Como em relação aos Cátaros, a Dinastia Merovíngia teve membros da linhagem com participação ativa dentro da Ordem dos Templários, por essa razão eu vou postar nessa quarta parte que retrata a familia o capitulo do Livro O Santo Graal e a Linhagem Sagrada que faz referência a essa ordem militar/ocultista, na parte 5 da matéria eu continuarei citando esse mesmo capitulo. Capitulo 3 do Livro "O Santo Graal e a Linhagem Sagrada", "Os Monges Combatentes": "A pesquisa sobre os templários revelou-se tarefa ousada. Ovolume de material escrito sobre o assunto era intimidante, e no início não estávamos certos de que se tratasse de material confiável. Se os cátaros tinham engendrado um redemoinho de lendas românticas e espúrias, os templários tinham engendrado muito mais. Estes personagens, que desempenharam um papel tão crucial nas Cruzadas, nos eram familiares: os violentos monges guerreiros, cavaleiros místicos envoltos em mantos brancos com suas grandes cruzes vermelhas. Eles representavam os arquétipos dos cruzados, tropas tempestuosas da Terra Santa, que lutaram e morreram heroicamente, aos milhares, por Cristo. Todavia, ainda hoje muitos escritores os consideram como uma instituição mais misteriosa, uma ordem essencialmente secreta, concentrada em intrigas obscuras, maquinações clandestinas, conspirações e desígnios sombrios. E restava um fato perturbador, inexplicável. Ao final de sua carreira de duzentos anos, esses campeões de Cristo vestidos de branco foram acusados de negar e repudiar o próprio Cristo, de tripudiar e cuspir na cruz. Em Ivanhoé, de Scott, os templários são mostrados como baderneiros, orgulhosos e arrogantes, déspotas ambiciosos e hipócritas que abusavam desavergonhadamente de seu poder, manipuladores
ardilosos que orquestravam assuntos de homens e reinos. Outros escritores do século XIX os descrevem como satânicos, vis, adoradores do demônio, praticantes de toda sorte de rituais obscenos, abomináveis, heréticos. Historiadores mais recentes tendem a vê-los como vítimas indefesas, bodes expiatórios das manobras políticas da Igreja e do Estado. Outros escritores existem, especialmente na tradição da maçonaria, que encaram os templários como iniciados místicos, guardiães de uma sabedoria secreta que transcende o próprio cristianismo. Qualquer que seja a parcialidade ou orientação de tais escritores, ninguém duvida do zelo heróico dos templários ou de sua contribuição para a história. Também não resta dúvida de que essa ordem permanece como uma das instituições mais glamourosas e enigmáticas dos anais da cultura ocidental. Nenhuma narrativa das Cruzadas, ou mesmo da Europa dos séculos XII e XIII, deixa de
mencionar os templários. Em seu ápice, eles formaram a organização mais poderosa e influente de toda a cristandade, sendo o papado a única e possível exceção.Entretanto, permanecem algumas perguntas. Quem e o que eram os
templários? Eram aquilo que aparentavam ser, ou eram algo mais? Eram simples soldados sobre os quais uma aura de legenda e de mistificação foi depois colocada? Por que isto teria acontecido? Alternativamente, haveria um mistério genuíno relacionado com eles? Haveria algum fundamento no posterior embelezamento do mito? Nós consideramos primeiro as narrativas já aceitas sobre os templários, aquelas fornecidas por historiadores respeitados e responsáveis. Essas narrativas, em praticamente todos os pontos, levantavam mais perguntas que respostas. Submetidas a exame,
desmontaram; mais do que isso, sugeriram a existência de um certo mascaramento. Não pudemos fugir da suspeita de que alguma coisa fora deliberadamente escondida; uma máscara havia sido confeccionada, sendo depois meramente repetida pelos historiadores." Sub capitulo "Templários: A narrativa Ortodoxa": "A primeira informação histórica sobre os templários, amplamente conhecida, foi feita por um historiador frâncico, Guillaume de Tyre, que
escreveu entre 1175 e 1185. Foi a época do ápice das Cruzadas ,quando exércitos ocidentais já haviam conquistado a Terra Santa e estabelecido o reino de Jerusalém - ou, como era chamado pelos próprios templários, Ultramar, a Terra Além do Mar. Quando Guillaume de Tyre começou a escrever, a ocupação da Palestina já durava sete anos, e a existência dos templários mais de cinqüenta. Guillaume escreveu sobre acontecimentos que antecediam o seu próprio tempo. Tratou de eventos que não testemunhou ou experimentou pessoalmente, mas que aprendeu de segunda ou terceira mão e, sobretudo, em bases de autoridade incerta. Não houve cronistas em Ultramar entre 1127 e 1144. Não existem registros
escritos desses anos cruciais. Não sabemos muito sobre as fontes de Guillaume, o que lança
dúvidas sobre algumas de suas afirmações. Ele pode tê-las obtido de vozes do povo, a partir de uma tradição oral não muito confiável. Ou pode ter consultado os próprios templários, passando adiante o
que ouviu deles. Se este foi o caso, significa que ele narrou somente o que os templários queriam que narrasse.
