Sub capítulo: "Confrontação com o sr. Plantard": " Como nosso encontro com o sr. Plantard se aproximava, reunimos as provas que tínhamos acumulado. Elas incluíam três itens bastante condenatórios. Não podíamos imaginar como o sr. Plantard conseguiria explicar qualquer delas, muito menos as três. Evidentemente, ele não devia ter idéia dos rumos que déramos às nossas investigações, nem do que havíamos desenterrado. Estávamos confiantes de que conseguiríamos pegá-lo desprevenido.
O primeiro item era a morte' de John Drick. Como o sr. Plantard explicaria a assinatura de um documento pelo sr. Drick em 17 de janeiro de 1984, se o homem tinha morrido dois anos antes? O segundo ponto também dizia respeito às assinaturas na "Mise en Garde". Como o sr. Plantard explicaria o fato de serem absolutamente idênticas às que figuravam no Relatório Anual de 1974 do First National Bank of Chicago? O terceiro item envolvia um assunto completamente diferente. Em 1979, o sr. Plantard - que até então era conhecido simplesmente como Pierre Plantard - começara a usar um nome bem mais bombástico: Pierre Plantard de Saint-Clair, conde de Saint-Clair e conde de Rhédae (o antigo nome de Rennes-le-Château). Em O santo graal e a linhagem sagrada, fizemos um comentário mordaz" sobre tal aquisição aparentemente súbita de foros de nobreza e o sr. Plantard ficara ofendido com nossa insinuação. Para provar que não estava simplesmente se apropriando de títulos de maneira espúria ou inventando-os, mostrara-nos seu passaporte e nos dera uma fotocópia da sua certidão de nascimento. Em ambos os documentos, constava de fato o nome Plantard de Saint-Clair, conde de Saint-Clair e conde de Rhédae, e no segundo seu pai também era assim chamado. Pouco depois, porém, tínhamos solicitado uma cópia da certidão de nascimento à prefeitura da VII Circunscrição Administrativa de Paris. A certidão assim obtida trazia informações idênticas, sob quase todos os aspectos, às daquela que o sr. Plantard nos dera. Com a diferença de que no certificado fornecido pela prefeitura não constava título algum, e o pai do sr. Plantard não era citado como conde de SainteClair ou conde de Rhédae. Era referido simplesmente como valet de chambre.
É claro que isso, por si só, não provava coisa alguma. E mesmo que a certidão do valet de chambre fosse válida, algumas questões ficavam em aberto. Como, por exemplo, o sr. Plantard conseguira fabricar com tanta perfeição uma "cópia oficial" do original? Como fora possível reproduzir daquela maneira o papel, os selos oficiais e as assinaturas - se isso de fato ocorrera? De todo modo, a incongruência entre um camareiro e um conde de Saint-Clair e Rhédae merecia uma explicação. Parecia-nos que isso poderia despertar uma reação reveladora, especialmente se fosse apresentado ao sr. Plantard de repente, inopinadamente, sem lhe dar tempo para preparar uma resposta. Um breve momento de confusão poderia traí-lo. Tivemos de enfrentar mais um enigma antes da nossa confrontação com o sr. Plantard. Conseguiríamos um efeito muito maior, pensamos, se levássemos conosco uma cópia do Relatório Anual de 1974 do First National Bank of Chicago - de posse da fonte original das assinaturas dos srs. Drick, Freeman e Abboud, poderíamos pô-Ia diante dos olhos do sr. Plantard. Assim, uma semana antes do dia da nossa viagem para Paris, telefonamos ao "sr. Kemp" e perguntamos se podia nos enviar uma fotocópia do documento, explicando-lhe por que o queríamos. O "sr. Kemp" respondeu que não havia problema e que uma fotocópia seguiria pelo correio no dia seguinte.Na tarde do dia seguinte, recebemos uma chamada telefônica um tanto aflita da secretária do "sr. Kemp". Ele a instruíra, disse ela, a nos enviar uma fotocópia da última página do Relatório Anual de 1974a que trazia as três assinaturas em questão. Ela havia tentado várias vezes cumprir a instrução... mas era impossível conseguir a cópia! Tentara em todas as máquinas do banco, mas as assinaturas não eram reproduzidas. No dia seguinte, falamos de novo com o "sr. Kemp". Ele tinha investigado o problema pessoalmente e a explicação parecia bastante simples. As assinaturas no Relatório Anual - possivelmente como medida de segurança, para evitar reprodução espúria - tinham sido impressas em tinta azul-clara, sem nenhum teor de grafite. Sem algum teor de grafite não era possível obter uma fotocópia. Sem dúvida isso era bastante simples. Mas suscitava uma questão inteiramente nova. Juntamente com o "Sr. Kemp", havíamos concluído, de maneira bastante taxativa, que as assinaturas na "Mise en Gar-de" do Prieuré de Sion tinham sido simplesmente reproduzidas do Relatório Anual de 1974. Mas como o sr. Plantard conseguira fazê-Io, se era impossível fotocopiá-las?Com certeza havia outras explicações possíveis. As assinaturas no Relatório Anual poderiam ter sido fotografadas, e em seguida teria sido possível fotocopiar a fotografia. Mas por que se dar tanto trabalho para obter exatamente aquelas três assinaturas? Por que não usar outras, que pudessem ser simplesmente fotocopiadas sem dificuldade? Por que um fraudador desleixado ou negligente a ponto de usar a assinatura de um homem morto dois anos antes ter-se-ia dado tanto trabalho para obtê-Ia, quando qualquer outra teria servido igualmente bem ao seu propósito? Nos dias que se seguiram, esse enigma nos importunou. Apesar disso, ainda tínhamos três elementos de prova bastante eloqüentes para apresentar ao sr. Plantard. Como a assinatura de Jonh Drick pudera aparecer num documento dois anos depois de sua morte? Como o sr. Plantard podia explicar a absoluta identidade entre as assinaturas na "Mise en Garde" do Prieuré de Sion e as que figuravam no Relatório Anual de 1974? E como podia explicar que uma certidão de nascimento obtida da própria fonte oficial qualificasse seu pai não como um conde, mas como camareiro? Munidos dessas perguntas, lançamo-nos ao que, entre nós, chamávamos zombeteiramente de "hora da verdade"." Sub capítulo "A hora da verdade": "No domingo, 30 de setembro, tivemos nosso encontro com o sr. Plantard em Paris no que se tomara o local de costume, o restaurante La Tipia, na rua Rome. Nos encontros anteriores, sempre chegávamos cedo e esperávamos por ele. Dessa vez, porém, embora tenhamos sido bastante pontuais, ele estava à nossa espera. Em poucos minutos ficou claro que estava à nossa espera também em outros sentidos. Respondeu às nossas perguntas comprometedoras, antes mesmo que tivéssemos podido formulá-las.
Após trocar os cumprimentos de praxe, pedimos café. Pegamos um pequeno gravador e o pusemos sobre a mesa. O sr. Plantard lançou-lhe um olhar um tanto dúbio mas não fez objeção. Tiramos então de uma pasta o "Mise en Garde" do Prieuré de Sion com as assinaturas de John Drick, Gaylord Freeman e A. Robert Abboud. Antes que pudéssemos dizer uma palavra a respeito, o sr. Plantard apontou para as três assinaturas. - Foram feitas com um clichê, vocês sabem - disse, fazendo com a mão o gesto de carimbar alguma coisa. Trocamos olhares furtivos. Essa possibilidade nunca nos ocorrera antes, e tampouco ao "sr. Kemp". Mas, sim, não havia dúvida, um clichê podia explicar que as assinaturas no "Mise en Garde" e no Relatório Anual fossem exatamente do mesmo tamanho. Grandes empresas, órgãos governamentais e outras instituições, que têm de produzir um número muito grande de documentos, de fato usam clichês. Um diretor de empresa em geral não assina centenas de cheques de pagamento um a um. Por outro lado, o sr. Plantard estava dando a entender claramente que possuía o clichê em questão, ou tivera acesso a ele - o mesmo clichê que fora usado no Relatório Anual de 1974.Mas, replicamos, passando rapidamente a atacar em outra frente, um dos homens cujas assinaturas apareciam ali... Estava morto, interrompeu-nos tranqüilamente o sr. Plantard, tirando as palavras das nossas bocas. Sim, John Drick morrera no início de 1982. Contudo, num procedimento de rotina, o Prieuré continuava a usar sua assinatura em documentos internos até que a vacância aberta na Ordem com a sua morte fosse preenchida.
Esta não nos pareceu ser a mais plausível ou a mais satisfatória das explicações. Continuar usando desse modo a assinatura de um morto está longe de ser uma prática comum em qualquer tipo de instituição. Mas não tínhamos como contestar a afirmação do sr. Plantard. Não tínhamos condições de discutir com ele sobre diretrizes e procedimentos internos do Prieuré de Sion, por menos ortodoxos que fossem. Não tínhamos contado coisa alguma ao sr. Plantard sobre nosso contato com o "sr. Kemp", nem sobre a entrevista deste com Gaylord Freeman. Tampouco o sr. Plantard revelou explicitamente saber algu-ma coisa a respeito. Em vez disso, como se para evitar que suscitássemos a questão - ou talvez simplesmente para deixar claro que, apesar de tudo, estava muito bem informado -, observou em tom casual que, já no mês de dezembro anterior, o Artigo XXII do estatuto do Prieuré fora oficialmente revogado. Nos últimos nove meses, os membros do Prieuré não estavam mais obrigados a reconhecer sua afiliação. Agora, ao contrário, estavam instruídos a negar qualquer conhecimento da Ordem e a não divulgar qualquer tipo de informação.
