Imagem da Deusa germânica Eostre/Ostara da primavera e da fertilidade, de onde se origina a atual tradição do ovo e do coelho da Pascoa, que não tem relação nenhuma com o feriado Judaico da Pascoa estabelecido por Deus após a libertação do povo Judeu da escravidão de 400 anos no Egito.
Blog voltado a denunciar a conspiração da Ordem dos Illuminatis da Baviera que visa estabelecer uma Nova Ordem Mundial Satânica no mundo inteiro.
terça-feira, 24 de março de 2015
A origem pagã da tradição contemporânea do Ovo e do Coelho da Pascoa
Imagem da Deusa germânica Eostre/Ostara da primavera e da fertilidade, de onde se origina a atual tradição do ovo e do coelho da Pascoa, que não tem relação nenhuma com o feriado Judaico da Pascoa estabelecido por Deus após a libertação do povo Judeu da escravidão de 400 anos no Egito.
segunda-feira, 23 de março de 2015
A Pascoa Judaica e seu paralelo com o Messias Jesus Cristo
Pessach ( Essa expressão traduzida para a nossa lingua significaria "passagem" ) é a "Páscoa judaica", também conhecida como "Festa da Libertação", e celebra a fuga dos hebreus da escravidão no Egito em 14 de Nissan no ano aproximado de 1280 a.C. Esse ano no nosso caléndário o feriado começa as 18 horas do dia 3 de Abril e termina no anoitecer do dia 11 de Abril. De acordo com a tradição, a primeira celebração de Pessach ocorreu há 3.500 anos ( Foi um feriado religioso estabelecido como lei por Deus para os Judeus ), quando de acordo com a Torá, Deus enviou as Dez pragas do Egito sobre o povo egípcio. Antes da décima praga, o profeta Moisés ( Que profetizou a vinda de um profeta como ele ( Jesus ) ) foi instruído a pedir para que cada família hebreia sacrificasse um cordeiro e molhasse os umbrais (mezuzót) das portas com o sangue do cordeiro, para que não fossem acometidos pela morte de seus primogênitos ( Isso remete ao livramento que um servo de cristo recebe ao ser santificado pelo sangue de Jesus Cristo que se sacrificou para redimir a humanidade ( Justamente no dia desse feriado, isso não é coicidência ), como sabemos ele era conhecido também como o cordeiro santo de Deus ). Chegada a noite, os hebreus comeram a carne do cordeiro ( isso representa comunhão com Jesus, e logo com Deus que lhe enviou ), acompanhada de pão ázimo ( um pão "puro" sem fermento, o pão também representa Jesus simbolicamente e isso remete a santa ceia, a "comer sua carne" ( obter comunhão com ele ) ) e ervas amargas (como o rábano, por exemplo, acho que isso remete a não esquecer todo o sofrimento que eles passaram no cativeiro ( em que simbolicamente os servos de Deus atualmente vivem aqui ) do qual Deus lhes deu livramento, mostrando ao mesmo tempo aos Egipcios e a seus falsos Deuses, que só existe somente um Deus no céu e na terra ( e ele fará isso novamente na tribulação ) ). À meia-noite, um anjo enviado por Deus feriu de morte todos os primogênitos egípcios, desde os primogênitos dos animais até mesmo os primogênitos da casa do Faraó. Então o Faraó, temendo a ira divina, aceitou liberar o povo de Israel para adoração no deserto, o que levou ao Êxodo. Como recordação dessa liberação, e do castigo de Deus sobre o Faraó, foi instituído para todas as gerações o sacrifício de Pessach. É importante notar que Pessach significa a passagem, porém a passagem do anjo da morte ( O Anjo do julgamento divino de Deus que castigou os egipcios pela morte de bebês judaicos e pela escravidão e abuso de 400 anos, isso tem um paralelo com o julgamento que o nosso mundo vai passar aonde os servos de Deus tanto judeus como não judeus seguidores de Cristo que são filhos adotados da nação de Israel serão libertados da perseguição e das tribulações que existem em uma vida de quem vive como servo de Deus em um mundo cada vez mais corrompido e dominado por Satanás, o Egito naquele tempo estava envolvido em um politeismo satânico que continha rituais de magia sexual e sacrificios humanos, e os Judeus que eram o povo que seguia a Deus era oprimidos por ele ), e não a passagem dos hebreus pelo Mar Vermelho ou outra passagem qualquer, apesar do nome evocar vários simbolismos ( Incluindo a libertação dos servos de Deus seguida da ida para a terra prometida, isso é um paralelo a Jerusálem Espiritual do dia do julgamento aonde os servos de Deus viverão junto a ele ). Um segundo Pessach era celebrado em 14 de Iyar, para pessoas que na ocasião do primeiro Pessach estivessem impossibilitadas de ir ao Tabernáculo ( O Tabernaculo vivo de Deus é Jesus Cristo, por meio do Tabernaculo os Judeus acreditavam que Deus habitava entre eles, e ele era uma representação do vindouro Messias ), fosse por motivos de impureza ou por viagem. A cada geração, cada judeu deve se ver como se ele pessoalmente tivesse saído do Egito. Pois está escrito: "Você deverá contar aos seus filhos, neste dia, "Deus fez estes milagres para mim, quando eu saí do Egito..." ( E todo aquele que crer no Messias, e buscar comunhão com ele também será libertado no futuro e já é salvo por ele, a volta do povo Judeu a terra de Israel também tem paralelo em si com a ida futura dos servos de Deus para a Jerusálem Espiritual após o julgamento de Deus no mundo )
Esta é a ordem a ser seguida no Seder de Pessach:
Kadesh ( santificação ) - Recitação do kidush e a ingestão do primeiro copo de vinho. ( Vinho remete ao sangue derramado do sacrificio messias, o cordeiro santo, e é uma representação simbolica de comunhão com ele que remete a santa ceia com os apostolos )
Urchatz (lavagem) - Lavagem de mãos. ( Creio que isso represente a santificação que um servo de Deus deve buscar por meio da comunhão com o Messias )
Karpas - Mergulha-se karpas (batata, ou outro vegetal), em água salgada ( sal na biblia muitas vezes representa pureza espíritual, Jesus disse para sermos o sal da terra ). Recita-se a benção e a karpas é comida em lembrança às lágrimas do sofrimento do povo de Israel .
Yachatz (divisão da matzá) - A matzá é partida ao meio e embrulha-se o pedaço maior e separando-o de lado para o Afikoman . ( O Matzá é o pão sem fermento que os Judeus comiam )
Maguid (conto) - Conta-se a história do êxodo do Egito e sobre a instituição de Pessach.Inclui a recitação das "Quatro perguntas" e bebe-se o segundo copo de vinho.
Rachatzá ( lavagem ) - Segunda lavagem de mãos.
Motzi Matzá - O chefe da casa ergue os três pedaços de matzá e faz as bençãos das matzot. As matzot são partidas e distribuídas.
Maror (raiz forte) - São comidas as raízes fortes relembrando a escravidão e o sofrimento dos judeus no Egito.
Korech (sanduíche) - Faz-se um sanduíche com a matzá, maror e charosset.
Shulchan Orech - É realizada a refeição festiva.
Tzafon (escondido) - Aqui é comida a matzá que havia sido guardada.
Barech (Bircat HaMazon) - É recitada a benção após as refeições. Bebe-se o terceiro copo de vinho.
Halel (louvor) - Salmos e cânticos são recitados. Bebe-se o quarto copo de vinho.
Nirtza (ser aceito) - Alguns cânticos são entoados e têm-se o costume de finalizar o jantar com os votos de LeShaná HaBa'á B'Yerushalaim - "Ano que vem em Jerusalém" como afirmação de confiança na redenção final do povo judeu. ( E os não judeus que aceitam o Messias Jesus como seu salvador pessoal também receberão esse redenção final junto aos Judeus que se voltarem ao Messias )
Muitos devem se perguntar considerando que essas são as tradições originais da Pascoa estabelecida por Deus, de onde veio a tradição do ovo e do coelho da pascoa, ela na verdade tem origem puramente pagã, deriva na verdade da religião de mistérios da Babilônia, eu vou falar dela em outra matéria que vou fazer depois dessa.
Depois da pascoa temos o Chag Matzot (festa dos pães ázimos) é o nome dado ao sete dias de comemoração após o Pessach. De acordo com a Torá é proibido ingerir alimento com fermento durante este período.
Sete dias você comerá matzot, mas no primeiro dia manterá a levedura fora de sua casa; porque aquele que comer pão fermentado será cortado do povo de Israel.
O primeiro dia será uma festa, e o sétimo dia será uma festa; nenhuma forma de trabalho será feita, exceto o trabalho que gera alimentação.
Observe este dia de uma geração em geração para sempre. No décimo quarto dia do primeiro mês ao por do sol comerás pão sem levedura, até o vigésimo primeiro dia do mês à noite. (Êxodo, 12: 14-18) E Moisés disse ao povo: Lembre-se deste dia no qual saiu do Egito, da escravidão; pois por força de sua mão, Deus te tirou daquele lugar, e nenhum pão fermentado será comido. Você está se libertando neste dia do mês de Abib. Assim, quando Deus o levar para a terra dos Canaanitas, dos Hititas, dos Amoritas, dos Hivitas, e dos Jebuseus, que Ele jurou a seus pais lhes dar, uma terra onde flui o leite e o mel, você manterá este serviço neste mês. Sete dias você comerá pão sem levedura, e no sétimo dia será uma festa de homenagem a Deus. ( Êxodo 12, 3-6) ( Basicamente é uma celebração do livramento do povo de Deus do Egito que tem paralelo com o futuro livramento que seus servos Judeus ou não Judeus também receberão no futuro )
Esta é a ordem a ser seguida no Seder de Pessach:
Kadesh ( santificação ) - Recitação do kidush e a ingestão do primeiro copo de vinho. ( Vinho remete ao sangue derramado do sacrificio messias, o cordeiro santo, e é uma representação simbolica de comunhão com ele que remete a santa ceia com os apostolos )
Urchatz (lavagem) - Lavagem de mãos. ( Creio que isso represente a santificação que um servo de Deus deve buscar por meio da comunhão com o Messias )
Karpas - Mergulha-se karpas (batata, ou outro vegetal), em água salgada ( sal na biblia muitas vezes representa pureza espíritual, Jesus disse para sermos o sal da terra ). Recita-se a benção e a karpas é comida em lembrança às lágrimas do sofrimento do povo de Israel .
Yachatz (divisão da matzá) - A matzá é partida ao meio e embrulha-se o pedaço maior e separando-o de lado para o Afikoman . ( O Matzá é o pão sem fermento que os Judeus comiam )
Maguid (conto) - Conta-se a história do êxodo do Egito e sobre a instituição de Pessach.Inclui a recitação das "Quatro perguntas" e bebe-se o segundo copo de vinho.
Rachatzá ( lavagem ) - Segunda lavagem de mãos.
Motzi Matzá - O chefe da casa ergue os três pedaços de matzá e faz as bençãos das matzot. As matzot são partidas e distribuídas.
Maror (raiz forte) - São comidas as raízes fortes relembrando a escravidão e o sofrimento dos judeus no Egito.
Korech (sanduíche) - Faz-se um sanduíche com a matzá, maror e charosset.
Shulchan Orech - É realizada a refeição festiva.
Tzafon (escondido) - Aqui é comida a matzá que havia sido guardada.
Barech (Bircat HaMazon) - É recitada a benção após as refeições. Bebe-se o terceiro copo de vinho.
Halel (louvor) - Salmos e cânticos são recitados. Bebe-se o quarto copo de vinho.
Nirtza (ser aceito) - Alguns cânticos são entoados e têm-se o costume de finalizar o jantar com os votos de LeShaná HaBa'á B'Yerushalaim - "Ano que vem em Jerusalém" como afirmação de confiança na redenção final do povo judeu. ( E os não judeus que aceitam o Messias Jesus como seu salvador pessoal também receberão esse redenção final junto aos Judeus que se voltarem ao Messias )
Muitos devem se perguntar considerando que essas são as tradições originais da Pascoa estabelecida por Deus, de onde veio a tradição do ovo e do coelho da pascoa, ela na verdade tem origem puramente pagã, deriva na verdade da religião de mistérios da Babilônia, eu vou falar dela em outra matéria que vou fazer depois dessa.
Depois da pascoa temos o Chag Matzot (festa dos pães ázimos) é o nome dado ao sete dias de comemoração após o Pessach. De acordo com a Torá é proibido ingerir alimento com fermento durante este período.
Sete dias você comerá matzot, mas no primeiro dia manterá a levedura fora de sua casa; porque aquele que comer pão fermentado será cortado do povo de Israel.
O primeiro dia será uma festa, e o sétimo dia será uma festa; nenhuma forma de trabalho será feita, exceto o trabalho que gera alimentação.
Observe este dia de uma geração em geração para sempre. No décimo quarto dia do primeiro mês ao por do sol comerás pão sem levedura, até o vigésimo primeiro dia do mês à noite. (Êxodo, 12: 14-18) E Moisés disse ao povo: Lembre-se deste dia no qual saiu do Egito, da escravidão; pois por força de sua mão, Deus te tirou daquele lugar, e nenhum pão fermentado será comido. Você está se libertando neste dia do mês de Abib. Assim, quando Deus o levar para a terra dos Canaanitas, dos Hititas, dos Amoritas, dos Hivitas, e dos Jebuseus, que Ele jurou a seus pais lhes dar, uma terra onde flui o leite e o mel, você manterá este serviço neste mês. Sete dias você comerá pão sem levedura, e no sétimo dia será uma festa de homenagem a Deus. ( Êxodo 12, 3-6) ( Basicamente é uma celebração do livramento do povo de Deus do Egito que tem paralelo com o futuro livramento que seus servos Judeus ou não Judeus também receberão no futuro )
Para muitos servos de Deus poderia ser complicado demais realizar preparações para seguir todas essas tradições a risca, a propria parte de não trabalhar é impossivel pois muitos trabalham nos dias em que supostamente não se deve trabalhar. O intuito dessa matéria é somente demonstrar que desde aquele tempo todas essas tradições e acontecimentos tinham um paralelo com a vinda do Messias Jesus Cristo, seu sacrificio e a futura redenção dos servos de Deus no mundo inteiro que hoje sofrem perseguição e tribulações por escolherem servir com todo coração o Altissimo.
sábado, 14 de março de 2015
As Linhagens Illuminati - A Dinastia Merovíngia - Parte 20
Sub capítulo "O Círculo Kreisau": "O quinto número da Vaincre, datado de 21 de janeiro de 1943, contém um artigo de Louis Le Fur em louvor ao novo grão-mestre da Alpha Galates, Pierre de France-Plantard. Nesse texto, Le Fur cita "um grande alemão, um dos mestres da nossa Ordem". O "grande alemão" em questão, então com 58 anos, faz uma declaração extraordinária a propósito de Pierre de France, com seus 23 anos: Tenho o prazer de dizer, antes de minha partida para a Espanha, que nossa Ordem finalmente encontrou, na pessoa de Pierre de France, um chefe digno. É portanto com plena confiança que parto para cumprir minha missão; pois, embora não me iluda com relação aos perigos que corro no exercicio de minha tarefa, sei que até o meu último suspiro minha divisa será o reconhecimento da Alpha e a fidelidade ao seu chefe. Esta declaração é atribuída a Hans Adolf von Moltke, diplomata de carreira e membro de uma das mais prestigiosas e influentes familias da aristocracia alemã. Em 1934, von Moltke fora embaixador da Alemanha na Polônia. Em 1938, seu nome foi cogitado como próximo embaixador alemão na Grã-Bretanha. Na ocasião da declaração que lhe é atribuída, acabava de ser designado embaixador na Espanha, onde morreu em 1943. Embora ostensivamente em bons termos tanto com Hitler quanto com Himmler, von Moltke era, de fato, um "bom alemão". Era primo em primeiro grau e amigo intimo do conde Helmut James von Moltke. Era primo também de Claus von Stauffenberg. Casara-se com a irmã de um outro primo, Peter Yorck von Wartenburg ( A velha historia de manter o sangue nobre puro, se casando com parentes, familias de sobrenome "Von" eram familias nobres e aristocratas na alemanha ). Helmut James von Moltke, juntamente com Peter Yorck von Wartenburg, foi o lider do chamado Circulo Kreisau, a ala civil da resistência alemã a Hitler. O conde Claus von Stauffenberg foi o arquiteto e inspirador da conspiração militar contra o Reich, que culminou no atentado a bomba de 20 de julho de 1944 - a tentativa de assassinar Hitler em seu quartel-general de Rastenburg. .
Em suma, o homem que apóia o sr. Plantard na Vaincre e se declara membro da Alpha Galates estava na linha de frente do esforço surgido dentro da Alemanha para derrubar o regime nazista ( Ao menos parentes dele estavam, no entanto essa missão estava fadada a falhar fosse boa ou não a intenção desses nobres ( possivelmente era briga interna por poder meramente, pois a subida de Hitler ao poder impedia que a Aristocracia Alemã voltasse a ele ), pois Hitler que foi iniciado no ocultismo foi levado a escapar de forma milagrosa ( provavelmente salvo pelo sos espiritos demoniacos guias que lhe guiavam ) do atentado, ele mesmo se lembro bem falou de um espécie de providência divina no episódio que só ajudou a aumentar a aura dele perante o povo de figura messiânica ). Na época em que foi designado para a Espanha, seu primo, Helmut James von Moltke, estava fazendo sondagens secretas junto aos Aliados, através da Suécia, tendo em vista a paz, buscando obter o apoio deles para a deposição de Hitler e empenhando-se em assegurar termos de paz favoráveis ao novo governo alemão democrático que se seguiria. De seu posto de embaixador na Espanha, Hans Adolf von Moltke logo iniciaria negociações clandestinas semelhantes. Embora isso só tenha vindo a público depois da guerra, era essa a "missão" que ele estava partindo para desempenhar; e tinha toda razão em não se iludir quanto aos perigos que corria. Hoje, Claus von Stauffenberg, Helmut James von Moltke, Peter Yorck von Wartenburg e seus companheiros de conspiração contra o Terceiro Reich são considerados heróis, tanto na Alemanha quanto no exterior. O dia 20 de julho, aniversário do atentado a bomba, é feriado nacional e oficialmente chamado Dia de Stauffenberg. Até hoje, no entanto, nunca surgiu qualquer indício de que a Resistência alemã tinha algum tipo de vínculo com qualquer outro movimento de resistência no continente. Os historiadores consideram que ela foi totalmente independente da rede de operações clandestinas que se estendia por outros lugares da Europa. Realmente pode ter sido. Mas a declaração de Hans Adolf von Moltke na Vaincre indica que ele era membro da Alpha Galates - uma espécie de sociedade secreta que atuava sob o disfarce de uma moderna ordem esotérica de cavalaria. Indica também que seu compromisso fundamental era com a Alpha Galates e seu grão-mestre. Poderia a Alpha Galates ter de fato atuado como elo de ligação entre a Resistência alemã a Hitler e os movimentos de resistência na França, e quem sabe também em outros países? Numa carta, Helmut James von Moltke admite que não houve contato entre seu círculo de conspiradores e qualquer organização francesa antes do final de 1942. Após grandes dificuldades, conta ele, tinham conseguido estabelecer ligações com grupos".. .nos vários territórios ocupados, com exceção da França, onde, pelo que sei, não háoposição efetiva baseada em princípios fundamentais". Pouco depois, no entanto, ele começa a aludir ao "nosso homem em Paris", embora a história ainda não tenha descoberto a identidade desse homem. Talvez por coincidência, mas talvez de maneira significativa, o primeiro número da Vaincre só foi publicado no final de 1942 - em outubro daquele ano. Não há dúvida de que os objetivos da Alpha Galates, tal como expostos na Vaincre, tinham muito em comum com os objetivos do Círculo Kreisau, de Moltke. Ambas as organizações se concentravam em movimentos de juventude e em mobilizar os recursos da juventude européia. Ambas insistiam numa hierarquia moral e espiritual de valores como base para uma renovação da Europa - uma oposição, nas palavras de Moltke, "baseada em princípios fundamentais". Ambas tinham uma orientação essencialmente inspirada na cavalaria. E ambas tinham como meta final a criação dos Estados Unidos da Europa. ( Talvez o Circulo Kreisau fosse outro braço do Priorado, ou talvez tivesse objetivos em comum que unissem ambos grupos, a dinastia dos Kaisers Alemães se lembro bem alias descendia dos Merovíngios o que poderia ser outro elo que ligasse a Aristocracia Alemã com o Priorado em si. ) Mesmo antes da guerra, uma federação nesses moldes fora exaltada e patrocinada por membros do Círculo Kreisau. ( Interessante ver como a ideia de uma europa unificada o que é realidade hoje é tão antiga, e tão desejada dentro dessas sociedades secretas ) Mais tarde, essa idéia se tornou, para Moltke e seus companheiros, a pedra angular de qualquer política do pós-guerra. Segundo um comentarista, o Círculo Kreisau "tinha como objetivo a longo prazo uma federação européia de Esta-dos, os Estados Unidos da Europa".Na busca desse objetivo, no início de 1943 o Círculo Kreisau já estava em contato com representantes do British Foreign Office baseados na Suíça. Estava também em estreito contato com um importante funcionário norte-americano também baseado na Suíça - Allen Dulles, que chefiava ali o posto do Office of Strategic Services, o OSS, precursor da CIA." Capitulo 23 "A volta de De Gaulle": "Com o desaparecimento da Vaincre no início de 1943, sumiram também quaisquer vestígios do sr. Plantard. Nós, pelo menos, não conseguimos encontrar nenhum sinal dele nos doze anos que se seguiram. Então, em 1956, o Prieuré de Sion se registrou formalmente no Journal Officiel da França. Ao mesmo tempo, depositou, junto à subprefeitura de Saint-Julien-en-Genevois, perto de Annemasse, na fronteira com a Suíça, uma pretensa reprodução de seu estatuto, da qual conseguimos uma cópia. Mais tarde nos disseram que aquele estatuto era espúrio e nos deram uma cópia do supostamente verdadeiro. Mas, espúrio ou não, o estatuto registrado na subprefeitura pôs novamente o sr. Plantard em evidência. Ele é citado especificamente como secretário-geral do Prieuré de Sion. O Prieuré é apresentado como composto, do mesmo modo que a Alpha Galates, pela "Legião" e a "Falange". A primeira é definida como "encarregada do apostolado". A segunda é qualificada como "guardiã da tradição". Pelo estatuto, a ordem se compõe de nove graus, todos conferindo títulos cavaleirosos. A organização, no bombástico e enigmático jargão do estatuto, é descrita assim:
A assembléia geral é composta de todos os membros da associação. Ela consiste de 729 províncias, 27 comandos e um arco designado Kyria. Cada um dos comandos, bem como os arcos, deve consistir de quarenta membros, cada província de treze membros.
Os membros são divididos em dois grupos efetivos:
a) A Legião, encarregada do apostolado.
b) A Falange, guardiã da Tradição.
