ele vingar se docemente da Igreja, que traíra seus ancestrais quatro séculos antes?" Sub capitulo do capitulo 9 "O imcopreensivel mistério": "Gradualmente, certas peças do quebra-cabeça começaram a tomar
seu lugar. Se Godfroi era de sangue merovíngio, vários fragmentos deixavam de ser desconexos e assumiam coerência. Agora, podíamos explicar a ênfase dada a elementos aparentemente disparatados, como a dinastia merovíngia e as Cruzadas, Dagobert II e Godfroi, Rennes-le-Château, os templários, a casa Lorraine, o Monastério do Sinai. Podíamos traçar a linhagem merovíngia até os dias de hoje - até Alain Poher, Henri de Montpézat (consorte da rainha da Dinamarca), Pierre Plantard de Saint-Clair, Otto Von Habsburgo, duque titular de Lorraine e rei de Jerusalém. Ainda assim, a questão crucial continuava a nos escapar. Ainda não podíamos ver por que a linhagem merovíngia seria importante hoje. Não podíamos ver por que sua pretensão teria qualquer relevância em assuntos contemporâneos, ou por que ela teria conseguido a lealdade de tantos homens notáveis através dos séculos. Não podíamos ver por que uma monarquia merovíngia moderna, por mais legítima que pudesse ser, conseguiria tal endosso. Estávamos certamente deixando de ver algo". Capitulo 10 "A Tribo Exilada": Haveria algo especial na linhagem merovíngia, algo mais que legitimidade acadêmica, técnica? Haveria realmente alguma coisa que, de alguma maneira, pudesse importar genuinamente às pessoas de hoje? Alguma coisa que pudesse afetar, talvez alterar, instituições sociais, políticas ou religiosas existentes? Estas perguntas, aparentemente sem resposta, continuavam a nos incomodar.Novamente nos debruçamos sobre a compilação dos Documentos do Monastério, e especialmente sobre os tão importantes Dossiers secrets. Relemos passagens que antes não tinham significado nada Agora elas faziam sentido, mas não serviam para explicar o mistério, nem para responder às perguntas que se haviam tornado críticas. Por outro lado, o significado de outras passagens ainda nos parecia obscuro. Essas passagens de nenhum modo resolviam o enigma; mas pelo menos nos levavam a refletir sobre certas linhas, que finalmente
se revelaram de enorme importância. Como já havíamos descoberto, os merovíngios, segundo seus próprios cronistas, reclamavam descender da antiga Tróia. Mas segundo os Documentos do Monastério, a genealogia merovíngia era mais velha que o cerco de Tróia. Segundo alguns dos Documentos, ela poderia ser rastreada até o Velho Testamento. Entre as genealogias dos Dossiers secrets existem numerosas anotações e notas de pé de página. Muitas delas se referem especificamente a uma das doze tribos de Israel, a tribo de Benjamin. Uma dessas referências cita e enfatiza três passagens bíblicas: Deuteronômio 33,
Josué 18 e Juízes 20 e 21. Deuteronômio 33 contém a bênção dada por Moisés aos patriarcas de cada uma das doze tribos. De Benjamin, Moisés diz (33:12): "O muito amado do Senhor habitará nele confiadamente: morará como em tálamo nupcial todo o dia, e descansará entre os seus braços”. Em outras palavras, Benjamin e seus descendentes eram especificados para uma bênção muito especial e exaltada. Até aí, pelo menos, tudo estava claro. Ficamos intrigados pela promessa de Deus de guiar "entre os braços de Benjamin". Deveríamos associar isto com o lendário sinal congênito merovíngio, a cruz vermelha entre os ombros? A conexão parecia de algum modo distante. Por outro lado, havia outras similaridades mais claras entre Benjamin no Velho