Ficamos efetivamente desarmados. Contrariando todas as nossas expectativas, o sr. Plantard fornecera uma explicação para cada um dos pontos com que estávamos certos de lhe passar uma rasteira. Tinha apresentado essas explicações sem titubear, sem parar para pensar e sem se mostrar sequer ligeiramente desconcertado. Mais ainda, havia claramente antecipado cada um dos pontos, antes que tivéssemos podido levantá-las. Parecia só haver duas maneiras de explicar isso. Ou o homem era realmente vidente, o que nos parecia pouco provável, ou alguém lhe "dera o serviço". Mas as fontes a que poderia ter recorrido eram extremamente limitadas, e ainda confiávamos na discrição do "sr. Kemp". Restava o problema das certidões de nascimento contraditórias. Posto diante delas, o sr. Plantard continuou soberbamente blasé. Mais uma vez, não houve um instante de pausa, uma só expressão de incerteza ou embaraço. Deu-nos um breve sOrrisinho, ligeiramente irônico, ligeiramente melancólico - como se nos cumprimentando pela aplicação, ainda que isso implicasse a invasão da sua privacidade e o revolvimento da sua vida pessoal. Sim - disse, apontando para o certificado em que seu pai figurava como camareira -, aquele documento fora introduzido nos arquivos da prefeitura durante a guerra. Essa tinha sido, comentou com ar negligente, uma prática comum. Obviamente a Gestapo examinara todos os documentos. Não era de todo raro - sobretudo se a pessoa estava ligada de algum modo à Resistência - falsificar informações para enganar os alemães. Essa explicação, pelo menos, pôde ser confirmada. No dia seguinte fomos pessoalmente à prefeitura e apresentamos as certidões de nascimento discrepantes aos funcionários de lá. Muitos documentos tinham sido falsificados, disseram-nos, para enganar ou dar pistas falsas ao alemães durante a guerra. Muitos registros originais tinham sido destruídos, dispersas ou removidos. A repartição podia atestar a autenticidade de tudo que fosse posterior à guerra. No tocante a tudo que remontava a antes de 1945, porém, simplesmente não havia como saber. O que podiam era apenas informar se um documento estava de acordo com o que tinham nos seus arquivos. Se o pai do sr. Plantard era um conde, teria sido perfeitamente natural ocultar esse fato da Gestapo, que punha grande empenho em descobrir aristocratas. O sr. Plantard podia perfeitamente ter tido sua certidão de nascimento retirada e substituída por outra. Se ele não tinha retificado seus documentos nos arquivos da prefeitura depois da guerra, obviamente só existiriam ali informações falsas." Sub capitulo "Os Planos do Prieuré para o Futuro": "No decorrer da nossa conversa no La Tipia, vários outros pontos foram abordados de passagem. Como em ocasiões anteriores, o sr. Plantard assumiu um tom profético ao falar sobre eventos públicos de grande escala. Agora tudo estava no lugar, disse a certa altura. Todas as peças estavam alinhadas no tabuleiro nas posições requeridas. Nada poderia deter "isso" agora, declarou, sem se dignar a explicar o que vinha a ser "isso". Mitterrand, acrescentou, tinha sido um degrau necessário. Agora, no entanto, ele já cumprira seu papel e se tomara dispensável. Chegara a hora de avançar, e nada poderia impedir "isso" de fazê-lo.
Sem meias palavras, perguntamos ao sr. Plantard se conhecia pessoalmente Gaylord Freeman. Respondeu muito enfaticamente que sim, tendo ao mesmo tempo plena consciência de que a conversa estava sendo gravada. Perguntamos que interesse podia ter um importante financista norte-americano como Gaylord Freeman na restauração merovíngia na França. O sr. Plantard hesitou. Para homens como o sr. Freeman, respondeu em seguida, o objetivo primordial era a unidade européia - os Estados Unidos da Europa, que fundiriam as nações do continente num bloco de poder coeso e independente, comparável à União Soviética e aos Estados Unidos. ( União Européia ? Esse livro foi publicado em 1986, essa entrevista seria anos antes de sua publicação e a união européia só veio a existir em 1993, apesar que desde 1957 ocorria um processo gradual de adesão de paises até quase toda europa fazer parte desse bloco politico econômico nos moldes atuais) Ao mesmo tempo, o sr. Plantard falou também rapidamente sobre uma espécie de Mercado Comum ampliado - uma organização financeira ou econômica semelhante à Comunidade Econômica Européia, mas que incluiria também os Estados Unidos. Depois de mais uma pausa, o sr. Plantard acrescentou, com certa relutância, o que soou como um comentário amargurado. Naquele momento, disse, seria um erro da nossa parte confundir os objetivos imediatos do Prieuré de Sion com uma restauração merovíngia. Este último ponto era algo de novo, um desdobramento que parecia ter ocorrido em algum momento posterior à publicação do nosso primeiro livro. Seria essa, cogitamos, a fonte da dificuldade causada pelo "contingente anglo-americano" no seio do Prieuré de Sion? Quem sabe teria havido uma disputa intema, com os membros ingleses e norte-americanos insistindo numa mudança de prioridades - um distanciamento da idéia monárquica original, tão cara ao sr. Plantard, e uma adoção de princípios econômicos e políticos mais mundanos, mais imediatamente práticos? Insistimos para que desenvolvesse a idéia, mas o sr. Plantard se recusou. ( Creio que durante a epoca da Nova Ordem Mundial o engano relacionado a suposta descendência dessa Dinastia de Jesus lhes dará essa restauração, mais talvez alguns merovíngios quisessem acelerar o processo, que eu consideraria algo impossivel de ocorrer, ainda mais nas decadas em que esse livro foi publicado, hoje em dia tem até mais pessoas inclinadas a acreditar nesse engano por meio de propaganda midiatica e em filmes e com mais condicionamento talvez os Merovíngios voltem a ganhar a legitimidade para reinar sobre outras pessoas de séculos anteriores aos olhos do povo. E quanto ao Vaticano? Lançamos a pergunta, tentando dar uma deixa capaz de estimular o sr. Plantard a revelar mais alguma coisa. O papa atual era um aliado potencial ou um adversário potencial nos esquemas que pudessem estar em andamento? Não havia "bons papas" nem "maus papas", respondeu o sr. Plantard. Isso - o que quer que "isso" fosse envolvia antes uma política permanente para o Vaticano, à qual os papas deviam se sujeitar. De todo modo, concluiu o sr. Plantard, conseguira-se uma reaproximação com o Vaticano. Roma iria cooperar. Em troca, fora necessário fazer algumas concessões, mas elas eram essencialmente nominais. ( Como demonstrado em partes anteriores, o Vaticano foi um inimigo histórico dessa dinastia no passado, e acabou criando um inimigo poderoso no episódio em que desmantelam temporariamente a Ordem dos Jesuitas devido as conspirações em que eles se envolviam para dominar a europa, ocultistas magnatas então financiam Weishaupt um ex padre jesuita genial em sua empreitada na fundação da ordem dos Illuminatis que seguiu o mesmo padrão de subversão da ordem dos Jesuitas, um dos objetivos da ordem era a infiltração e dominio da igreja ( Décadas depois naquele tempo a ordem dos jesuitas foi reestabelecida, o que pode ser um sinal do principio dessa ação, e havia merovíngios envolvidos nela o que pode ser um sinal forte de um conluio do Priorado com a Ordem dos Illuminatis nessa agenda mesmo que ambas possuam suas diferenças, o acordo do Vaticano com a Dinastia Merovíngia que foi uma inimiga histórica da Igreja desde que ela financiou a queda dessa Dinastia do poder estabelecendo a Dinastia Carolingia, pode ser um sinal de o quanto já se avançou esse processo de infiltração nas fileiras da Igreja, os Jesuitas junto a Cúria Romana devem ser o maior poder dentro da ICAR, alias em anos recentes talvez tenham dominado até a Curia, pois pela primeira vez conseguiram eleger um membro de sua ordem a posição de papa branco/papa da luz ) Aliás, nosso livro causara certo alvoroço no Vaticano, acrescentou o sr. Plantard - só para nos mostrar, pareceu-nos, que tinha acesso a esse tipo de informação." Sub capítulo "O Panorama se amplia": "Por mais que os comentários do sr. Plantard tivessem sido vagos, estávamos impressionados com o desembaraço com que discutira os interesses políticos do Prieuré de Sion. No passado, ele não só se recusava a discutir esses interesses. Negava que sequer existissem. Por que se teria mostrado tão loquaz agora? Confiava verdadeiramente em nós ou havia algum outro fator envolvido ? O que nos deixava ainda mais perplexos era o fato de o sr. Plantard ter desmontado todas as provas potenciais com que tínhamos pretendido confrontá-lo. Não só isso. Não se deixara em absoluto surpreender por essas provas. Tudo parecia indicar que fora avisado de antemão. No entanto, não tínhamos como tirar isso a limpo e o "sr. Kemp", quando lhe narramos a conversa, mostrou-se igualmente aturdido. De todo modo, agora nos sentíamos liberados da promessa feita meses antes. Naquela época, em conversa telefônica, prometêramos ao sr. Plantard não entrar diretamente em contato com os signatários da "Mise en Garde" antes de ter com ele a conversa "face a face" que pedia. A conversa, por mais inconcludente que tivesse sido, ocorrera. Assim, escrevemos para Gaylord Freeman em Chicago, mencionando seu encontro com o "sr. Kemp" e perguntando se confirmaria, por escrito, a posição que adotara naquela entrevista. Recebemos uma resposta um tanto arrogante. Na carta, como na entrevista com o "sr. Kemp", o sr. Freeman negou pertencer ao Prieuré de Sion, negou ter conhecimento do sr. Plantard, negou envolvimento nos eventos que nos haviam levado a contatá-Io. Reconhecia as assinaturas como "tendo sido tomadas" do Relatório Anual de 1974 do First National Bank of Chicago. Não queria ser citado em livro algum. Na carta, como na entrevista com o "sr. Kemp", mostrou não estar disposto a levar o assunto adiante. Não pediu qualquer informação adicional sobre o uso que estava sendo dado ao seu nome e à sua assinatura. ( O que é bastante estranho, qualquer pessoa ficaria preocupada se soubesse que sua assinatura estava sendo usada por outra pessoa sem seu conhecimento e gostaria de saber o porque disso, exceto se a pessoa na verdade soubesse porque ela estava sendo usada e somente não quisesse falar a respeito ) Três semanas depois do nosso encontro com o sr. Plantard em Paris, recebemos um pacote dele. Continha um bilhete a nós endereçado e cópias de duas cartas dirigidas aos membros do Prieuré de Sion. A primeira trazia o timbre da Ordem que aparecia na "Mise en Garde". Era datada de Cahors, 10 de julho de 1984 - isto é, dois meses e meio antes do nosso encontro no La Tipia.