Guillaume nos fornece algumas informações básicas. Nelas se baseiam todas as narrativas posteriores sobre os templários, todas as explicações para a fundação da ordem e as atividades que desenvolveu. Por força da imprecisão de Guillaume e da época em que ele escreveu, assim como da escassez de fontes documentadas em seu trabalho, ele constitui uma base precária para que se construa um quadro definitivo. Suas crônicas, certamente, são úteis. Mas é um
erro - no qual muitos historiadores incorreram – considerá-las indiscutíveis e totalmente corretas. Até mesmo as datas de Guillaume, como Sir Steven Runciman enfatiza, "são confusas e às vezes equivocadas". Segundo Guillaume, a Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão foi fundada em 1118 por um tal Hugues de Payen ( Descendentes seus se casariam com pessoas da linhagem merovíngia posteriormente ), um nobre da região de Champagne, vassalo do conde de Champagne. Um dia, sem ter sido solicitado, Hugues apresentou-se com oito companheiros no palácio de Baudouin I, rei de Jerusalém, cujo irmão mais velho, Godfroi de Bouillon ( Ambos ao que tudo indica merovíngios ), havia capturado a Cidade Santa dezenove anos antes. Baudouin parece tê-los recebido cordialmente, e o mesmo fez o patriarca de Jerusalém, líder religioso do novo reino e emissário especial do papa. O objetivo declarado dos templários, continua Guillaume de Tyre, era, "tanto quanto permitissem suas forças, manter as estradas e rodovias seguras (...), tomando um cuidado especial com aproteção dos peregrinos". Era um objetivo aparentemente tão meritório, que o rei colocou uma ala inteira do palácio à disposição dos cavaleiros, que, a despeito de seu declarado voto de pobreza, se instalaram
nessa luxuosa residência. Segundo a tradição, seu quartel foi construído sobre as fundações do Templo de Salomão. Daí o nome da ordem. Durante nove anos, conta ainda Guillaume de Tyre, os nove cavaleiros não admitiram novos candidatos à ordem. Deviam viver em estado de pobreza; tamanha pobreza que, nos selos oficiais, dois cavaleiros apareciam cavalgando um só cavalo, implicando não só irmandade mas penúria, que impede montarias separadas. Este estilo de sela, existente - se diz - desde o princípio da ordem, é freqüentemente encarado como o utensílio mais famoso e distintivo dos templários. Contudo, ele data de um século depois, quando os templários não eram nada pobres - se é que, na verdade, um dia o foram. Escrevendo meio século depois, Guillaume diz que os templários se estabeleceram em 1118 e mudaram-se para o palácio do rei, supostamente para proteger os peregrinos nas estradas e rodovias da Terra Santa. Entretanto, naquela época havia um historiador oficial, empregado pelo rei. Seu nome era Fulk de Chartres, e ele não escreveu cinqüenta anos depois da pretensa fundação da ordem, mas durante os anos em questão. Curiosamente, Fulk de Chartres não
menciona Hugues de Payen, ou seus companheiros, ou qualquer coisa relacionada, mesmo remotamente, aos templários. Na realidade, houve um intrigante silêncio sobre as atividades dos templários durante os primeiros anos de sua existência. Não existe registro - nem mesmo mais tarde - de peregrinos sendo protegidos por eles. E não podemos deixar de admirar que tão poucos homens pudessem pretender dar cabo de tão gigantesca tarefa. Nove homens para proteger os peregrinos de todos os cantos da Terra Santa? Somente nove? Todos os peregrinos? Se este era o objetivo, eles deveriam ser
simpáticos a novos recrutas. Entretanto, segundo Guillaume de Tyre, não admitiram novos candidatos à ordem por nove anos. A despeito disso, em uma década a fama dos templários parece ter-se espalhado na Europa. Autoridades eclesiásticas falavam deles com louvor e aplaudiam seu trabalho cristão. Por volta de 1128, um panfleto
elogiando suas virtudes e qualidades foi produzido por ninguém menos que São Bernardo, abade de Clairvaux e principal porta-voz da cristandade. O panfleto de Bernardo, Elogio à nova cavalaria, declara os templários epítome e apoteose dos valores cristãos. Nove anos depois, em 1127, a maioria dos nove cavaleiros retornou à Europa e recebeu uma acolhida triunfal, orquestrada em grande parte pelo próprio São Bernardo. Em janeiro de 1128 um conselho foi criado
em Troyes - corte do conde de Champagne, Hugues de Payen -, também sob inspiração de São Bernardo. Nesse conselho os
templários foram oficialmente reconhecidos e incorporados como uma ordem religiosa militar. Hugues de Payen recebeu o título de grão mestre. Ele e seus subordinados seriam monges guerreiros,soldados místicos, combinando a disciplina austera do claustro e um zelo marcial próximo do fanatismo; uma milícia de Cristo, como foram chamados na época. E, de novo, foi São Bernardo quem ajudou a estabelecer, com um prefácio entusiástico, a regra de conduta à qual
os cavaleiros deveriam aderir. Uma regra baseada naquela da Ordem Monástica Cisterciense, na qual o próprio Bernardo era a influência dominante. Os templários faziam voto de pobreza, castidade e obediência. Eram obrigados a cortar o cabelo, mas proibidos de cortar a barba, distinguindo-se assim numa época em que a maioria dos homens se
barbeava. Sua dieta, hábito e outros aspectos da vida diária eram regulados estritamente segundo ambas as rotinas, a da ordem monástica e a da ordem militar. Todos eram obrigados a usar hábito ou sobretudo e toga brancos, freqüentemente envolvidos no manto branco que os tornou famosos. A lei da ordem estipulava: "Somente aos Cavaleiros de Cristo é permitido usar hábitos brancos, ou mantos brancos." E elaborava o significado simbólico desse aparato:
"Forneceremos a todos os cavaleiros declarados, tanto no inverno como no verão, roupas brancas, de modo que aqueles que deixaram atrás de si uma vida escura possam saber que serão recomendados ao Criador por uma vida pura e branca."