Os membros compõem uma hieraquia de nove graus, que consiste de:
a) em 729 províncias:
1. Noviços: 6.561 membros
2. Cruzados: 2.187 membros
b) em 27 comandos:
3. Valetes: 729 membros
4. Escudeiros: 243 membros
5. Cavaleiros: 81 membros
6. Comandantes: 27 membros
c) no Arco Kyria:
7. Condestáveis: 9 membros
8. Senescais: 3 membros
9. Nautonnier: 1 membro
Nem na Vaincre, nem em qualquer outro documento ou publicação há qualquer coisa que sugira que o sr. Plantard ou o Prieuré de Sion fossem especificamente católicos. Na Vaincre, a orientação do sr. Plantard parecia ser esotérica, pagã e teosófica. Em fontes posteriores, tanto ele quanto o Prieuré se valem de um amplo espectro de tradições, entre as quais o gnosticismo e várias formas de cristianismo heterodoxo ou herético. Segundo esse estatuto de 1956, no entanto, o Prieuré de Sion é uma ordem de cavalaria especificamente católica. A Ordem é ali apresentada com o subtítulo "Chevalerie d'lnstitutions et Regles Catholiques, d'Union Indépendante et Traditionaliste" [Cavalaria de Instituições e Regras Católicas, de União Independente e Tradicionalista]. A abreviatura disto é CIRCUIT, o nome de uma revista que, segundo o estatuto, é publicada internamente pela Ordem e circula entre seus membros. ( O Catolicismo é uma fachada para a natureza ocultista no interior dos graus mais altos da Ordem, é muito normal essas ordens ocultistas, especialmente as de maior contato com o público passarem a ele que são algo inofensivo e positivo, o mesmo principio de aplica a familias envolvidas no satanismo que fingem ser cristãos, judeus ou seguidores de outras religiões convencionais e bem vistas pelo o publico, outra fachada muito usada é a de de fraternidade filantropica, como a maçonaria usa, e a maioria dos maçons pensa que ela é somente isso mesmo ) Ainda não foi possível definir se o estatuto de 1956 é genuíno ou não. Para nossos propósitos aqui, ele é relevante, em primeiro lugar por causa da ênfase que dá à cavalaria e em segundo por causa de sua semelhança com o estatuto da Alpha Galates tal como publicado na Vaincre. Além disso, ele trouxe a público, pela primeira vez em doze anos, o nome do sr. Plantard. Dali em diante, este e o Prieuré de Sion estariam cada vez mais relacionados ao crescente interesse pelo enigma de Bérenger Sauniere e Rennes-le-Château. Pouco tempo depois, no entanto, o sr. Plantard deveria figurar num contexto muito mais conhecido e de muito maior ressonância"."Comitês de Salvação Pública": " Em 7 de maio de 1954, o exército francês na Indochina sofreu, na batalha de Dien Bien Phu, uma derrota calamitosa e definitiva que levou à perda do império francês no sudeste da Ásia. Seis meses depois dessa débâcle, uma implacável e cruel campanha terrorista irrompeu na Argélia sob os auspícios do nacionalismo argelino. Determinada a não sofrer outra derrota humilhante, a França enviou em um mês 20 mil soldados para sua colônia norte-africana. Ao fim e ao cabo esse número chegaria a 350 mil. Apesar disso, a situação na Argélia continuou a se deteriorar, levando a uma luta selvagem que se prolongou por oito anos.Diferentemente da Indochina, a Argélia ficava perto da França, logo ali, do outro lado do Mediterrâneo. A população francesa na Argélia não constituía um núcleo isolado de estrangeiros, mas uma comunidade há muito estabelecida. As cidades argelinas eram, sob muitos aspectos, mais francesas do que norte-africanas. A Argélia não era vista como uma possessão estrangeira, mas como parte integrante da França. Em conseqüência, os acontecimentos na Argélia tiveram maior repercussão na França.Á medida que crescia a confusão na Argélia, o mesmo se passava na França. No final de 1957, o país estava não só em confusão mas num estado de crise crônica. Governos caíam com apavorante rapidez. Por duas vezes a França ficou sem governo por períodos de mais de quatro semanas, enquanto os partidos se digladiavam, sem conseguir negociar coalizões. Um sentimento de pânico começou a reinar enquanto, como pano de fundo, assomava o espectro sinistro da guerra civil declarada. Em meio à disseminação do caos, floresciam as conspirações. O exército, em particular, estava envolvido em muita intriga clandestina. Na Argélia, começou a se formar uma rede de sociedades semisecretas: os Comités de Salut Public ( Comitês de Salvação Pública ). Organizada nos moldes dos Comitês de Salvação Pública da época da Revolução Francesa, a rede argelina tinha por objetivo associar os interesses franceses, o exército francês e a população francesa da África do Norte numa força unida que pudesse constituir um baluarte contra a independência da Argélia e mantê-Ia como colônia francesa. Ao mesmo tempo, os comitês começaram a procurar na França uma liderança forte que pudesse ser simpática à sua causa. Uma única pessoa era considerada capaz de exercer tal liderança: Charles de Gaulle. Assim, os comitês na Argélia começaram a fazer insistente pressão para que De Gaulle assumisse o poder na França, se necessário por meio de um golpe militar. Receberam o apoio de muitos militares graduados, entre os quais o marechal Alphonse Juin, que é apresentado como tendo sido um importante membro do Prieuré de Sion. Foram apoiados também por um movimento pró-gaullista que ganhava corpo na França, o Partido Social Republicano, entre cujos líderes estava Michel Debré, que se tornou ministro da Justiça de De Gaulle e, pouco depois, entre 1959 e 1962, primeiro-ministro da França. Outra importante figura pró-gaullista foi Georges Bidault, ex-herói da Resistência. Entre 1945 e 1954, Bidault trabalhara em estreita ligação com Robert Schuman - o velho amigo do professor Le Fur - na elaboração do projeto da Comunidade Econômica Européia. Talvez ingenuamente, os comitês argelinos consideravam evidente que podiam contar com De Gaulle para manter a Argélia nas mãos da França. De Gaulle nada fez para desencorajar essa crença. Contudo, como eventos subseqüentes provariam, não era essa a sua intenção. Em abril de 1958, o governo recém-eleito da França manifestou desejo de resolver a crise argelina concedendo independência à colônia. Em 13 de maio, os Comitês de Salvação Pública na Argélia reagiram promovendo um golpe de Estado em Argel e formando seu próprio governo. Ao mesmo tempo, fizeram a De Gaulle um apelo para que assumisse o poder na França, reunificasse o país e preservasse a condição de colônia da Argélia. Num manifesto de 15 de maio, De Gaulle declarou simplesmente que se manteria de prontidão para o caso de ser convocado. A França continuava em situação caótica. Em 23 de maio circulavam notícias de que já se estavam formando Comitês de Salvação Pública na França metropolitana. Em 24 de maio, um comitê assumiu o poder na Córsega, enquanto rádios na Argélia conclamavam a França e seu povo a "escolher entre a estrela de Moscou e a cruz de Lorena". Ao se opor à independência da Argélia e apoiar De Gaulle, antigos militantes da Resistência e das forças francesas livres viram-se lado a lado com ex-oficiais de Vichy e com elementos de direita ainda mais extremada. Em algum momento durante aquela semana, parece ter vazado a notícia de que um golpe militar estava planejado para o dia 28 e que o exército tomaria o poder na França. Multiplicavam-se os rumores de uma iminente descida de tropas de pára-quedistas em Paris.! De fato, em 28 de maio o governo renunciou, deixando o campo livre para De Gaulle. Em 29 de maio, todos os Comitês de Salvação Pública de Paris foram mobilizados e milhares de gaullistas tomaram as ruas. No fim da tarde, De Gaulle apareceu na capital, aceitou a presidência da Quinta República Francesa e começou a formar seu governo, com Michel Debré e André Malraux em seu gabinete. Os Comitês de Salvação Pública tinham obviamente desempenhado um papel-chave no processo que arrastara o novo presidente para o cargo - e, ao que parecia, tinham bloqueado efetivamente qualquer oposição séria. Em 29 de maio - o dia em que De Gaulle assumiu o poder - um porta-voz declarou que havia 120 comitês ativos na França metropolitana. Na medida em que se pode fazer uma generalização como essa, os Comitês de Salvação Pública na Argélia tinham prioridades diferentes dos da França. Para os comitês argelinos, o objetivo básico era assegurar que o status da colônia permaneceria inalterado, e De Gaulle era visto como um meio para a consecução desse objetivo. Em contrapartida, pelo menos para uma parte dos comitês franceses, o objetivo básico parece ter sido instalar De Gaulle na presidência; a Argélia talvez fosse inteiramente secundária, senão irrelevante. É difícil, contudo, ter certeza quanto a isso, pela simples razão de que os próprios comitês, especialmente na França, eram obscuros. Eram obviamente muito difundidos, obviamente muito bem organizados - um verdadeiro "exército secreto", com muitas ligações com o exército regular. Mas é praticamente impossível obter informação segura sobre eles, e praticamente inexiste uma documentação confiável. ( E os comitês lembrarem comitês da epoca da revolução francesa é significativo considerando que os Jacobinos que eram um movimento politico com loja maçônica ao que tudo indica foram guiados pelos Illuminatis para provocar os eventos que geraram a revolução francesa, e membros do Priorado alegam ter participação diretamente na revolução francesa o que não é uma surpresa. ) Ninguém duvida de que os comitês existiram, com também não há dúvida alguma sobre a natureza geral do seu papel. Mas sabe-se muito pouco além disso. Considera-se provável que o próprio De Gaulle se mantivesse pessoalmente em contato com a estrutura de comando dos comitês, pois sempre manteve suas opções em aberto. É igualmente provável, porém, que ele tenha destruído todos os registros de tais contatos, se é que tais registros existiram. Na verdade, um biógrafo de De Gaulle nos disse que ele mantinha contatos desse tipo valendo-se de intermediários e nada era escrito. Seja como for, De Gaulle, tendo assumido o poder, viu-se numa posição extremamente delicada com relação aos comitês. Em grande parte devia a eles a sua posição de chefe do Estado. Estimulara-os a acreditar que, sob seus auspícios, a Argélia permaneceria francesa. Agora estava prestes a descumprir sua parte na "barganha" implícita e negociar a independência da colônia com líderes nacionalistas argelinos. Isso, evidentemente, o exporia a acusações de traição. De Gaulle deve certamente ter antecipado o repuxo dos comitês argelinos. Este não tardou a vir. Tomou a forma da OAS, a Organisation de l' Armée Secrete, ou Organização do Exército Secreto, que se dava por missão vingar o que via como a traição de De Gaulle. Formada por oficiais radicais, veteranos do conflito argelino e ex colonizadores e oficiais franceses radicados na Argélia, a OAS, foi responsável, nos anos que se seguiram, por uma série de tentativas de assassínio do presidente francês. Até hoje existem ex-membros da OAS para quem o simples nome de De Gaulle é uma maldição. No fim das contas, contudo, os comitês argelinos não chegaram a representar uma grande ameaça para a estabilidade do novo regime de De Gaulle na França. já os comitês franceses eram coisa completamente diferente. Se tivessem se empenhado numa campanha intensa de oposição, poderiam ter constituído um problema muito mais sério. Em conseqüência, seus membros tinham de ser controlados, convencidos a debandar ou canalizar sua energia para algum outro objetivo e acabar aceitando a guinada do novo presidente com relação à Argélia. Isso deve ter exigido um substancial esforço de relações públicas. A julgar pelos registros existentes, esse esforço parece ter sido orquestrado por Pierre Plantard. ( Novamente o Priorado surge para controlar e guiar uma crise na França em uma direção que lhes convem ) No nosso primeiro encontro com o sr. Plantard em 1979, ele nos contou que De Gaulle lhe pedira pessoalmente para assumir a direção dos Comitês de Salvação Pública na França e, depois que estes haviam completado sua tarefa de instalar o general no poder, presidir sua dissolução. Num panfleto mimeografado depositado na Bibliotheque Nationale em 1964, Anne Lea Hisler - a primeira mulher do sr. Plantard - declara:
"Sob a autoridade do marechal Alphonse Juin, a sede do Secretaria do Geral dos Comitês de Salvação Pública na França metropolitana ficava em Aulnay-sous-Bois [subúrbio de Paris]. Esse comitê era dirigido por Michel Debré, Pierre Plantard, conhecido como Way, e André Malraux."
A sra. Hisler cita também uma carta que teria sido enviada por De Gaulle ao sr. Plantard em 3 de agosto de 1958, cerca de dois meses após a formação do novo governo:
"Meu caro Plantard,
Em minha carta de 29 de julho de 1958, disse-lhe o quanto apreciei a participação dos Comitês de Salvação Pública no trabalho de renovação que empreendi. Agora que foram estabelecidas novas instituições que vão permitir ao nosso país redescobrir a posição que lhe é de direito, acredito que os membros dos Comitês de Salvação Pública podem se considerar liberados das obrigações que até o momento assumiram, e se desmobilizar."
O panfleto de Anne Lea Hisler não teve circulação ampla. Na verdade, a cópia que está na Bibliotheque Nationale talvez seja a única existente. Ambas as citações acima, no entanto - o depoimento da sra. Hisler sobre o papel do sr. Plantard nos Comitês de Salvação Pública e a passagem da carta atribuída a De Gaulle -, foram posteriormente reproduzidas por Louis Vazart num livro que vem tendo sucessivas reedições há sete anos. Ao que saibamos, ninguém jamais impugnou, contestou ou mesmo pôs -em questão a autenticidade ou a veracidade de ambas as citações. Nós mesmos, contudo, não ficamos plenamente satisfeitos. Assim, procuramos obter alguma confirmação adicional e, se possível, mais informação. Checamos todas as coletâneas publicadas de cartas, notas e agendas de De Gaulle. Como talvez não seja de espantar, não há qualquer referência ao sr. Plantard, ao pseudônimo "Way" ou a cartas, seja de 29 de julho ou 3 de agosto. O Institut Charles De Gaulle, depositário de todos os arquivos pertencentes ao general, tampouco sabe de qualquer contato entre ele e um homem chamado Plantard ou Way. Os historiadores ligados ao Instituto que consultamos se mostraram céticos. Parecia-lhes inacreditável que um assunto suficientemente importante para levar De Gaulle a escrever duas cartas em quatro dias não tivesse deixado qualquer vestígio nos registros oficiais. O diretor dos Archives do Instituto declarou que, pelo que sabia, estava de posse de toda a correspondência de De Gaulle e que os nomes Plantard e Way não apareciam nela.Já começávamos a duvidar da confiabilidade da sra. Hisler quando recebemos uma carta do Instituto. O diretor ainda não encontrara registro das cartas citadas, mas de fato, e finalmente, encontrara referências aos nomes "Plantard" e "Way". Para seu embaraço, essas referências apareciam não em seu próprio arquivo, mas em cópias antigas do Le Monde, em geral considerado o mais confiável dos jornais franceses. Em sua edição de 18-19 de maio de 1958, Le Monde publicou um pequeno artigo intitulado "Um Comitê de Salvação Pública clandestino em Paris?" O texto era o seguinte: A agência norte-americana United Press divulgou o texto de um apelo lançado por um "Comitê de Salvação Pública na região de Paris" em apoio ao general De Gaulle. Comunicados desse comitê estão reservados a agências estrangeiras "desde que o acordo (provavelmente de sigilo) sobre sua fonte seja respeitado". O apelo não traz endereço nem assinatura. No dia 6 de junho, foi publicado um artigo mais longo: "Quantos Comitês de Salvação Pública existem na França?" Relata que um dos líderes do golpe na Argélia revelara a dois jornalistas que os comitês na França metropolitana somavam não menos de 320. O artigo continua, citando um comunicado do Comitê Central de Salvação Pública: Os Comitês de Salvação Pública devem expressar os desejos do povo, e é em nome da liberdade, da unidade e da solidariedade que todos os cidadãos franceses devem participar da tarefa de reconstrução do nosso país. Todos os voluntários que responderam aos nossos apelos durante os últimos quinze dias devem estar presentes hoje para ajudar o general De Gaulle... Patriotas, assumam seus postos e tenham confiança no homem que já salvou a França...
Esse comunicado, especifica o artigo do Le Monde; trazia a assinatura de certo "capitão Way", o que se supunha ser um pseudônimo. Em 8-9 de junho, Le Monde publicou um terceiro artigo: "Comitês de Salvação Pública estão bem implantados em Paris, na região de Paris e em catorze Departamentos". O artigo cita um comunicado que deixa claro que já havia um Comitê de Salvação Pública em Paris por ocasião do golpe de Estado na Argélia, em 13 de maio. Entre 16 e 18 de maio, esse comitê implantara outros em seis circunscrições administrativas de Paris, em 22 comunas do Departamento do Sena e em catorze departamentos metropolitanos. O comunicado enfatiza que o objetivo primordial dos comitês é a "reabilitação nacional" sob os auspícios do general De Gaulle. Afirma que os comitês estão trabalhando em harmonia com "várias associações de veteranos de guerra". Após citar esse comunicado, o artigo do Le Monde volta a se referir ao comunicado citado em 18-19 de maio, que trazia a assinatura do "capitão Way": Após sua publicação, seu autor se deu a conhecer por nós mediante uma carta em que afirmou: "O comitê central foi criado em 17 de maio, e seu objetivo era propaganda e estabelecer uma ligação entre todos os Comitês de Salvação Pública em Paris. "Considerando que a França é uma terra da liberdade, onde todos têm o mais absoluto direito às suas convicções, nossa ação deve ser situada acima de toda política, num nível exclusivamente patriótico, para reunir o máximo de nossos recursos para a renovação da França."Como declaramos em carta de 29 de maio ao general De Gaulle, 'acatamos estritamente as orientações que nos são dadas pelas autoridades públicas' ."
Essa carta, informa o artigo em seguida, era assinada pelo sr. Plantard. Ao que parecia, ele podia ser contatado em seu número de telefone pessoal, discando-se as palavras "WAY" e "PAIX". Em 29 de julho - o dia em que supostamente De Gaulle enviou sua carta de agradecimento ao sr. Plantard -, Le Monde publicou mais um artigo, em que era anunciada a dissolução do comitê central para a região de Paris
Recebemos o seguinte comunicado:
"A efetiva dissolução do Comitê Central de Salvação Pública para a região de Paris, que acarreta a dissolução do Comitê de Salvação Pública em Paris e outras localidades, desobriga assim os militantes que responderam ao apelo de 17 de maio.
"Os responsáveis pelo Comitê Central resolveram instituir federações para (...) um movimento nacional cujo programa assegura a defesa do país e da liberdade.Pelo secretariado do comitê, Capitão Way"
O signatário deste comunicado, "capitão Way", já publicou, durante o mês de maio, vários apelos e declarações em nome do "Comitê Central de Salvação Pública para a região de Paris". Como já indicamos, trata-se do sr. Pierre Plantard ... que, com alguns amigos, tomou a iniciativa de implantar esse comitê. O "Movimento" que sucederá ao comitê é dirigido pelo sr. Bonerie Claros, um jornalista. Seu tesoureiro é o sr. Robin; o sr. Pierre Plantard é o secretário e encarregado da propaganda...
De tudo isso começava a emergir gradualmente um padrão. De Gaulle certamente vira com satisfação o apoio dos Comitês de Salvação Pública, tanto na Argélia quanto na França metropolitana. Ao mesmo tempo, como já dissemos, devia estar atemorizado ante a perspectiva de uma reação violenta quando sua posição no tocante à Argélia ficasse clara. Além disso, a Revolução Francesa, e os destinos de Danton, Desmoulins e Robespierre, haviam demonstrado que os Comitês de Salvação
Pública eram potencialmente muito perigosos, podendo voltar-se contra aqueles que antes haviam apoiado. Diante disso, era necessário criar uma forma de diretório que (1) pudesse unificar e coordenar os comitês na França metropolitana; (2) promovesse o acordo dos comitês da França com o programa do novo governo; e (3) dissolvesse os comitês da França quando necessário, deixando assim os comitês argelinos isolados. Ao que parecia, fora por essas razões que o sr. Plantard fundara o Comitê Central de Paris, que se impôs como uma espécie de autoridade ad hoc sobre os demais comitês já existentes e passou, de fato, a controlá-los. Nesse Ínterim, De Gaulle pôde manter uma serena e olímpica distância do movimento aparentemente "popular" que o alçou ao poder - bem como do processo potencialmente delicado de ter de desmontar pessoalmente o aparelho organizacional desse movimento antes que este pudesse voltar-se contra ele. Admitindo que esta análise da situação é mais ou menos correta, a manobra foi bastante engenhosa - um exemplo da mais sofisticada estadística maquiavélica. Não teria sido possível implementá-la sem um conluio muito Íntimo, e muito secreto, entre De Gaulle e o sr. Plantard..". Sub capítulo "Circuit": "Como observamos, o Prieuré de Sion, segundo os estatutos de 1956 depositados junto à polícia francesa, identificava-se pelo acrônimo CIRCUIT, que, ao que se dizia, era também o nome da revista de circulação interna da Ordem. Há, de fato, duas séries da revista Circuit, a primeira datada de 1956, a segunda de 1959. A série de 1956 é, à primeira vista, de uma irrelevância desconcertante. Há um artigo sobre astrologia, exaltando o uso de um décimo terceiro signo, em vez do zodíaco tradicional de doze signos ( O décimo terceiro signo, chamado de Ophiucus é representado por uma grande serpente segurada por um homem, pesquisadores creem que essa representação pode derivar de um deus babilônico metade homem e metade serpente chamado Nirah, para os gregos a constelação representava a luta de Apolo o Deus Sol com uma serpente que guardava o Oraculo de Delfos ( era um templo dedicado a adoração ao Deus Apolo ), independente de todo o significado ocultista por trás de tudo isso, obviamente a tal constelação como outras constelações do zodiaco fazem referência a adoração a Deuses Pagãos, e a constelação de Ophiucus possivelmente é uma referência a figura de Satanás ). Fora isso, a revista não parece ter mais substância que a publicação de uma associação de condôminos. Contém intermináveis discussões sobre moradia de baixo custo, palavras cruzadas, jogos para crianças num condomínio, anúncio de lápis. Uma única nota que parece ter alguma importância informa que a associação de condôminos a que a revista é dirigida mantém estreito contato com uma rede de outras associações de condôminos. É razoável suspeitar que as associações de condôminos funcionam na Circuit como fachada para alguma outra coisa, e que a própria revista usava códigos complexos como aqueles supostamente usados na Vaincre. Essas "associações de condôminos" podem até ter sido o aparelho organizacional que, dois anos mais tarde, emergiu para regular os Comitês de Salvação Pública na França. Mas, se não era possível refutar essas hipóteses, tampouco havia como confirmá-las. Elas permanecem confinadas ao reino da mera especulação. A série de 1959 da Circuit é coisa inteiramente diversa. O primeiro número é datado de 10 de julho de 1959, e o diretor é identificado como Pierre Plantard. A própria revista, porém, não pretende estar associada ao Prieuré de Sion. Ao contrário, declara-se o órgão oficial de algo denominado Federação das Forças Francesas. Havia inclusive um timbre, e os seguintes dados:
Publication périodique culturelle de la Fédération des Forces Françaises 116
rue Pierre Jouhet, 116
Aulnay-sous-Bois - (Seine-et-Oise)
Tél.: 929-72-49
No início dos anos 70, um pesquisador suíço checou o endereço acima. Pelo que pôde averiguar, nenhuma revista fora jamais publicada ali. O número do telefone também se mostrou falso. Todas as tentativas feitas para seguir a pista da Federação de Forças Francesas, pelo pesquisador em questão, por nós mesmos e por outros se provaram inúteis. Até hoje não surgiu nenhuma informação sobre qualquer organização parecida. É difícil, porém, atribuir a mera coincidência que o endereço, Aulnay-sous-Bois, seja o mesmo em que Anne Lea Hisler situou o Secretariado-Geral dos Comitês de Salvação Pública na França metropolitana. Além disso, o segundo número da revista noticia que o sr. Plantard recebera mais uma carta de agradecimento de De Gaulle, essa datada de 27 de junho de 1959 - onze meses após as cartas discutidas acima. Parece evidente que a Federação das Forças Francesas era uma espécie de prolongamento da máquina administrativa dos comitês, talvez um meio de manter os membros em contato uns com os outros. Se isso é verdade, indica que o Prieuré de Sion estava usando sua revista para algo alheio aos seus assuntos internos. A série de 1959 do Circuit remete o leitor reiteradamente a Vaincre, o que indica que esta continuava disponível na época. Na verdade, Circuit faz eco a muitos dos temas e questões suscitados na Vaincre. Como esta, dedica muito espaço a esoterismos, mitologia e matérias sobre cavalaria. Há artigos assinados por Anne Lea Hisler e outros, inclusive Pierre Plantard, que por vezes escreve também sob o pseudônimo "Chyren". O texto inclui afirmações como esta: "Todas as coisas se encontram em forma simbólica. Aquele que sabe interpretar o significado oculto compreenderá. A humanidade está sempre apressada, preferindo que as soluções lhes sejam sempre entregues...";] . "O lugar que parece o mais sólido talvez seja o mais instável. Tendemos a esquecer que vivemos num vulcão, no centro de forças extremamente poderosas..."; "... tudo se realiza segundo ciclos bem determinados. Um 'Timoneiro' guia a arca ['arche'] no dilúvio". E finalmente:
Não somos estrategistas e estamos acima de todas as crenças religiosas, perspectivas políticas e questões financeiras. Damos aos que vêm a nós auxílio moral e o indispensável maná do espírito. Não somos senão mensageiros, dirigindo-nos igualmente aos que crêem e aos que não crêem com o único intuito de transmitir fragmentos de verdade. Não endossamos a astrologia convencional e errônea. As estrelas por si mesmas não exercem influência. Elas não passam de pontos de referência no espaço.
Segue-se outra defesa do zodíaco de treze signos, que o sr. Plantard usa para prever algo do futuro da França. Muito curiosamente, ele previu que 1968 seria um ano cataclísmico. Esse não é, contudo, o único tipo de matéria encontrado na Circuit. Há artigos sobre vinhos e vinicultura - o enxerto de videiras – e intermináveis explicações sobre o comércio de vinho. Há também declarações patrióticas que fazem eco ao tom tanto da Vaincre quanto dos comunicados emitidos pelos Comitês de Salvação Pública. Uma dessas declarações, por exemplo, assinada por Adrian Sevrette, afirma que não será possível encontrar solução para os problemas existentes.
...a não ser através de novos métodos e novos homens, pois a política está morta. O curioso é que os homens não querem reconhecer isso. Existe apenas uma questão: a organização econômica. Mas acaso existem ainda homens capazes de pensar a França, como durante a Ocupação, quando os patriotas e os combatentes da Resistência não se importavam com as tendências políticas de seus companheiros de luta?