No texto, o sr. Plantard anunciava aos membros do Prieuré que renunciara formalmente à dignidade de grão-mestre e à sua própria condição de membro da Ordem. Tendo sido eleito grão-mestre em Blois, em 17 de janeiro de 1981, sentia-se obrigado agora, dizia, "por razões de saúde" e "de independência pessoal e familiar", a renunciar aos seus direitos, e aos de sua família, no Prieuré de Sion ( Essa é a versão oficial, talvez a indiscrição dele tenha desagrado outras lideranças ( obviamente desagradou Gaylord Freeman, ele nessa situação não poderia mais fornecer informações como antes para tentar cumprir alguma agenda pessoal relacionada a isso, pelos primeiros manuscritos vazados por ele, ao que tudo indica isso tinha relação com um engano que promovia a Dinastia Merovíngia como descendentes diretos de Jesus, no entanto mesmo com sua saida da liderança da ordem, esse engano continua a ser promovido até hoje em filmes ou revistas ) o que provocou sua saida do Priorado ). Essa renúncia entraria em vigor dentro de sessenta dias, "de acordo com os regulamentos internos da Ordem". No pé da página ele citava "o decreto de 16 de dezembro de 1983" pelo qual, ao que parecia, o Artigo XXII dos estatutos fora revogado. Todos os membros do Prieuré passavam agora a ser "obrigados a manter seu anonimato" e a "responder negativamente" a quaisquer perguntas sobre seu envolvimento na Ordem. Seguia-se a enigmática declaração de que "o reconhecimento de documentos será feito apenas pelo código" - embora não ficasse claro se isso designava uma cifra ou um código de conduta.
A segunda carta era datada do dia seguinte, 11 de julho, também em Cahors. Dessa vez, o papel trazia o cabeçalho pessoal do sr. Plantard, com seu timbre em carmesim, com um círculo encerrando uma florde-lis em ouro e, embaixo, as palavras Etin Arcadia Eoo... No texto que se seguia, dirigido aos "caros confrades" do Prieuré, o sr. Plantard repetia que acabara de apresentar sua renúncia com o grão-mestre, tendo passado os últimos 41 anos na Ordem - na qual fora introduzido, dizia, em 10 de julho de 1943 por recomendação do padre François Ducaud-Bourget. Durante os três anos e meio em que fora grão-mestre, explicou, tivera de assumir enorme carga de trabalho, bem como viajar muito, o que seu atual estado de saúde já não lhe permitia. Acrescentava que sua renúncia fora ditada também por outros fatores. Renunciara, dizia, por não poder aprovar "certas manobras" executadas por nossos "confrades ingleses e americanos" e também para assegurar a independência dele próprio e de sua família. Um motivo adicional, afirmava, contribuíra para sua decisão: a publicação "na imprensa, em livros e em panfletos fotocopiados depositados na Bibliotheque Nationale", de vários "documentos falsos ou falsificados" pertencentes a ele. Como exemplos, citou certidões de nascimento, reproduções de papéis do Prieuré de Sion trazendo assinaturas de mais de dez anos antes e difamações da sua pessoa que o haviam levado a apresentar queixa em Nanterre em 16 de dezembro de 1983. Encerrava expressando aos confrades seus melhores votos "de êxito na implantação de uma sociedade melhor". ( Possivelmente os documentos que visavam difamar ele veio de dentro do próprio Priorado, de pessoas que não gostavam do rumo ao qual ele queria guiar a ordem ) Que fazer dessas duas cartas? Na aparência, pareciam bastante francas. No entanto, um dos aspectos notáveis de ambas era o modo como abordavam, de maneira muito precisa, praticamente todos os pontos suscitados verbalmente em nosso encontro, três semanas antes encontro em que, como agora se evidenciava, o sr. Plantard não falava mais como grão-mestre ou mesmo como membro do Prieuré de Sion. Dir-se-ia que as cartas de renúncia tinham sido escritas depois daquele encontro. Por outro lado, não havia dúvida de que alguma coisa estivera no ar nos últimos sete meses e meio. Tinha havido referências anteriores à dificuldade com o "contingente anglo-americano". Tinha havido referências anteriores à revogação do Artigo XXII dos estatutos. A enorme dificuldade que tivéramos para entrar em contato com o sr. Plantard durante a primavera e o verão, e mais ainda para marcar um encontro com ele, podia também ter sido reflexo de alguma conturbação no seio do Prieuré. Sob esse aspecto, o bilhete a nós endereçado que o sr. Plantard anexou às duas cartas de renúncia era particularmente interessante. Escrevia-nos, dizia ele, para enviar cópias de seus documentos confi-denciais de renúncia e para confirmar que desde março de 1984 recusara ificia1mente todo e qualquer encontro ou entrevista cujo objetivo se relacionasse de algum modo com o Prieuré de Sion. Esta afirmação em itálico era enfaticamente sublinhada no texto do bilhete. Parecia que este consti-tuía uma declaração oficial, para ser vista e aprovada (ou desaprovada) por outros membros da Ordem. O sr. Plantard estava deixando claro não só para nós, mas para mais alguém, que não discutira coisa alguma sobre o Prieuré desde o último mês de março. Quando se encontrara conosco no fim de setembro, os sessenta dias requeridos para que sua renúncia tivesse efeito já tinham transcorrido. Falara conosco já não mais como grão-mestre e nem mesmo como membro do Prieuré, mas em caráter meramente pessoal. Enquanto conversávamos a uma mesa no La Típia, um novo grão-mestre já fora presumivelmente escolhido, ou pelo menos proposto. ( Pode muito bem ter sido chantageado ou ameaçado para resolver tomar essa decisão, chantagem, ameaça e até assassinato para proteger segredos são procedimentos padrões dentro dessas ordens ocultistas ) A renúncia do sr. Plantard foi acompanhada de uma escassez geral de informação. Louis Vazart, para quem telefonamos ao receber a notícia, mostrou-se visivelmente transtornado. Nada disse, porém, a não ser que fora um duro golpe e que agora provavelmente ocorreriam mudanças significativas, "nem todas boas". O marquês de Chérisey se recusou a responder qualquer de nossas muitas cartas e tam-bém não conseguimos lhe falar por telefone. O sr. Plantard tornou-se igualmente arisco, exceto por um protocolar cartão com votos de feliz ano novo." Sub capítulo "Explicações contraditórias": "A nosso ver, havia pelo menos quatro explicações possíveis para a renúncia do sr. Plantard:
1. Tínhamos documentado um Prieuré de Sion histórico desde o século XII até o século XVI. A partir de 1619, contudo, a Ordem se tornara cada vez mais clandestina, por vezes atuando sob os nomes de outras organizações, por vezes sumindo de vista por completo. Talvez ela tivesse deixado de existir e o Prieuré de Sion atual, registrado em 1956, fosse mera invenção - algum tipo de jeu d'esprit, perpetrado por razões desconhecidas pelo sr. Plantard e alguns amigos mais chegados, que se tinham valido de documentos oriundos do Prieuré original. Fosse qual fosse o jogo, fossem quais fossem seus objetivos, ele fora levado adiante pelo menos nos últimos trinta anos, embora não tivesse havido nenhuma tentativa óbvia de tirar proveito das possibilidades financeiras que gerara. Mas (se esse cenário estivesse correto), em algum momento no curso de 1984, o sr. Plantard concluíra que fora longe demais - talvez em decorrência de nossas investigações, talvez em decorrência de alguma outra coisa. Os nomes associados com a Guardian Assurance, e mais ainda os nomes associados com o First National Bank of Chicago, podem ter representado uma extrapolação dos limites da prudência e suscitado o espectro de sérias repercussões legais ou talvez de exposição pública embaraçosa. Em conseqüência, o sr. Plantard concebera uma manobra para tirar de cena todo o caso. Afirmando ter renunciado ao Prieuré, podia sustentar nada mais saber sobre suas atividades. A verdade seria, contudo, que, com a "renúncia" do sr. Plantard o Prieuré de Sion simplesmente deixara de existir. ( Creio que não, ainda mais considerando a bizarra reação de Gaylord Freeman quando confrontado com sua assinatura em um documento que supostamente desconhecia, além de sua ligação com figuras politicas britânicas que demonstravam interesse em documentos associadas a Dinastia Merovíngia, além da ligação do primeiro banco de Chicago com uma corporação ao que esses mesmo politicos britânicos estavam envolvidos )
2. O Prieuré de Sion existia como organização genuína e legítima, com recursos e influência indeterminados, mas o próprio sr. Plantard caíra em descrédito. Talvez tivesse passado dos limites ao nos enviar o documento com as assinaturas dos srs. Drick, Freeman e Abboud, revelando assim alguma coisa sobre o funcionamento da Ordem que não estava autorizado a divulgar. Talvez o sr. Chaumeil ou outra pessoa possuísse materiais que, se publicados, poderiam ser seriamente comprometedores, no plano político ou em outro. Talvez o governo francês, ou quem quer que estivesse pretensamente depositando fundos na conta do banco suíço, estivesse dificultando as coisas. De todo modo, o sr. Plantard se teria tornado uma ameaça, real ou potencial, para a Ordem, e o que de melhor pudera fazer no interesse desta fora afastar-se. Era possível até que tivesse sido pressionado a fazê-lo - seja por fatores externos, como as maquinações de um ou outro serviço de informações, ou por facções internas, como o "contingente anglo-americano".