Adicionalmente, a regra estabelecia uma hierarquia e um aparato flexíveis. E o comportamento no campo de batalha era rigorosamente controlado. Eram impelidos a lutar até a morte. Só lhes era permitido bater em retirada se enfrentassem um grupo que os excedesse em mais que o triplo. Capturados, não podiam pedir clemência ou resgate. Em 11396 uma encíclica seria enviada pelo papa Inocêncio II, antigo monge cisterciense de Clairvaux e protegido de São Bernardo.
Segundo essa encíclica, os templários deviam obediência a ninguém mais, além do próprio papa. Em outras palavras, eles se tornavam independentes de todos os reis, príncipes e prelados, e de toda interferência de autoridades políticas ou religiosas. Tornaram-se, de fato, uma lei, um império internacional autônomo.Durante as duas décadas que se seguiram ao Conselho de Troyes, a ordem se expandiu com uma rapidez extraordinária e numa escala sem precedentes. Quando Hugues de Payen visitou a Inglaterra em fins de 1128, foi recebido com "grande adoração" pelo rei Henrique I. Os filhos jovens de famílias nobres de toda a Europa se apressaram a entrar para as fileiras da ordem, e vastas doações - em dinheiro,
mercadorias e terras - foram feitas em todos os cantos da cristandade. Hugues de Payen doou suas propriedades, e todos os novos recrutas passaram a ser obrigados a fazer o mesmo. Ao serem admitidos na ordem, os homens eram compelidos a transferir todas as suas posses. Dadas essas diretrizes, não é de se admirar que os bens dos templários se multiplicassem. Doze meses após o Conselho de Troyes, a ordem mantinha terras na França, Inglaterra, Escócia,
Flandres, Espanha e Portugal. Em mais uma década, eles tomaram também territórios na Itália, Áustria, Alemanha, Hungria e Terra Santa, além de se dirigirem para o leste. Embora os cavaleiros, pessoalmente, estivessem ligados ao seu voto de pobreza, isto não impedia a ordem de abarcar riquezas, e numa escala sem precedentes. Qualquer presente era bem-vindo. Ao mesmo tempo, a ordem não podia dispor de nada, nem mesmo para resgatar seus líderes. O Templo recebia em abundância e tinha como política rigorosa nunca dar. Assim, quando Hugues de Payen retornou à Palestina em 1130, com um séquito de trezentos homens - bastante considerável para a época - deixou atrás dele, sob a custódia de outros adeptos, vastos pedaços do território europeu. Em 1146 os templários adotaram a famosa cruz vermelha, pattée, cujos braços se alargam e encurvam nas extremidades. Com este símbolo decorando seus mantos, os cavaleiros acompanharam o rei Luís VII, da França, na Segunda Cruzada, estabelecendo a reputação de zelo marcial, bravura quase insana e uma orgulhosa arrogância.