E, em outro artigo:
Desejamos que os 1.500 exemplares da Circuit sejam um contato que acenda uma luz; desejamos que a voz dos patriotas possa transcender obstáculos como em 1940, quando eles deixaram a França invadida para vir bater à porta do gabinete do Líder da França Livre. Hoje, a situação é a mesma. Antes de tudo, somos franceses. Somos a força que luta de uma maneira ou de outra para construir uma França purificada e nova. Isso deve ser feito no mesmo espírito patriótico, com a mesma vontade e solidariedade de ação. Por isso apresentamos aqui o que declaramos ser uma antiga filosofia.
Segue-se um detalhado plano de governo para devolver à França o esplendor perdido. Ele insiste, por exemplo, na extinção dos departamentos e na restauração das províncias:
O departamento não passa do fruto de um sistema arbitrário, criado na época da Revolução, ditado e determinado pela época, segundo as exigências de locomoção (o cavalo). Hoje, já não representa nada. A província, ao contrário, é uma porção viva da França; é um vestígio intacto do nosso passado, a própria base em que tomou forma a existência da nossa nação; ela tem seu próprio folclore, seus costumes, seus monumentos, muitas vezes seus dialetos locais, que desejamos restaurar e promulgar. A província deve ter sua própria organização específica de defesa e administração, adaptada às suas necessidades específicas, dentro na unidade nacional.
O projeto que se segue é ordenado em nove tópicos: Conselho das Províncias; Conselho do Estado; Conselho Parlamentar; Impostos; Trabalho e Produção; Assistência Médica; Educação Nacional; Maioridade; Habitação e Escolas.No entanto, a despeito dessas preocupações especificamente, e até obsessivamente, francesas, o sr. Plantard, em mais um artigo da Circuit, enfatiza um outro tema proclamado na Vaincre:
... a criação de uma Confederação de Países toma-se uma Confederação de Estados: os Estados Unidos da Euro-Àfrica, que representam economicamente (1) uma comunidade africana e européia de intercâmbio baseada num mercado comum, e (2) a circulação da riqueza de modo a servir ao bem-estar de todos, sendo este o único fundamento estável em que a paz pode ser construída. ( Uma comunidade européia foi de fato criada posteriormente a isso ao longos dos anos e a essa altura o processo já havia começado, no entanto um mercado comum entre africa e europa até hoje não foi criado ( talvez as coisas não tenham corrido como Plantard esperava ), de qualquer forma na Nova Ordem Mundial o mundo inteiro ficará dividido em grandes blocos e totalmente interligado )"
Capitulo 24 "Poderes secretos de grupos clandestinos": "É lugar-comum que a política favorece estranhas alianças. Uma nação ou instituição que se vê sob pressão, lutando por seus objetivos ou mesmo por sua sobrevivência, fará alianças quando e onde for possível - e muitas vezes, se isso for conveniente, com nações ou instituições teoricamente inimigas. A História, em certo nível, é um compêndio de coalizões disparatadas, casamentos grotescamente descombinados. Na maior parte dos últimos setenta e tantos anos, a União Soviética foi percebida pelo Ocidente como uma ameaça e um adversário, potencial ou real; isso não impediu que houvesse um intervalo, entre 1941 e 1945, em que o Ocidente se uniu à União Soviética contra um inimigo que ambos percebiam como mais perigoso. Em escala menor, há muitos outros exemplos. Em 1982, a junta militar radicalmente anti-soviética da Argentina anunciou sua disposição de receber armas e equipamentos soviéticos para fazer guerra contra a Grã-Bretanha pela posse das ilhas Malvinas. Atualmente, na Guerra do Golfo, o Irã vitupera Israel e no entanto sabe-se que recebe armas desse país, porque Israel considera o Iraque uma ameaça potencialmente maior. Após seu encontro com Mikail Gorbachev em 1985, Ronald Reagan, reduzindo as relações internacionais ao nível da Disneylândia, como é típico dele, afirmou ter apontado o caminho pelo qual todos os povos do mundo, inclusive os dos Estados Unidos e União Soviética, se uniriam em face de uma invasão por outro planeta. Até Ronald Reagan pode ter rasgos de lucidez. ( Na verdade essa declaração é possivelmente profética e pode ter relação com uma agenda enganosa que alguns pesquisadores da NOM como Bill Cooper já denunciaram, de fabricar um falso ataque alienigena ao planeta para ajudar na implantação da NOM ) Confrontado com os violáceos comedores de gente de Sírio, a desferir raios mortais capazes de carbonizar o adversário, até Ian Paisley e Gerry Adams poderiam se convencer a unir suas forças (embora pessoalmente, diante da perspectiva dessa aliança, nós talvez nos inclinássemos a apoiar os comedores de gente). Segundo todos os indícios que pudemos colher, bem como as informações que conseguimos do sr. Plantard, o Prieuré de Sion deseja os Estados Unidos da Europa em parte como um baluarte contra o império soviético, mas basicamente como um bloco de poder independente, um bloco de poder auto-suficiente e neutro, capaz de equilibrar a balança de poder entre a União Soviética e os Estados Unidos. Sob esse aspecto, a posição do Prieuré de Sion parece quase idêntica à da Pan Europa, a organização pela unidade européia atualmente dirigida pelo dr. Oto de Habsburgo ( Habsburgo que já foi a familia real da Austria também descende dos merovíngios, desde pelo menos os casamentos entre ela com membros da Dinastia Lorraine, me parece que a ameaça da União Soviética que foi fabricada por oligarcas do Ocidente foi usada como pretexto para criaçãoda União Européia e de outras medidas, assim como a guerra ao terror Islâmico Radical Comteporânea é fabricada da mesma forma por oligarcas do Ocidente e serve de pretexto para diversas coisas, como a limitação de direitos constitucionais em diversas nações soberanas por exemplo ) que, como o Círculo Kreisau e outras entidades, usa como símbolo uma cruz celta dentro de um círculo. Ao mesmo tempo, outras organizações e instituições desejam uma Europa unida basicamente como baluarte contra o império soviético, buscando vinculá-la estreitamente aos Estados Unidos. Até que ponto cada um desses campos subordinará suas divergências com o outro às finalidades comuns? Até que ponto cada um fará concessões com o simples objetivo de chegar a uma Europa unida, dispondo-se a deixar a discussão das prioridades e lealdades para depois ? Na medida em que perseguia a idéia de uma Europa unida de algum tipo, ou de alguma maneira, o Prieuré de Sion deve necessariamente ter estabelecido contatos, e muito provavelmente acordos, com um espectro diversificado de outras organizações. Quando se tenta retraçar a história da idéia da Europa unida, encontra-se um emaranhado de alianças e casamentos de conveniência. Assim como a crise da Argélia induziu ex-combatentes da Resistência e veteranos da Forças Francesas Livres a se aliar a ex-oficiais de Vichy e colaboracionistas, assim também o sonho de uma Europa unida impeliu por vezes conservadores moderados ou democratas-cristãos a se unir temporariamente com grupos de direita muito mais ameaçadores, muito mais radicais e até "neonazistas". Não surpreende, portanto, que nossa investigação sobre o Prieuré de Sion nos tenha conduzido ao tenebroso território do pan-fleto assinado por "Cornelius" - o território em que "os bons moços", agindo com o que julgam ser as melhores intenções, demonstram estar trabalhando em estreita ligação com organizações como a P2. ( Bem, eu pessoalmente acho a P2 ou Priorado farinha do mesmo saco, e muitas dessas alianças aparentemente estranhas são feitas por pessoas que não são o que parecem ser e estão mais interligadas aos parceiros com quem fazem aliança do que parece em muitos casos pelo menos )". Sub capítulo "O movimento europeu": "Como vimos, a idéia dos Estados Unidos da Europa foi promovida durante a guerra pela Vaincre na França e pelo Círculo Kreisau de Helmut James von Moltke na Alemanha. Evidentemente, estas não foram as únicas fontes de apoio à idéia, nem as mais influentes. A idéia foi amplamente acatada em meio à Resistência francesa, por exemplo, especialmente em áreas de fronteira como as Ardenas, onde as lealdades nacionais dos indivíduos estavam muitas vezes divididas entre a França, a Bélgica, Luxemburgo e a Alemanha. A idéia foi entusiasticamente patrocinada por André Malraux, que, já em 1941, defendia "um New Deal europeu, uma Europa federal que excluísse a URRS". Foi defendida pelo marechal Alphonse Juin, que, como Malraux, haveria de entrar em grave conflito com De Gaulle a propósito da Argélia. Foi defendida por Georges Bidault, que, como chefe da OAS, na esteira da reviravolta de De Gaulle na Argélia, iria tramar o assassínio do general. Foi patrocinada também por Winston Churchill, que, num discurso feito em 19 de setembro de 1946 na Universidade de Zurique, declarou: "Devemos construir uma espécie de Estados Unidos da Europa." Na verdade, já em outubro de 1942, Churchill escrevera ao British War Cabinet: "Por mais difícil que seja dizê-lo agora, acredito que a família européia pode agir em conjunto como uma unidade sob um Conselho da Europa. Aspiro aos Estados Unidos da Europa." ( Dessa forma se nota como a ideia era promovida a muito tempo por lideranças politicas de diversas nações, muitas delas possivelmente ligadas a ordens ocultistas, hoje em dia a mesma coisa acontece em relação a o conceito de um governo mundial e cedo ou tarde esse ideal será alcançado por essas sociedades secretas, por meio dos seus agentes infiltrados em altas posições de poder em nações ou dentro de corporações ) Terminada a Segunda Guerra Mundial, a Europa estava exausta, devastada e desiludida. Ao mesmo tempo os europeus, fossem quais fossem seus vínculos, sentiam que tinham sido unidos por aquela tragédia partilhada e coletiva - uma tragédia que cada vez mais parecia uma guerra civil em escala colossal. Para a Europa do após-guerra, a prioridade fundamental era evitar a todo custo mais um conflito como aquele, outra luta fratricida como aquela. Talvez o meio mais óbvio de assegurar isso fosse a unidade européia; e assim um apelo por essa unidade ergueu-se de uma multiplicidade de campos, os mais diversos. ( A guerra serviria de pretexto para se promover essa suposta solução também ) No final de 1947, as várias pessoas e instituições empenhadas na unidade européia formaram, por iniciativa própria, um comitê para coordenar sua ação. Em maio de 1948, esse comitê já organizara um Congresso da Europa, semelhante ao conselho que Churchill advogara cincos anos e meio antes. Reunido em Haia, ele incluiu representantes de dezesseis países. O presidente de honra foi Winston Churchill. Um comunicado emitido na sessão final declarava: "Desejamos uma Europa unida em cujo território a livre circulação de pessoas, idéias e bens seja restaurada."Pouco depois, foi criado o Movimento Europeu - um organismo não oficial, mas de caráter permanente, para perseguir e promover o ideal de uma Europa unida. Mais uma vez, Winston Churchill foi um dos presidentes de honra. Em julho de 1948, Georges Bidault, então ministro das Relações Exteriores da França, tornou-se o primeiro membro de um governo a propor oficialmente a criação de um parlamento europeu. Bidault, ao lado de Jean Monnet, hoje considerado o pai da Comunidade Econômica Européia, e Robert Schuman, o antigo colaborador de Louis Le Fur, passaram a trabalhar em conjunto pelo que chamavam de uma "federação do Ocidente". Outra figura de grande importância no movimento em prol da unidade européia foi um polonês, dr. Joseph Retinger. Desde os anos 20, Retinger atuara na defesa da unidade européia e, ao que parece, tinha tido contato tanto com Helmut James von Moltke, líder do Círculo Kreisau, quanto com Hans Adolf von Moltke, que se dissera membro da Alpha Galates. Durante a Segunda Guerra Mundial, Retinger esteve baseado na Inglaterra, tendo trabalhado de início como conselheiro político do general polonês Sikorski - que também parece ter estado ligado a Hans Adolf von Moltke quando este foi embaixador da Alemanha na Polônia. Em 1943, Retinger ingressou na Special Operations Executive britânica e, aos 56 anos, desceu de pára-quedas na Polônia como agente da SOE. Depois da guerra, voltou a assumir papel ativo na promoção da unidade européia. Em maio de 1948, ajudou a organizar o Congresso da Europa em Haia. Em julho do mesmo ano, viajou para os Estados Unidos com Winston Churchill, Duncan Sandys e o ex-primeiro-ministro da Bélgica, Paul-Henri Spaak, para angariar auxílio financeiro para o recém-criado Movimento Europeu. A viagem resultou na criação, em 29 de março de 1949, do American Committee on a United Europe [Comitê Americano por uma Europa Unida], ou ACUE. Com o ACUE, inaugurou-se um processo pelo qual sucessivas organizações empenhadas na luta pela unidade européia passaram a ser, na prática, controladas por órgãos americanos, empenhados na promoção de interesses americanos. Assim foram lançadas as sementes para o crescimento de uma nebulosa subcultura subterrânea, em que sociedades secretas e semisecretas - religiosas, políticas e financeiras - logo começaram a florescer. No final dos anos 50, essa subcultura adquirira impulso próprio, envolvendo um ambiente que, embora invisível para o público em geral, começou a exercer influência cada vez mais difusa nos negócios públicos." Sub capítulo "Manobras da CIA": "O principal responsável pelo despertar do interesse americano nos movimentos em prol da união européia foi talvez o conde Richard Coudenhove-Kalergi, que fundara em 1922 a Pan-Europa, na forma da União Pan-Européia. Embora pouco tenha realizado no plano prático, a Pan-Europa foi uma organização prestigiosa no período entre as guerras. Entre seus membros incluíam-se várias figuras políticas respeitadas, como Léon Blum e Aristide Briand na França e Eduard Beness na Tchecoslováquia, bem como Winston Churchill. Dela participavam ainda Albert Einstein e luminares da cultura como Paul Valéry, Miguel de Unamuno, George Bernard Shaw e Thomas Mann. Obrigado a sair da Áustria pela Anschluss alemã de 1938, Coudenhove-Kalergi fugiu para os Estados Unidos em 1940. Ali, empreendeu uma incansável campanha por seu ideal pan-europeu, insistindo em que a unidade européia devia ser uma prioridade da política dos Estados Unidos depois da guerra. Seus esforços serviram para convencer vários importantes políticos norte-americanos, como William Bullit e os senadores Fulbrigtht e Wheeler. Quando os Estados Unidos entraram na guerra, algumas das idéias de Coudenhove-Kalergi forneceram um esquema de ação. Esse esquema foi adotado como tal pelo OSS, o precursor da CIA. O OSS, ou Office of Strategic Services ( Agência de Serviços Estratégicos ), foi criado nos moldes da M16* e da SOE britânicas, e com seu auxílio. Seu primeiro diretor foi o general William ("Wild Bill") Donovan. Depois da guerra, os agentes de Donovan constituiriam o núcleo da CIA. Um deles, Allen Dulles, foi diretor da CIA de 1953 até 1961, quando a débâcle da Baía dos Porcos o obrigou a renunciar. Dulles, que durante a guerra estivera baseado na Suíça, mantinha os contatos que lá estabelecera com Helmut James von Moltke e o Círculo Kreisau.
Como diretor do OSS, William Donovan não tardou a perceber o valor potencial do Vaticano para operações de espionagem. Milhares de sacerdotes católicos se espalhavam pela Europa, em todos os países, todas as cidades, praticamente em cada aldeia e vilarejo. Milhares de sacerdotes católicos serviam também como capelães nas forças armadas de todas as nações em luta. Essa rede já estava engajada em atividades de espionagem, transmitindo grandes volume de informação ao departamento interno de informações do próprio Vaticano. Um dos quatro chefes de setor do serviço de informações do Vaticano era o monsenhor Giovanni Montini - mais tarde, papa Paulo VI. Diante disso, Donovan empenhou-se em estabelecer laços estreitos com o Vaticano.
Pouco depois da entrada dos Estados Unidos na guerra, Donovan promoveu uma aliança com o padre Felix Morlion, fundador de um serviço de informações católico europeu chamado Pro Deo [Por Deus], com sede em Lisboa. Sob os auspícios de Donovan, o Pro Deo transferiu seu quartel-general para Nova York e passou a ter suas atividades financiadas pelo OSS. Em 1944, quando Roma foi libertada, Donovan e o padre Morlion conseguiram instalar o Pro Deo no próprio Vaticano. Ali, o serviço estava particularmente bem-situado para obter informações de sacerdotes católicos que tinham estado ou ainda estavam na Alemanha ou com as forças armadas alemãs. Os jesuítas, com sua formação sofisticada, disciplina rigorosa e organização coesa ( Além de liderança envolvida em ocultismo ), mostravam-se uma fonte de informações especialmente valiosa.
No período que se seguiu à guerra, os Estados Unidos se apressaram em tirar proveito do aparelho montado por Donovan, particularmente na Itália. Em 1948, com as eleições italianas marcadas, a recém-criada CIA lançou-se num complexo de operações clandestinas para impedir qualquer possibilidade de uma vitória comunista. Sob os auspícios de James Angleton, ex-chefe do posto do OSS em Roma e mais tarde chefe de contra-informação da CIA, milhões de dólares foram secretamente canalizados para os democratas-cristãos, enquanto verbas adicionais eram despejadas nos jornais e outros veículos de propaganda. Esse procedimento foi também muito útil na França. Como foi dito acima, a viagem do dr. Joseph Retinger aos Estados Unidos no interesse do Movimento Europeu levou à criação, em 29 de março de 1949, do Comitê Americano por uma Europa Unida, ou ACUE. Seu conselho era presidido por William Donovan. O vice-presidente era o ex-chefe do posto do OSS na Suíça, Allen Dulles. O secretário era George S. Franklin, também diretor do Private Council on Foreign Relations [Conselho Privado de Relações Exteriores], que mais tarde se tornou coordenador da Comissão Trilateral. O diretor executivo do ACUE era Thomas Braden, na época chefe do Departamento de Organizações Internacionais da CIA. Sob os auspícios desses homens, o ACUE decidiu financiar o Movimento Europeu de Joseph Retinger. Verbas oriundas do Departamento de Estado norte-americano foram discretamente canalizadas para o quartel-general do Movimento Europeu, em Bruxelas. Com a expansão da influência da União Soviética na Europa oriental, teve início a "Guerra Fria". Concebido originalmente para promover a unidade européia, o Movimento Europeu foi-se limitando gradualmente a auxiliar na construção de um "baluarte contra o comunismo" - e isso gerou uma atmosfera propícia ao surgimento de organizações clandestinas. Agora parcialmente financiado pela CIA, Joseph Retinger e outros membros do Movimento Europeu estabeleceram ligações com o príncipe Bernhard, dos Países Baixos ( Esse principe fundou a reunião Bilderberg e apoiou o Nazismo durante a segunda guerra, não me recordo agora de que linhagem dos Illuminatis em particular ele é ), com o primeiro-ministro italiano e com sir Colin Gubbins, ex-diretor da SOE britânica. Juntamente com o então diretor da CIA, general Walter Bedell Smith, esse grupo criou um think tank, ou conselho consultor, que se reuniu pela primeira vez em maio de 1954 no Hotel de Bilderberg, na cidade alemã de Oosterbeek. Assim nasceram as Conferências de Bilderberg. Nesse ínterim, a CIA estivera atuando também por iniciativa própria, dando início a um amplo programa de ações secretas de apoio a qualquer instituição que pudesse ajudar na consolidação do "baluarte contra o comunismo". Líderes e partidos políticos, grupos de pressão, sindicatos, jornais e editoras eram todos pesadamente subsidiados, desde que sua orientação fosse suficientemente pró-ocidental e anticomunista. Consta que, na década de 1950, a cada ano 20 a 30 milhões de d6lares em média9 foram gastos na Itália em apoio a atividades culturais, organizações de jovens, iniciativas editoriais e grupos católicos de um tipo ou outro. Projetos patrocinados pela Igreja, inclusive missões e orfanatos, foram muitas vezes co-financiados pela CIA. Essa agência distribuía dinheiro entre muitos bispos e monsenhores, entre os quais o futuro papa Paulo VI. E, evidentemente, o Partido Democrata Cristão da Itália continuou sendo foco de uma atenção especial. Na verdade, em 1919 Giorgio Montini, pai do futuro papa Paulo VI, fora co-fundador do que veio a se chamar Partido Democrata Cristão, partido pelo qual, aliás, seu irmão mais velho foi senador. O Movimento Europeu do dr. Joseph Retinger, patrocinado pela CIA, era também ativo na Itália, ajudando a consolidar os laços entre a agência norte-americana de informações e o Vaticano. Retinger contava com o apoio do dr. Luigi Gedda, seu velho amigo pessoal, que além de médico conselheiro do papa Pio XII era chefe da Azione Cattolica, ou Ação Católica, o poder subjacente ao Partido Democrata Cristão. Por meio de Gedda, Retinger pôde também angariar os serviços do futuro para Paulo VI, e assim a Ação Católica tornou-se uma privilegiada destinatária de fundos da CIA. A relação entre a CIA e o Vaticano estreitou-se em 1963, quando o papa João XXIII morreu, sucedendo-lhe Paulo VI, anteriormente Giovanni Montini, arcebispo de Milão. Como observamos antes, Montini já estava ligado à agência e já recebia fundos dela. Ainda durante a guerra, havia trabalhado com os serviços de espionagem dos Estados Unidos, passando informações do Vaticano para o OSS e vice-versa. Após a guerra, como arcebispo de Milão, entregou à CIA abrangentes dossiês sobre sacerdotes politicamente atuantes. Estes viriam a ser usados para influenciar as eleições italianas de 1960.