3.Devíamos tomar as cartas de renúncia ao pé da letra, sem lhes atribuir qualquer outro significado adicional. Pelas razões nelas declaradas, o sr. Plantard decidira voluntariamente renunciar. Seus confrades estariam tão perplexos quanto Louis Vazart e nós mesmos, e logo um novo grão-mestre seria escolhido, se é que já não fora.
4. O Prieuré de Sion registrado em 1956 podia ter sido uma invenção do sr. Plantard. Podia ter sido uma influente sociedade secreta internacional. Podia ter sido qualquer coisa entre esses dois extremos. Fosse como fosse, naquele momento o sr. Plantard considerava aconselhável se esquivar da curiosidade de estranhos, inclusive da nossa. Em conseqüência, montara uma espécie de charada. Apesar da sua pretensa renúncia, continuaria exercendo suas funções como antes; e era plausível admitir que, embora permanecendo como membro ativo da Ordem, e talvez até seu grão-mestre, negasse qualquer conhecimento das suas atividades. Em dezembro de 1983, ele revogara o Artigo XXII do~ estatutos. Na verdade, invertera-o, ordenando a todos os membros do Prieuré que negassem e repudiassem sua afiliação. Ao redigir uma carta ostensiva de renúncia, estaria simplesmente pondo-se ele próprio em conformidade com seu novo edito. Nesse caso, sua renúncia era uma farsa.
Pelo que podíamos ver, havia essas quatro possibilidades. Havia também, é claro, variações e combinações delas. Sem dúvida o sr. Plantard parecia estar sofrendo pressão a partir da própria Ordem - provavelmente do "contingente anglo-americano". Parecia também estar sujeito a pressão vinda de fora, na forma de intervenções externas não identificadas. Havia ainda a questão da desinformação deliberada. Sem dúvida, em parte ela fora disseminada pelo próprio sr. Plantard, mas em parte tinha também outras origens. Havíamos suposto de início que a desinformação destinava-se especificamente a nós, quando de fato parte dela tivera por alvo também o sr. Plantard. A medida que refletíamos sobre a situação, outra explicação possível para a renúncia do sr. Plantard ficou clara de repente; se provasse ter algum fundamento, ela seria a mais explosiva e sensacional de todas. Uma semana depois de recebermos o pacote do sr. Plantard, chegou-nos um outro panfleto anônimo - ou melhor, sob pseudônimo. Era assinado simplesmente "Cornelius" e, como no caso do primeiro panfleto, pretendia noticiar o próximo lançamento de um livro, da autoria de "Cornelius" e intitulado Os escândalos do Prieuré de Sion. Lamentavelmente, não podemos citar esse panfleto.
No momento, ele é um documento extremamente perigoso já que nenhuma de suas alegações foi provada e ele contém pelo menos uma dezena de libelos contra personalidade internacionais muito conhecidas. Podemos, no entanto, apresentar um resumo de alguns dos pontos principais.
1. O ex-banqueiro Michele Sindona estava nessa época cumprindo pena de prisão na Itália por fraude e sob outras acusações de cumplicidade no assassínio de um investigador italiano, Giorgio Ambrosoli. (Sindona morreu em 1986, após beber uma xícara de café envenenado.) Segundo "Cornelius", o assassínio de Ambrosoli foi de fato cometido a mando de um destacado político italiano, ainda ativo nos negócios do país. Esse homem, alega "Cornelius", é também membro graduado do Prieuré de Sion, tendo contribuído para a eleição de Pierre Plantard como grão mestre em 1981. Insinua que o assassino está envolvido no escândalo do Banco Ambrosiano, o ex-banco do Vaticano, e com o caso que culminou na misteriosa morte do banqueiro italiano Roberto Calvi, encontrado enforcado sob a Blackfriars Bridge em Londres em 1982. ( Muito provavelmente o Papa João Paulo I foi morto justamente por tentar investigar as finanças do banco do Vaticano e seu suposto envolvimento com a mafia ( que é um braço importante da ordem dos Illuminatis a muito tempo ), depois de ser morto o Papa João Paulo II não deu continuidade a investigação, quem quiser mais informações a respeito desse episódio, eu sugiro que procurem ler livros do jornalista Inglês David Yaloop ( Se não me engano se escreve assim seu nome ) )
3.Em maio de 1974, o cardeal Jean Danielou, principal porta-voz do Vaticano na época sobre a questão do celibato clerical, foi encontrado morto em circunstâncias que deram margem a muitos boatos e rumores maliciosos. Um strip-teaser de boate estava envolvido. Uma soma substancial de dinheiro também. I Quando jovem, o cardeal Danielou fora muito ligado a Jean Cocteau ( Que foi supostamente grão mestre do Priorado até tempos contemporâneos e foi quem levou o Priorado ao conhecimento público por razões desconhecidas, talvez com o mesmo intuito que eu creio que tinha Pierre de Plantard ), cujo Oedipus rex traduziu para o latim, o que o projetou nos círculos intelectuais franceses. Por meio de sua ligação com Cocteau, é provável que o cardeal tenha conhecido Pierre Plantard de Saint-Clair. Segundo "Cornelius", o cardeal estava envolvido em transações financeiras secretas com o Prieuré de Sion. Teria também desempenhado um papel nas maquinações de Michele Sindona e outros banqueiros. Sua morte - oficialmente atribuída a um ataque cardíaco - é evasivamente imputada por "Cornelius" a causas não acidentais.
4. "Cornelius" alega ainda que o Prieuré de Sion estaria estreitamente associado tanto com a Máfia italiana como com a loja maçônica italiana conhecida como P2, que provocou enorme sensação quando sua existência, atividades e composição foram descobertas e tomadas públicas em 1981. Há menção específica ao assassínio de um general italiano - general Dalla Chiesa pela Máfia e a dois grandes escândalos financeiros italianos. ( A Loja P2 gerou um grande escandâlo nesse pais ao ser descoberto documentos secretos dela na Italia que desmascaravam uma conspiração para subverter e tomar o poder desse pais, membros de alta posição politica eram membros da ordem, e segundo um juiz se lembro bem havia evidências que naquele tempo a loja depois da investigação e escandâlo se mantinha ativa e poderosa na italia, nos livros de David Yaloop esse assunto é coberto eu acho, pelo menos um livro que fala sobre o Papa João Paulo II que eu li dele dá cobertura ao assunto sim )
5. Em 19 de janeiro de 1981 - isto é, dois dias depois que Pierre Plantard de Saint-Clair foi eleito grão-mestre do Prieuré de Sion -, um membro graduado da Ordem teria tido, segundo "Cornelius", um encontro com Licio Gelli, grão-mestre da P2. O encontro teria ocorrido no restaurante La Tipia, na rua Rome, em Paris.