Eram muito disciplinados; o mais disciplinado grupo armado do mundo, na época. O próprio rei francês escreveu que, sozinhos, os templários impediram que a Segunda Cruzada - mal planejada e mal dirigida - degenerasse em completa catástrofe. Nos cem anos seguintes, os templários se tornaram um poder com influência internacional. Engajaram-se constantemente em diplomacia de alto nível entre nobres e monarcas através do mundo ocidental e da Terra Santa. Na Inglaterra, por exemplo, o mestre do Templo era regularmente chamado para o Parlamento do rei, sendo considerado o
líder das ordens religiosas, com precedência sobre todos os prelados e abades do território. Como mantinham ligações estreitas tanto com Henrique II quanto com Thomas de Becket, os templários contribuíram para a reconciliação entre o soberano e seu arcebispo. Sucessivos reis ingleses, incluindo o rei João, freqüentemente residiam na preceptoria do Templo, em Londres, e o mestre da Ordem permanecia ao lado do monarca na assinatura da Carta Magna. O terreno de operações da ordem não era confinado à cristandade. Ligações estreitas estabeleceram-se também com o mundo
muçulmano - tão freqüentemente combatido nos campos de batalha -, e os templários angariaram mais respeito dos líderes sarracenos do que quaisquer outros europeus. Houve também conexões secretas com os Hashishins, ou Assassinos, a famosa seita de adeptos militantes e freqüentemente fanáticos, que eram o equivalente muçulmano dos templários. Os Hashishins pagavam tributo aos templários e, dizia-se, eram empregados por eles. ( Os Haxixins eram uma seita radical muçulmana com assassinos altamente treinados e manipulados por meio do uso do Haxixe supostamente, pelo qual eram convencidos pelo seu lider Hassan ibn Sabbah de que teriam tido uma visão do céu e que se lhe obedecessem cegamente seriam dignos de uma versão islâmica do paraiso, com um Harém pessoal de mulheres anjos só para eles ( eram drogados sem saber e levados a um Harém de Hassan, dessa forma pensavam haver tido uma visão do paraiso ), se tornavam dispostos dessa forma a morrer por ele sem exitar, há quem diga que por meio desse contato com a seita dos Haxixins os Templários tiveram acesso a novos métodos para guerrear além de conhecimento ocultista, baseado no misticismo Árabe ( Sufismo ) )
Os templários agiam como árbitros oficiais de disputas em quase todos os níveis políticos. Até os reis se submetiam à sua autoridade. Henrique III, da Inglaterra, ousou desafiá-los em 1252, ameaçando confiscar alguns de seus domínios. "Vocês templários (...) têm tantaliberdade e tantas concessões que suas enormes posses fazem com que esnobem com orgulho e insolência. Aquilo que foi imprudentemente dado deve, portanto, ser prudentemente retomado;
e aquilo que foi desconsideradamente oferecido deve ser consideradamente recuperado." O mestre da ordem replicou: "Que
dizeis vós, oh rei! Longe esteja vossa boca de pronunciar tão desagradáveis e tolas palavras. Enquanto exercerdes justiça, reinareis. Mas se vós Ia infringeis, cessareis de reinar." Uma mentalidade moderna dificilmente pode conceber a enormidade e a audácia desta afirmação. O mestre estava implicitamente reclamando para a sua ordem e para si um poder que nem mesmo o papa ousaria reclamar explicitamente: o poder de coroar e depor monarcas. Os interesses dos templários se estendiam além de guerras, diplomacia e intrigas políticas: eles criaram e estabeleceram a moderna instituição bancária. Através de empréstimos de vastas somas a monarcas necessitados, tornaram-se os banqueiros de todos
os tronos da Europa - e de certos potentados muçulmanos também. Com sua rede de preceptorias em toda a Europa e no Oriente Próximo, organizaram, mediante modestas taxas de juros, a transferência segura e eficiente de dinheiro para mercadores, uma classe que se tornou cada vez mais dependente desse serviço. O dinheiro depositado em uma cidade, por exemplo, podia ser solicitado e retirado em outra, por meio de notas promissórias escritas em códigos intricados. Os templários se tornaram, assim, os primeiros operadores de câmbio da época, e as preceptorias de Paris se
tornaram o centro de finanças da Europa. É até mesmo provável que o cheque, na forma como nós o conhecemos e usamos hoje, tenha sido inventado pela ordem. Os templários não negociavam apenas dinheiro, mas pensamento também. Através de seu contato com as culturas muçulmana e judaica, começaram a atuar como introdutores de novas idéias, novas
dimensões do conhecimento, novas ciências. Gozavam de um verdadeiro monopólio da melhor e mais avançada tecnologia de sua época o melhor que podia ser produzido por ferreiros, artesãos do couro, pedreiros, arquitetos e engenheiros militares. Contribuíram para o desenvolvimento da pesquisa, da cartografia, da construção de estradas e da navegação. Possuíam seus próprios portos marítimos, marinas e frotas - sua frota comercial e militar foi uma das primeiras a utilizar o compasso magnético. Sendo soldados, a necessidade de tratar ferimentos e doenças tornou os templários adeptos do uso de drogas. A ordem mantinha seu próprio hospital, com seus próprios médicos e cirurgiões que utilizavam extratos de mofos, o que sugere um conhecimento de propriedades antibióticas. Os princípios de higiene e limpeza eram conhecidos por eles. Com um entendimento avançado para a época, consideravam a epilepsia uma doença controlável e não uma possessão demoníaca. Inspirado em seus próprios sucessos, o Templo tornou-se, na Europa, cada vez mais rico e poderoso. Como seria de se esperar, tornou-se também mais arrogante, brutal e corrupto. "Beber como um templário"
tomou-se o clichê da época. E certas fontes dizem que a ordem fazia questão de recrutar cavaleiros excomungados.