A relação entre o Vaticano e a CIA perdura até hoje. Segundo Gordon Thomas e Max Gordon- Witts, em novembro de 1978 houve um encontro privado entre o papa João Paulo II e o chefe do posto da CIA em Roma. Em decorrência desse encontro, chegou-se a um acordo pelo qual o Papa receberia regularmente, todas as semanas, informes da CIA. O que a CIA recebeu em troca não foi especificado, mas não é difícil adivinhar. Outro dos mais influentes aliados da CIA dentro da Igreja foi o cardeal Frallcis Spellman, de Nova York. Em 1954, ele trabalhou diretamente para a CIA na Guatemala, ajudando a preparar ali um golpe orquestrado pela própria agência. Mas Spellman estava também profundamente envolvido em questões italianas. Desempenhou papel decisivo na obtenção de grandes somas de dinheiro sujo para uso da Igreja Católica. Era intimamente ligado a Bemardino Nogara, o cérebro por trás do Banco do Vaticano. ( O Banco do Vaticano é intimamente envolvido com grandes familias mafiosas da Italia, o provavel motivo da morte do Papa João Paulo I foi justamente porque ele abriu investigação para apurar essa situação no banco que também era intimamente ligado a infame loja maçônica P2, que tinha planos de tomar para si todo o poder no pais da Italia ) e com o conde Enrico Galeazzi, que, ao lado de Michele Sindona, cuidava dos investimentos e das finanças do Vaticano no início dos anos 60. E foi o cardeal Spellman quem, em 1963, primeiro chamou a atenção do Papa para o padre Paul Marcinkus, de Chicago. Em 1971, Marcinkus, já na condição de bispo, era diretor do Banco do Vaticano, amigo íntimo de membros da P2, como Michele Sindona e Robert Calvi e, ao que se afirma, membro ele próprio da P2. As origens da loja maçônica P2 são obscuras, mas acredita-se que ela tenha-se formado no início dos anos 60. Quaisquer que tenham sido suas prioridades e objetivos originais, seu grão-mestre Licio Gelli, de ultradireita, logo a inseriu na falange dos grupos e organizações que formavam o "baluarte contra o comunismo". Alguns de seus membros recebiam generosos subsídios da CIA. E, por intermédio de indivíduos como Calvi e Sindona, a P2 fornecia um instrumento para fazer chegar a instituições anticomunistas na Europa e na América Latina verbas tanto do Vaticano quanto da CIA. Calvi afirmou também que ele pessoalmente conseguira transferir 20 milhões de dólares do Vaticano para o Solidariedade na Polônia, embora se acredite que a soma total enviada ao Solidariedade tenha ultrapassado 100 milhões de dólares. Antes de ser condenado à morte, Michele Sindona era não só financista da P2 como também conselheiro do Vaticano para assuntos de investimento, ajudando a Igreja a vender ativos seus e reinvestir nos Estados Unidos. Os serviços de Sindona para a CIA incluíam a transferência de verbas para "amigos" na Iugoslávia, bem como aos coronéis gregos, antes que tomassem o poder em 1967. Sindona canalizou também milhões de dólares para os fundos do Partido Democrata Cristão da Itália. Em 1981, quando a existência da P2 foi manchete internacional pela primeira vez, o escândalo em torno da sua influência nos escalões mais altos do governo, da polícia e das finanças ficou basicamente limitado à Itália. No entanto, segundo David Yallop: ( D. Yallop é um jornalista inglês que escreveu 2 livros muito bons sobre assuntos relacionados a corrupção no Vaticano )
... ainda há ramificações em atividade na Argentina, Venezuela, Paraguai, Bolívia, França, Portugal e Nicarágua. Há também membros ativos na Suíça e nos Estados Unidos. A P2 está ligada com a Máfia na Itália, em Cuba e nos Estados Unidos. Está ligada com vários regimes militares da América Latina e com diversos grupos neofascistas. Está também intimamente ligada à CIA. Penetra até o cerne do Vaticano. Ao que parece, o interesse comum central de todos esses elementos é o ódio e o temor ao comunismo. ( Apesar de ter sido criado por oligarcas Illuminati do Ocidente, lideres inspirados pela revolução comunista poderiam ameaçar o patrimônio que eles construiram em diversas nações, então medidas impedir isso foram tomadas para que ele continuasse sendo um movimento controlado que se espalhasse somente até o ponto em que fosse conveniente, em muitos casos na américa latina a medida favorita era levar ao poder ditadores sanguinários que vendiam seus paises a esses oligarcas em si também, no nosso pais a ditadura militar foi financiada pela a CIA, e foi feito um empréstimo ao banco Citybank que gerou uma grande divida a longo prazo para o país, que foi aumentada grandemente com o empréstimo feito ao FMI pelo governo FHC que tinha como condicional garantia do pagamento do empréstimo feito na epoca da ditadura militar com o banco City Bank, mesmo que isso significasse venda de patrimônios de pais a preço de banana ( pratica que se sustenta com a suposta oposição politica do pais como no caso da venda recente de ações da Petrobras ), corte de beneficios trabalhistas e outras coisas do tipo ) Atualmente, é do conhecimento geral que a P2, por mais influente e poderosa que possa ter sido, era (e provavelmente ainda é) controlada por um poder ainda mais alto, mais nebuloso, que lhe transmite suas instruções por meio de Licio Gelli, o grão-mestre da Ordem. Segundo uma comissão parlamentar italiana, a organização por trás da P2 situa-se "além das fronteiras da Itália".] Fizeram-se muitas especulações, mais ou menos plausíveis, sobre essa organização. Alguns a identificaram com a Máfia americana. Alguns sugeriram a KGB ou alguma outra agência de informações da Europa oriental. Alguns sugeriram até o Prieuré de Sion. Em 1979, no entanto, um regresso da P2 - um jornalista chamado Mino Pecorelli - acusou a CIA. Dois meses depois de fazer essa acusação, Pecorelli foi assassinado. Em março de 1981, a polícia italiana invadiu a villa de Licio Gelli. Descobriu extensas listas dos membros da loja. Descobriu também um fichário dos arquivos de Licio Gelli - embora os próprios arquivos tivessem desaparecido, sendo aparentemente mais importantes que as listas de membros. Alguns dos tópicos do fichário foram publicados nos jornais italianos. Incluíam a Opus Dei. Incluíam Giulio Andreotti, ex-ministro das Relações Exteriores da Itália e apontado, num documento que recebemos, como membro do Prieuré de Sion ( Talvez haja de fato então uma ligação entre o Priorado e a P2 ). Incluíam também a organização oficialmente conhecida como Ordem Soberana e Militar do Templo de Jerusalém - isto é, a organização que se proclama hoje descendente em linha direta dos cavaleiros Templários." Sub capítulo "A Ordem dos Cavaleiros": "A Ordem Soberana e Militar do Templo de Jerusalém, em sua forma atual, data de 1804, quando se anunciou publicamente e foi oficialmente reconhecida por várias outras instituições. Ela reivindica, contudo, uma linhagem muito mais antiga. Segundo o que a própria Ordem afirma, Jacques de Molay, o último grão-mestre dos Templários, deixou, quando de sua execução em 1314, um carta designando seu sucessor . Embora oficialmente dissolvidos pelo papado ( Na frança né, em outros lugares a ordem mudou de nome, e na escócia ela nem precisou fazer isso ), os Templários se teriam perpetuado através dos séculos, em obediência aos termos dessa carta. A autenticidade desse documento continua gerando controvérsias entre os historiadores, embora haja certo corpo de provas a seu favor. A questão nunca assumiu maior importância porque a Ordem Soberana e Militar jamais reivindicou explicitamente qualquer tipo de poder, nem procurou ativamente recuperar as prerrogativas, privilégios e posses dos cavaleiros que proclama serem seus predecessores. Atualmente, ela se dedica sobretudo a pesquisas de antiguidades e obras de caridade. ( Isso soa como uma obvia fachada, muito comum em ordens ocultistas, para aos olhos do público elas parecerem ser uma organização positiva e inofensiva ) Seus procedimentos internos lembram, por vezes, certos ritos da franco-maçonaria, por vezes os de outras ordens heráldicas, como as do Velocino de Ouro, do Santo Sepulcro e de São Maurício. Seu grão-mestre atual é o conde português Antônio de Fontes.
Em 1982, tivemos o primeiro de vários encontros com um funcionário da Ordem Soberana e Militar do Templo. Ao longo de nossas conversas, ele nos descreveu a luta de facções e o cisma que, na última década, reinara na instituição que ele representava. Uma facção dos membros havia-se desligado da Ordem para formar sua própria ordem neo-Templária na Suíça. Essa facção, por sua vez, gerara mais uma dissidência, que, sob a liderança de Anton Zapelli, adotara um perfil novo e mais conspícuo e um programa mais agressivo. O quartel general de Zapelli era também na Suíça - em Sion. Constava que, entre os membros da organização de Zapelli, havia várias pessoas ligadas à Grã-Loja Alpina, da Suíça, cujo nome aparecera anteriormente em alguns documentos do Prieuré de Sion. Nada disso teria qualquer interesse particular para nós, não fosse pelo fato de que já tínhamos encontrado o nome de Zapelli em outro contexto. Em 1979, na nossa primeira tentativa de entrar em contato com o Prieuré de Sion e com o sr. Plantard, um informante em Paris o tinha mencionado. Nessa ocasião, Zapelli fora apontado como o verdadeiro poder por trás do Prieuré de Sion - embora essa afirmação possa certamente ter sido fruto de simples confusão, já que a organização templária de Zapelli tinha sede em Sion e se intitulava Grand Prieuré de Suisse. Impressionados com o reaparecimento do nome de Zapelli em conexão com a Ordem Soberana e Militar do Templo, aventamos a possibilidade de ele estar de fato relacionado ao Prieuré. O representante da Ordem Soberana e Militar não sabia. Tinha conhecimento, disse, do Prieuré de Sion. Dentro da sua própria organização, o Prieuré de Sion era conhecido por sua atuação na Resistência francesa durante a guerra. Não tinha nenhum conhecimento, porém, de qualquer ligação que Zapelli pudesse ter com essa Ordem. Na verdade, declarou, ficaria muito grato se conseguíssemos descobrir e o informássemos. Parecia temer que o Prieuré, trabalhando através de Zapelli, pudesse talvez estar tentando assumir o controle da sua própria Ordem. Quando perguntamos ao sr. Plantard se conhecia Zapelli, ele se limitou a dar um sorriso enigmático, dizendo: "Conheço todo mundo." Mais tarde, contudo, chegou a nós um documento destinado a circular dentro da organização de Zapelli. Nele se destacavam dois temas de interesse fundamental. Um eram negócios bancários e finanças internacionais. Ao que parecia, em 1982 a organização de Zapelli fundara seu próprio banco ou "sociedade de participação mútua". O outro tema de importância capital era a Europa unida e "o papel dos Templários modernos na unificação da Europa". Os Templários originais, afirmava o documento de Zapelli, tinham-se empenhado em criar uma Europa unida. Seus sucessores atuais viam-se agora compelidos a emergir da sombra, a se dedicar a algo mais importante que meras antiguidades, envolver-se na política, trabalhar pela unidade européia e promover "o conceito europeu". A estrutura defendida por Zapelli era, em linhas gerais, similar à da Confederação Suíça. A Europa era definida como se estendendo do Atlântico e do Mediterrâneo até os Urais. Não encontramos qualquer prova confiável que ligasse Zapelli ao Prieuré de Sion. Tampouco encontramos prova de ligação entre Zapelli e Licio Gelli ou outros membros da P2. Como estes, contudo, ele parece mover-se numa espécie de região penumbrosa, em que sociedades secretas se misturam às altas finanças e à política pan-européia, em que as fronteiras nacionais não constituem obstáculo e em que não vigora nenhuma regra legal definida. Resta ainda o fato de que o índice dos arquivos de Licio Gelli revela que a P2 tem algum interesse na Ordem Soberana e Militar do Templo. O papel preciso e o poder efetivo dos Templários de hoje permanecem duvidosos. Por outro lado, há uma outra organização, historicamente relacionada de maneira muito estreita com os Templários, cujo papel e poder são muito mais amplamente documentados e tangíveis. Trata-se da organização que foi tradicionalmente rival dos Templários: a dos cavaleiros Hospitalários de São João - ou, como hoje é conhecida a sua principal ramificação, a Soberana Ordem Militar de Malta ( Ordem ligada aos Jesuitas ). A Ordem de São João teve origem em um hospital dedicado a São João, fundado em Jerusalém por mercadores italianos por volta de 1070, cerca de trinta anos antes da Primeira Cruzada, com a finalidade de servir aos peregrinos. Parece ter-se constituído oficialmente como ordem por volta de 1100, logo após a Primeira Cruzada, quando teve seu primeiro grão-mestre. Os Hospitalários são portanto anteriores aos Templários, mas de início não estavam envolvidos em atividades militares, limitando-se ao trabalho do hospital. Em 1126, contudo, cerca de oito anos depois que os Templários apareceram publicamente em cena, os Cavaleiros de São João já começavam a assumir um caráter cada vez mais militar, que logo iria eclipsar, embora não suplantar inteiramente, seus serviços hospitalares. Nos anos que se seguiram, passam a representar, juntamente com os Templários e mais tarde com os Cavaleiros Teutônicos, o maior poder militar e financeiro na Terra Santa, e um dos maiores em toda a cristandade. Como os Templários, os Hospitalários tornaram-se imensamente ricos. Sua ordem transformou-se numa vasta estrutura militar, eclesiástica e administrativa, com centenas de cavaleiros, um exército permanente, numerosos serviços subsidiários, uma rede de castelos e fortalezas e enormes extensões de terra, não só na Palestina como em todo o mundo cristão. Ao mesmo tempo, a Ordem permaneceu fiel às suas origens hospitalares, mantendo hospitais bem administrados e limpos, onde seus próprios médicos atendiam. Em 1307, os Templários foram acusados de uma lista de ofensas contra a ortodoxia católica, e em 1314 já tinham sido oficialmente extintos. Entre 1309 e sua secularização em 1525, os Cavaleiros Teutônicos sofreram periodicamente acusações semelhantes - embora seu teatro básico de operações, na Prússia e ao longo da costa báltica, os pusesse fora do alcance de qualquer autoridade disposta a atacá-Ios. Em contrapartida, os Cavaleiros Hospitalários de São João nunca incorreram nesse tipo de estigma. Continuaram a gozar das boas graças do papado. 'Na Inglaterra e, em menor grau, em outros países, terras antes pertencentes aos Templários lhes foram transferidas. Após a queda da Terra Santa em 1291, os Cavaleiros de São João recolheram-se durante algum tempo em Chipre. Depois, em 1309, estabeleceram sua sede e quartel-general na ilha de Rodes, que governavam como um principado exclusivo. Ali permaneceram por mais de dois séculos, resistindo a dois grandes cercos dos turcos. Finalmente, em 1522, um terceiro cerco forçou-os a abandonar a ilha e, em 1530, eles se instalaram em Malta. Em 1565, Malta foi por sua vez sitiada pelos turcos numa das operações mais audaciosas da história militar. Numa defesa épica, 541 Cavaleiros Hospitalários e sargentos, auxiliados por uma guarnição de cerca de 9 mil soldados montados e fortemente armados, repeliram os repetidos ataques de algo entre 30 e 40 mil homens. Seis anos mais tarde, em 1571, a esquadra da Ordem, juntamente com navios de guerra da Áustria, Itália e Espanha, obteve uma vitória decisiva na Batalha naval de Lepanto, dizimando definitivamente o poderio marítimo dos turcos no Mediterrâneo. Os cercos de Rodes e Malta e a Batalha de Lepanto foram os pontos altos da história dos Hospitalários, sobrepujando até mesmo suas façanhas na Terra Santa durante as Cruzadas. Em meados do século XVI, eles ainda constituíam uma das maiores potências militares e navais do mundo cristão, com força e recursos financeiros comparáveis aos da maioria dos reinos. As sementes do declínio, porém, já haviam sido plantadas. Na Alemanha, Suíça, Holanda, Escócia e Inglaterra, a Reforma protestante começara a quebrar a unidade da Europa católica; e as fissuras que surgiam por toda a cristandade ocidental eram espelhadas, em microcosmo, dentro da Ordem de São João. Os membros ingleses e alemães da Ordem a abandonaram e criaram suas próprias instituições. No século XVII, os cavaleiros que ainda residiam em Malta tinham sido deixados para trás pela maré da história, formando um fervoroso enclave ainda apegado a preceitos cavaleirosos obsoletos, enquanto o resto da Europa avançava para a nova era do mercantilismo, da industrialização e da hegemonia das classes médias. Em 1798, no entanto, os cavaleiros continuavam em Malta, ainda que reduzidos à condição de um esquisito anacronismo, impotentes e dirigidos por um grão-mestre inepto, cuja fidelidade ao catolicismo estava corroída pela franco-maçonaria. Foi então que Napoleão varreu o Mediterrâneo a caminho da sua desastrosa campanha no Egito. Os cavaleiros, que outrora tinham sido capazes de resistir aos turcos por quase dois séculos e meio, estavam agora incapazes de oferecer resistência. Foram sumariamente expulsos por Napoleão, que reivindicou Malta para a França, só para perdê-la de novo para a esquadra britânica comandada por Horatio Nelson. Para a Ordem de São João, seguiu-se um período confuso. Finalmente, em 1834, os cavaleiros puderam implantar.uma nova base para si em Roma. Apesar da perda de sua ilha pátria, adotaram o título de Ordem de Malta para se distinguir das ordens protestantes de São João que então começavam a se formar na Inglaterra e na Alemanha. Voltaram a se dedicar ao trabalho hospitalar, o que, nos 150 anos seguintes, lhes valeu crescente prestígio. Logo após a Segunda Guerra Mundial, antes da criação do Estado de Israel, chegou-se até a falar da entrega da soberania sobre Jerusalém aos Cavaleiros de Malta. Em 1979, a Ordem contava 9.562 cavaleiros plenos, dos quais cerca de mil eram norte-americanos e mais de 3 mil italianos. Atualmente, do seu quartel-general no Palazzo Malta, na Via Condotti, em Roma, os Cavaleiros de Malta mantêm uma organização hospitalar de abrangência mundial. Há um setor de primeiros socorros para atuar em casos de catástrofes naturais. Hospitais e leprosários dirigidos pela ordem distribuem-se por vários países. E, como as ordens protestantes congêneres de São João na Grã-Bretanha, Alemanha, Holanda e Suécia, a dos Cavaleiros de Malta tem seu próprio serviço de ambulâncias. Na Irlanda do Norte, as ambulâncias da ordem inglesa de São João e as dos Cavaleiros de Malta estão nas ruas ao mesmo tempo, atendendo às necessidades dos respectivos credos e comunidades. Pelas normas do direito internacional, a condição atual dos Cavaleiros de Malta é a de um principado soberano independente.18 O grão-mestre é reconhecido como chefe de Estado, com posição secular equivalente à de um príncipe e posição eclesiástica correspondente à de um cardeal. A Ordem mantém relações diplomáticas formais com vários países, especialmente na África e na América Latina, e seus representantes nesses países gozam dos privilégios diplomáticos de praxe. Os graus mais elevados da Ordem mantêm-se até hoje fastidiosamente aristocráticos. Os cavaleiros mais graduados têm de exibir um brasão de pelo menos trezentos anos, em sucessão patrilinear ininterrupta. Como já terá ficado evidente, a Ordem de Malta do século XX é idealmente talhada para o trabalho de espionagem. Sua rede de membros é internacional e bem organizada ao mesmo tempo. Seus hospitais e serviços médicos freqüentemente a situam estrategicamente em locais críticos - como a Irlanda do Norte. Seus membros incluem de pessoal médico e motoristas de ambulância a importantes figuras da política, dos negócios e das finanças, que têm acesso a esferas em que sacerdotes comuns não penetrariam. Conseqüentemente, os Cavaleiros de Malta se associaram estreitamente ao serviço de informações do próprio Vaticano. ( Aquele aonde Jesuitas seriam agentes importantes para coletar informação, chamado de Pro Deo ) A Ordem parece não ter sido hostil a tal associação. Ao contrário, parece ter visto com bons olhos a oportunidade de retomar, num nível clandestino, o papel que começara a desempenhar pela primeira vez no século XII - o de ponta-de-lança de uma cruzada.
Acredita-se hoje que a Ordem de Malta é um dos principais canais de comunicação entre o Vaticano e a CIA. Há amplos indícios para tal asserção. Em 1946, James Angleton - ex-membro do OSS e então chefe do posto da CIA em Roma, que através de sua agência canalizou milhares de dólares para os democratas-cristãos italianos - recebeu uma condecoração da Ordem de Malta por trabalhos de contra-informação. Igualmente condecorado foi Luigi Gedda, o chefe do grupo chamado Ação Católica, que serviu de elo entre a CIA, o Movimento Europeu de Joseph Retinger e o futuro papa Paulo VI. Em 1948, os Cavaleiros de Malta conferiram sua mais elevada condecoração, a Grã Cruz do Mérito, ao general Reinhard Gehlen, chefe do serviço secreto da Alemanha Ocidental, que na época era praticamente um departamento da CIA. Anteriormente, Gehlen tinha comandado os serviços de informação de Hitler para a Rússia. Vemos assim que desde fins da década de 1940 a Ordem de Malta já se envolvia na guerra secreta contra o comunismo que começava a se intensificar por toda a Europa. O trabalho da Ordem no plano da informação deve ter sido naturalmente facilitado pela presença em suas fileiras de alguns funcionários norte-americanos de alto escalão. À medida que a Guerra Fria se intensificava, o contingente norte-americano da Ordem cresceu consideravelmente. A mais influente figura desse contingente foi, mais uma vez, o cardeal Francis Spellman, de Nova York - que havia trabalhado para a CIA na Guatemala e cuja rede de colaboradores pessoais levava diretamente à P2. Spellman tornou-se "Protetor e Conselheiro Espiritual" dos cavaleiros americanos. Tornou-se também, de fato, seu chefe. Nessa condição, angariou fabulosas somas de dinheiro, uma vez que cada cavaleiro instituído a cada ano devia pagar 10 mil dólares como taxa de alistamento. Afirmou-se que somente uma parcela desse dinheiro foi um dia remetida para a Ordem em Roma, tendo sido a maior parte desviada para outros fins. Spellman estava associado também a um cardeal que, nos anos 50, fez uma tentativa de pôr a Ordem a serviço de seus próprios objetivos políticos. Não é raro que diretores da CIA sejam cavaleiros de Malta. John McCone, por exemplo, foi um deles. O atual diretor da agência, William Casey, também. Consta que o ex-diretor William Colby foi convidado para ingressar na Ordem, mas teria declinado com as seguintes palavras: "Sou muito precavido. "22 Entre os membros da Ordem atualmente incluem-se William Wilson (embaixador dos Estados Unidos no Vaticano), Clare Boothe Luce (ex-embaixador dos Estados Unidos na Itália), George Rocca (ex-subchefe de contra-informações da CIA) e Alexander Haig. Mas não é apenas nessas prestigiosas esferas dos Estados Unidos que a Ordem recruta seus membros. Licio Gelli, grão-mestre da P2, está ligado à Ordem, provavelmente como cavaleiro, embora isso não possa ser confirmado no momento. No entanto, o colaborador mais próximo de Gelli, Umberto Ortolani, é cavaleiro de Malta e serviu como embaixador da Ordem no Uruguai, onde foi dono de um banco. Também cavaleiros são Alexandre de Marenches (ex-chefe do serviço francês de informações), os generais Lorenzo e Allavena (ex-chefes do Serviço Secreto Italiano), o general Giuseppe Santovito (ex -chefe do serviço militar de informações italiano) e o almirante Giovanni Torrisi (chefe do Estado-Maior italiano). Os três últimos foram também membros da P2. Evidentemente, seria equivocado e injusto ver a Ordem de Malta como mero instrumento da CIA ( Na verdade a CIA que é uma ferramenta para membros de ordens ocultistas escolhidos a dedo para exercer sua direção ou outras posições de autoridade dentro dessa agência envolvida em conspirações para depor governos soberanos, assassinatos e até tráfico de drogas ). A ordem continua sendo uma instituição autônoma, empenhada em trabalhos filantrópicos e diplomáticos próprios, em grande parte louváveis. ( Que certamente não passam de fachada para disfarçar sua verdadeira natureza e atividades secretas dentro do alto circulo interno da ordem de cavaleiros ) Existe, contudo, um convincente conjunto de provas que atesta seu envolvimento em atividades de informação. Parte dessa atividade nem sequer decorre necessariamente da linha de ação oficial da ordem. Assim, por exemplo, um cardeal e um alto funcionário da área de informação que por acaso sejam cavaleiros podem se encontrar num ou noutro serviço social da Ordem. Um pode apresentar o outro a um banqueiro influente ou a um político destacado. Desse modo, um projeto pode ser implementado e coordenado no mais alto nível, sem diretrizes oficiais, sem instruções por escrito ou procedimentos formais que poderiam em última análise exigir prestação de contas. Não haveria nenhuma escrituração reveladora para ser descoberta mais tarde - escrituração que muitas vezes pode ser comprometedora e que é notoriamente difícil eliminar sem deixar vestígios. Assim como as lojas da maçonaria, a Ordem de Malta, por sua própria natureza, conduz a processos desse tipo. Funciona, de fato, como um canal ideal. E a sua margem de manobra é ampliada pelo seu prestígio diplomático, seu perfil relativamente discreto, sua rede internacional e o respeito gerado por suas atividades humanitárias. A situação atual na América Central é considerada por alguns comentaristas indicativa do modo com a Ordem de Malta pode ser utilizada - indicativa, na verdade, do modo como qualquer organização do gênero pode ser subordinada aos objetivos desta ou daquela ideologia política. O atual chefe da Ordem nos Estados Unidos é um destacado homem de negócios, J. Peter Grace. Antes de 1971, Grace estava ligado à Radio Liberty e à Radio Free Europe, ambas fundadas por Reinhard Gehlen e financiadas pela CIA. Hoje, Grace - entre cujos auxiliares está um outro cavaleiro de Malta, William Simon, ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos - dirige uma organização chamada Americares, cujo conselho diretor preside. Um objetivo básico da Americares é levantar dinheiro para auxílio à América Central. A agência encarregada de distribuir esse auxílio é a Ordem de Malta, trabalhando através de suas ramificações em EI Salvador, Guatemala e Honduras. Ao mesmo tempo, a Americares parece ter alguns interesses em comum com a World Anti-Communist League (Liga Anti-comunista Mundial), hoje dirigida pelo ex-general-de-divisão John Singlaub, afastado em 1978 por desafiar o presidente. Quando a Casa Branca fracassou na tentativa de obter o apoio do Congresso para financiar os contras na Nicarágua, Ronald Reagan obteve o apoio da World AntiCommunist League e de outras entidades. A organização de Singlaub passou a fornecer abertamente aos contras dinheiro e implementos. Jornalistas americanos indagaram legitimamente que proporção desse dinheiro e implementos é na verdade fornecida pela Americares de Peter Grace e distribuída através dos Cavaleiros de Malta. Se essa colaboração existe em alguma medida, resta perguntar se Grace e a Americares estão simplesmente explorando os Cavaleiros de Malta, ou se a Ordem está envolvida como um todo, por força das suas próprias diretrizes." Sub capítulo "O fator desconhecido": "No nosso encontro com o sr. Plantard em outubro de 1984 - quando, sem que soubéssemos disso naquele momento, ele não estava mais falando como grão-mestre do Prieuré de Sion - a Ordem de Malta foi mencionada. O Prieuré de Sion, disse o sr. Plantard - com uma ponta de ressentimento, ao que nos pareceu -, contava alguns Cavaleiros de Malta entre seus membros. Isso não nos pareceu muito surpreendente. Àquela altura, já havíamos descoberto que os Cavaleiros de Malta pareciam estar em toda parte. Por que não também no Prieuré de Sion? De fato, o padre François Ducaud-Bourget – que era publicamente apresentado como tendo sido grão-mestre do Prieuré de Sion e patrocinara o ingresso do sr. Plantard na Ordem, segundo declaração do próprio - fora, de 20 de setembro de 1947 a 18 de novembro de 1961, capelão dos Cavaleiros de Malta. Dada a ligação dos Cavaleiros com o OSS durante a guerra, esse papel parecia perfeitamente condizente com as atividades do padre em prol da Resistência francesa - mesmo quando estava baseado em Paris, conseguia fornecer armas a grupos desta, feito recompensado após a guerra com uma medalha da Resistência. A imprensa francesa, num breve artigo sobre a eleição do sr. Plantard como grão-mestre em 1981, afirmara: "Os 121 altos dignitários do Prieuré de Sion são todos eminências pardas das altas finanças e de organizações internacionais políticas ou filosóficas." Algo muito parecido podia sem dúvida ser dito sobre os Cavaleiros de Malta. Em virtude da natureza intrínseca das duas ordens, seria de esperar que ambas atuassem praticamente na mesma esfera, o submundo penumbroso para o qual convergem a política, as finanças, a religião e o trabalho de várias agências de informação. Não havia dúvida, também, de que a Ordem de Malta e o Prieuré de Sion tinham certos interesses e certos objetivos em comum. Ambas as ordens, embora talvez por razões diferentes e com prioridades diversas, pareciam empenhadas na criação de algum tipo de Estados Unidos da Europa. E, se admitíssemos a autenticidade da linhagem do Prieuré, as histórias de ambas tinham sido estreitamente entrelaçadas. Ambas reivindicavam uma herança que remontava às Cruzadas, e por força dessa herança seus ca-minhos se teriam cruzado em vários pontos ao longo dos séculos seguintes. Ambas eram explicitamente instituições da neocavalaria, e seria de se esperar que uma ocupasse lugar de destaque nos arquivos da outra. Seria de se esperar que uma tivesse antiga familiaridade com a outra e, provavelmente, considerável conhecimento dos segredos da outra. Esse passado partilhado teria, por si só, criado inevitavelmente algum vínculo entre elas. Ao mesmo tempo, deve ter havido alguns pontos cruciais de disputa entre as duas ordens. Os Cavaleiros de Malta tinham-se mantido sempre inabalavelmente leais ao papado e à Igreja Católica, e essa lealdade persiste até hoje. O Prieuré, por outro lado, se apresentava tradicionalmente como hostil ao Vaticano e, de fato, parecia ter um papado próprio, alternativo. Além disso, na qualidade de guardião de uma linhagem descendente da Casa de Davi através de Jesus ou de sua família ( Um engano que Plantard tentou vender recentemente por meio de manuscritos vazados por ele que continuou sendo promovido até depois dele ter supostamente renunciado ao cargo de grão mestre do Priorado por razões desconhecidas, depois dizendo que o Priorado havia sido uma invenção dele anos depois. ( O que não é sustentado por evidências históricas fora dos documentos vazados por ele que foram achadas pelos autores do livro o Santo Graal e Linhagem Sagrada e a Herança Messiânica ).Eu creio que esse engano que vem sendo condicionado como uma hipotese plausivel nos dias atuais pela midia, cultos new age e por outros meios será usado no futuro na Nova Ordem Mundial para dar suposta legitimidade ao direito da Dinastia Merovíngia de reinar sobre os outros ) , o Prieuré tendia naturalmente a ser percebido como inimigo pela Igreja. Suas respectivas posições em face de Roma, portanto, situariam necessariamente o Prieuré e a Ordem de Malta como adversários. ( Assim como a ordem dos Jesuitas que surgiria séculos depois no principio era um adversário do Priorado, isso pelo menos até ela ser dissolvida, possivelmente depois disso ex membros dos Jesuitas que foram excomungados me parece que se aliaram com o Priorado em nome de um objetivo comum de destruir a Igreja ( Ao menos pesquisadores do assunto falam de merovíngios que são a dinastia que fundou o Priorado, ligados a Ordem dos Illuminatis que foi fundada por um padre Jesuita e sustentou os mesmo metodos de conspiração e subversão que os Jesuitas usavam para aumentar seu poder, o que levou um papa a dissolver a ordem por um tempo, muitos descendentes dessa dinastia foram amigos intimos da Familia Rothschild que financiou ao menos em parte e controlou a ordem ao que tudo indica, mesmo com essa cooperação no entanto sempre haverá conflitos de interesse e brigas internas por poder, como o caso sendo descrito nesse livro que estou citando nessa matéria ) Weishaupt que era um padre jesuita brilhante pelo menos planejou isso, não sei se o mesmo se aplica as pessoas que participaram da ordem que foi restaurada tempos depois pela Igreja, possivelmente sim considerando o medo que o papa que dissolveu a ordem expressou de morrer por ter tomado tal decisão, e de fato logo depois de fazer isso ele morre envenenado. O autor Fritz Springmeier que pesquisou profundamente sobre o assunto considera hoje os cavaleiros de Malta uma ramificação da Ordem dos Jesuitas mesmo essa sendo de origem bem mais recente que a ordem dos cavaleiros de Malta, não sei se isso é verdade, mais é perfeitamente possivel que eles tenham infiltrado e tomado seu poder uma vez envolvidos na ordem dos Illuminatis que foi criada por um padre Jesuita assim como parece que fizeram isso ao menos com a maçonaria e a Igreja Católica que elegeu recentemente de forma inedita um membro da ordem dos Jesuitas ao cargo do papa da luz ) Era possível também que houvesse uma disputa entre as duas ordens em torno de prioridades e palcos de operação atuais. Pelo menos na concepção do sr. Plantard, a esfera própria de interesse do Prieuré parecia residir basicamente na Europa. Embora os Cavaleiros de Malta conservassem obviamente um interesse vital pela Europa, ultimamente grande parte de sua energia - como a da Opus Dei, da P2 e da CIA - fora desviada para a América Latina. Pelo menos em certo sentido, os Cavaleiros de Malta tinham sido parcialmente cooptados pela CIA. Se o Prieuré de Sion incluía em suas fileiras alguns cavaleiros de Malta, não temeria cair por sua vez no controle deles? Quem sabe o sr. Plantard se teria deixado perturbar, talvez a ponto de optar pela renúncia, por elementos de dentro da Ordem que defendiam um desvio da atenção da Europa para a América Latina? E quem sabe esses elementos, que talvez incluíssem alguns Cavaleiros de Malta, constituiriam o tal "contingente anglo-americano" a que o sr. Plantard culpara pela geração de dissensões nas fileiras do Prieuré? ( É possivel que sim considerando sua declaração anterior e infiltrar membros de uma determinada ordem em outra para tomar o controle dessa segunda é um procedimento eficiente para se tomar controle dela e utilizar ela como aparato para sua agenda, na verdade foi o que os Illuminatis nos seus documentos vazados em 1782 estabeleceram como objetivo em relação a Igreja Católica e a Maçonaria ) Fosse isso verdade ou não, restava um outro grande ponto de divergência entre o Prieuré de Sion e a Ordem de Malta: o maço de pergaminhos encontrados por Bérenger Sauniere em Rennes-le-Château em 1891. Na medida em que fossem ser comprometedores para o papado, tendo talvez até ajudado o Prieuré na sua luta clandestina com o Vaticano, esses pergaminhos seriam do interesse dos Cavaleiros de Malta. Segundo declarações do próprio Prieuré, os pergaminhos em questão tinham sido obtidos e trazidos para a Inglaterra "por meio de fraude" e ido parar nos arquivos dos Cavaleiros de Malta. Na tentativa de seguir a pista dos pergaminhos de Sauniere, nós nos tínhamos encontrado num desnorteante labirinto de fraudes, pistas falsas, documentos falsificados, assinaturas forjadas e desinformação cuidadosamente disseminada. Tínhamos chegado à inescapável conclusão de que alguma outra agência estava envolvida - de que nos havíamos metido, sem perceber, no meio de uma luta invisível entre o Prieuré e mais alguém. De início, tendemos a suspeitar do envolvimento de um ou outro serviço de informação. Mas por que não podia tratar-se dos Cavaleiros de Malta? Ou quem sabe de algum serviço de informação que atuasse através deles? Evidentemente, não podemos confirmar nossas suspeitas. Mas continua havendo uma incógnita na equação. É impossível não conjeturar que esse fator pode ser a Ordem de Malta, agindo no interesse de outrem ou no seu próprio interesse."