Testamento e o assunto de nossa investigação. Segundo RobertGraves, por exemplo, o dia consagrado a Benjamin era 23 de
dezembro, dia de São Dagobert. Entre os três clãs que constituíam atribo de Benjamin, havia o clã de Ahiran, a que poderia de algum modo obscuro pertencer Hiram, construtor do Templo de Salomão e figura central na tradição maçônica. Além disso, o discípulo mais devoto de Hiram era chamado Benoni. E Benoni era o nome original conferido ao infante Benjamin por sua mãe, RacheI, antes de morrer. A segunda referência bíblica nos Dossiers secrets, a Josué, é mais clara. Ela lida com a chegada do povo de Moisés na Terra Prometida e com a distribuição de pedaços específicos de terra a cada uma das doze tribos. De acordo com essa distribuição, o território da tribo de Benjamin incluía o que depois se tornou a cidade sagrada de
Jerusalém. Em outras palavras, Jerusalém, mesmo antes de se tornar a capital de Davi e Salomão, era o local de direito da tribo de Benjamin. De acordo com Josué (18:22), o direito dos benjamitas compreendia "Sela, Efef e Jebus, que são Jerusalém, Gabaath e Cariat; quatorze cidades com suas aldeias. Esta é a herança dos filhos de Benjamin, de acordo com suas famílias”.A terceira passagem bíblica citada nos Dossiers secrets envolve uma seqüência complexa de eventos. Um certo Levita, viajando através do território de Benjamin, é assaltado, e sua concubina é violada por adoradores de Belial, uma variante da deusa-mãe sumeriana, conhecida como Ishtar pelos babilônios e como Astarte pelos fenícios. Levite ( Acho que se refere aqui a tribo de Levi ) chama representantes das doze tribos para testemunhar e clama por vingança; em um conselho, os benjamitas são instruídos a entregar os malfeitores à justiça. Seria esperado, neste caso, que os benjamitas obedecessem prontamente. Entretanto, por alguma razão, eles não o fazem, decidindo proteger os "filhos de Belial" pela força das armas. O resultado é uma guerra amarga e sangrenta entre os benjamitas e as outras onze tribos. Durante as hostilidades, as onze tribos israelitas decidem amaldiçoar todo homem que conceder a mãode sua filha a um benjamita. Quando a guerra terminou, com o extermínio quase total dos benjamitas, os israelitas vitoriosos se arrependeram de sua maldição, que, entretanto, não podia ser desfeita:
Juraram também os filhos de Israel em Masfa e disseram: "Nenhum de nós dará sua filha por mulher aos filhos de Benjamin”. E vieram todos à casa de Deus em Silo, e assentados na sua presença até a tarde, levantaram a voz e começaram a chorar com grande pranto, dizendo: "Senhor Deus de Israel, por que aconteceu ao teu povo esta desgraça, o ser hoje cortada de nós uma das tribos?" (Juízes 21:1-3) Alguns versos depois, o lamento é repetido: E os filhos de Israel, tocados de pesar pelo que tinha acontecido a seu irmão Benjamin, começaram a dizer: "Foi cortada de Israel uma tribo, de onde hão de tomar mulheres? Por que nós juramos todos que lhes não daríamos nossas filhas?" (Juízes 21:6-7) E ainda: E todo o Israel teve grande pena e arrependimento pela destruição de uma das tribos de Israel. E os mais velhos disseram: "Que faremos dos outros, que não receberam mulheres? Todas as mulheres da tribo de Benjamin pereceram e nós devemos prover com grande cuidado, e com forte desvelo, que não pereça uma das tribos de Israel. Porquanto nós não podemos dar-lhes nossas filhas, estando ligados
com o juramento, e com as imprecações que fizemos, dizendo: 'Maldito o que der sua filha por mulher aos filhos de Benjamin.'"