Enquanto os templários atingiam prosperidade e notoriedade na Europa, a situação na Terra Santa deteriorava-se seriamente. Em 1185, morreu o rei Baudouin IV, de Jerusalém. Na confusão dinástica que se seguiu, Gerard de Ridefort, grão-mestre do Templo, traiu uma promessa feita ao monarca morto e, por isso, deixou a comunidade
européia da Palestina à beira de uma guerra civil. Esta não foi a única ação questionável de Ridefort. Sua atitude em relação aos sarracenos precipitou a ruptura de uma velha trégua e provocou um novo ciclo de
hostilidades. Em julho de 1187, Ridefort levou seus cavaleiros, com o restante da armada cristã, a uma rude, mal concebida e, segundo transpirou, desastrosa batalha em Hattin. As forças cristãs foram
virtualmente aniquiladas, e dois meses depois a própria Jerusalém - tomada quase um século antes - retornou às mãos dos sarracenos. No século seguinte a situação tornou-se cada vez mais desesperadora. Por volta de 1291, quase todo o Ultramar tinha caído, e a Terra Santa estava sob controle muçulmano quase total. Somente Acre permaneceu, sendo perdida em maio desse ano. Ao defender a cidade condenada, os templários se mostraram os mais heróicos. O próprio grão-mestre, apesar de severamente ferido, continuou a lutar até a morte. Como havia um espaço limitado nas galeras, mulheres e
crianças foram evacuadas, enquanto todos os cavaleiros, mesmo os feridos, escolheram permanecer. Quando o último bastião em Acre caiu, o fez com intensidade apocalíptica, as paredes desmoronando e enterrando atacantes e defensores.
Os templários estabeleceram seus quartéis-generais em Chipre.. Com a perda da Terra Santa, no entanto, eles perderam sua raison d'être. Como já não havia nenhuma terra infiel a conquistar, a ordem começou a dirigir sua atenção para a Europa, esperando encontrar lá uma razão para existir. Um século antes, os templários haviam presidido a fundação de uma outra ordem religiosa e militar, os Cavaleiros Teutônicos. Esta foi ativa em pequeno número no Oriente Próximo, mas, em meados do século XIII, havia desviado sua atenção para as fronteiras da cristandade situadas a nordeste. Lá, criaram para si um principado independente - o Ordenstaat, ou Ordensland, que abrangia quase totalmente o leste
dos Balcãs. Nesse principado - que se estendeu da Prússia até o golfo da Finlândia - os cavaleiros teutônicos gozavam de uma soberania incontestada, longe do alcance do controle eclesiástico e secular. Desde o começo da Ordenstaat, os templários tinham invejado a independência e a imunidade dessa ordem irmã. Após a queda da Terra Santa, pensavam cada vez mais em um Estado só deles, no qual pudessem exercitar a mesma autoridade e autonomia desfrutadas pelos Cavaleiros Teutônicos. Contudo, diferentemente dos teutônicos, os templários não se interessavam pela rude e selvagem Europa do leste. Acostumados a luxo e opulência, sonhavam em fundar seu estado em solo mais acessível e interessante: o Languedoc. Desde o início o Templo havia mantido relações calorosas com os cátaros, especialmente no Languedoc.
Muitos proprietários - cátaros ou seus simpatizantes - haviam doado grandes áreas à ordem. Segundo um escritor recente, pelo menos um dos co-fundadores do Templo era cátaro. Isto parece improvável, mas é indiscutível que Bertrand de Blanchefort, quarto grão-mestre da ordem, veio de uma família cátara. Quarenta anos após a morte de Bertrand, seus
descendentes lutaram lado a lado com outros senhores cátaros contra os invasores nortistas de Simon de Montfort. ( Eis aqui uma conexão interessante que liga Templários, Cátaros e Merovíngios ) Durante a Cruzada Albigense, os templários permaneceram ostensivamente neutros, confinados ao papel de testemunhas. Ao mesmo tempo, o grão-mestre na época tornou clara a posição da ordem quando declarou que havia, de fato, somente uma verdadeira Cruzada, contra os sarracenos. Além disso, um exame cuidadoso das narrativas contemporâneas revela que os templários acolheram muitos refugiados cátaros. Em alguma ocasião eles parecem ter recorrido às armas em nome desses refugiados. E uma investigação sobre o papel
da ordem no início da Cruzada Albigense revela um afluxo maior de cátaros às tropas do Templo, onde nem mesmo os cruzados de Simon de Montfort ousariam desafiá-los. De fato, o desempenho dostemplários no período mostra que uma proporção significativa de dignitários nos altos postos da ordem eram de famílias cátaras. NoLanguedoc, os oficiais do Templo eram mais freqüentemente cátaros que católicos. Ainda mais, os nobres cátaros que se ligavam ao
Templo parecem não ter viajado tanto pelo mundo como seus confrades católicos. Ao contrário, parecem ter permanecido a maior parte do tempo no Languedoc, criando assim uma base estável e duradoura na região. ( Boa parte da nobreza Cátara sendo provavelmente de ascendência Merovíngia por motivos já mencionados anteriormente ) Em virtude de seu contato com as culturas islâmica e judaica, os templários tinham já absorvido muitas idéias estranhas ao cristianismo