Imagem associada a ordem dos cavaleiros de Malta que tem uma ramificação no nosso país também. A ordem tem membros em cargos de alta posição de poder ao redor do mundo como a CIA que já teve membros dessa ordem como diretores, além disso os Cavaleiros de Malta são ligados a outras ordens ocultistas como a Ordem dos Jesuitas, P2 e o próprio Priorado. Os autores do livro a Herança Messiânica levantaram a plausivel hipotese de que os cavaleiros de Malta que são muito influentes na América que também são membros do Priorado estariam envolvidos na briga interna relatada pelo seu antigo grão mestre Pierre Plantard de Saint Clair entre uma facção francesa da Ordem contra sua vertente de membros Anglo-americanos que queriam se utilizar de seu poder para cumprir objetivos distintos daqueles planejados pela facção francesa da Ordem.
Em suma, o homem que apóia o sr. Plantard na Vaincre e se declara membro da Alpha Galates estava na linha de frente do esforço surgido dentro da Alemanha para derrubar o regime nazista ( Ao menos parentes dele estavam, no entanto essa missão estava fadada a falhar fosse boa ou não a intenção desses nobres ( possivelmente era briga interna por poder meramente, pois a subida de Hitler ao poder impedia que a Aristocracia Alemã voltasse a ele ), pois Hitler que foi iniciado no ocultismo foi levado a escapar de forma milagrosa ( provavelmente salvo pelo sos espiritos demoniacos guias que lhe guiavam ) do atentado, ele mesmo se lembro bem falou de um espécie de providência divina no episódio que só ajudou a aumentar a aura dele perante o povo de figura messiânica ). Na época em que foi designado para a Espanha, seu primo, Helmut James von Moltke, estava fazendo sondagens secretas junto aos Aliados, através da Suécia, tendo em vista a paz, buscando obter o apoio deles para a deposição de Hitler e empenhando-se em assegurar termos de paz favoráveis ao novo governo alemão democrático que se seguiria. De seu posto de embaixador na Espanha, Hans Adolf von Moltke logo iniciaria negociações clandestinas semelhantes. Embora isso só tenha vindo a público depois da guerra, era essa a "missão" que ele estava partindo para desempenhar; e tinha toda razão em não se iludir quanto aos perigos que corria. Hoje, Claus von Stauffenberg, Helmut James von Moltke, Peter Yorck von Wartenburg e seus companheiros de conspiração contra o Terceiro Reich são considerados heróis, tanto na Alemanha quanto no exterior. O dia 20 de julho, aniversário do atentado a bomba, é feriado nacional e oficialmente chamado Dia de Stauffenberg. Até hoje, no entanto, nunca surgiu qualquer indício de que a Resistência alemã tinha algum tipo de vínculo com qualquer outro movimento de resistência no continente. Os historiadores consideram que ela foi totalmente independente da rede de operações clandestinas que se estendia por outros lugares da Europa. Realmente pode ter sido. Mas a declaração de Hans Adolf von Moltke na Vaincre indica que ele era membro da Alpha Galates - uma espécie de sociedade secreta que atuava sob o disfarce de uma moderna ordem esotérica de cavalaria. Indica também que seu compromisso fundamental era com a Alpha Galates e seu grão-mestre. Poderia a Alpha Galates ter de fato atuado como elo de ligação entre a Resistência alemã a Hitler e os movimentos de resistência na França, e quem sabe também em outros países? Numa carta, Helmut James von Moltke admite que não houve contato entre seu círculo de conspiradores e qualquer organização francesa antes do final de 1942. Após grandes dificuldades, conta ele, tinham conseguido estabelecer ligações com grupos".. .nos vários territórios ocupados, com exceção da França, onde, pelo que sei, não háoposição efetiva baseada em princípios fundamentais". Pouco depois, no entanto, ele começa a aludir ao "nosso homem em Paris", embora a história ainda não tenha descoberto a identidade desse homem. Talvez por coincidência, mas talvez de maneira significativa, o primeiro número da Vaincre só foi publicado no final de 1942 - em outubro daquele ano. Não há dúvida de que os objetivos da Alpha Galates, tal como expostos na Vaincre, tinham muito em comum com os objetivos do Círculo Kreisau, de Moltke. Ambas as organizações se concentravam em movimentos de juventude e em mobilizar os recursos da juventude européia. Ambas insistiam numa hierarquia moral e espiritual de valores como base para uma renovação da Europa - uma oposição, nas palavras de Moltke, "baseada em princípios fundamentais". Ambas tinham uma orientação essencialmente inspirada na cavalaria. E ambas tinham como meta final a criação dos Estados Unidos da Europa. ( Talvez o Circulo Kreisau fosse outro braço do Priorado, ou talvez tivesse objetivos em comum que unissem ambos grupos, a dinastia dos Kaisers Alemães se lembro bem alias descendia dos Merovíngios o que poderia ser outro elo que ligasse a Aristocracia Alemã com o Priorado em si. ) Mesmo antes da guerra, uma federação nesses moldes fora exaltada e patrocinada por membros do Círculo Kreisau. ( Interessante ver como a ideia de uma europa unificada o que é realidade hoje é tão antiga, e tão desejada dentro dessas sociedades secretas ) Mais tarde, essa idéia se tornou, para Moltke e seus companheiros, a pedra angular de qualquer política do pós-guerra. Segundo um comentarista, o Círculo Kreisau "tinha como objetivo a longo prazo uma federação européia de Esta-dos, os Estados Unidos da Europa".Na busca desse objetivo, no início de 1943 o Círculo Kreisau já estava em contato com representantes do British Foreign Office baseados na Suíça. Estava também em estreito contato com um importante funcionário norte-americano também baseado na Suíça - Allen Dulles, que chefiava ali o posto do Office of Strategic Services, o OSS, precursor da CIA." Capitulo 23 "A volta de De Gaulle": "Com o desaparecimento da Vaincre no início de 1943, sumiram também quaisquer vestígios do sr. Plantard. Nós, pelo menos, não conseguimos encontrar nenhum sinal dele nos doze anos que se seguiram. Então, em 1956, o Prieuré de Sion se registrou formalmente no Journal Officiel da França. Ao mesmo tempo, depositou, junto à subprefeitura de Saint-Julien-en-Genevois, perto de Annemasse, na fronteira com a Suíça, uma pretensa reprodução de seu estatuto, da qual conseguimos uma cópia. Mais tarde nos disseram que aquele estatuto era espúrio e nos deram uma cópia do supostamente verdadeiro. Mas, espúrio ou não, o estatuto registrado na subprefeitura pôs novamente o sr. Plantard em evidência. Ele é citado especificamente como secretário-geral do Prieuré de Sion. O Prieuré é apresentado como composto, do mesmo modo que a Alpha Galates, pela "Legião" e a "Falange". A primeira é definida como "encarregada do apostolado". A segunda é qualificada como "guardiã da tradição". Pelo estatuto, a ordem se compõe de nove graus, todos conferindo títulos cavaleirosos. A organização, no bombástico e enigmático jargão do estatuto, é descrita assim:
A assembléia geral é composta de todos os membros da associação. Ela consiste de 729 províncias, 27 comandos e um arco designado Kyria. Cada um dos comandos, bem como os arcos, deve consistir de quarenta membros, cada província de treze membros.
Os membros são divididos em dois grupos efetivos:
a) A Legião, encarregada do apostolado.
b) A Falange, guardiã da Tradição.
Os membros compõem uma hieraquia de nove graus, que consiste de:
a) em 729 províncias:
1. Noviços: 6.561 membros
2. Cruzados: 2.187 membros
b) em 27 comandos:
3. Valetes: 729 membros
4. Escudeiros: 243 membros
5. Cavaleiros: 81 membros
6. Comandantes: 27 membros
c) no Arco Kyria:
7. Condestáveis: 9 membros
8. Senescais: 3 membros
9. Nautonnier: 1 membro
Nem na Vaincre, nem em qualquer outro documento ou publicação há qualquer coisa que sugira que o sr. Plantard ou o Prieuré de Sion fossem especificamente católicos. Na Vaincre, a orientação do sr. Plantard parecia ser esotérica, pagã e teosófica. Em fontes posteriores, tanto ele quanto o Prieuré se valem de um amplo espectro de tradições, entre as quais o gnosticismo e várias formas de cristianismo heterodoxo ou herético. Segundo esse estatuto de 1956, no entanto, o Prieuré de Sion é uma ordem de cavalaria especificamente católica. A Ordem é ali apresentada com o subtítulo "Chevalerie d'lnstitutions et Regles Catholiques, d'Union Indépendante et Traditionaliste" [Cavalaria de Instituições e Regras Católicas, de União Independente e Tradicionalista]. A abreviatura disto é CIRCUIT, o nome de uma revista que, segundo o estatuto, é publicada internamente pela Ordem e circula entre seus membros. ( O Catolicismo é uma fachada para a natureza ocultista no interior dos graus mais altos da Ordem, é muito normal essas ordens ocultistas, especialmente as de maior contato com o público passarem a ele que são algo inofensivo e positivo, o mesmo principio de aplica a familias envolvidas no satanismo que fingem ser cristãos, judeus ou seguidores de outras religiões convencionais e bem vistas pelo o publico, outra fachada muito usada é a de de fraternidade filantropica, como a maçonaria usa, e a maioria dos maçons pensa que ela é somente isso mesmo ) Ainda não foi possível definir se o estatuto de 1956 é genuíno ou não. Para nossos propósitos aqui, ele é relevante, em primeiro lugar por causa da ênfase que dá à cavalaria e em segundo por causa de sua semelhança com o estatuto da Alpha Galates tal como publicado na Vaincre. Além disso, ele trouxe a público, pela primeira vez em doze anos, o nome do sr. Plantard. Dali em diante, este e o Prieuré de Sion estariam cada vez mais relacionados ao crescente interesse pelo enigma de Bérenger Sauniere e Rennes-le-Château. Pouco tempo depois, no entanto, o sr. Plantard deveria figurar num contexto muito mais conhecido e de muito maior ressonância"."Comitês de Salvação Pública": " Em 7 de maio de 1954, o exército francês na Indochina sofreu, na batalha de Dien Bien Phu, uma derrota calamitosa e definitiva que levou à perda do império francês no sudeste da Ásia. Seis meses depois dessa débâcle, uma implacável e cruel campanha terrorista irrompeu na Argélia sob os auspícios do nacionalismo argelino. Determinada a não sofrer outra derrota humilhante, a França enviou em um mês 20 mil soldados para sua colônia norte-africana. Ao fim e ao cabo esse número chegaria a 350 mil. Apesar disso, a situação na Argélia continuou a se deteriorar, levando a uma luta selvagem que se prolongou por oito anos.Diferentemente da Indochina, a Argélia ficava perto da França, logo ali, do outro lado do Mediterrâneo. A população francesa na Argélia não constituía um núcleo isolado de estrangeiros, mas uma comunidade há muito estabelecida. As cidades argelinas eram, sob muitos aspectos, mais francesas do que norte-africanas. A Argélia não era vista como uma possessão estrangeira, mas como parte integrante da França. Em conseqüência, os acontecimentos na Argélia tiveram maior repercussão na França.Á medida que crescia a confusão na Argélia, o mesmo se passava na França. No final de 1957, o país estava não só em confusão mas num estado de crise crônica. Governos caíam com apavorante rapidez. Por duas vezes a França ficou sem governo por períodos de mais de quatro semanas, enquanto os partidos se digladiavam, sem conseguir negociar coalizões. Um sentimento de pânico começou a reinar enquanto, como pano de fundo, assomava o espectro sinistro da guerra civil declarada. Em meio à disseminação do caos, floresciam as conspirações. O exército, em particular, estava envolvido em muita intriga clandestina. Na Argélia, começou a se formar uma rede de sociedades semisecretas: os Comités de Salut Public ( Comitês de Salvação Pública ). Organizada nos moldes dos Comitês de Salvação Pública da época da Revolução Francesa, a rede argelina tinha por objetivo associar os interesses franceses, o exército francês e a população francesa da África do Norte numa força unida que pudesse constituir um baluarte contra a independência da Argélia e mantê-Ia como colônia francesa. Ao mesmo tempo, os comitês começaram a procurar na França uma liderança forte que pudesse ser simpática à sua causa. Uma única pessoa era considerada capaz de exercer tal liderança: Charles de Gaulle. Assim, os comitês na Argélia começaram a fazer insistente pressão para que De Gaulle assumisse o poder na França, se necessário por meio de um golpe militar. Receberam o apoio de muitos militares graduados, entre os quais o marechal Alphonse Juin, que é apresentado como tendo sido um importante membro do Prieuré de Sion. Foram apoiados também por um movimento pró-gaullista que ganhava corpo na França, o Partido Social Republicano, entre cujos líderes estava Michel Debré, que se tornou ministro da Justiça de De Gaulle e, pouco depois, entre 1959 e 1962, primeiro-ministro da França. Outra importante figura pró-gaullista foi Georges Bidault, ex-herói da Resistência. Entre 1945 e 1954, Bidault trabalhara em estreita ligação com Robert Schuman - o velho amigo do professor Le Fur - na elaboração do projeto da Comunidade Econômica Européia. Talvez ingenuamente, os comitês argelinos consideravam evidente que podiam contar com De Gaulle para manter a Argélia nas mãos da França. De Gaulle nada fez para desencorajar essa crença. Contudo, como eventos subseqüentes provariam, não era essa a sua intenção. Em abril de 1958, o governo recém-eleito da França manifestou desejo de resolver a crise argelina concedendo independência à colônia. Em 13 de maio, os Comitês de Salvação Pública na Argélia reagiram promovendo um golpe de Estado em Argel e formando seu próprio governo. Ao mesmo tempo, fizeram a De Gaulle um apelo para que assumisse o poder na França, reunificasse o país e preservasse a condição de colônia da Argélia. Num manifesto de 15 de maio, De Gaulle declarou simplesmente que se manteria de prontidão para o caso de ser convocado. A França continuava em situação caótica. Em 23 de maio circulavam notícias de que já se estavam formando Comitês de Salvação Pública na França metropolitana. Em 24 de maio, um comitê assumiu o poder na Córsega, enquanto rádios na Argélia conclamavam a França e seu povo a "escolher entre a estrela de Moscou e a cruz de Lorena". Ao se opor à independência da Argélia e apoiar De Gaulle, antigos militantes da Resistência e das forças francesas livres viram-se lado a lado com ex-oficiais de Vichy e com elementos de direita ainda mais extremada. Em algum momento durante aquela semana, parece ter vazado a notícia de que um golpe militar estava planejado para o dia 28 e que o exército tomaria o poder na França. Multiplicavam-se os rumores de uma iminente descida de tropas de pára-quedistas em Paris.! De fato, em 28 de maio o governo renunciou, deixando o campo livre para De Gaulle. Em 29 de maio, todos os Comitês de Salvação Pública de Paris foram mobilizados e milhares de gaullistas tomaram as ruas. No fim da tarde, De Gaulle apareceu na capital, aceitou a presidência da Quinta República Francesa e começou a formar seu governo, com Michel Debré e André Malraux em seu gabinete. Os Comitês de Salvação Pública tinham obviamente desempenhado um papel-chave no processo que arrastara o novo presidente para o cargo - e, ao que parecia, tinham bloqueado efetivamente qualquer oposição séria. Em 29 de maio - o dia em que De Gaulle assumiu o poder - um porta-voz declarou que havia 120 comitês ativos na França metropolitana. Na medida em que se pode fazer uma generalização como essa, os Comitês de Salvação Pública na Argélia tinham prioridades diferentes dos da França. Para os comitês argelinos, o objetivo básico era assegurar que o status da colônia permaneceria inalterado, e De Gaulle era visto como um meio para a consecução desse objetivo. Em contrapartida, pelo menos para uma parte dos comitês franceses, o objetivo básico parece ter sido instalar De Gaulle na presidência; a Argélia talvez fosse inteiramente secundária, senão irrelevante. É difícil, contudo, ter certeza quanto a isso, pela simples razão de que os próprios comitês, especialmente na França, eram obscuros. Eram obviamente muito difundidos, obviamente muito bem organizados - um verdadeiro "exército secreto", com muitas ligações com o exército regular. Mas é praticamente impossível obter informação segura sobre eles, e praticamente inexiste uma documentação confiável. ( E os comitês lembrarem comitês da epoca da revolução francesa é significativo considerando que os Jacobinos que eram um movimento politico com loja maçônica ao que tudo indica foram guiados pelos Illuminatis para provocar os eventos que geraram a revolução francesa, e membros do Priorado alegam ter participação diretamente na revolução francesa o que não é uma surpresa. ) Ninguém duvida de que os comitês existiram, com também não há dúvida alguma sobre a natureza geral do seu papel. Mas sabe-se muito pouco além disso. Considera-se provável que o próprio De Gaulle se mantivesse pessoalmente em contato com a estrutura de comando dos comitês, pois sempre manteve suas opções em aberto. É igualmente provável, porém, que ele tenha destruído todos os registros de tais contatos, se é que tais registros existiram. Na verdade, um biógrafo de De Gaulle nos disse que ele mantinha contatos desse tipo valendo-se de intermediários e nada era escrito. Seja como for, De Gaulle, tendo assumido o poder, viu-se numa posição extremamente delicada com relação aos comitês. Em grande parte devia a eles a sua posição de chefe do Estado. Estimulara-os a acreditar que, sob seus auspícios, a Argélia permaneceria francesa. Agora estava prestes a descumprir sua parte na "barganha" implícita e negociar a independência da colônia com líderes nacionalistas argelinos. Isso, evidentemente, o exporia a acusações de traição. De Gaulle deve certamente ter antecipado o repuxo dos comitês argelinos. Este não tardou a vir. Tomou a forma da OAS, a Organisation de l' Armée Secrete, ou Organização do Exército Secreto, que se dava por missão vingar o que via como a traição de De Gaulle. Formada por oficiais radicais, veteranos do conflito argelino e ex colonizadores e oficiais franceses radicados na Argélia, a OAS, foi responsável, nos anos que se seguiram, por uma série de tentativas de assassínio do presidente francês. Até hoje existem ex-membros da OAS para quem o simples nome de De Gaulle é uma maldição. No fim das contas, contudo, os comitês argelinos não chegaram a representar uma grande ameaça para a estabilidade do novo regime de De Gaulle na França. já os comitês franceses eram coisa completamente diferente. Se tivessem se empenhado numa campanha intensa de oposição, poderiam ter constituído um problema muito mais sério. Em conseqüência, seus membros tinham de ser controlados, convencidos a debandar ou canalizar sua energia para algum outro objetivo e acabar aceitando a guinada do novo presidente com relação à Argélia. Isso deve ter exigido um substancial esforço de relações públicas. A julgar pelos registros existentes, esse esforço parece ter sido orquestrado por Pierre Plantard. ( Novamente o Priorado surge para controlar e guiar uma crise na França em uma direção que lhes convem ) No nosso primeiro encontro com o sr. Plantard em 1979, ele nos contou que De Gaulle lhe pedira pessoalmente para assumir a direção dos Comitês de Salvação Pública na França e, depois que estes haviam completado sua tarefa de instalar o general no poder, presidir sua dissolução. Num panfleto mimeografado depositado na Bibliotheque Nationale em 1964, Anne Lea Hisler - a primeira mulher do sr. Plantard - declara:
"Sob a autoridade do marechal Alphonse Juin, a sede do Secretaria do Geral dos Comitês de Salvação Pública na França metropolitana ficava em Aulnay-sous-Bois [subúrbio de Paris]. Esse comitê era dirigido por Michel Debré, Pierre Plantard, conhecido como Way, e André Malraux."