(Juízes 21:15-18) Confrontados com a possibilidade de extinção de uma tribo inteira, os mais velhos rapidamente elaboraram uma solução. Em Shiloh, emBethel, haveria em breve um festival; e as mulheres de Shiloh - cujos homens haviam permanecido neutros na guerra - seriam consideradasjustas. Os benjamitas sobreviventes foram instruídos a partir para
Shiloh e esconder-se nas vinhas. Quando as mulheres da cidade se reunissem para dançar no festival, os benjamitas deveriam capturá-las e tomá-las como esposas. Não sabemos por que os Dossiers secrets insistem em chamar atenção para esta passagem. Qualquer que seja a razão, os benjamitas, segundo a história bíblica, são sem dúvida importantes. Apesar da devastação da guerra, eles recuperaram logo seu prestígio, ainda que não em número. Recuperaram-se tão bem que forneceram
a Israel seu primeiro rei, Saul. Qualquer que tenha sido a recuperação dos benjamitas, contudo, os Dossiers secrets afirmam que a guerra com os seguidores de Belial foi um ponto crucial de virada. Parece que no início desse conflito, muitos
dos benjamitas, se não a maioria deles, partiram para o exílio. Há uma nota portentosa, em letras maiúsculas, nos Dossiers secrets: UM DIA OS DESCENDENTES DE BENJAMIN DEIXARAM SEU PAÍS. ALGUNS PERMANECERAM. DOIS MIL ANOS MAIS TARDE GODFROI VI, DE BOUlLLON, TORNOU-SE REI DE JERUSALÉM E FUNDOU A ORDEM DO SION. A primeira vista, parecia não existir relação entre estes aparentes non sequiturs. Todavia, quando reunimos as diversas e fragmentadas referências nos Dossiers secrets, uma história coerente começou a emergir. A maioria dos benjamitas realmente partiu para o exílio, supostamente para a Grécia, no Peloponeso Central - a Arcádia, em suma, onde eles se teriam alinhado com a família real arcadiana. Com
o advento da era cristã, teriam migrado Danúbio e Reno acima, intercruzando-se com algumas tribos teutônicas e gerando finalmente os francos sicambrianos, as origens imediatas dos merovíngios. De acordo com os Documentos do Monastério, então, os merovíngios descendiam, via Arcádia, da tribo de Benjamin. Em outras palavras, os merovíngios, bem como seus descendentes - as linhagens dos Plantard e dos Lorraine, por exemplo - eram em última instância de origem semita ou israelita. E se Jerusalém era realmente, de direito hereditário por nascimento, dos benjamitas, Godfroi de Bouillon, ao marchar sobre a Terra Santa, estaria de fato reclamando sua antiga herança ( Evidente que por mais que ele talvez carregasse sangue da tribo de benjamin nas suas veias o que lhe tornaria Judeu ao menos no sentido de descendência, ele não teria direito ou nenhuma conexão legitima com o povo de Israel no momento em que ele sustentou tradições pagãs, tampouco com os remanescentes de sua tribo que se mantiveram fieis a fé e também dos se arrependeram e se voltaram para Deus naquele tempo ( isso vai ser melhor explicado ao se falar dos templários e do priorado de Sião, Godfroi foi envolvido em ambos como uma liderança ) que começaram com descendentes seus dessa tribo que tiveram que fugir para não serem mortos, pois a pratica de outras religiões naquele tempo gerava pena de morte, as religiões pagãs em si daquele tempo eram práticas aonde comumente ocorriam sacrificios humanos e prostituição cultual, e no antigo reino teocrático de Israel, para você fazer parte dele, você era obrigado a seguir a tradição religiosa judaica se não não poderia ser considerado parte do povo de Israel, na verdade até estrangeiros convertidos ao judaismo vivendo em Israel eram considerados parte do povo de Israel naquela epoca enquanto descendentes legitimos das 12 tribos se seguissem um culto pagão não o eram e se pisassem em Israel normalmente seriam mortos a pedradas, exceto em tempos aonde Israel foi dominada pelo pagânismo, mais nesses episódios geralmente não tardava muito para Deus intervir