ortodoxo. Os mestres do Templo, por exemplo, freqüentemente empregavam secretários árabes, e muitos templários eram fluentes na língua árabe, que aprenderam em cativeiro. Uma relação estreita era também mantida com comunidades judias, por interesses financeiros e erudição. Os templários se expunham a muitas coisas que Roma normalmente não aceitava. Recebendo recrutas cátaros, foram expostos ao dualismo agnóstico, se é que já não o conheciam.Por volta de 1306, Filipe IV, da França - Filipe, o Belo -,estava ansioso para livrar seu território dos templários, arrogantes e impulsivos, eficientemente treinados, um contingente militar muito mais forte e mais bem organizado do que qualquer outro que o próprio rei poderia reunir. Eles estavam solidamente estabelecidos em toda a França, e naquela época até mesmo sua fidelidade ao papa era apenas formal. Filipe não exercia nenhum controle sobre a ordem. E lhe devia dinheiro. Tinha sido humilhado por ela, quando, fugindo de uma rebelião em Paris, fora obrigado a buscar refúgio na preceptoria
do Templo. Ele desejava a riqueza imensa do Templo que, durante sua estadia no local, tornou-se flagrante. Havendo solicitado sua inclusão na ordem como postulante, o rei sofreu a indignidade de ser desdenhosamente rejeitado. Estes fatos - juntamente, é claro, com a perspectiva alarmante de um Estado templário independente em suas vizinhanças - foram suficientes para induzir Filipe a agir. Heresia era um pretexto conveniente.Primeiro, Filipe precisava conseguir a cooperação do papa, a quem, pelo menos em teoria, os templários deviam fidelidade e obediência. Entre 1303 e 1305, o rei francês e seus ministrosengendraram o rapto e a morte de um papa (Bonifácio VIII) e muito provavelmente a morte por envenenamento de outro (Benedito XI). Então, em 1305, Filipe conseguiu assegurar a eleição de seu próprio
candidato, o arcebispo de Bordeaux, para o trono papal vago. O novo pontífice tomou o nome de Clemente V. Comprometido com a influência de Filipe, ele não podia recusar as solicitações deste. E essas solicitações incluíam a supressão dos templários. Filipe planejou seus movimentos cuidadosamente. Uma lista de acusações foi compilada, em parte por espiões infiltrados na ordem, em parte por confissão voluntária de um suposto templário renegado. Armado dessas acusações, Filipe podia finalmente agir. Quando atacou, o fez de modo súbito, rápido e letal. Numa operação de segurança digna das SS ou da Gestapo, o rei enviou ordens secretas e seladas aos seus senescais em todo o país. Elas deveriam
ser abertas em todos os lugares simultaneamente e implementadas imediatamente. Na madrugada de 13 de outubro de 1307, todos ostemplários na França deveriam ser capturados e presos pelos homens do rei, as preceptorias colocadas sob guarda real e seus bens confiscados. O objetivo de surpreender foi atingido, mas seu principal interesse - a imensa fortuna da ordem - lhe escapou. Ela jamais foi encontrada. O que aconteceu com o fabuloso tesouro dos templários permaneceu um mistério. Na realidade, talvez o ataque surpresa de Filipe à ordem não tenha sido tão inesperado como ele, ou os historiadores subseqüentes, acreditaram. Evidências consideráveis sugerem que os templários receberam algum tipo de aviso. Logo após as prisões, por exemplo, o grão-mestre Jacques de Molay requisitou muitos livros e regulamentos
vigentes e mandou queimá-los. Um cavaleiro que deixou a ordem nessa época ouviu do tesoureiro que ele era sábio, pois a catástrofe era iminente. Uma nota oficial circulou em todas as preceptorias, enfatizando que não podia ser liberada nenhuma informação sobre costumes e rituais da ordem. De qualquer modo, tenham os templários sido prevenidos ou tenham
percebido o que os ventos traziam, o certo é que precauções foram tomadas. Em primeiro lugar, os cavaleiros capturados parecem ter se submetido passivamente, como se tivessem recebido instruções para agir assim. Não existe nenhum registro de resistência ativa, por parte da ordem, aos senescais do rei. Em segundo lugar, existem evidências persuasivas de algum tipo de fuga organizada por um grupo particular de cavaleiros - virtualmente, todos os que tinham
alguma conexão com o tesoureiro da ordem. Não é de se surpreender, portanto, que o tesouro do Templo, com quase todos os documentos e registros, tenha desaparecido. Rumores persistentes, mas não confirmados, falam do tesouro sendo contrabandeado da preceptoria de Paris, à noite, pouco antes das prisões. Segundo esses rumores, ele foi transportado até a costa - presumivelmente para a base naval da ordem, em La RocheIle - e carregado em dezoito galeras, das
quais nunca mais se ouviu falar. Se isso é verdade ou não, o fato é que a frota dos templários parece ter escapado das garras do rei, pois não existe qualquer registro de captura desses navios. Pelo contrário, eles parecem ter sumido, junto com o que estavam carregando. Na França, os templários capturados foram julgados e muitos submetidos a tortura. Confissões estranhas foram extraídas, e acusações ainda mais estranhas foram feitas. Os templários, supostamente, adoravam um demônio chamado Baphomet. Em suas cerimônias secretas, supostamente se prostravam em frente a uma
cabeça barbada que falava com eles e os investia de poderes ocultos. Nunca mais foram vistas testemunhas dessas cerimônias não autorizadas. Outras acusações eram ainda mais vagas: infanticídio, ensinar mulheres a abortar, dar beijos obscenos na iniciação depostulantes, homossexualidade. De todas as acusações levantadas contra esses monges soldados, que haviam lutado e oferecido suas vidas por Cristo, uma se sobressai como a mais bizarra e aparentemente improvável: foram acusados de negar ritualmente a Cristo, de repudiar, tripudiar e cuspir na cruz. Na França, pelo menos; a sorte dos templários capturados foi efetivamente selada. Filipe os atacou de forma selvagem e cruel.