A sra. Hisler cita também uma carta que teria sido enviada por De Gaulle ao sr. Plantard em 3 de agosto de 1958, cerca de dois meses após a formação do novo governo:
"Meu caro Plantard,
Em minha carta de 29 de julho de 1958, disse-lhe o quanto apreciei a participação dos Comitês de Salvação Pública no trabalho de renovação que empreendi. Agora que foram estabelecidas novas instituições que vão permitir ao nosso país redescobrir a posição que lhe é de direito, acredito que os membros dos Comitês de Salvação Pública podem se considerar liberados das obrigações que até o momento assumiram, e se desmobilizar."
O panfleto de Anne Lea Hisler não teve circulação ampla. Na verdade, a cópia que está na Bibliotheque Nationale talvez seja a única existente. Ambas as citações acima, no entanto - o depoimento da sra. Hisler sobre o papel do sr. Plantard nos Comitês de Salvação Pública e a passagem da carta atribuída a De Gaulle -, foram posteriormente reproduzidas por Louis Vazart num livro que vem tendo sucessivas reedições há sete anos. Ao que saibamos, ninguém jamais impugnou, contestou ou mesmo pôs -em questão a autenticidade ou a veracidade de ambas as citações. Nós mesmos, contudo, não ficamos plenamente satisfeitos. Assim, procuramos obter alguma confirmação adicional e, se possível, mais informação. Checamos todas as coletâneas publicadas de cartas, notas e agendas de De Gaulle. Como talvez não seja de espantar, não há qualquer referência ao sr. Plantard, ao pseudônimo "Way" ou a cartas, seja de 29 de julho ou 3 de agosto. O Institut Charles De Gaulle, depositário de todos os arquivos pertencentes ao general, tampouco sabe de qualquer contato entre ele e um homem chamado Plantard ou Way. Os historiadores ligados ao Instituto que consultamos se mostraram céticos. Parecia-lhes inacreditável que um assunto suficientemente importante para levar De Gaulle a escrever duas cartas em quatro dias não tivesse deixado qualquer vestígio nos registros oficiais. O diretor dos Archives do Instituto declarou que, pelo que sabia, estava de posse de toda a correspondência de De Gaulle e que os nomes Plantard e Way não apareciam nela.Já começávamos a duvidar da confiabilidade da sra. Hisler quando recebemos uma carta do Instituto. O diretor ainda não encontrara registro das cartas citadas, mas de fato, e finalmente, encontrara referências aos nomes "Plantard" e "Way". Para seu embaraço, essas referências apareciam não em seu próprio arquivo, mas em cópias antigas do Le Monde, em geral considerado o mais confiável dos jornais franceses. Em sua edição de 18-19 de maio de 1958, Le Monde publicou um pequeno artigo intitulado "Um Comitê de Salvação Pública clandestino em Paris?" O texto era o seguinte: A agência norte-americana United Press divulgou o texto de um apelo lançado por um "Comitê de Salvação Pública na região de Paris" em apoio ao general De Gaulle. Comunicados desse comitê estão reservados a agências estrangeiras "desde que o acordo (provavelmente de sigilo) sobre sua fonte seja respeitado". O apelo não traz endereço nem assinatura. No dia 6 de junho, foi publicado um artigo mais longo: "Quantos Comitês de Salvação Pública existem na França?" Relata que um dos líderes do golpe na Argélia revelara a dois jornalistas que os comitês na França metropolitana somavam não menos de 320. O artigo continua, citando um comunicado do Comitê Central de Salvação Pública: Os Comitês de Salvação Pública devem expressar os desejos do povo, e é em nome da liberdade, da unidade e da solidariedade que todos os cidadãos franceses devem participar da tarefa de reconstrução do nosso país. Todos os voluntários que responderam aos nossos apelos durante os últimos quinze dias devem estar presentes hoje para ajudar o general De Gaulle... Patriotas, assumam seus postos e tenham confiança no homem que já salvou a França...
Esse comunicado, especifica o artigo do Le Monde; trazia a assinatura de certo "capitão Way", o que se supunha ser um pseudônimo. Em 8-9 de junho, Le Monde publicou um terceiro artigo: "Comitês de Salvação Pública estão bem implantados em Paris, na região de Paris e em catorze Departamentos". O artigo cita um comunicado que deixa claro que já havia um Comitê de Salvação Pública em Paris por ocasião do golpe de Estado na Argélia, em 13 de maio. Entre 16 e 18 de maio, esse comitê implantara outros em seis circunscrições administrativas de Paris, em 22 comunas do Departamento do Sena e em catorze departamentos metropolitanos. O comunicado enfatiza que o objetivo primordial dos comitês é a "reabilitação nacional" sob os auspícios do general De Gaulle. Afirma que os comitês estão trabalhando em harmonia com "várias associações de veteranos de guerra". Após citar esse comunicado, o artigo do Le Monde volta a se referir ao comunicado citado em 18-19 de maio, que trazia a assinatura do "capitão Way": Após sua publicação, seu autor se deu a conhecer por nós mediante uma carta em que afirmou: "O comitê central foi criado em 17 de maio, e seu objetivo era propaganda e estabelecer uma ligação entre todos os Comitês de Salvação Pública em Paris. "Considerando que a França é uma terra da liberdade, onde todos têm o mais absoluto direito às suas convicções, nossa ação deve ser situada acima de toda política, num nível exclusivamente patriótico, para reunir o máximo de nossos recursos para a renovação da França."Como declaramos em carta de 29 de maio ao general De Gaulle, 'acatamos estritamente as orientações que nos são dadas pelas autoridades públicas' ."
Essa carta, informa o artigo em seguida, era assinada pelo sr. Plantard. Ao que parecia, ele podia ser contatado em seu número de telefone pessoal, discando-se as palavras "WAY" e "PAIX". Em 29 de julho - o dia em que supostamente De Gaulle enviou sua carta de agradecimento ao sr. Plantard -, Le Monde publicou mais um artigo, em que era anunciada a dissolução do comitê central para a região de Paris
Recebemos o seguinte comunicado:
"A efetiva dissolução do Comitê Central de Salvação Pública para a região de Paris, que acarreta a dissolução do Comitê de Salvação Pública em Paris e outras localidades, desobriga assim os militantes que responderam ao apelo de 17 de maio.
"Os responsáveis pelo Comitê Central resolveram instituir federações para (...) um movimento nacional cujo programa assegura a defesa do país e da liberdade.Pelo secretariado do comitê, Capitão Way"
O signatário deste comunicado, "capitão Way", já publicou, durante o mês de maio, vários apelos e declarações em nome do "Comitê Central de Salvação Pública para a região de Paris". Como já indicamos, trata-se do sr. Pierre Plantard ... que, com alguns amigos, tomou a iniciativa de implantar esse comitê. O "Movimento" que sucederá ao comitê é dirigido pelo sr. Bonerie Claros, um jornalista. Seu tesoureiro é o sr. Robin; o sr. Pierre Plantard é o secretário e encarregado da propaganda...
De tudo isso começava a emergir gradualmente um padrão. De Gaulle certamente vira com satisfação o apoio dos Comitês de Salvação Pública, tanto na Argélia quanto na França metropolitana. Ao mesmo tempo, como já dissemos, devia estar atemorizado ante a perspectiva de uma reação violenta quando sua posição no tocante à Argélia ficasse clara. Além disso, a Revolução Francesa, e os destinos de Danton, Desmoulins e Robespierre, haviam demonstrado que os Comitês de Salvação
Pública eram potencialmente muito perigosos, podendo voltar-se contra aqueles que antes haviam apoiado. Diante disso, era necessário criar uma forma de diretório que (1) pudesse unificar e coordenar os comitês na França metropolitana; (2) promovesse o acordo dos comitês da França com o programa do novo governo; e (3) dissolvesse os comitês da França quando necessário, deixando assim os comitês argelinos isolados. Ao que parecia, fora por essas razões que o sr. Plantard fundara o Comitê Central de Paris, que se impôs como uma espécie de autoridade ad hoc sobre os demais comitês já existentes e passou, de fato, a controlá-los. Nesse Ínterim, De Gaulle pôde manter uma serena e olímpica distância do movimento aparentemente "popular" que o alçou ao poder - bem como do processo potencialmente delicado de ter de desmontar pessoalmente o aparelho organizacional desse movimento antes que este pudesse voltar-se contra ele. Admitindo que esta análise da situação é mais ou menos correta, a manobra foi bastante engenhosa - um exemplo da mais sofisticada estadística maquiavélica. Não teria sido possível implementá-la sem um conluio muito Íntimo, e muito secreto, entre De Gaulle e o sr. Plantard..". Sub capítulo "Circuit": "Como observamos, o Prieuré de Sion, segundo os estatutos de 1956 depositados junto à polícia francesa, identificava-se pelo acrônimo CIRCUIT, que, ao que se dizia, era também o nome da revista de circulação interna da Ordem. Há, de fato, duas séries da revista Circuit, a primeira datada de 1956, a segunda de 1959. A série de 1956 é, à primeira vista, de uma irrelevância desconcertante. Há um artigo sobre astrologia, exaltando o uso de um décimo terceiro signo, em vez do zodíaco tradicional de doze signos ( O décimo terceiro signo, chamado de Ophiucus é representado por uma grande serpente segurada por um homem, pesquisadores creem que essa representação pode derivar de um deus babilônico metade homem e metade serpente chamado Nirah, para os gregos a constelação representava a luta de Apolo o Deus Sol com uma serpente que guardava o Oraculo de Delfos ( era um templo dedicado a adoração ao Deus Apolo ), independente de todo o significado ocultista por trás de tudo isso, obviamente a tal constelação como outras constelações do zodiaco fazem referência a adoração a Deuses Pagãos, e a constelação de Ophiucus possivelmente é uma referência a figura de Satanás ). Fora isso, a revista não parece ter mais substância que a publicação de uma associação de condôminos. Contém intermináveis discussões sobre moradia de baixo custo, palavras cruzadas, jogos para crianças num condomínio, anúncio de lápis. Uma única nota que parece ter alguma importância informa que a associação de condôminos a que a revista é dirigida mantém estreito contato com uma rede de outras associações de condôminos. É razoável suspeitar que as associações de condôminos funcionam na Circuit como fachada para alguma outra coisa, e que a própria revista usava códigos complexos como aqueles supostamente usados na Vaincre. Essas "associações de condôminos" podem até ter sido o aparelho organizacional que, dois anos mais tarde, emergiu para regular os Comitês de Salvação Pública na França. Mas, se não era possível refutar essas hipóteses, tampouco havia como confirmá-las. Elas permanecem confinadas ao reino da mera especulação. A série de 1959 da Circuit é coisa inteiramente diversa. O primeiro número é datado de 10 de julho de 1959, e o diretor é identificado como Pierre Plantard. A própria revista, porém, não pretende estar associada ao Prieuré de Sion. Ao contrário, declara-se o órgão oficial de algo denominado Federação das Forças Francesas. Havia inclusive um timbre, e os seguintes dados:
Publication périodique culturelle de la Fédération des Forces Françaises 116
rue Pierre Jouhet, 116
Aulnay-sous-Bois - (Seine-et-Oise)
Tél.: 929-72-49
No início dos anos 70, um pesquisador suíço checou o endereço acima. Pelo que pôde averiguar, nenhuma revista fora jamais publicada ali. O número do telefone também se mostrou falso. Todas as tentativas feitas para seguir a pista da Federação de Forças Francesas, pelo pesquisador em questão, por nós mesmos e por outros se provaram inúteis. Até hoje não surgiu nenhuma informação sobre qualquer organização parecida. É difícil, porém, atribuir a mera coincidência que o endereço, Aulnay-sous-Bois, seja o mesmo em que Anne Lea Hisler situou o Secretariado-Geral dos Comitês de Salvação Pública na França metropolitana. Além disso, o segundo número da revista noticia que o sr. Plantard recebera mais uma carta de agradecimento de De Gaulle, essa datada de 27 de junho de 1959 - onze meses após as cartas discutidas acima. Parece evidente que a Federação das Forças Francesas era uma espécie de prolongamento da máquina administrativa dos comitês, talvez um meio de manter os membros em contato uns com os outros. Se isso é verdade, indica que o Prieuré de Sion estava usando sua revista para algo alheio aos seus assuntos internos. A série de 1959 do Circuit remete o leitor reiteradamente a Vaincre, o que indica que esta continuava disponível na época. Na verdade, Circuit faz eco a muitos dos temas e questões suscitados na Vaincre. Como esta, dedica muito espaço a esoterismos, mitologia e matérias sobre cavalaria. Há artigos assinados por Anne Lea Hisler e outros, inclusive Pierre Plantard, que por vezes escreve também sob o pseudônimo "Chyren". O texto inclui afirmações como esta: "Todas as coisas se encontram em forma simbólica. Aquele que sabe interpretar o significado oculto compreenderá. A humanidade está sempre apressada, preferindo que as soluções lhes sejam sempre entregues...";] . "O lugar que parece o mais sólido talvez seja o mais instável. Tendemos a esquecer que vivemos num vulcão, no centro de forças extremamente poderosas..."; "... tudo se realiza segundo ciclos bem determinados. Um 'Timoneiro' guia a arca ['arche'] no dilúvio". E finalmente:
Não somos estrategistas e estamos acima de todas as crenças religiosas, perspectivas políticas e questões financeiras. Damos aos que vêm a nós auxílio moral e o indispensável maná do espírito. Não somos senão mensageiros, dirigindo-nos igualmente aos que crêem e aos que não crêem com o único intuito de transmitir fragmentos de verdade. Não endossamos a astrologia convencional e errônea. As estrelas por si mesmas não exercem influência. Elas não passam de pontos de referência no espaço.
Segue-se outra defesa do zodíaco de treze signos, que o sr. Plantard usa para prever algo do futuro da França. Muito curiosamente, ele previu que 1968 seria um ano cataclísmico. Esse não é, contudo, o único tipo de matéria encontrado na Circuit. Há artigos sobre vinhos e vinicultura - o enxerto de videiras – e intermináveis explicações sobre o comércio de vinho. Há também declarações patrióticas que fazem eco ao tom tanto da Vaincre quanto dos comunicados emitidos pelos Comitês de Salvação Pública. Uma dessas declarações, por exemplo, assinada por Adrian Sevrette, afirma que não será possível encontrar solução para os problemas existentes.
...a não ser através de novos métodos e novos homens, pois a política está morta. O curioso é que os homens não querem reconhecer isso. Existe apenas uma questão: a organização econômica. Mas acaso existem ainda homens capazes de pensar a França, como durante a Ocupação, quando os patriotas e os combatentes da Resistência não se importavam com as tendências políticas de seus companheiros de luta?
E, em outro artigo:
Desejamos que os 1.500 exemplares da Circuit sejam um contato que acenda uma luz; desejamos que a voz dos patriotas possa transcender obstáculos como em 1940, quando eles deixaram a França invadida para vir bater à porta do gabinete do Líder da França Livre. Hoje, a situação é a mesma. Antes de tudo, somos franceses. Somos a força que luta de uma maneira ou de outra para construir uma França purificada e nova. Isso deve ser feito no mesmo espírito patriótico, com a mesma vontade e solidariedade de ação. Por isso apresentamos aqui o que declaramos ser uma antiga filosofia.
Segue-se um detalhado plano de governo para devolver à França o esplendor perdido. Ele insiste, por exemplo, na extinção dos departamentos e na restauração das províncias:
O departamento não passa do fruto de um sistema arbitrário, criado na época da Revolução, ditado e determinado pela época, segundo as exigências de locomoção (o cavalo). Hoje, já não representa nada. A província, ao contrário, é uma porção viva da França; é um vestígio intacto do nosso passado, a própria base em que tomou forma a existência da nossa nação; ela tem seu próprio folclore, seus costumes, seus monumentos, muitas vezes seus dialetos locais, que desejamos restaurar e promulgar. A província deve ter sua própria organização específica de defesa e administração, adaptada às suas necessidades específicas, dentro na unidade nacional.
O projeto que se segue é ordenado em nove tópicos: Conselho das Províncias; Conselho do Estado; Conselho Parlamentar; Impostos; Trabalho e Produção; Assistência Médica; Educação Nacional; Maioridade; Habitação e Escolas.No entanto, a despeito dessas preocupações especificamente, e até obsessivamente, francesas, o sr. Plantard, em mais um artigo da Circuit, enfatiza um outro tema proclamado na Vaincre:
... a criação de uma Confederação de Países toma-se uma Confederação de Estados: os Estados Unidos da Euro-Àfrica, que representam economicamente (1) uma comunidade africana e européia de intercâmbio baseada num mercado comum, e (2) a circulação da riqueza de modo a servir ao bem-estar de todos, sendo este o único fundamento estável em que a paz pode ser construída. ( Uma comunidade européia foi de fato criada posteriormente a isso ao longos dos anos e a essa altura o processo já havia começado, no entanto um mercado comum entre africa e europa até hoje não foi criado ( talvez as coisas não tenham corrido como Plantard esperava ), de qualquer forma na Nova Ordem Mundial o mundo inteiro ficará dividido em grandes blocos e totalmente interligado )"
Capitulo 24 "Poderes secretos de grupos clandestinos": "É lugar-comum que a política favorece estranhas alianças. Uma nação ou instituição que se vê sob pressão, lutando por seus objetivos ou mesmo por sua sobrevivência, fará alianças quando e onde for possível - e muitas vezes, se isso for conveniente, com nações ou instituições teoricamente inimigas. A História, em certo nível, é um compêndio de coalizões disparatadas, casamentos grotescamente descombinados. Na maior parte dos últimos setenta e tantos anos, a União Soviética foi percebida pelo Ocidente como uma ameaça e um adversário, potencial ou real; isso não impediu que houvesse um intervalo, entre 1941 e 1945, em que o Ocidente se uniu à União Soviética contra um inimigo que ambos percebiam como mais perigoso. Em escala menor, há muitos outros exemplos. Em 1982, a junta militar radicalmente anti-soviética da Argentina anunciou sua disposição de receber armas e equipamentos soviéticos para fazer guerra contra a Grã-Bretanha pela posse das ilhas Malvinas. Atualmente, na Guerra do Golfo, o Irã vitupera Israel e no entanto sabe-se que recebe armas desse país, porque Israel considera o Iraque uma ameaça potencialmente maior. Após seu encontro com Mikail Gorbachev em 1985, Ronald Reagan, reduzindo as relações internacionais ao nível da Disneylândia, como é típico dele, afirmou ter apontado o caminho pelo qual todos os povos do mundo, inclusive os dos Estados Unidos e União Soviética, se uniriam em face de uma invasão por outro planeta. Até Ronald Reagan pode ter rasgos de lucidez. ( Na verdade essa declaração é possivelmente profética e pode ter relação com uma agenda enganosa que alguns pesquisadores da NOM como Bill Cooper já denunciaram, de fabricar um falso ataque alienigena ao planeta para ajudar na implantação da NOM ) Confrontado com os violáceos comedores de gente de Sírio, a desferir raios mortais capazes de carbonizar o adversário, até Ian Paisley e Gerry Adams poderiam se convencer a unir suas forças (embora pessoalmente, diante da perspectiva dessa aliança, nós talvez nos inclinássemos a apoiar os comedores de gente). Segundo todos os indícios que pudemos colher, bem como as informações que conseguimos do sr. Plantard, o Prieuré de Sion deseja os Estados Unidos da Europa em parte como um baluarte contra o império soviético, mas basicamente como um bloco de poder independente, um bloco de poder auto-suficiente e neutro, capaz de equilibrar a balança de poder entre a União Soviética e os Estados Unidos. Sob esse aspecto, a posição do Prieuré de Sion parece quase idêntica à da Pan Europa, a organização pela unidade européia atualmente dirigida pelo dr. Oto de Habsburgo ( Habsburgo que já foi a familia real da Austria também descende dos merovíngios, desde pelo menos os casamentos entre ela com membros da Dinastia Lorraine, me parece que a ameaça da União Soviética que foi fabricada por oligarcas do Ocidente foi usada como pretexto para criaçãoda União Européia e de outras medidas, assim como a guerra ao terror Islâmico Radical Comteporânea é fabricada da mesma forma por oligarcas do Ocidente e serve de pretexto para diversas coisas, como a limitação de direitos constitucionais em diversas nações soberanas por exemplo ) que, como o Círculo Kreisau e outras entidades, usa como símbolo uma cruz celta dentro de um círculo. Ao mesmo tempo, outras organizações e instituições desejam uma Europa unida basicamente como baluarte contra o império soviético, buscando vinculá-la estreitamente aos Estados Unidos. Até que ponto cada um desses campos subordinará suas divergências com o outro às finalidades comuns? Até que ponto cada um fará concessões com o simples objetivo de chegar a uma Europa unida, dispondo-se a deixar a discussão das prioridades e lealdades para depois ? Na medida em que perseguia a idéia de uma Europa unida de algum tipo, ou de alguma maneira, o Prieuré de Sion deve necessariamente ter estabelecido contatos, e muito provavelmente acordos, com um espectro diversificado de outras organizações. Quando se tenta retraçar a história da idéia da Europa unida, encontra-se um emaranhado de alianças e casamentos de conveniência. Assim como a crise da Argélia induziu ex-combatentes da Resistência e veteranos da Forças Francesas Livres a se aliar a ex-oficiais de Vichy e colaboracionistas, assim também o sonho de uma Europa unida impeliu por vezes conservadores moderados ou democratas-cristãos a se unir temporariamente com grupos de direita muito mais ameaçadores, muito mais radicais e até "neonazistas". Não surpreende, portanto, que nossa investigação sobre o Prieuré de Sion nos tenha conduzido ao tenebroso território do pan-fleto assinado por "Cornelius" - o território em que "os bons moços", agindo com o que julgam ser as melhores intenções, demonstram estar trabalhando em estreita ligação com organizações como a P2. ( Bem, eu pessoalmente acho a P2 ou Priorado farinha do mesmo saco, e muitas dessas alianças aparentemente estranhas são feitas por pessoas que não são o que parecem ser e estão mais interligadas aos parceiros com quem fazem aliança do que parece em muitos casos pelo menos )". Sub capítulo "O movimento europeu": "Como vimos, a idéia dos Estados Unidos da Europa foi promovida durante a guerra pela Vaincre na França e pelo Círculo Kreisau de Helmut James von Moltke na Alemanha. Evidentemente, estas não foram as únicas fontes de apoio à idéia, nem as mais influentes. A idéia foi amplamente acatada em meio à Resistência francesa, por exemplo, especialmente em áreas de fronteira como as Ardenas, onde as lealdades nacionais dos indivíduos estavam muitas vezes divididas entre a França, a Bélgica, Luxemburgo e a Alemanha. A idéia foi entusiasticamente patrocinada por André Malraux, que, já em 1941, defendia "um New Deal europeu, uma Europa federal que excluísse a URRS". Foi defendida pelo marechal Alphonse Juin, que, como Malraux, haveria de entrar em grave conflito com De Gaulle a propósito da Argélia. Foi defendida por Georges Bidault, que, como chefe da OAS, na esteira da reviravolta de De Gaulle na Argélia, iria tramar o assassínio do general. Foi patrocinada também por Winston Churchill, que, num discurso feito em 19 de setembro de 1946 na Universidade de Zurique, declarou: "Devemos construir uma espécie de Estados Unidos da Europa." Na verdade, já em outubro de 1942, Churchill escrevera ao British War Cabinet: "Por mais difícil que seja dizê-lo agora, acredito que a família européia pode agir em conjunto como uma unidade sob um Conselho da Europa. Aspiro aos Estados Unidos da Europa." ( Dessa forma se nota como a ideia era promovida a muito tempo por lideranças politicas de diversas nações, muitas delas possivelmente ligadas a ordens ocultistas, hoje em dia a mesma coisa acontece em relação a o conceito de um governo mundial e cedo ou tarde esse ideal será alcançado por essas sociedades secretas, por meio dos seus agentes infiltrados em altas posições de poder em nações ou dentro de corporações ) Terminada a Segunda Guerra Mundial, a Europa estava exausta, devastada e desiludida. Ao mesmo tempo os europeus, fossem quais fossem seus vínculos, sentiam que tinham sido unidos por aquela tragédia partilhada e coletiva - uma tragédia que cada vez mais parecia uma guerra civil em escala colossal. Para a Europa do após-guerra, a prioridade fundamental era evitar a todo custo mais um conflito como aquele, outra luta fratricida como aquela. Talvez o meio mais óbvio de assegurar isso fosse a unidade européia; e assim um apelo por essa unidade ergueu-se de uma multiplicidade de campos, os mais diversos. ( A guerra serviria de pretexto para se promover essa suposta solução também ) No final de 1947, as várias pessoas e instituições empenhadas na unidade européia formaram, por iniciativa própria, um comitê para coordenar sua ação. Em maio de 1948, esse comitê já organizara um Congresso da Europa, semelhante ao conselho que Churchill advogara cincos anos e meio antes. Reunido em Haia, ele incluiu representantes de dezesseis países. O presidente de honra foi Winston Churchill. Um comunicado emitido na sessão final declarava: "Desejamos uma Europa unida em cujo território a livre circulação de pessoas, idéias e bens seja restaurada."Pouco depois, foi criado o Movimento Europeu - um organismo não oficial, mas de caráter permanente, para perseguir e promover o ideal de uma Europa unida. Mais uma vez, Winston Churchill foi um dos presidentes de honra. Em julho de 1948, Georges Bidault, então ministro das Relações Exteriores da França, tornou-se o primeiro membro de um governo a propor oficialmente a criação de um parlamento europeu. Bidault, ao lado de Jean Monnet, hoje considerado o pai da Comunidade Econômica Européia, e Robert Schuman, o antigo colaborador de Louis Le Fur, passaram a trabalhar em conjunto pelo que chamavam de uma "federação do Ocidente". Outra figura de grande importância no movimento em prol da unidade européia foi um polonês, dr. Joseph Retinger. Desde os anos 20, Retinger atuara na defesa da unidade européia e, ao que parece, tinha tido contato tanto com Helmut James von Moltke, líder do Círculo Kreisau, quanto com Hans Adolf von Moltke, que se dissera membro da Alpha Galates. Durante a Segunda Guerra Mundial, Retinger esteve baseado na Inglaterra, tendo trabalhado de início como conselheiro político do general polonês Sikorski - que também parece ter estado ligado a Hans Adolf von Moltke quando este foi embaixador da Alemanha na Polônia. Em 1943, Retinger ingressou na Special Operations Executive britânica e, aos 56 anos, desceu de pára-quedas na Polônia como agente da SOE. Depois da guerra, voltou a assumir papel ativo na promoção da unidade européia. Em maio de 1948, ajudou a organizar o Congresso da Europa em Haia. Em julho do mesmo ano, viajou para os Estados Unidos com Winston Churchill, Duncan Sandys e o ex-primeiro-ministro da Bélgica, Paul-Henri Spaak, para angariar auxílio financeiro para o recém-criado Movimento Europeu. A viagem resultou na criação, em 29 de março de 1949, do American Committee on a United Europe [Comitê Americano por uma Europa Unida], ou ACUE. Com o ACUE, inaugurou-se um processo pelo qual sucessivas organizações empenhadas na luta pela unidade européia passaram a ser, na prática, controladas por órgãos americanos, empenhados na promoção de interesses americanos. Assim foram lançadas as sementes para o crescimento de uma nebulosa subcultura subterrânea, em que sociedades secretas e semisecretas - religiosas, políticas e financeiras - logo começaram a florescer. No final dos anos 50, essa subcultura adquirira impulso próprio, envolvendo um ambiente que, embora invisível para o público em geral, começou a exercer influência cada vez mais difusa nos negócios públicos." Sub capítulo "Manobras da CIA": "O principal responsável pelo despertar do interesse americano nos movimentos em prol da união européia foi talvez o conde Richard Coudenhove-Kalergi, que fundara em 1922 a Pan-Europa, na forma da União Pan-Européia. Embora pouco tenha realizado no plano prático, a Pan-Europa foi uma organização prestigiosa no período entre as guerras. Entre seus membros incluíam-se várias figuras políticas respeitadas, como Léon Blum e Aristide Briand na França e Eduard Beness na Tchecoslováquia, bem como Winston Churchill. Dela participavam ainda Albert Einstein e luminares da cultura como Paul Valéry, Miguel de Unamuno, George Bernard Shaw e Thomas Mann. Obrigado a sair da Áustria pela Anschluss alemã de 1938, Coudenhove-Kalergi fugiu para os Estados Unidos em 1940. Ali, empreendeu uma incansável campanha por seu ideal pan-europeu, insistindo em que a unidade européia devia ser uma prioridade da política dos Estados Unidos depois da guerra. Seus esforços serviram para convencer vários importantes políticos norte-americanos, como William Bullit e os senadores Fulbrigtht e Wheeler. Quando os Estados Unidos entraram na guerra, algumas das idéias de Coudenhove-Kalergi forneceram um esquema de ação. Esse esquema foi adotado como tal pelo OSS, o precursor da CIA. O OSS, ou Office of Strategic Services ( Agência de Serviços Estratégicos ), foi criado nos moldes da M16* e da SOE britânicas, e com seu auxílio. Seu primeiro diretor foi o general William ("Wild Bill") Donovan. Depois da guerra, os agentes de Donovan constituiriam o núcleo da CIA. Um deles, Allen Dulles, foi diretor da CIA de 1953 até 1961, quando a débâcle da Baía dos Porcos o obrigou a renunciar. Dulles, que durante a guerra estivera baseado na Suíça, mantinha os contatos que lá estabelecera com Helmut James von Moltke e o Círculo Kreisau.