e colocar as coisas nos eixos novamente, punindo os envolvidos nas práticas pagãs derivadas das escolas de mistérios, de qualquer forma na epoca que Godfroi se tornou o suposto rei de Jerusálem, o ultimo e definitivo rei de acordo com a doutrina Cristã/J. Messiânica já havia surgido ( Jesus ), a partir dai reinando eternamente sobre a cidade, no momento atual do Céu, até o momento de sua volta para reinar diretamente da terra, o motivo que estou falando disso é para mostrar a incoerência em alguém achar que tem algum direito de reinar sobre Jerusálem só por carregar sangue da tribo que a muito tempo atrás dominava sobre tal região ). Novamente, faz sentido que, entre os augustos príncipes do Ocidente que embarcaram na Primeira Cruzada, Godfroi tenha sido único a dispor de todas as suas propriedades antes da partida,significando que ele não retornaria à Europa. É desnecessário dizer que não dispúnhamos de meios para saber se os merovíngios eram de origem benjamita ou não. A informação contida nos Documentos do Monastério, tal como se apresentava, referia-se a um passado muito remoto e obscuro, e nenhuma confirmação ou registro podia ser obtido. Mas as afirmações não eram nem particularmente únicas nem particularmente novas. Pelo contrário. Existiam há muito tempo, na forma de rumores vagos e tradições nebulosas. Para citar apenas um exemplo, Proust se alimenta delas em sua obra. Mais recentemente, o romancista Jean d'Ormesson sugere uma origem judaica para algumas famílias nobres francesas. E, em 1965, Roger Peyrefitte, que parece gostar de escandalizar seus compatriotas, o fez com brilho retumbante em um romance que afirma que toda a nobreza francesa e a maior parte da
nobreza européia são de origem judaica. Embora não possa ser provada, a afirmação é plausível, assim como
são plausíveis o exílio e a migração da tribo de Benjamin nos Documentos do Monastério. A tribo de Benjamin recorreu às armas
em nome dos seguidores de Belial, uma forma de deusa-mãe freqüentemente associada a imagens de um touro ou de um cordeiro.
Existem razões para crer que os próprios benjamitas reverenciavam uma deidade. Na verdade, é possível que a adoração do bezerro dourado do Exodus - curiosamente, o tema de um dos quadros mais famosos de Poussin - tenha sido um ritual especificamente benjamita ( Essa informação eu não sei de onde ele tirou, alias na biblia é deixado claro que exceto boa parte dos Levitas, todas as tribos estiveram envolvidas nessa adoração ao bezerro de ouro ). Depois de sua guerra contra as outras onze tribos de Israel, os benjamitas que partiram para o exílio teriam, forçosamente, de tomar a direção oeste, na rota da costa fenícia. Os fenícios possuíam navios capazes de transportar grande número de refugiados. E eram aliados
óbvios dos benjamitas fugitivos, pois também veneravam a deusa-mãe em forma de Astarte, Rainha do Paraíso. Se houve realmente um êxodo de benjamitas da Palestina, seria de se esperar que pudessem ser encontrados vestígios disso. E eles
existem, na mitologia grega. A lenda do filho do rei Belus, Danaus, fala de sua chegada à Grécia, com suas filhas, num navio ( Talvez os Onassis de alguma forma por esse meio possam ter também sangue de alguma das 12 tribos Judaicas em sua linhagem ? Reitero que isso é somente uma especulação ). Suas filhas teriam introduzido o culto à deusa-mãe, que se tornou o culto oficial dos arcadianos. Segundo Robert Graves, o mito de Danaus registra a chegada dos "colonos da Palestina" no Peloponeso. Graves afirma que o rei Belus é, na realidade, Baal, ou Bel, ou talvez o Belial do Velho Testamento. Vale a pena notar, também, que um dos clãs da tribo de Benjamin era o clã de Bela. Na Arcádia, o culto da deusa-mãe não só prosperou como sobreviveu mais tempo do que em qualquer outra parte da Grécia, associando-se à adoração de Demeter, depois de Diana ou Artêmis. Conhecida regionalmente como Arduína, Artêmis tornou-se a deidade tutelar das Ardenas; e foi a partir das Ardenas que os francos sicambrianos primeiro surgiram no que hoje é a França. O totem de Artêmis era a ursa Kallisto, cujo filho era Arkas, o filho urso e patrono da Arcádia. E Kallisto, transportado aos céus por Artêmis, tornou-se a constelação