É preciso frisar que, apesar de intensas investigações, não nos foi possível confirmar de modo algum qualquer das alegações de "Cornelius". Em face disso, seu panfleto só pode ser encarado como torpe-mente calunioso e está, como dissemos, sujeito a efeitos penais. Pelo que sabemos, foi amplamente distribuído. Suas alegações estão sem dúvida sendo investigadas neste momento por jornalistas - ou já foram descartadas como carentes de fundamento. Mas, se vier a ser provado que qualquer das alegações de "Cornelius" tem algum grau de validade, estaremos bulindo num vespeiro especialmente assustador. Seja como for, e por força apenas de seu panfleto, "Cornelius" conseguiu enfiar no mesmo saco o Prieuré de Sion, a Máfia e a P2. Mesmo que só na mente das pessoas, situou as atividades do Prieuré de Sion no obscuro submundo dos negócios europeus - em que a Máfia se imbrica com sociedades secretas e agências de espionagem, em que grandes empresas se aliam ao Vaticano, em que imensas somas de dinheiro são gastas para fms clandestinos, em que as linhas de demarcação entre política, religião, espionagem, altas finanças e crime organizado começam a se dissolver. Isso por si só poderia ter levado o sr. Plantard a renunciar, ou a mergulhar na obscuridade, junto com o Prieuré de Sion. ( Considerando o escândalo e repercussão que esse episódio teve na Italia, certamente explicaria a volta do Priorado ao anonimato se ele fosse tão intimamente ligado a P2, não duvido que possa ser verdade, mais vai saber )" Sub capitulo "O Prieure desaparece": "Com a renúncia do sr. Plantard, as informações sobre o Prieuré de Sion cessaram por completo. O próprio sr. Plantard tomou-se mais arredio do que nunca, ficando cada vez mais difícil contatá-lo, mesmo por telefone. Louis Vazart tomou-se claramente mais reticente que antes, ao passo que outras pessoas pareciam ter sumido. Em julho de 1985, como todos os que o conheciam, ficamos pesarosos com a notícia da morte de Philippe, marquês de Chérisey. Fosse qual fosse a natureza do Prieuré de Sion, e fosse qual fosse o papel do sr. Chérisey nele, era ele sem dúvida a pessoa mais sociável, mais dotada de talento criativo, mais original e talvez mais brilhante que tínhamos encontrado no curso da nossa investigação. Era também um romancista extraordinariamente bem-dotado, merecendo, num nível puramente literário, mais reconhecimento do que recebeu.Após a renúncia do sr. Plantard, o Prieuré de Sion se tomou de fato invisível. Desde 1956 ele fora mais ou menos acessível aos que o investigavam com suficiente empenho. Desde 1979, tínhamos tido um canal direto de comunicação com ele e com seu grão-mestre; durante algum tempo, após a publicação do nosso livro anterior, o Prieuré parecera disposto a assumir um perfil de razoável destaque. Agora, de repente, ele voltava a mergulhar na sombra, correndo um véu sobre suas ativi-dades, sem deixar pista. Fossem quais fossem os objetivos e prioridades do "contingente anglo-americano" no interior da Ordem, e os interesses externos que pudessem estar envolvidos, eles pareciam ter tido êxito em comprometer, senão em depor, o sr. Plantard - conseguindo ao mesmo tempo mergulhar todo o Prieuré na obscuridade. Ao mesmo tempo, nossas próprias pesquisas já haviam começado a nos conduzir em certas direções não de todo incompatíveis com aquelas apontadas por "Comelius". Não podíamos dar crédito às alegações que vinculavam o Prieuré com a P2 e a Máfia. Não havia nenhum indício que comprovassem essas afirmações. Não podíamos dizer nem mesmo se essas organizações, caso estivessem envolvidas, estavam ao lado do Prieuré ou contra ele. O panfleto de "Cornelius" - anunciando um livro que na verdade nunca foi publicado - podia sem dúvida ter sido uma tentativa de desacreditar o Prieuré por meio de puras falsidades, e não pela revelação de algum de seus segredos. ( Ou a publicação do livro foi suprimida mesmo, vai saber )
Apesar disso, ficava cada vez mais claro que o Prieuré de Sion tinha de fato interesses e realmente atuava numa esfera um tanto dúbia uma esfera em que partidos democrata-cristãos da Europa, vários movimentos em prol da unidade européia, grupelhos monarquistas, variantes atuais das ordens de cavalaria, seitas maçônicas, a CIA, os Cavaleiros de Malta e o Vaticano se enredavam, se uniam temporariamente para um ou outro fim específico, voltando depois a se separar. A questão fundamental era onde, precisamente, o Prieuré se encaixava nessa trama de organizações e interesses frouxamente articulados. Era uma das muitas pequenas associações manipuladas como peões por forças mais poderosas, mais obscuras? Pusera-se conscientemente à disposição dessas forças, com base numa hierarquia de valores genuinamente partilhada ou por força de uma comunhão temporária de interesses? Ou era na verdade uma das forças que puxavam os cordões?" Capitulo 22 "Resistência, Cavalaria e os Estados Unidos da Europa": "Em nossa pesquisa anterior, tínhamos procurado seguir o rasto do Prieuré de Sion em séculos passados e assim confirmar a sua existência. Em outras palavras, tínhamos tentado verificar a correção, ou pelo menos a plausibilidade, das alegações feitas hoje pela Ordem no tocante à sua própria linhagem. Tivemos um êxito surpreendente, que desarmou nosso ceticismo inicial. O próprio Prieuré afirmava ter sido criado com o nome "Ordre de Sion", em 1090 - ou, segundo outros relatos, em 1099. Pudemos apurar, com base em evidências documentadas de primeira mão, que uma abadia foi de fato fundada em 1099 no monte Sião, em Jerusalém, e confiada aos cuidados de uma misteriosa mas explícita ordem de religieux. Em 19 de julho de 1116 o nome Ordre de Sion já figurava em cartas régias e outros documentos oficiais. Encontramos outra carta régia, datada de 1152 e com o selo do rei Luís VII da França, que conferia à Ordem a sua primeira sede na Europa, em Orleães. Uma outra carta, datada de 1178 e com o selo do papa Alexandre III, confirmava certas propriedades fundiárias da ordem não só na Terra Santa, como na França, na Espanha e por toda a península italiana – na Sicília, em Nápoles, na Calábria e na Lombardia. Fomos informados de que, até a Segunda Guerra Mundial, havia vinte documentos referentes especificamente à Ordre de Sion nos Arquivos Municipais de Orleães, mas dezessete deles tinham sido perdidos durante um bombardeio aéreo. Pudemos assim confirmar as afirmações do Prieuré atual com relação a suas origens e ao primeiro século de sua existência. De maneira semelhante, pudemos confirmar outras alegações relativas à história posterior da Ordem. Além de simples datas e listas de propriedades fundiárias, pudemos também conferir as ligações do Prieuré com uma entremeada rede de famílias nobres, que se pretendiam todas descendentes da dinastia merovíngia, que reinou na França entre os séculos V e VIII. Assim, por exemplo, a família descendente de um cavaleiro bastante obscuro, um tal Jean de Gisors, que desempenhou papel de relevo nas atividades da Ordem, provou-se ligada à família de Hugues de Payen, primeiro grão-mestre dos Templários. De importância comparável na história da Ordem, e também ligada a Payen por parentesco, era a família Saint-Clair, ancestral de Pierre Plantard de Saint-Clair, atual porta-voz da Ordem e seu grão-mestre de 1981 a 1984. Na verdade, nossa pesquisa verificou cabalmente algo apenas insinuado nas afirmações da Ordem atual: que o Prieuré de Sion, ao longo de sua história, foi em grande parte uma questão de família, uma organização centrada em determinadas casas reais e aristocráticas. O Prieuré era nominalmente citado em fontes que iam desde o século XII até o início do século XVII. Nessa altura, segundo documentos datados de 1619, a Ordem teria caído no desagrado do rei Luís XIII de França, que a expulsou de sua sede em Orleães e transferiu suas instalações para os jesuítas. Depois disso, o Prieuré de Sion parece desaparecer dos registros históricos, pelo menos sob esse nome, até 1956, quando surge novamente, registrado no Journal Officiel francês. No entanto, a Ordem fazia repetidas menções a certas atividades que teria desenvolvido entre 1619 e o século XX, a certos eventos históricos em que teria desempenhado um papel, a certos desdobramentos históricos em que teria tido algum tipo de interesse. Quando examinamos os eventos e desdobramentos em questão, encontramos irrefutável evidência do envolvimento de um núcleo organizado e coeso trabalhando de maneira orquestrada nos bastidores, por vezes usando outras instituições como fachada. Esse núcleo não era especificamente nomeado, mas tudo indicava tratar-se realmente do Prieuré de Sion. Mais ainda, ele revelava envolver precisamente a mesma rede de famílias interligadas que reivindicavam descendência merovíngia. Quer se tratasse das intrigas e das guerras de religião do século XVI, da insurreição conhecida como Fronda no século XVII ou das conspirações maçônicas do século XVIII, sucessivas gerações precisamente das mesmas famílias tinham estado implicadas, atuando segundo um modelo único e constante. Com base nisso, foi-nos possível concluir que de fato havia um tipo de conexão linear direta entre o Prieuré de Sion do presente e a Ordem do mesmo nome que fora expulsa de sua sede em Orleães em 1619. Parecia claro que, durante aquele intervalo de cerca de 330 anos, o Prieuré tinha sobrevivido e continuado a atuar, ainda que sob diferentes fachadas ou por meio de várias outras organizações. Foi possível associá-lo, por exemplo, à Compagnie du Saint-Sacrement do século XVII na França, a um conclave de clérigos extremamente heterodoxos, senão heréticos, baseado na igreja de Saint-Sulpice em Paris, aos misteriosos e elusivos "rosa-cruz" alemães do início do século XVII, a certos ritos da franco-maçonaria do século XVIII, a conspirações políticas e sociedades secretas esotéricas do século XIX. Através de organizações como essas e dos vínculos recorrentes que as mesmas famílias mantinham com elas, um contínuo ininterrupto se estendia desde 1619 até a época atual. Mas, o que dizer sobre o presente? No nosso primeiro encontro com o sr. Plantard, em 1979, ele definira sua posição inequivocamente. Disse não ter qualquer objeção quanto a discutir a história da Ordem. Quanto ao futuro, porém, só faria alusões veladas, não estando disposto a dizer coisa alguma sobre o presente. É verdade que alterara ligeiramente essa posição durante os anos de 1983 e 1984 - pelo menos a ponto de nos mostrar os documentos autenticados que pretensamente teriam trazido os pergaminhos de Sauniere para a Inglaterra, e o exemplar da "Mise en Garde" com as assinaturas dos srs. Drick, Freeman e Abboud. Estes nos haviam levado ao conselho diretor da antiga Guardian Assurance Company e ao First National Bank of Chicago. Nada, porém, pudera ser conclusivamente elucidado, definitivamente provado. Tínhamos simplesmente andado às cegas em meio a um nevoeiro de desinformação, e nossas diligências suscitavam tantas questões quantas respondiam, senão mais. Ao investigar o Prieuré hoje, tínhamos às vezes a impressão de estar investigando uma quimera ou uma miragem. Ele sempre recuava quando nos aproximávamos.