Como diretor do OSS, William Donovan não tardou a perceber o valor potencial do Vaticano para operações de espionagem. Milhares de sacerdotes católicos se espalhavam pela Europa, em todos os países, todas as cidades, praticamente em cada aldeia e vilarejo. Milhares de sacerdotes católicos serviam também como capelães nas forças armadas de todas as nações em luta. Essa rede já estava engajada em atividades de espionagem, transmitindo grandes volume de informação ao departamento interno de informações do próprio Vaticano. Um dos quatro chefes de setor do serviço de informações do Vaticano era o monsenhor Giovanni Montini - mais tarde, papa Paulo VI. Diante disso, Donovan empenhou-se em estabelecer laços estreitos com o Vaticano.
Pouco depois da entrada dos Estados Unidos na guerra, Donovan promoveu uma aliança com o padre Felix Morlion, fundador de um serviço de informações católico europeu chamado Pro Deo [Por Deus], com sede em Lisboa. Sob os auspícios de Donovan, o Pro Deo transferiu seu quartel-general para Nova York e passou a ter suas atividades financiadas pelo OSS. Em 1944, quando Roma foi libertada, Donovan e o padre Morlion conseguiram instalar o Pro Deo no próprio Vaticano. Ali, o serviço estava particularmente bem-situado para obter informações de sacerdotes católicos que tinham estado ou ainda estavam na Alemanha ou com as forças armadas alemãs. Os jesuítas, com sua formação sofisticada, disciplina rigorosa e organização coesa ( Além de liderança envolvida em ocultismo ), mostravam-se uma fonte de informações especialmente valiosa.
No período que se seguiu à guerra, os Estados Unidos se apressaram em tirar proveito do aparelho montado por Donovan, particularmente na Itália. Em 1948, com as eleições italianas marcadas, a recém-criada CIA lançou-se num complexo de operações clandestinas para impedir qualquer possibilidade de uma vitória comunista. Sob os auspícios de James Angleton, ex-chefe do posto do OSS em Roma e mais tarde chefe de contra-informação da CIA, milhões de dólares foram secretamente canalizados para os democratas-cristãos, enquanto verbas adicionais eram despejadas nos jornais e outros veículos de propaganda. Esse procedimento foi também muito útil na França. Como foi dito acima, a viagem do dr. Joseph Retinger aos Estados Unidos no interesse do Movimento Europeu levou à criação, em 29 de março de 1949, do Comitê Americano por uma Europa Unida, ou ACUE. Seu conselho era presidido por William Donovan. O vice-presidente era o ex-chefe do posto do OSS na Suíça, Allen Dulles. O secretário era George S. Franklin, também diretor do Private Council on Foreign Relations [Conselho Privado de Relações Exteriores], que mais tarde se tornou coordenador da Comissão Trilateral. O diretor executivo do ACUE era Thomas Braden, na época chefe do Departamento de Organizações Internacionais da CIA. Sob os auspícios desses homens, o ACUE decidiu financiar o Movimento Europeu de Joseph Retinger. Verbas oriundas do Departamento de Estado norte-americano foram discretamente canalizadas para o quartel-general do Movimento Europeu, em Bruxelas. Com a expansão da influência da União Soviética na Europa oriental, teve início a "Guerra Fria". Concebido originalmente para promover a unidade européia, o Movimento Europeu foi-se limitando gradualmente a auxiliar na construção de um "baluarte contra o comunismo" - e isso gerou uma atmosfera propícia ao surgimento de organizações clandestinas. Agora parcialmente financiado pela CIA, Joseph Retinger e outros membros do Movimento Europeu estabeleceram ligações com o príncipe Bernhard, dos Países Baixos ( Esse principe fundou a reunião Bilderberg e apoiou o Nazismo durante a segunda guerra, não me recordo agora de que linhagem dos Illuminatis em particular ele é ), com o primeiro-ministro italiano e com sir Colin Gubbins, ex-diretor da SOE britânica. Juntamente com o então diretor da CIA, general Walter Bedell Smith, esse grupo criou um think tank, ou conselho consultor, que se reuniu pela primeira vez em maio de 1954 no Hotel de Bilderberg, na cidade alemã de Oosterbeek. Assim nasceram as Conferências de Bilderberg. Nesse ínterim, a CIA estivera atuando também por iniciativa própria, dando início a um amplo programa de ações secretas de apoio a qualquer instituição que pudesse ajudar na consolidação do "baluarte contra o comunismo". Líderes e partidos políticos, grupos de pressão, sindicatos, jornais e editoras eram todos pesadamente subsidiados, desde que sua orientação fosse suficientemente pró-ocidental e anticomunista. Consta que, na década de 1950, a cada ano 20 a 30 milhões de d6lares em média9 foram gastos na Itália em apoio a atividades culturais, organizações de jovens, iniciativas editoriais e grupos católicos de um tipo ou outro. Projetos patrocinados pela Igreja, inclusive missões e orfanatos, foram muitas vezes co-financiados pela CIA. Essa agência distribuía dinheiro entre muitos bispos e monsenhores, entre os quais o futuro papa Paulo VI. E, evidentemente, o Partido Democrata Cristão da Itália continuou sendo foco de uma atenção especial. Na verdade, em 1919 Giorgio Montini, pai do futuro papa Paulo VI, fora co-fundador do que veio a se chamar Partido Democrata Cristão, partido pelo qual, aliás, seu irmão mais velho foi senador. O Movimento Europeu do dr. Joseph Retinger, patrocinado pela CIA, era também ativo na Itália, ajudando a consolidar os laços entre a agência norte-americana de informações e o Vaticano. Retinger contava com o apoio do dr. Luigi Gedda, seu velho amigo pessoal, que além de médico conselheiro do papa Pio XII era chefe da Azione Cattolica, ou Ação Católica, o poder subjacente ao Partido Democrata Cristão. Por meio de Gedda, Retinger pôde também angariar os serviços do futuro para Paulo VI, e assim a Ação Católica tornou-se uma privilegiada destinatária de fundos da CIA. A relação entre a CIA e o Vaticano estreitou-se em 1963, quando o papa João XXIII morreu, sucedendo-lhe Paulo VI, anteriormente Giovanni Montini, arcebispo de Milão. Como observamos antes, Montini já estava ligado à agência e já recebia fundos dela. Ainda durante a guerra, havia trabalhado com os serviços de espionagem dos Estados Unidos, passando informações do Vaticano para o OSS e vice-versa. Após a guerra, como arcebispo de Milão, entregou à CIA abrangentes dossiês sobre sacerdotes politicamente atuantes. Estes viriam a ser usados para influenciar as eleições italianas de 1960.
A relação entre o Vaticano e a CIA perdura até hoje. Segundo Gordon Thomas e Max Gordon- Witts, em novembro de 1978 houve um encontro privado entre o papa João Paulo II e o chefe do posto da CIA em Roma. Em decorrência desse encontro, chegou-se a um acordo pelo qual o Papa receberia regularmente, todas as semanas, informes da CIA. O que a CIA recebeu em troca não foi especificado, mas não é difícil adivinhar. Outro dos mais influentes aliados da CIA dentro da Igreja foi o cardeal Frallcis Spellman, de Nova York. Em 1954, ele trabalhou diretamente para a CIA na Guatemala, ajudando a preparar ali um golpe orquestrado pela própria agência. Mas Spellman estava também profundamente envolvido em questões italianas. Desempenhou papel decisivo na obtenção de grandes somas de dinheiro sujo para uso da Igreja Católica. Era intimamente ligado a Bemardino Nogara, o cérebro por trás do Banco do Vaticano. ( O Banco do Vaticano é intimamente envolvido com grandes familias mafiosas da Italia, o provavel motivo da morte do Papa João Paulo I foi justamente porque ele abriu investigação para apurar essa situação no banco que também era intimamente ligado a infame loja maçônica P2, que tinha planos de tomar para si todo o poder no pais da Italia ) e com o conde Enrico Galeazzi, que, ao lado de Michele Sindona, cuidava dos investimentos e das finanças do Vaticano no início dos anos 60. E foi o cardeal Spellman quem, em 1963, primeiro chamou a atenção do Papa para o padre Paul Marcinkus, de Chicago. Em 1971, Marcinkus, já na condição de bispo, era diretor do Banco do Vaticano, amigo íntimo de membros da P2, como Michele Sindona e Robert Calvi e, ao que se afirma, membro ele próprio da P2. As origens da loja maçônica P2 são obscuras, mas acredita-se que ela tenha-se formado no início dos anos 60. Quaisquer que tenham sido suas prioridades e objetivos originais, seu grão-mestre Licio Gelli, de ultradireita, logo a inseriu na falange dos grupos e organizações que formavam o "baluarte contra o comunismo". Alguns de seus membros recebiam generosos subsídios da CIA. E, por intermédio de indivíduos como Calvi e Sindona, a P2 fornecia um instrumento para fazer chegar a instituições anticomunistas na Europa e na América Latina verbas tanto do Vaticano quanto da CIA. Calvi afirmou também que ele pessoalmente conseguira transferir 20 milhões de dólares do Vaticano para o Solidariedade na Polônia, embora se acredite que a soma total enviada ao Solidariedade tenha ultrapassado 100 milhões de dólares. Antes de ser condenado à morte, Michele Sindona era não só financista da P2 como também conselheiro do Vaticano para assuntos de investimento, ajudando a Igreja a vender ativos seus e reinvestir nos Estados Unidos. Os serviços de Sindona para a CIA incluíam a transferência de verbas para "amigos" na Iugoslávia, bem como aos coronéis gregos, antes que tomassem o poder em 1967. Sindona canalizou também milhões de dólares para os fundos do Partido Democrata Cristão da Itália. Em 1981, quando a existência da P2 foi manchete internacional pela primeira vez, o escândalo em torno da sua influência nos escalões mais altos do governo, da polícia e das finanças ficou basicamente limitado à Itália. No entanto, segundo David Yallop: ( D. Yallop é um jornalista inglês que escreveu 2 livros muito bons sobre assuntos relacionados a corrupção no Vaticano )
... ainda há ramificações em atividade na Argentina, Venezuela, Paraguai, Bolívia, França, Portugal e Nicarágua. Há também membros ativos na Suíça e nos Estados Unidos. A P2 está ligada com a Máfia na Itália, em Cuba e nos Estados Unidos. Está ligada com vários regimes militares da América Latina e com diversos grupos neofascistas. Está também intimamente ligada à CIA. Penetra até o cerne do Vaticano. Ao que parece, o interesse comum central de todos esses elementos é o ódio e o temor ao comunismo. ( Apesar de ter sido criado por oligarcas Illuminati do Ocidente, lideres inspirados pela revolução comunista poderiam ameaçar o patrimônio que eles construiram em diversas nações, então medidas impedir isso foram tomadas para que ele continuasse sendo um movimento controlado que se espalhasse somente até o ponto em que fosse conveniente, em muitos casos na américa latina a medida favorita era levar ao poder ditadores sanguinários que vendiam seus paises a esses oligarcas em si também, no nosso pais a ditadura militar foi financiada pela a CIA, e foi feito um empréstimo ao banco Citybank que gerou uma grande divida a longo prazo para o país, que foi aumentada grandemente com o empréstimo feito ao FMI pelo governo FHC que tinha como condicional garantia do pagamento do empréstimo feito na epoca da ditadura militar com o banco City Bank, mesmo que isso significasse venda de patrimônios de pais a preço de banana ( pratica que se sustenta com a suposta oposição politica do pais como no caso da venda recente de ações da Petrobras ), corte de beneficios trabalhistas e outras coisas do tipo ) Atualmente, é do conhecimento geral que a P2, por mais influente e poderosa que possa ter sido, era (e provavelmente ainda é) controlada por um poder ainda mais alto, mais nebuloso, que lhe transmite suas instruções por meio de Licio Gelli, o grão-mestre da Ordem. Segundo uma comissão parlamentar italiana, a organização por trás da P2 situa-se "além das fronteiras da Itália".] Fizeram-se muitas especulações, mais ou menos plausíveis, sobre essa organização. Alguns a identificaram com a Máfia americana. Alguns sugeriram a KGB ou alguma outra agência de informações da Europa oriental. Alguns sugeriram até o Prieuré de Sion. Em 1979, no entanto, um regresso da P2 - um jornalista chamado Mino Pecorelli - acusou a CIA. Dois meses depois de fazer essa acusação, Pecorelli foi assassinado. Em março de 1981, a polícia italiana invadiu a villa de Licio Gelli. Descobriu extensas listas dos membros da loja. Descobriu também um fichário dos arquivos de Licio Gelli - embora os próprios arquivos tivessem desaparecido, sendo aparentemente mais importantes que as listas de membros. Alguns dos tópicos do fichário foram publicados nos jornais italianos. Incluíam a Opus Dei. Incluíam Giulio Andreotti, ex-ministro das Relações Exteriores da Itália e apontado, num documento que recebemos, como membro do Prieuré de Sion ( Talvez haja de fato então uma ligação entre o Priorado e a P2 ). Incluíam também a organização oficialmente conhecida como Ordem Soberana e Militar do Templo de Jerusalém - isto é, a organização que se proclama hoje descendente em linha direta dos cavaleiros Templários." Sub capítulo "A Ordem dos Cavaleiros": "A Ordem Soberana e Militar do Templo de Jerusalém, em sua forma atual, data de 1804, quando se anunciou publicamente e foi oficialmente reconhecida por várias outras instituições. Ela reivindica, contudo, uma linhagem muito mais antiga. Segundo o que a própria Ordem afirma, Jacques de Molay, o último grão-mestre dos Templários, deixou, quando de sua execução em 1314, um carta designando seu sucessor . Embora oficialmente dissolvidos pelo papado ( Na frança né, em outros lugares a ordem mudou de nome, e na escócia ela nem precisou fazer isso ), os Templários se teriam perpetuado através dos séculos, em obediência aos termos dessa carta. A autenticidade desse documento continua gerando controvérsias entre os historiadores, embora haja certo corpo de provas a seu favor. A questão nunca assumiu maior importância porque a Ordem Soberana e Militar jamais reivindicou explicitamente qualquer tipo de poder, nem procurou ativamente recuperar as prerrogativas, privilégios e posses dos cavaleiros que proclama serem seus predecessores. Atualmente, ela se dedica sobretudo a pesquisas de antiguidades e obras de caridade. ( Isso soa como uma obvia fachada, muito comum em ordens ocultistas, para aos olhos do público elas parecerem ser uma organização positiva e inofensiva ) Seus procedimentos internos lembram, por vezes, certos ritos da franco-maçonaria, por vezes os de outras ordens heráldicas, como as do Velocino de Ouro, do Santo Sepulcro e de São Maurício. Seu grão-mestre atual é o conde português Antônio de Fontes.