Muitos foram presos e torturados ou queimados. Ao mesmo tempo, o rei continuou a irritar o papa, pedindo medidas ainda mais rigorosas contra a ordem. Depois de resistir durante algum tempo, em 1312 o papa cedeu, e os templários foram oficialmente dissolvidos, sem que um veredito conclusivo de culpa ou inocência jamais tenha sido
pronunciado. Nos domínios de Filipe, julgamentos, inquéritos e investigações continuaram por mais dois anos. Finalmente, em março de 1314, Jacques de Molay, o grão-mestre, e Geoffroi de Charnay, preceptor da Normandia, foram assados até a morte em fogo lento. Ostemplários desapareceram ostensivamente do palco da história, mas a
ordem não deixou de existir. Isto seria de se esperar, dado o número de cavaleiros que escaparam, permanecerem à margem, ou foram inocentados. Filipe tentou influenciar seus colegas monarcas, esperando assim assegurar que nenhum templário, em nenhum lugar da cristandade, pudesse escapar. De fato; o zelo do rei a esse respeito é quase
suspeito. É compreensível que ele quisesse livrar seus domínios da presença dos templários. Mas é bem menos evidente seu desejo de extermina-los em outros lugares. Ele próprio não era um modelo de virtude, e é difícil de imaginar um monarca que planejou a morte de dois papas sendo perturbado genuinamente por transgressões à fé. Filipe simplesmente temia uma vingança, caso a ordem permanecesse intacta fora da França? Ou haveria alguma coisa mais? Em todo caso, sua tentativa de eliminar os templários fora da França não foi bem-sucedida. O próprio genro de Filipe, por exemplo,
Eduardo II, da Inglaterra, acorreu no início em defesa da ordem. Finalmente, pressionado pelo papa e pelo rei francês, atendeu às suas demandas, mas apenas parcial e lentamente. Embora a maioria dos templários pareça ter escapado, vários foram detidos. A maioria destes recebeu sentenças leves, em certos casos não mais quealguns anos de pena em abadias e monastérios, onde viveram emcondições geralmente confortáveis. Suas terras foram finalmente cedidas ao hospital dos Cavaleiros de São João, mas eles mesmos escaparam à cruel perseguição sofrida por seus confrades na França.
Em outros locais a eliminação dos templários foi ainda mais difícil. A Escócia, por exemplo, estava em guerra com a Inglaterra, e o caos daí resultante deixava poucas oportunidades para implementar sutilezas legais. A dissolução da ordem, determinada pela encíclica papal, nunca foi proclamada na Escócia, onde a ordem nunca foi tecnicamente dissolvida. Muitos templários ingleses e, ao que parece, franceses, encontraram refúgio ali, e um contingente considerável parece ter lutado ao lado de Robert Bruce na batalha de Bannockbum, em 1314. Segundo a lenda - e existem evidências que a apóiam - a ordem se manteve como um corpo coerente na Escócia por mais quatro séculos. Na luta de 1688-91, Jaime II da Inglaterra foi deposto por William de Orange. Na Escócia, aliados do monarca Stuart sitiado
ergueram-se em revolta e, na batalha de Killiecrankie, em 1689, John Claverhouse, visconde de Dundee, foi morto no campo de batalha. Diz-se que quando seu corpo foi resgatado, ele estava usando a Grande Cruz da Ordem do Templo - não um modelo recente, mas um datado de antes de 1307. No principado de Lorraine, que na época fazia parte da Alemanha e
não da França, os templários eram apoiados pelo duque local ( Que descendia da Dinastia Merovíngia ). Alguns
poucos foram julgados e exonerados. A maioria, parece, obedeceu a seu preceptor, que os aconselhou a cortar a barba, usar hábitos seculares e integrar-se na comunidade. Na Alemanha os templários desafiaram abertamente os
juízes, ameaçando recorrer às armas. Intimidados, os juízes os declararam inocentes; e quando a ordem foi oficialmente dissolvida, muitos templários alemães encontraram refúgio no Hospital de São João e na Ordem Teutônica. Na Espanha também, os templários resistiram aos seus perseguidores e encontraram refúgio em outras ordens. Em Portugal, a ordem foi purificada por uma investigação e simplesmente modificou seu nome, com os templários se tornando Cavaleiros de Cristo. Com esse título eles funcionaram bem em pleno século XVI, dedicando-se à atividade marítima. Vasco da Gama era