Tomava-se intangível no exato momento em que tínhamos a impressão de tê-Io agarrado, só para se materializar em outro ponto, alguns passos à nossa frente. Surgiam indícios que, quando examinados, se anulavam uns aos outros, ou só aumentavam a confusão, ou se espiralavam, formando um prisma de espelhos refrativos. Não fomos os únicos a ter esse tipo de impressão. No ano seguinte ao da renúncia do sr. Plantard, contratamos os serviços em tempo integral de uma pesquisadora profissional. A mulher em questão tinha mais de 35 anos de experiência, tendo .trabalhado em projetos de vários autores renomados. Tanto ela quanto seu marido, um ex-militar que lutara na Resistência, tinham muitas relações bem-situadas e acesso a esferas em que nós, como estrangeiros, não podíamos penetrar. Não há dúvida de que ela tinha mais habilidade do que nós no trato com as instituições francesas, fossem bibliotecas e arquivos ou órgãos do governo. Residindo na França, tinha obviamente melhores condições de passar semanas inteiras perseguindo uma única pista num ou noutro labirinto específico. Se determinado órgão estava fechado em dado momento, ou determinada pessoa não podia ser contatada, ela podia sempre retomar no dia seguinte, ou na semana seguinte se necessário. Ela nos forneceu um conjunto de informações extremamente valioso. Exumou fragmentos de informação de fontes muitas vezes improváveis e conduziu suas investigações com admirável firmeza. Recusava-se a se deixar desencorajar, intimidar ou deter por fanfarronadas, cavilações ou evasivas. Apesar de tudo isso, confessou-nos que nunca, em toda a sua experiência, havia encontrado tantos impasses, portas fechadas, negativas hipócritas e contradições misteriosas. Praticamente em todas as entrevistas que fizera para nós, a cortesia e o desejo de ajudar se transformavam em reticência, reserva ou mesmo hostilidade tão logo ela abordava certas áreas. Perguntamos tanto a ela quanto ao marido como viam todo aquele caso, a que conclusões as investigações que tinham feito os levavam. Foram bastante enfáticos. Inquestionavelmente, disseram, havia algum tipo de farsa." Sub capitulo "A Revista Vaincre": "Apesar de tudo, foi possível exumar pelo menos alguma informação, não só do próprio Prieuré de Sion mas de fontes independentes. A despeito da atitude evasiva do sr. Plantard e da barreira de desinformação e de reticência das autoridades, conseguimos saber alguma coisa sobre a Ordem e seu antigo grão-mestre. Os dados que obtivemos nos permitiram monitorar algo das suas atividades, pelo menos desde a Segunda Guerra Mundial. Pouco depois do nosso primeiro encontro com o sr. Plantard, ele nos enviara uma declaração datada de 11 de maio de 1955 e feita em Paris por um certo Poirier Murat, que se apresentava como cavaleiro da Légion d'Honneur, detentor da Medaille Militaire e ex-oficial da Resistência francesa. O sr. Murat declarava conhecer o sr. Plantard desde 1941. Declarava ainda que o sr. Plantard, entre 1941 e 1943, editara uma "revista da Resistência", intitulada Vaincre. O documento declarava ainda que o sr. Plantard fora mantido pela Gestapo na prisão de Fresnes de outubro de 1943 até fevereiro de 1944.
Procuramos checar a veracidade das afirmações do sr. Murat. Assim, escrevemos para o Exército francês, que respondeu dizendo não possuir os arquivos relativos e sugerindo que entrássemos em contanto com o diretor-geral dos Archives de France. O exército encaminhou também nossa carta para a Préfecture de Police de Paris, que nos aconselhou entrar em contato com o diretor da prisão de Fresnes. Quando escrevemos para o diretor-geral dos Archives de France, fomos instruídos a entrar em contato com os Arquivos Departamentais, em Paris. Os Arquivos Departamentais também nos aconselharam a escrever diretamente para a prisão de Fresnes. Em resposta às nossas indagações, Fresnes quis saber por que nós as estávamos fazendo e pediu detalhes sobre a nossa pesquisa. Escrevemos de volta, anexando detalhes concementes e fotocópias, entre as quais a declaração de Poirier Murat. Não recebemos resposta. Era esse tipo de coisa que havíamos encontrado reiteradamente no curso de nossas investigações. Mas foi também esse tipo de coisa que nossa pesquisadora se revelou particularmente capaz de enfrentar. A força de persistência, ela acabou por arrancar uma resposta de Fresnes. Esta não foi, contudo, muito esclarecedora: "... após pesquisar as fichas dos que estiveram presos em Fresnes, não encontramos qualquer sinal de que o sr. Plantard tenha passado por este estabelecimento entre outubro de 1943 e fevereiro de 1944." Teria Poirier Murat - cavaleiro da Legião de honra, detentor da Medalha Militar e exoficial da Resistência francesa - mentido em sua declaração? Se mentira, por quê? Se não mentira, por que não havia registro da prisão do sr. Plantard em Fresnes? Teria o registro sido removido? Ou, por alguma razão desconhecida, o registro nunca fora feito? Nossas tentativas de localizar Vaincre, a "revista da Resistência" a que o sr. Plantard estivera ligado, foram muito mais bem-sucedidas. Encontramos seis números da Vaincré e, ao que parece, só esses foram publicados. Contrariando nossas expectativas, não se tratava de um jomaleco feito às ocultas e mal produzido. Aqueles exemplares nada tinham de clandestinos. Eram impressos em papel de excelente qualidade, o que não era fácil de obter na França na época, e incluía ilustrações e fotografias. No primeiro número era claramente declarado que a revista fora impressa pela firma de Poirier Murat, com uma tiragem de 1.379 exemplares. No sexto número a tiragem declarada era de 4.500 exemplares. No conjunto, a Vaincre representava um empreendimento que não poderia ter-se realizado sem algum conhecimento por parte das autoridades. Representava também um empreendimento necessariamente sustentado por uma verba substancial.