Ursa Maior. Deve haver algo mais que coincidência no nome Ursus, aplicado repetidamente à linhagem merovíngia. Outras evidências, além da mitologia, sugerem uma migração judaica para a Arcádia. Nos tempos clássicos, a região conhecida como
Arcádia era governada pelo estado de Esparta, poderoso e militarista. Os espartanos absorveram muito da antiga cultura arcadiana. O lendário Lycaeus Arcadiano pode de fato ser identificado como Lycurgus, que codificou a Lei Espartana. Ao atingir a idade adulta, os espartanos, assim como os merovíngios, atribuíam um significado especial, mágico, aos seus cabelos, usados longos como os dos merovíngios. Segundo um especialista, "o comprimento do cabelo denotava vigor físico e tornou-se um símbolo sagrado". Ainda mais, ambos os livros dos Macabeus enfatizam, nos Apocrypha, a ligação entre espartanose judeus. Macabeus 2 fala de alguns judeus "que embarcaram para ir a Lacedaemonians, na esperança de lá encontrar
proteção devido ao seu parentesco". E Macabeus 1 afirma explicitamente: "Descobriu-se, em escritos relacionados com os
espartanos e judeus, que eles são irmãos e que pertencem à família de Abraão." ( Uma curiosidade a respeito disso caso isso seja verdade ( E esses 2 livros que contam a história dos Macabeus apesar de não serem considerados canônicos, são citados e lidos pelos Judeus por serem considerado fonte histórica válida )  é que como os Espartanos que são retratados como guerreiros habeis, Benjamin era uma tribo tradicionalmente guerreira, eram tão habeis no combate que no episódio citado nesse livro da guerra deles com as outras tribos, eles estavam em vantagem e somente com ajuda de Deus as outras tribos foram capazes de derrotar a tribo de Benjamim em combate ) Podíamos então, pelo menos, reconhecer a possibilidade de uma
migração judaica para a Arcádia, de modo que os Documentos do Monastério, mesmo que não pudessem ser comprovados, não podiam
tampouco ser descartados. Quanto à influência semita na cultura franca, havia sólidas evidências arqueológicas. As rotas de comércio fenício e semita atravessavam todo o sul da França, de Bordéus a Marselha e Narbonne, estendendo-se acima do rio Reno. Já em 700- 600 a.C. havia fenícios estabelecidos não só ao longo da costa francesa mas também no interior, em locais como Carcassonne e Toulouse. Muitos artefatos encontrados nesses locais são de origem fenícia, o que não surpreende. No século IX a.C., os reis fenícios de Tiro se intercruzaram com os reis de Israel e Judá, estabelecendo assim uma aliança dinástica que geraria um contato sólido entre seus respectivos povos. O saque de Jerusalém em 70 d.C. e a destruição do Templo provocaram um êxodo massivo de judeus da Terra Santa. A cidade de Pompéia, por exemplo, soterrada pela erupção do Vesúvio em 79 d.C., incluía uma comunidade judia. Algumas cidades no sul da França - Arles, por exemplo, Lunel e Narbonne - deram refúgio aos judeus exilados na mesma época. Ainda assim, o afluxo de povos judeus à Europa, especialmente à França, precedeu a queda de Jerusalém no século I. Na realidade, ele já estava em progresso bem antes da era cristã. Entre 106 a.C. e 48 a.C., uma colônia judia se estabeleceu em Roma. Pouco tempo depois outra foi fundada Reno acima, em Colônia. Algumas legiões romanas incluíam contingentes de escravos judeus, que acompanhavam seus senhores por toda a Europa. Muitos destes escravos finalmente ganharam, compraram ou obtiveram por outros meios sua liberdade, formando comunidades.