um Cavaleiro de Cristo, e o Infante Henrique, o Navegador, era grãomestre da ordem. Navios dos Cavaleiros de Cristo navegavam sob a familiar cruz vermelha. E foi sob esta mesma cruz que as três caravelas de Cristóvão Colombo cruzaram o Atlântico em direção ao Novo Mundo. O próprio Colombo era casado com a filha de um ex- Cavaleiro de Cristo, tendo tido acesso aos mapas e diários de seu sogro. Assim, de várias e diferentes maneiras os templários sobreviveram ao
ataque de 13 de outubro de 1307. E em 1522 a progênie dos templários prussianos, os Cavaleiros Teutônicos, se secularizou, repudiou sua lealdade a Roma e lançou seu apoio a um novo rebelde chamado Martinho Lutero. Dois séculos depois de sua dissolução, os templários se vingavam, embora de forma indireta, da Igreja que os havia traído." Sub capitulo "Templários: Os Mistérios": "De forma bastante resumida, esta é a história dos templários que escritores têm reconhecido e apresentado, e que nós encontramos em nossa pesquisa. Descobrimos, no entanto, que existe uma outra
dimensão da história da ordem, consideravelmente mais difusa, mais provocativa e mais especulativa. Ainda durante sua existência, um mito envolvia os cavaleiros. Alguns diziam que eles eram mágicos e feiticeiros, adeptos de segredos e alquimistas. Muitos de seus contemporâneos os repudiavam, acreditando que tivessem poderes sujos. Já em 1208, no início da Cruzada Albigense, o papa Inocêncio III repreendeu os templários por comportamento não cristão, referindo-se
explicitamente a necromancia. ( Magia associada supostamente a invocação do espirito dos mortos, o maximo que se deve invocar com isso são egregoras de mortos que são utilizados por espiritos demoniacos que se comunicam com o mago invocador, vale reiterar que nessa altura o papa boneco do Rei Filipe ainda não havia chegado ao poder, e essa critica da Igreja foi em uma epoca aonde ela ainda dava apoio a Ordem que lhe trazia beneficios, motivo pela qual ela ficava isenta de sofrer represálias mesmo envolvidas em escândalos desse tipo ) Por outro lado, havia pessoas que os elogiavam com um entusiasmo extravagante. No final do século XII, Wolfram Von Eschenbach, o maior dos Minnesänger, ou "romanceiros", fez uma visita especial a Ultramar, a fim de testemunhar a ordem em ação. E quando, entre 1195 e 1220, Wolfram compôs seu romance épico Parzival, ele exaltou o Templo. No seu poema, são templários os cavaleiros que guardam o cálice sagrado, o castelo do cálice e a família do cálice. O mito que envolvia o Templo sobreviveu à queda deste. O último ato registrado na história da ordem foi a queima do último grão-mestre, Jacques de Molay, em março de 1314. Diz-se que, enquanto a fumaça do fogo lento sufocava a vida de seu corpo, Jacques de Molay lançou, das chamas, uma imprecação. De acordo com a tradição, ele chamou seus perseguidores - o papa Clemente e o rei Filipe - para juntarem-se
a ele e apresentarem-se perante a corte de Deus no mesmo ano. O papa Clemente morreu no mês seguinte, supostamente de uma crise de disenteria. No final do ano, Filipe morreu também, de causas que permanecem obscuras até hoje. Certamente, não há necessidade de explicações sobrenaturais. Os templários possuíam grande experiência na utilização de venenos. E, sem dúvida, havia pessoas - cavaleiros refugiados viajando incógnitos, simpatizantes da ordem ou parentes de confrades perseguidos - para executar a vingança apropriada. Entretanto, a aparente concretização da praga do grão mestre
deu crédito à crença nos poderes ocultos da ordem ( E quem sabe a morte de ambos não foi associada de fato com as práticas ocultistas com a quais os Templários estavam envolvidos mesmo ). E a praga não terminou aí. De acordo com a lenda, ela lançou infortúnios sobre a linhagem da família real durante muito tempo, projetando-se para o
futuro. Os ecos do poder místico dos templários reverberaram através dos séculos.
Desenho de Baphomet com os Templários, o misterioso idolo que os cavaleiros Templários foram acusados de adorar, ele continua sendo uma figura presente dentro do Alto Satanismo e até no baixo Satânismo como na Igreja de Satanás de Anton Lavey.
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