Com base nos seis números que conseguimos obter, era difícil encarar a Vaincre como uma "revista da Resistência". Os artigos nela publicados, de colaboradores identificados e em alguns casos muito conhecidos, tratavam basicamente de uma combinação de esoterismo, mito e pura fantasia. Falava-se muito sobre a Atlântida, por exemplo ( O continente perdido da Atlântida tem uma importância muito grande dentro de ordens ocultistas, especialmente na ordem Rosacruz e dentro da Teosofia ). Dava-se particular ênfase a uma antiga "sabedoria tradicional" celta ( Possivel referência aos sacerdotes Druidas do povo Celta ) e os temas e imagens míticos em que ela sobrevivera. Havia também o tempero liberal de uma espécie de teosofia neozoroástrica ( Zoroatrismo é uma religião pagã persa com um conceito de bem e mal similar ao da escola de mistérios do Egito, com um principio divino de luz e outro de escuridão ( Hórus/A. Mazda, Set/Arimã ) , e Teosofia é uma organização muito importante dentro do plano da nova ordem mundial, já falei disso com detalhes em outras matérias ), com iniciados tibetanos e cidades ocultas no Himalaia ( Provavelmente referência aos lendários paises em outra dimensão dentro do planeta, de Shamballa e Agartha da qual a Teosofia fala com detalhes, aonde os grande mestres espirituais da Teosofia e Fraternidade Branca residiriam, eles seriam subordinados a Lúcifer de acordo com os ensinamentos de Blavatisky que foi a criadora dessa Sociedade que segundo ela é o unico Deus desse mundo ( Provavelmente esses mestres espirituais que promovem ensinamentos baseados em religiões pagãs do oriente e são promovidos por agentes da Nova Ordem Mundial não passam de anjos caidos ou demônios ). Acima de tudo, no entanto, a Vaincre se propunha ser o órgão de uma organização, ou ordem, especifica, chamada Alpha Galates. Sob a ocupação alemã e o governo de Vichy, sociedades secretas, inclusive a franco-maçonaria, foram estritamente proibidas, e a afiliação a qualquer delas estava sujeita a penas rigorosas. Por isso, a Alpha Galates não se qualificava em absoluto como uma sociedade secreta, embora, evidentemente, não fosse outra coisa. Em vez disso, apresentava-se, de maneira muito explícita, como uma ordem de cavalaria, ou de neocavalaria. Os principios da cavalaria eram enfaticamente repetidos e a maior parte dos artigos da Vaincre tratava de temas ligados àcavalaria: tanto da França como fonte suprema da cavalaria quanto do papel da cavalaria no mundo moderno. Segundo a Vaincre e a Alpha Galates, a cavalaria seria o instrumento de uma renovação nacional da França: "... uma cavalaria é indispensável, porque nosso país não pode renascer exceto por meio de seus cavaleiros". ( Me parece que a ordem era uma fachada ou ordem subordinada ao Priorado naquela epoca, os Nazistas suprimiam ordens ocultistas para monopolizar essa atividade e o poder que ela poderia proporcionar, na epoca do Nazismo foi instituida uma religião pagã nórdica, uma divisão especializada no ocultismo, e Hitler mesmo segundo ocultistas contemporâneos dele teria se envolvido com ordens ocultistas, como a Vrill e especialmente a Thule Geselchaft ) Quando a cavalaria surgiu, durante a chamada Idade das Trevas, ou Idade Média, a instituição repousava em bases especificamente espirituais. Títulos convencionais de nobreza - por exemplo, barão, conde, marquês, duque - denotavam posição social e política, terras, linhagem. O cavaleiro, no entanto, conquistava suas esporas e sua espada mediante sua própria virtude pessoal- ou, mais precisamente, sua vertu - e pureza moral. Mais tarde o conceito de cavalaria foi progressivamente degradado, acabando por reduzir-se a uma pequena recompensa por algum tipo de serviço, ou até a verniz na imagem pública de um primeiro-ministro. A Vaincre e a Alpha Galates, no entanto, insistiam na cavalaria em seu sentido original e tradicional: "O Chevalier não pode viver sem o ideal espiritual, que será o manancial de força moral, intelectual e espiritual através das gerações vindouras." Quando a cavalaria surgiu, durante a chamada Idade das Trevas, ou Idade Média, a instituição repousava em bases especificamente espirituais. Títulos convencionais de nobreza - por exemplo, barão, conde, marquês, duque - denotavam posição social e política, terras, linhagem. O cavaleiro, no entanto, conquistava suas esporas e sua espada mediante sua própria virtude pessoal- ou, mais precisamente, sua vertu - e pureza moral. Mais tarde o conceito de cavalaria foi progressivamente degradado, acabando por reduzir-se a uma pequena recompensa por algum tipo de serviço, ou até a verniz na imagem pública de um primeiro-ministro. A Vaincre e a Alpha Galates, no entanto, insistiam na cavalaria em seu sentido original e tradicional: "O Chevalier não pode viver sem o ideal espiritual, que será o manancial de força moral, intelectual e espiritual através das gerações vindouras." Segundo a Vaincre, a Alpha Galates tinha sido registrada no Journal Officiel francês em 27 de dezembro de 1937. Uma verificação nesse órgão de julho de 1937 a abril de 1938, contudo, não revelou essa entrada. Do Ministério da Defesa francês, quando lhes escrevemos, disseram que nunca tinham ouvido falar nem da Vaincre nem de Alpha Galates e não tinham registro desses nomes. A Chefatura de Polícia francesa negou qualquer conhecimento - embora mais tarde tenhamos sabido que o equivalente francês de uma Divisão Especial possuía na verdade um dossiê sobre a Alpha Galates e seus líderes. De todo modo, e a despeito das negativas oficiais, a Vaincre realmente existiu, como existiram seus colaboradores, entre os quais se incluíam, ao que tudo indica, vários membros da Alpha Galates. Um dos colaboradores da Vaincre foi Robert Amadou, agora um conhecido escritor sobre temas esotéricos e maçônicos, martinista e oficial de uma loja maçônica pertencente à Grã-Loja Suíça Alpina. Outro destacado colaborador foi o professor Louis Le Fur, conhecido publicista de direita antes da guerra. Posteriormente, é claro, caiu em descrédito em razão de seu apoio ao governo de Vichy. Durante a ocupação alemã, contudo, gozou de certa reputação como comentador de assuntos culturais e foi nomeado por Pétain para um importante cargo na área da educação. Na época, Louis Le Four era um nome de peso. Ele não se teria associado publicamente a uma revista como a Vaincre a menos que a considerasse uma iniciativa séria e louvável. Em um de seus artigos, o próprio Le Fur declara ter sido membro da Alpha Galates durante oito anos. Entre os outros membros da Ordem, ele cita Jean Mermoz, aviador falecido antes da guerra, e Gabriel Trarieux d'Egmont, escritor sobre temas esotéricos e poeta místico sem grande expressão, cujo nome ainda desperta certo respeito. Segundo a Vaincre, os membros da Alpha Galates se dividiam em duas grandes categorias, a "Legião" e a "Falange". O papel da Legião não é especificado. O da Falange é definido como de pesquisa filosófica e de instrução de futuros cavaleiros. O interessante é que, segundo os estatutos de 1956 registrados na Chefatura de Polícia francesa em Annemasse, o Prieuré de Sion também era dividido nessas duas categorias de Legião e Falange.
Baseados em parte nisso, supusemos de início que Alpha Galates podia ser apenas mais uma fachada do Prieuré de Sion. Verificamos, contudo, que provavelmente não era esse o caso. O sr. Plantard nos afirmou pessoalmente que só entrou no Prieuré em 10 de julho de 1943. Na carta que acompanhou sua renúncia, repetiu essa afirmação e acrescentou que ingressara no Prieuré sob os auspÍcios do padre François Ducaud-Bourget. Sua ligação com a Vaincre e com a Alpha Galates, por outro lado, datava de pelo menos um ano antes. A partir dessa cronologia, a Alpha Galates e o Prieuré de Sion pareciam ser duas organizações independentes - a menos, é claro, que a primeira fosse uma espécie de extensão, ou talvez um serviço de recrutamento, da primeira. Fosse como fosse, se o Prieuré admitira o sr. Plantard, devia apreciar o que a Alpha Galates fazia. E, sob muitos aspectos, a orientação das duas ordens parecia muito similar, senão idêntica. Isso fica particularmente evidente na ênfase dada à cavalaria. Além disso, alguns colaboradores da Vaincre figuram mais tarde em publicações vinculadas ao Prieuré.