Como conseqüência, existem muitos nomes de lugares especificamente semitas espalhados pela França, alguns situados no
centro do antigo território merovíngio. A poucos quilômetros de Stenay, por exemplo, nas bordas da floresta de Wöevres, onde
Dagobert foi assassinado, há um vilarejo chamado Baalon. Entre Stenay e Orval, há uma cidade chamada Avioth. E a montanha do
Sinai na Lorraine - la colline inspirée - era originalmente chamada monte Semita. Novamente, se não podíamos provar as afirmações dos Documentos do Monastério, tampouco podíamos desmenti-Ias. Havia evidências suficientes para torná-las pelo menos plausíveis. Sentimo-nos compelidos a reconhecer que os Documentos do Monastério podiam estar corretos: os merovíngios, e as várias famílias nobres deles descendentes, podiam ter-se originado de fontes semitas. Mas estaria aí toda a história? Poderia este ser o portentoso segredo que havia engendrado tanta confusão e intriga, tanta maquinação e mistério, tanta controvérsia e conflito através dos séculos? Apenas outra lenda sobre uma tribo perdida? Ainda que não fosse lenda, mas
verdade, poderia ela explicar a motivação do Monastério do Sinai e a pretensão da dinastia merovíngia? Poderia explicar a adesão de homens como Leonardo e Newton ou as atividades de casas como as de Guise e Lorraine, as tentativas ocultas da Companhia do Santo Sacramento, os evasivos segredos do ritual escocês da maçonaria? Obviamente, não. Por que a descendência da tribo de Benjamin constituiria segredo tão explosivo? E, talvez o mais importante, por que a descendência da tribo de Benjamin representaria um problema hoje? Como poderia ela esclarecer as atividades e os objetivos atuais
do Monastério do Sinai? Se nossa investigação envolvia interesses velados especificamente semitas ou judaicos, por que envolvia também tantos componentes de caráter específica e fervorosamente cristão? O pacto entre Clóvis e a Igreja Romana, por exemplo; a declarada cristandade de Godfroi de Bouillon e a conquista de Jerusalém; o pensamento, herético talvez,
mas não menos cristão, de cátaros e templários ( Na verdade de Cristãos ambos não tinham nada, falarei mais de ambos depois ); instituições piedosas, como a Companhia do Santo Sacramento; a maçonaria, "hermética, aristocrática e cristã" ( Cristã somente no papel rs Pois a maçonaria descende das escolas de mistério, isso é admitido por vários maçons célebres e respeitados ), e o envolvimento nela de tantos eclesiásticos cristãos, desde príncipes de altos escalões da Igreja até padres de vilarejos como Boudet e Saunière? Se os merovíngios eram, em última instância, de origem judaica, isto nos parecia puramente incidental. Qualquer que fosse o segredo real indicado em nossa investigação, ele parecia estar intrinsecamente associado não com o judaísmo do Velho Testamento, mas com o cristianismo ( Nesse caso especifico em relação ao menos aos membros de Benjamin de quem os Merovingios possivelmente descendem ao que tudo indica envolve especificamente alguns poucos Judeus desgarrados de sua fé original que migram para a europa, se misturam com tribos germânicas e misturam sua linhagem com algo profano e abominavel, ao menos a lenda da suposta origem da linhagem dos Merovingios que também possuem descendência da tribo de Judá, dá a entender algo assim, não sei se por relação com Nefilins ( descendentes de linhagens impias derivadas da relação de um Anjo caido com uma mulher )   ou se por meio de algum ritual que invocasse uma entidade espiritual maligna ). Em suma, a tribo de Benjamin - no momento, pelo menos - parecia ser um indicador. Por mais importante que fosse, havia algo da maior importância. Ainda estávamos deixando de ver alguma coisa".
                             

Imagem de genealogias merovíngias do livro o Santo Graal e a Linhagem Sagrada, no livro pode ser vista com mais qualidade e em tamanho maior. 

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