Em 1982, tivemos o primeiro de vários encontros com um funcionário da Ordem Soberana e Militar do Templo. Ao longo de nossas conversas, ele nos descreveu a luta de facções e o cisma que, na última década, reinara na instituição que ele representava. Uma facção dos membros havia-se desligado da Ordem para formar sua própria ordem neo-Templária na Suíça. Essa facção, por sua vez, gerara mais uma dissidência, que, sob a liderança de Anton Zapelli, adotara um perfil novo e mais conspícuo e um programa mais agressivo. O quartel general de Zapelli era também na Suíça - em Sion. Constava que, entre os membros da organização de Zapelli, havia várias pessoas ligadas à Grã-Loja Alpina, da Suíça, cujo nome aparecera anteriormente em alguns documentos do Prieuré de Sion. Nada disso teria qualquer interesse particular para nós, não fosse pelo fato de que já tínhamos encontrado o nome de Zapelli em outro contexto. Em 1979, na nossa primeira tentativa de entrar em contato com o Prieuré de Sion e com o sr. Plantard, um informante em Paris o tinha mencionado. Nessa ocasião, Zapelli fora apontado como o verdadeiro poder por trás do Prieuré de Sion - embora essa afirmação possa certamente ter sido fruto de simples confusão, já que a organização templária de Zapelli tinha sede em Sion e se intitulava Grand Prieuré de Suisse. Impressionados com o reaparecimento do nome de Zapelli em conexão com a Ordem Soberana e Militar do Templo, aventamos a possibilidade de ele estar de fato relacionado ao Prieuré. O representante da Ordem Soberana e Militar não sabia. Tinha conhecimento, disse, do Prieuré de Sion. Dentro da sua própria organização, o Prieuré de Sion era conhecido por sua atuação na Resistência francesa durante a guerra. Não tinha nenhum conhecimento, porém, de qualquer ligação que Zapelli pudesse ter com essa Ordem. Na verdade, declarou, ficaria muito grato se conseguíssemos descobrir e o informássemos. Parecia temer que o Prieuré, trabalhando através de Zapelli, pudesse talvez estar tentando assumir o controle da sua própria Ordem. Quando perguntamos ao sr. Plantard se conhecia Zapelli, ele se limitou a dar um sorriso enigmático, dizendo: "Conheço todo mundo." Mais tarde, contudo, chegou a nós um documento destinado a circular dentro da organização de Zapelli. Nele se destacavam dois temas de interesse fundamental. Um eram negócios bancários e finanças internacionais. Ao que parecia, em 1982 a organização de Zapelli fundara seu próprio banco ou "sociedade de participação mútua". O outro tema de importância capital era a Europa unida e "o papel dos Templários modernos na unificação da Europa". Os Templários originais, afirmava o documento de Zapelli, tinham-se empenhado em criar uma Europa unida. Seus sucessores atuais viam-se agora compelidos a emergir da sombra, a se dedicar a algo mais importante que meras antiguidades, envolver-se na política, trabalhar pela unidade européia e promover "o conceito europeu". A estrutura defendida por Zapelli era, em linhas gerais, similar à da Confederação Suíça. A Europa era definida como se estendendo do Atlântico e do Mediterrâneo até os Urais. Não encontramos qualquer prova confiável que ligasse Zapelli ao Prieuré de Sion. Tampouco encontramos prova de ligação entre Zapelli e Licio Gelli ou outros membros da P2. Como estes, contudo, ele parece mover-se numa espécie de região penumbrosa, em que sociedades secretas se misturam às altas finanças e à política pan-européia, em que as fronteiras nacionais não constituem obstáculo e em que não vigora nenhuma regra legal definida. Resta ainda o fato de que o índice dos arquivos de Licio Gelli revela que a P2 tem algum interesse na Ordem Soberana e Militar do Templo. O papel preciso e o poder efetivo dos Templários de hoje permanecem duvidosos. Por outro lado, há uma outra organização, historicamente relacionada de maneira muito estreita com os Templários, cujo papel e poder são muito mais amplamente documentados e tangíveis. Trata-se da organização que foi tradicionalmente rival dos Templários: a dos cavaleiros Hospitalários de São João - ou, como hoje é conhecida a sua principal ramificação, a Soberana Ordem Militar de Malta ( Ordem ligada aos Jesuitas ). A Ordem de São João teve origem em um hospital dedicado a São João, fundado em Jerusalém por mercadores italianos por volta de 1070, cerca de trinta anos antes da Primeira Cruzada, com a finalidade de servir aos peregrinos. Parece ter-se constituído oficialmente como ordem por volta de 1100, logo após a Primeira Cruzada, quando teve seu primeiro grão-mestre. Os Hospitalários são portanto anteriores aos Templários, mas de início não estavam envolvidos em atividades militares, limitando-se ao trabalho do hospital. Em 1126, contudo, cerca de oito anos depois que os Templários apareceram publicamente em cena, os Cavaleiros de São João já começavam a assumir um caráter cada vez mais militar, que logo iria eclipsar, embora não suplantar inteiramente, seus serviços hospitalares. Nos anos que se seguiram, passam a representar, juntamente com os Templários e mais tarde com os Cavaleiros Teutônicos, o maior poder militar e financeiro na Terra Santa, e um dos maiores em toda a cristandade. Como os Templários, os Hospitalários tornaram-se imensamente ricos. Sua ordem transformou-se numa vasta estrutura militar, eclesiástica e administrativa, com centenas de cavaleiros, um exército permanente, numerosos serviços subsidiários, uma rede de castelos e fortalezas e enormes extensões de terra, não só na Palestina como em todo o mundo cristão. Ao mesmo tempo, a Ordem permaneceu fiel às suas origens hospitalares, mantendo hospitais bem administrados e limpos, onde seus próprios médicos atendiam. Em 1307, os Templários foram acusados de uma lista de ofensas contra a ortodoxia católica, e em 1314 já tinham sido oficialmente extintos. Entre 1309 e sua secularização em 1525, os Cavaleiros Teutônicos sofreram periodicamente acusações semelhantes - embora seu teatro básico de operações, na Prússia e ao longo da costa báltica, os pusesse fora do alcance de qualquer autoridade disposta a atacá-Ios. Em contrapartida, os Cavaleiros Hospitalários de São João nunca incorreram nesse tipo de estigma. Continuaram a gozar das boas graças do papado. 'Na Inglaterra e, em menor grau, em outros países, terras antes pertencentes aos Templários lhes foram transferidas. Após a queda da Terra Santa em 1291, os Cavaleiros de São João recolheram-se durante algum tempo em Chipre. Depois, em 1309, estabeleceram sua sede e quartel-general na ilha de Rodes, que governavam como um principado exclusivo. Ali permaneceram por mais de dois séculos, resistindo a dois grandes cercos dos turcos. Finalmente, em 1522, um terceiro cerco forçou-os a abandonar a ilha e, em 1530, eles se instalaram em Malta. Em 1565, Malta foi por sua vez sitiada pelos turcos numa das operações mais audaciosas da história militar. Numa defesa épica, 541 Cavaleiros Hospitalários e sargentos, auxiliados por uma guarnição de cerca de 9 mil soldados montados e fortemente armados, repeliram os repetidos ataques de algo entre 30 e 40 mil homens. Seis anos mais tarde, em 1571, a esquadra da Ordem, juntamente com navios de guerra da Áustria, Itália e Espanha, obteve uma vitória decisiva na Batalha naval de Lepanto, dizimando definitivamente o poderio marítimo dos turcos no Mediterrâneo. Os cercos de Rodes e Malta e a Batalha de Lepanto foram os pontos altos da história dos Hospitalários, sobrepujando até mesmo suas façanhas na Terra Santa durante as Cruzadas. Em meados do século XVI, eles ainda constituíam uma das maiores potências militares e navais do mundo cristão, com força e recursos financeiros comparáveis aos da maioria dos reinos. As sementes do declínio, porém, já haviam sido plantadas. Na Alemanha, Suíça, Holanda, Escócia e Inglaterra, a Reforma protestante começara a quebrar a unidade da Europa católica; e as fissuras que surgiam por toda a cristandade ocidental eram espelhadas, em microcosmo, dentro da Ordem de São João. Os membros ingleses e alemães da Ordem a abandonaram e criaram suas próprias instituições. No século XVII, os cavaleiros que ainda residiam em Malta tinham sido deixados para trás pela maré da história, formando um fervoroso enclave ainda apegado a preceitos cavaleirosos obsoletos, enquanto o resto da Europa avançava para a nova era do mercantilismo, da industrialização e da hegemonia das classes médias. Em 1798, no entanto, os cavaleiros continuavam em Malta, ainda que reduzidos à condição de um esquisito anacronismo, impotentes e dirigidos por um grão-mestre inepto, cuja fidelidade ao catolicismo estava corroída pela franco-maçonaria. Foi então que Napoleão varreu o Mediterrâneo a caminho da sua desastrosa campanha no Egito. Os cavaleiros, que outrora tinham sido capazes de resistir aos turcos por quase dois séculos e meio, estavam agora incapazes de oferecer resistência. Foram sumariamente expulsos por Napoleão, que reivindicou Malta para a França, só para perdê-la de novo para a esquadra britânica comandada por Horatio Nelson. Para a Ordem de São João, seguiu-se um período confuso. Finalmente, em 1834, os cavaleiros puderam implantar.uma nova base para si em Roma. Apesar da perda de sua ilha pátria, adotaram o título de Ordem de Malta para se distinguir das ordens protestantes de São João que então começavam a se formar na Inglaterra e na Alemanha. Voltaram a se dedicar ao trabalho hospitalar, o que, nos 150 anos seguintes, lhes valeu crescente prestígio. Logo após a Segunda Guerra Mundial, antes da criação do Estado de Israel, chegou-se até a falar da entrega da soberania sobre Jerusalém aos Cavaleiros de Malta. Em 1979, a Ordem contava 9.562 cavaleiros plenos, dos quais cerca de mil eram norte-americanos e mais de 3 mil italianos. Atualmente, do seu quartel-general no Palazzo Malta, na Via Condotti, em Roma, os Cavaleiros de Malta mantêm uma organização hospitalar de abrangência mundial. Há um setor de primeiros socorros para atuar em casos de catástrofes naturais. Hospitais e leprosários dirigidos pela ordem distribuem-se por vários países. E, como as ordens protestantes congêneres de São João na Grã-Bretanha, Alemanha, Holanda e Suécia, a dos Cavaleiros de Malta tem seu próprio serviço de ambulâncias. Na Irlanda do Norte, as ambulâncias da ordem inglesa de São João e as dos Cavaleiros de Malta estão nas ruas ao mesmo tempo, atendendo às necessidades dos respectivos credos e comunidades. Pelas normas do direito internacional, a condição atual dos Cavaleiros de Malta é a de um principado soberano independente.18 O grão-mestre é reconhecido como chefe de Estado, com posição secular equivalente à de um príncipe e posição eclesiástica correspondente à de um cardeal. A Ordem mantém relações diplomáticas formais com vários países, especialmente na África e na América Latina, e seus representantes nesses países gozam dos privilégios diplomáticos de praxe. Os graus mais elevados da Ordem mantêm-se até hoje fastidiosamente aristocráticos. Os cavaleiros mais graduados têm de exibir um brasão de pelo menos trezentos anos, em sucessão patrilinear ininterrupta. Como já terá ficado evidente, a Ordem de Malta do século XX é idealmente talhada para o trabalho de espionagem. Sua rede de membros é internacional e bem organizada ao mesmo tempo. Seus hospitais e serviços médicos freqüentemente a situam estrategicamente em locais críticos - como a Irlanda do Norte. Seus membros incluem de pessoal médico e motoristas de ambulância a importantes figuras da política, dos negócios e das finanças, que têm acesso a esferas em que sacerdotes comuns não penetrariam. Conseqüentemente, os Cavaleiros de Malta se associaram estreitamente ao serviço de informações do próprio Vaticano. ( Aquele aonde Jesuitas seriam agentes importantes para coletar informação, chamado de Pro Deo ) A Ordem parece não ter sido hostil a tal associação. Ao contrário, parece ter visto com bons olhos a oportunidade de retomar, num nível clandestino, o papel que começara a desempenhar pela primeira vez no século XII - o de ponta-de-lança de uma cruzada.
Acredita-se hoje que a Ordem de Malta é um dos principais canais de comunicação entre o Vaticano e a CIA. Há amplos indícios para tal asserção. Em 1946, James Angleton - ex-membro do OSS e então chefe do posto da CIA em Roma, que através de sua agência canalizou milhares de dólares para os democratas-cristãos italianos - recebeu uma condecoração da Ordem de Malta por trabalhos de contra-informação. Igualmente condecorado foi Luigi Gedda, o chefe do grupo chamado Ação Católica, que serviu de elo entre a CIA, o Movimento Europeu de Joseph Retinger e o futuro papa Paulo VI. Em 1948, os Cavaleiros de Malta conferiram sua mais elevada condecoração, a Grã Cruz do Mérito, ao general Reinhard Gehlen, chefe do serviço secreto da Alemanha Ocidental, que na época era praticamente um departamento da CIA. Anteriormente, Gehlen tinha comandado os serviços de informação de Hitler para a Rússia. Vemos assim que desde fins da década de 1940 a Ordem de Malta já se envolvia na guerra secreta contra o comunismo que começava a se intensificar por toda a Europa. O trabalho da Ordem no plano da informação deve ter sido naturalmente facilitado pela presença em suas fileiras de alguns funcionários norte-americanos de alto escalão. À medida que a Guerra Fria se intensificava, o contingente norte-americano da Ordem cresceu consideravelmente. A mais influente figura desse contingente foi, mais uma vez, o cardeal Francis Spellman, de Nova York - que havia trabalhado para a CIA na Guatemala e cuja rede de colaboradores pessoais levava diretamente à P2. Spellman tornou-se "Protetor e Conselheiro Espiritual" dos cavaleiros americanos. Tornou-se também, de fato, seu chefe. Nessa condição, angariou fabulosas somas de dinheiro, uma vez que cada cavaleiro instituído a cada ano devia pagar 10 mil dólares como taxa de alistamento. Afirmou-se que somente uma parcela desse dinheiro foi um dia remetida para a Ordem em Roma, tendo sido a maior parte desviada para outros fins. Spellman estava associado também a um cardeal que, nos anos 50, fez uma tentativa de pôr a Ordem a serviço de seus próprios objetivos políticos. Não é raro que diretores da CIA sejam cavaleiros de Malta. John McCone, por exemplo, foi um deles. O atual diretor da agência, William Casey, também. Consta que o ex-diretor William Colby foi convidado para ingressar na Ordem, mas teria declinado com as seguintes palavras: "Sou muito precavido. "22 Entre os membros da Ordem atualmente incluem-se William Wilson (embaixador dos Estados Unidos no Vaticano), Clare Boothe Luce (ex-embaixador dos Estados Unidos na Itália), George Rocca (ex-subchefe de contra-informações da CIA) e Alexander Haig. Mas não é apenas nessas prestigiosas esferas dos Estados Unidos que a Ordem recruta seus membros. Licio Gelli, grão-mestre da P2, está ligado à Ordem, provavelmente como cavaleiro, embora isso não possa ser confirmado no momento. No entanto, o colaborador mais próximo de Gelli, Umberto Ortolani, é cavaleiro de Malta e serviu como embaixador da Ordem no Uruguai, onde foi dono de um banco. Também cavaleiros são Alexandre de Marenches (ex-chefe do serviço francês de informações), os generais Lorenzo e Allavena (ex-chefes do Serviço Secreto Italiano), o general Giuseppe Santovito (ex -chefe do serviço militar de informações italiano) e o almirante Giovanni Torrisi (chefe do Estado-Maior italiano). Os três últimos foram também membros da P2. Evidentemente, seria equivocado e injusto ver a Ordem de Malta como mero instrumento da CIA ( Na verdade a CIA que é uma ferramenta para membros de ordens ocultistas escolhidos a dedo para exercer sua direção ou outras posições de autoridade dentro dessa agência envolvida em conspirações para depor governos soberanos, assassinatos e até tráfico de drogas ). A ordem continua sendo uma instituição autônoma, empenhada em trabalhos filantrópicos e diplomáticos próprios, em grande parte louváveis. ( Que certamente não passam de fachada para disfarçar sua verdadeira natureza e atividades secretas dentro do alto circulo interno da ordem de cavaleiros ) Existe, contudo, um convincente conjunto de provas que atesta seu envolvimento em atividades de informação. Parte dessa atividade nem sequer decorre necessariamente da linha de ação oficial da ordem. Assim, por exemplo, um cardeal e um alto funcionário da área de informação que por acaso sejam cavaleiros podem se encontrar num ou noutro serviço social da Ordem. Um pode apresentar o outro a um banqueiro influente ou a um político destacado. Desse modo, um projeto pode ser implementado e coordenado no mais alto nível, sem diretrizes oficiais, sem instruções por escrito ou procedimentos formais que poderiam em última análise exigir prestação de contas. Não haveria nenhuma escrituração reveladora para ser descoberta mais tarde - escrituração que muitas vezes pode ser comprometedora e que é notoriamente difícil eliminar sem deixar vestígios. Assim como as lojas da maçonaria, a Ordem de Malta, por sua própria natureza, conduz a processos desse tipo. Funciona, de fato, como um canal ideal. E a sua margem de manobra é ampliada pelo seu prestígio diplomático, seu perfil relativamente discreto, sua rede internacional e o respeito gerado por suas atividades humanitárias. A situação atual na América Central é considerada por alguns comentaristas indicativa do modo com a Ordem de Malta pode ser utilizada - indicativa, na verdade, do modo como qualquer organização do gênero pode ser subordinada aos objetivos desta ou daquela ideologia política. O atual chefe da Ordem nos Estados Unidos é um destacado homem de negócios, J. Peter Grace. Antes de 1971, Grace estava ligado à Radio Liberty e à Radio Free Europe, ambas fundadas por Reinhard Gehlen e financiadas pela CIA. Hoje, Grace - entre cujos auxiliares está um outro cavaleiro de Malta, William Simon, ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos - dirige uma organização chamada Americares, cujo conselho diretor preside. Um objetivo básico da Americares é levantar dinheiro para auxílio à América Central. A agência encarregada de distribuir esse auxílio é a Ordem de Malta, trabalhando através de suas ramificações em EI Salvador, Guatemala e Honduras. Ao mesmo tempo, a Americares parece ter alguns interesses em comum com a World Anti-Communist League (Liga Anti-comunista Mundial), hoje dirigida pelo ex-general-de-divisão John Singlaub, afastado em 1978 por desafiar o presidente. Quando a Casa Branca fracassou na tentativa de obter o apoio do Congresso para financiar os contras na Nicarágua, Ronald Reagan obteve o apoio da World AntiCommunist League e de outras entidades. A organização de Singlaub passou a fornecer abertamente aos contras dinheiro e implementos. Jornalistas americanos indagaram legitimamente que proporção desse dinheiro e implementos é na verdade fornecida pela Americares de Peter Grace e distribuída através dos Cavaleiros de Malta. Se essa colaboração existe em alguma medida, resta perguntar se Grace e a Americares estão simplesmente explorando os Cavaleiros de Malta, ou se a Ordem está envolvida como um todo, por força das suas próprias diretrizes." Sub capítulo "O fator desconhecido": "No nosso encontro com o sr. Plantard em outubro de 1984 - quando, sem que soubéssemos disso naquele momento, ele não estava mais falando como grão-mestre do Prieuré de Sion - a Ordem de Malta foi mencionada. O Prieuré de Sion, disse o sr. Plantard - com uma ponta de ressentimento, ao que nos pareceu -, contava alguns Cavaleiros de Malta entre seus membros. Isso não nos pareceu muito surpreendente. Àquela altura, já havíamos descoberto que os Cavaleiros de Malta pareciam estar em toda parte. Por que não também no Prieuré de Sion? De fato, o padre François Ducaud-Bourget – que era publicamente apresentado como tendo sido grão-mestre do Prieuré de Sion e patrocinara o ingresso do sr. Plantard na Ordem, segundo declaração do próprio - fora, de 20 de setembro de 1947 a 18 de novembro de 1961, capelão dos Cavaleiros de Malta. Dada a ligação dos Cavaleiros com o OSS durante a guerra, esse papel parecia perfeitamente condizente com as atividades do padre em prol da Resistência francesa - mesmo quando estava baseado em Paris, conseguia fornecer armas a grupos desta, feito recompensado após a guerra com uma medalha da Resistência. A imprensa francesa, num breve artigo sobre a eleição do sr. Plantard como grão-mestre em 1981, afirmara: "Os 121 altos dignitários do Prieuré de Sion são todos eminências pardas das altas finanças e de organizações internacionais políticas ou filosóficas." Algo muito parecido podia sem dúvida ser dito sobre os Cavaleiros de Malta. Em virtude da natureza intrínseca das duas ordens, seria de esperar que ambas atuassem praticamente na mesma esfera, o submundo penumbroso para o qual convergem a política, as finanças, a religião e o trabalho de várias agências de informação. Não havia dúvida, também, de que a Ordem de Malta e o Prieuré de Sion tinham certos interesses e certos objetivos em comum. Ambas as ordens, embora talvez por razões diferentes e com prioridades diversas, pareciam empenhadas na criação de algum tipo de Estados Unidos da Europa. E, se admitíssemos a autenticidade da linhagem do Prieuré, as histórias de ambas tinham sido estreitamente entrelaçadas. Ambas reivindicavam uma herança que remontava às Cruzadas, e por força dessa herança seus ca-minhos se teriam cruzado em vários pontos ao longo dos séculos seguintes. Ambas eram explicitamente instituições da neocavalaria, e seria de se esperar que uma ocupasse lugar de destaque nos arquivos da outra. Seria de se esperar que uma tivesse antiga familiaridade com a outra e, provavelmente, considerável conhecimento dos segredos da outra. Esse passado partilhado teria, por si só, criado inevitavelmente algum vínculo entre elas. Ao mesmo tempo, deve ter havido alguns pontos cruciais de disputa entre as duas ordens. Os Cavaleiros de Malta tinham-se mantido sempre inabalavelmente leais ao papado e à Igreja Católica, e essa lealdade persiste até hoje. O Prieuré, por outro lado, se apresentava tradicionalmente como hostil ao Vaticano e, de fato, parecia ter um papado próprio, alternativo. Além disso, na qualidade de guardião de uma linhagem descendente da Casa de Davi através de Jesus ou de sua família ( Um engano que Plantard tentou vender recentemente por meio de manuscritos vazados por ele que continuou sendo promovido até depois dele ter supostamente renunciado ao cargo de grão mestre do Priorado por razões desconhecidas, depois dizendo que o Priorado havia sido uma invenção dele anos depois. ( O que não é sustentado por evidências históricas fora dos documentos vazados por ele que foram achadas pelos autores do livro o Santo Graal e Linhagem Sagrada e a Herança Messiânica ).Eu creio que esse engano que vem sendo condicionado como uma hipotese plausivel nos dias atuais pela midia, cultos new age e por outros meios será usado no futuro na Nova Ordem Mundial para dar suposta legitimidade ao direito da Dinastia Merovíngia de reinar sobre os outros ) , o Prieuré tendia naturalmente a ser percebido como inimigo pela Igreja. Suas respectivas posições em face de Roma, portanto, situariam necessariamente o Prieuré e a Ordem de Malta como adversários. ( Assim como a ordem dos Jesuitas que surgiria séculos depois no principio era um adversário do Priorado, isso pelo menos até ela ser dissolvida, possivelmente depois disso ex membros dos Jesuitas que foram excomungados me parece que se aliaram com o Priorado em nome de um objetivo comum de destruir a Igreja ( Ao menos pesquisadores do assunto falam de merovíngios que são a dinastia que fundou o Priorado, ligados a Ordem dos Illuminatis que foi fundada por um padre Jesuita e sustentou os mesmo metodos de conspiração e subversão que os Jesuitas usavam para aumentar seu poder, o que levou um papa a dissolver a ordem por um tempo, muitos descendentes dessa dinastia foram amigos intimos da Familia Rothschild que financiou ao menos em parte e controlou a ordem ao que tudo indica, mesmo com essa cooperação no entanto sempre haverá conflitos de interesse e brigas internas por poder, como o caso sendo descrito nesse livro que estou citando nessa matéria ) Weishaupt que era um padre jesuita brilhante pelo menos planejou isso, não sei se o mesmo se aplica as pessoas que participaram da ordem que foi restaurada tempos depois pela Igreja, possivelmente sim considerando o medo que o papa que dissolveu a ordem expressou de morrer por ter tomado tal decisão, e de fato logo depois de fazer isso ele morre envenenado. O autor Fritz Springmeier que pesquisou profundamente sobre o assunto considera hoje os cavaleiros de Malta uma ramificação da Ordem dos Jesuitas mesmo essa sendo de origem bem mais recente que a ordem dos cavaleiros de Malta, não sei se isso é verdade, mais é perfeitamente possivel que eles tenham infiltrado e tomado seu poder uma vez envolvidos na ordem dos Illuminatis que foi criada por um padre Jesuita assim como parece que fizeram isso ao menos com a maçonaria e a Igreja Católica que elegeu recentemente de forma inedita um membro da ordem dos Jesuitas ao cargo do papa da luz ) Era possível também que houvesse uma disputa entre as duas ordens em torno de prioridades e palcos de operação atuais. Pelo menos na concepção do sr. Plantard, a esfera própria de interesse do Prieuré parecia residir basicamente na Europa. Embora os Cavaleiros de Malta conservassem obviamente um interesse vital pela Europa, ultimamente grande parte de sua energia - como a da Opus Dei, da P2 e da CIA - fora desviada para a América Latina. Pelo menos em certo sentido, os Cavaleiros de Malta tinham sido parcialmente cooptados pela CIA. Se o Prieuré de Sion incluía em suas fileiras alguns cavaleiros de Malta, não temeria cair por sua vez no controle deles? Quem sabe o sr. Plantard se teria deixado perturbar, talvez a ponto de optar pela renúncia, por elementos de dentro da Ordem que defendiam um desvio da atenção da Europa para a América Latina? E quem sabe esses elementos, que talvez incluíssem alguns Cavaleiros de Malta, constituiriam o tal "contingente anglo-americano" a que o sr. Plantard culpara pela geração de dissensões nas fileiras do Prieuré? ( É possivel que sim considerando sua declaração anterior e infiltrar membros de uma determinada ordem em outra para tomar o controle dessa segunda é um procedimento eficiente para se tomar controle dela e utilizar ela como aparato para sua agenda, na verdade foi o que os Illuminatis nos seus documentos vazados em 1782 estabeleceram como objetivo em relação a Igreja Católica e a Maçonaria ) Fosse isso verdade ou não, restava um outro grande ponto de divergência entre o Prieuré de Sion e a Ordem de Malta: o maço de pergaminhos encontrados por Bérenger Sauniere em Rennes-le-Château em 1891. Na medida em que fossem ser comprometedores para o papado, tendo talvez até ajudado o Prieuré na sua luta clandestina com o Vaticano, esses pergaminhos seriam do interesse dos Cavaleiros de Malta. Segundo declarações do próprio Prieuré, os pergaminhos em questão tinham sido obtidos e trazidos para a Inglaterra "por meio de fraude" e ido parar nos arquivos dos Cavaleiros de Malta. Na tentativa de seguir a pista dos pergaminhos de Sauniere, nós nos tínhamos encontrado num desnorteante labirinto de fraudes, pistas falsas, documentos falsificados, assinaturas forjadas e desinformação cuidadosamente disseminada. Tínhamos chegado à inescapável conclusão de que alguma outra agência estava envolvida - de que nos havíamos metido, sem perceber, no meio de uma luta invisível entre o Prieuré e mais alguém. De início, tendemos a suspeitar do envolvimento de um ou outro serviço de informação. Mas por que não podia tratar-se dos Cavaleiros de Malta? Ou quem sabe de algum serviço de informação que atuasse através deles? Evidentemente, não podemos confirmar nossas suspeitas. Mas continua havendo uma incógnita na equação. É impossível não conjeturar que esse fator pode ser a Ordem de Malta, agindo no interesse de outrem ou no seu próprio interesse."
Imagem associada a ordem dos cavaleiros de Malta que tem uma ramificação no nosso país também. A ordem tem membros em cargos de alta posição de poder ao redor do mundo como a CIA que já teve membros dessa ordem como diretores, além disso os Cavaleiros de Malta são ligados a outras ordens ocultistas como a Ordem dos Jesuitas, P2 e o próprio Priorado. Os autores do livro a Herança Messiânica levantaram a plausivel hipotese de que os cavaleiros de Malta que são muito influentes na América que também são membros do Priorado estariam envolvidos na briga interna relatada pelo seu antigo grão mestre Pierre Plantard de Saint Clair entre uma facção francesa da Ordem contra sua vertente de membros Anglo-americanos que queriam se utilizar de seu poder para cumprir objetivos distintos daqueles planejados pela facção francesa da Ordem.
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