Já no primeiro número da Vaincre, seu editor e diretor é chamado de "Pierre de France" e tem sua fotografia publicada. A fotografia é indubitavelmente a de um jovem sr. Plantard, na época com 22 anos. Em 21 de setembro, a Vaincre noticia que Pierre de France tomara-se grão-mestre da Alpha Galates. No quarto número, de 21 de dezembro de 1942, o nome Pierre de France é emendado, aparecendo como Pierre de France-Plantard. Seu endereço - rua Lebouteux n° 10, Paris 17° - é dado como o endereço do quartel-general ou escritório central da Alpha Galates. Apesar de seu caráter mítico e cavaleiroso, a Vaincre não deixa de ter uma orientação política. Como parece indicar o envolvimento de Louis le Fur, a revista é explicitamente pró- Vichy e por vezes efusivamente ardorosa na defesa de Pétain. O primeiro número contém um hino a Pétain, e a Alpha Galates é qualificada como "uma Grã-Ordem de Cavalaria", "a serviço da pátria" e "com o marechal". Ocasionalmente, aparecem também nas páginas da Vaincre torpes afirmações anti-semitas que fazem eco aos mais fanáticos delírios da propaganda nazista. "Para restaurar nossa pátria em sua grandeza... é preciso erradicar... falsos dogmas... e os princípios corruptos da outrora democrática maçonaria judaica." ( Apesar de boa parte das principais linhagens Illuminatis carregarem sangue de uma ou outra tribo de Israel, eles a muito tempo renegaram a tradição religiosa judaica antiga de onde sairia a tradição religiosa cristã contemporânea, e não demonstram simpatia alguma a outros judeus fora do seu circulo de poder que ainda seguem a tradição religiosa judaica, não é incomum eles incitarem odio contra esses e eles pretendem fazer o mesmo contra os cristãos, na verdade pode se dizer que o processo começou faz bastante tempo, mesmo no Nazismo me lembro de ler menções do livro de um historiador Judeu que falava que além de 6 milhões de Judeus, mais de 7 milhões de Cristãos foram mortos nos campos de concentração. Hitler além de ter dado muitas declarações anti-semitas falava mal do Cristianismo também. Apesar dessa ordem ocultista ser um tipo de oposição a Hitler, obviamente tanto ele quanto a liderança dessa ordem ocultista carregavam o mesmo desprezo pelos Judeus ) Por outro lado, é preciso lembrar a época e as circunstâncias em que a Vaincre foi publicada. A maior parte da França estava ocupada por tropas alemãs, a Gestapo estava por toda parte e não era possível publicar quase nada que escapasse às autoridades alemãs e a seus sabujos franceses. O sr. Plantard dificilmente teria podido publicar uma revista bem produzida como a Vaincre e apoiar De Gaulle. Tudo que aparece nas páginas da revista deve ser encarado com cautela, porque ela era impressa na expectativa de ser lida por olhos alemães. Para sobreviver, tinha forçosamente de fazer certas afirmações conciliatórias, não se desviando de maneira muito acentuada da linha oficial do regime. Quando o questionamos a respeito de certas afirmações potencialmente conciliatórias da Vaincre, o sr. Plantard, sem demonstrar maior embaraço, enfatizou esse ponto. Insinuou que, sob sua pátina pró- Vichy e petainista, a Vaincre continha mensagens e instruções que só a Resistência podia decifrar. ( Para mim isso era um pretexto para criar uma revista ocultista que incitava odio contra os Judeus, para colaborar no processo do Holocausto, que seria conveniente aos planos que os Illuminatis tinham para estabelecer a ONU e o estado de Israel que seria e é rigidamente controlado por eles até hoje ( Nazistas mesmo querendo se livrar do controle dos seus financiadores oligarcas do Ocidente, eram uteis para esse proposito e depois seriam descartados ), e não foi criado pelo bem do povo Judeu que desde então vive em pé de guerra por lá com vizinhos Arabes com quem os Judeus viviam em paz por mais de 1000 anos antes disso ) Mesmo que isso seja verdade, é difícil qualificar a Vaincre como uma "revista da Resistência". É igualmente difícil, porém, tomá-la por seu valor declarado e desprezá-Ia como nada mais que uma bizarra publicação esotérica, com claras simpatias por Vichy e Pétain. Embora conservador na politica e na religião, o padre François Ducaud Bourget desempenhou papel ativo na Resistência francesa, tendo mesmo recebido a Medalha da Resistência. Se ele de fato patrocinou o ingresso do sr. Plantard no Prieuré de Sion, é muito pouco provável que o sr. Plantard, a Alpha Galates ou a Vaincre fossem tão propensos a colaborar com os alemães como podia parecer à primeira vista. Além disso, a Vaincre tinha sido impressa por Poirier Murat, cavaleiro da Legião de Honra, detentor da Medalha Militar e oficial da Resistência francesa. Não era provável que Murat tivesse endossado uma revista como a que Vaincre parecia ser, a menos que ela tivesse realmente outro plano de atuação e prestasse serviço à Resistência. Por fim, havia, como veremos em breve, as relações posteriores do sr. Plantard com Charles de Gaulle. A inabalável hostilidade de De Gaulle aos ex colaboracionistas é bastante conhecida. Se o sr. Plantard tivesse realmente sido um colaboracionista, não teria podido desfrutar mais tarde da amizade com De Gaulle. Um outro elemento de prova pesa bastante em favor do sr. Plantard, da Alpha Galates e da Vaincre. Uma das mais abjetas publicações da França ocupada durante a guerra foi uma corrupta revista satírica intitulada Au Pilori. Tratava-se de uma publicação ardorosamente prónazista, fanaticamente anti-semita e antimaçônica. Dedicava-se a denunciar judeus e maçons, ou supostos judeus e maçons, publicando nomes e endereços, tudo fazendo para ajudar, e até bajular a Gestapo. Qualquer pessoa atacada pela Au Pilori não podia ser "de todo má". E, em 19 de novembro de 1942, Au Pilori publicou um comentário satírico debochado sobre o sr. Plantard, a Alpha Galates e a Vaincre. Não fez qualquer acusação explicita, mas procurou, da maneira mais maliciosa, ridicularizar os três. Publicou também o endereço do sr. Plantard - o que, naquelas circunstâncias, equivalia a encorajar atos de hostilidade e vandalismo por capangas partidários, senão pela Gestapo. Todo o terceiro número da Vaincre foi uma defesa contra o ataque da Au Pilori. Declarava que um membro da Alpha Galates fora expulso e sugeria que fornecera informações à Au Pilori. Na tentativa de refutar Au Pilori, Vaincre reafirmou os objetivos da Alpha Galates. Estes foram assim expressos:
1. a unidade da França em suas fronteiras geográficas e a abolição da linha de demarcação entre as zonas de ocupação alemã e aquelas sob o controle de Vichy;
2. a mobilização de toda a energia e os recursos da França para a defesa da nação e, particularmente, a conclamação dos jovens para o serviço militar obrigatório;
3.a criação de uma "nova ordem ocidental", um "cavalaria jovem européia", cuja tônica seria a "Solidariedade". Em cada nação européia, essa organização, conhecida como "Solidariedade", deveria representar "o primeiro passo dos Estados Unidos do Ocidente".
A julgar pelas circunstâncias, a defesa da Vaincre contra Au Pilori não foi convincente nem bem-sucedida. Após a publicação de mais três números a revista parou de circular, e tudo indica que o fez sob pressão. Com o desaparecimento da Vaincre, as atividades e a carreira do sr. Plantard parecem ter atravessado um período de temporária obscuridade. Alguns dos temas enunciados pela Vaincre voltariam de novo àtona, porém, sob os auspícios não só do Prieuré de Sion como de outras organizações. Para os nossos fins, o mais importante desses temas é o dos Estados Unidos da Europa. Como vimos, a Vaincre, ao se defender contra Au Pilori, declarou que os Estados Unidos da Europa - ou "Estados Unidos do Ocidente" - eram um dos objetivos primordiais da Alpha Galates. De fato, a idéia dos Estados Unidos da Europa volta à baila reiteradamente nas páginas da Vaincre. Ao lado da idéia de uma nova cavalaria européia, é um dos temas predominantes da publicação. No primeiro número, por exemplo, há a ilustração de um cavaleiro seguindo a cavalo por uma estrada rumo ao sol, que desponta no horizonte. A estrada, ao longo da qual se lê a inscrição "Estados Unidos do Ocidente", tem seu início demarcado pela data 1937. No sol que se levanta na sua extremidade está inscrito 1946. Um lado da estrada é denominado Bretanha, o outro, Baviera. ( Justamente 2 regiões tão significativas ao ocultismo associados a uma imagem retratando o planejamento de uma europa unificada ( o que é praticamente uma realidade já ) Baviera foi aonde a ordem dos Illuminati foi fundada em 1776 e Bretanha pode se referir tanto a um região na frança que é um pais significativo e importante para a Dinastia Merovíngia como aos paises associados a Grã Bretanha, aonde residia os sacerdotes druidas tão importantes no meio ocultista, sem falar nas diversas familias poderosas dentro das linhagens Illuminati que residem lá até hoje ) Muito antes da guerra, o professor Louis Le Fur fora o co-fundador de um pequeno grupo chamado "Énergie". Entre os membros desse grupo, e entre os mais íntimos colaboradores de Le Fur, estava um homem chamado Robert Schuman, que mais tarde veio a ser um destacado político francês. Schuman sonhava com a união das indústrias de carvão e aço da Europa ocidental. Via nisso, contudo, apenas um passo preliminar para a criação de uma entidade política muito mais ampla , uma federação européia, os Estados Unidos da Europa. Nos anos seguintes, Schuman, fazendo eco às idéias expressas por Le Fur e outros na Vaincre, tornou-se um dos principais arquitetos e inspiradores da Comunidade Econômica Européia."
Simbolo associado a ordem de Cavaleiros francesa Alpha Galates, que funcionou durante a ocupação Nazista na França e supostamente era ligada a Pierre Plantard de Saint Clair, descendente de merovíngios e antigo liderança do Priorado, na verdade a ordem parecia algo como uma fachada ou ordem subordinada ao próprio Priorado, ela lançava uma revista chamada Vaincre que supostamente era favoravel a resistência francesa, mais apoiava no entanto politicos colaboracionistas com o regime Nazista e emitia propaganda anti semita, o que favorecia a agenda Nazista do Holocausto, que colaboraria com a agenda da Ordem dos Illuminatis de criar um estado em Israel, rigidamente controlado por eles, além da criação da ONU, uma organização importante para empurrar sua agenda que servirá no futuro como uma parte importante do vindouro governo mundial que eles querem estabelecer. A revista francesa que era supostamente editada por Pierre de Plantard também abordava e promovia temas ocultistas.
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